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Aula 05 Fundamentos de Farmacocinética Farmacodinâmica e Farmacoterapia - Parte 3_PB

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1
Thaís Rolla de Caux
Farmacêutica, graduada pela Faculdade de Farmácia da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestra em
Medicamentos e Assistência Farmacêutica pela UFMG. Desde 2016,
atua como farmacêutica clínica, tendo assumido a coordenação pelo
serviço de Gerenciamento da Terapia Medicamentosa na Farmácia
de Todos do estado de Minas Gerais e exercido o cargo de
farmacêutica clinica hospitalar na UNIMED, além da docência.
Atualmente atua como farmacêutica na Prefeitura de Belo Horizonte
e como professora no Centro Universitário UNA. Docente do Instituto
Racine.
Fundamentos de 
Farmacocinética, Farmcodinâmica 
e Farmacoterapia
Parte 3
• Apresentar os mecanismos farmacodinâmicos 
através dos quais os medicamentos produzem 
suas ações no organismo;
• Apresentar os aspectos que regem escolhas 
farmacoterapêuticas racionais para tratamento de 
enfermidades.
Objetivo
• Farmacodinâmica: Conceito e Tipos de Alvos 
Moleculares da Ação dos Fármacos; Avaliação do Efeito 
Farmacológico no Organismo; Conceitos de Potência, 
Eficácia e Perfil de Segurança; Curvas Dose x Resposta.
• Aplicação de Conceitos Farmacocinéticos e 
Farmacodinâmicos ao Estudo da Farmacoterapia:
Introdução ao Raciocínio Clínico (Indicação, Efetividade, 
Segurança e Conveniência).
Programação
Farmacodinâmica
Princípios da Farmacodinâmica
Fármaco Organismo
Farmacodinâmica
Farmacocinética
Estudo dos efeitos bioquímicos e 
fisiológicos dos fármacos e seus 
mecanismos de ação!
Princípios da Farmacodinâmica
Moléculas dos fármacos precisam exercer alguma influência 
química sobre um ou mais constituintes das células para 
produzir uma resposta farmacológica.
Um fármaco não agirá, a menos 
que esteja ligado!
Alvos Farmacológicos!
Corpora non agunt nisi fixata!”
Paul Erlich. Disponível em 
https://universequimica.files.wordpress.com/2018/08/pa
ul-ehrlich.jpg?w=640
Princípios da Farmacodinâmica
Interação com os componentes
macromoleculares do organismo
Alteram a função do 
componente envolvido e 
iniciam as alterações 
bioquímicas e fisiológicas 
que caracterizam a 
resposta ao fármaco!
Efeitos dos Fármacos
Disponível em: 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/medicamentos/farmacodin
%C3%A2mica/seletividade-do-local
Princípios da Farmacodinâmica
Receptores ou Alvos Farmacológicos
Macromolécula (ou complexo 
macromolecular) com o qual o 
fármaco interage para produzir 
uma resposta celular (i.e., uma 
alteração da função celular)
Fármacos alteram a velocidade ou a 
magnitude de uma resposta celular já 
existente!!! Não produzem reações 
novas!!!
Princípios da Farmacodinâmica
Proteínas são os principais alvos 
farmacológicos!!!
GOLAN, 2014
Receptores ou Alvos Farmacológicos
Princípios da Farmacodinâmica
Sítios de ligação dos fármacos  Local onde o fármaco liga-se ao
receptor
Proteínas como Alvos Farmacológicos
A ligação 
fármaco-
receptor 
resulta de 
múltiplas 
interações 
entre as duas 
moléculas, 
desde 
interações de 
Van der 
Waals a 
ligações 
covalentes
Cada sítio de ligação possui 
características químicas singulares, 
determinadas pelas propriedades 
específicas do aa que compõem o 
sítio
Interações determinam 
afinidade e 
especificidade do 
fármaco pelo receptor
GOLAN, 2014
Princípios da Farmacodinâmica
Mas como a ligação fármaco-
receptor produz uma alteração 
bioquímica e/ou fisiológica no 
organismo??
Princípios da Farmacodinâmica
Um grupo importante de receptores farmacológicos são as proteínas
 normalmente atuam como receptores de ligantes reguladores
endógenos.
Receptores Fisiológicos
Antagonistas: bloqueiam ou reduzem a ação de um agonista;
Competição com 
o agonista pelo 
sítio de ligação 
(interação 
sintópica)
Interação com 
outro sítio do 
receptor 
(antagonismo 
alostérico)
Combinação 
com o agonista 
(antagonismo 
químico)
Antagonismo 
funcional:
inibição 
indireta dos 
efeitos 
celulares ou 
fisiológicos do 
agonista
Agonistas: ligam-se aos receptores fisiológicos e simulam os efeitos 
reguladores dos compostos sinalizadores endógenos;
Princípios da Farmacodinâmica
Alosterismo
Receptores Fisiológicos
As proteínas dos receptores
possuem muitos outros locais de 
ligação através dos quais os fármacos 
podem influenciar a função do receptor de 
várias maneiras: aumentando ou 
diminuindo a afinidade dos agonistas pelo 
local de ligação do agonista, modificando a 
eficácia, ou produzindo eles mesmos uma 
resposta!
Princípios da Farmacodinâmica
Um grupo importante de receptores farmacológicos são as proteínas
 normalmente atuam como receptores de ligantes reguladores
endógenos.
Agonistas parciais: mostram apenas eficácia parcial como os 
agonistas, independentemente da concentração utilizada
BRUNTON, 2012
Agonistas inversos: estabilizam o receptor, inibindo sua atividade 
intrínseca (ou constitutiva)
Receptores Fisiológicos
Princípios da Farmacodinâmica
GOLAN, 2014
Receptores Fisiológicos
Princípios da Farmacodinâmica
GOLAN, 2014
Receptores Fisiológicos
Princípios da Farmacodinâmica
Para que um fármaco seja útil como instrumento terapêutico ou 
científico, precisa agir de modo seletivo sobre células e tecidos
específicos.
Especificidade do Fármaco
A afinidade de um fármaco por seu receptor, sua atividade intrínseca 
e sua especificidade  determinadas pela estrutura química da
substância
Fármaco que interage com 
apenas um tipo de receptor 
expresso em apenas 
algumas células 
diferenciadas  altamente 
específico
Se o receptor for expresso ubiquamente 
por diferentes células distribuídas por 
todo o organismo, os fármacos que atuam 
neste receptor amplamente expresso 
produzem efeitos generalizados e 
poderiam causar efeitos adversos ou 
tóxicos potencialmente graves, se o 
receptor desempenha funções 
importantes em vários tecidos
Princípios da Farmacodinâmica
A lidocaína, um bloqueador do canal de Na+, 
produz efeitos nos nervos periféricos, no 
coração e SNC porque os canais de Na+ estão 
expressos maciçamente em todos estes 
tecidos. Ela produz efeitos anestésicos locais 
quando administrada topicamente para evitar 
ou atenuar a dor, mas também pode produzir 
efeitos no coração e no SNC quando alcança a 
circulação sistêmica.
Especificidade do Fármaco
Princípios da Farmacodinâmica
Pressupõe que a resposta seja gerada por um receptor ocupado 
por um fármaco
Teoria de Ocupação dos Receptores
Curva de dose-resposta
BRUNTON, 2012
Respostas gradativas 
(eixo y como 
percentual da resposta 
máxima) expressas 
como função da 
concentração do 
fármaco A presente no 
receptor
A concentração do fármaco que produz 50% da
resposta máxima quantifica sua atividade e é
descrita como EC50 (concentração eficaz para
produzir 50% de resposta).
Princípios da Farmacodinâmica
Afinidade, Potência e Eficácia
BRUNTON, 2012
A formação reversível do 
complexo ligante-receptor LR 
―, é determinada pela 
propriedade química de 
afinidade.
Um fármaco com alto KA (afinidade) 
tem KD (dissociação) baixo e liga-
se a uma quantidade maior de 
determinado receptor em uma 
concentração baixa, em 
comparação com outro fármaco 
com baixa afinidade!
Interação entre o fármaco e seus receptores caracteriza-se por: (1) 
ligação do fármaco ao receptor e (2) geração da resposta em um sistema 
biológico
Princípios da Farmacodinâmica
Resposta aos Fármacos
Fármaco com menos eficácia  não produz resposta plena em qualquer
concentração!
Composto com eficácia intrínseca baixa
 agonista parcial.
Eficácia nula  antagonista
Fármaco com grande afinidade pelo receptor pode ser um AGONISTA 
PLENO e, em determinada concentração, produzir uma resposta 
completa  alta eficácia
A capacidade de um fármaco ativar um receptor e gerar uma resposta 
celular depende de sua eficácia.
Princípios da Farmacodinâmica
RANG e DALE, 2016
O ligante A é um agonista, pois, quando seliga, o 
receptor (R) tende a se tornar ativado, enquanto o 
ligante B é um antagonista, pois sua ligação não conduz 
a ativação.
Princípios da Farmacodinâmica
Quantificando o Agonismo
BRUNTON, 2012
A EC50 do fármaco X ocorre em 
uma concentração de um 
décimo da EC50 do fármaco Y. 
Portanto, o fármaco X é mais 
potente que
o fármaco Y!
O fármaco X é mais eficaz do que 
o fármaco Y; as respostas 
percentuais são de 100% 
(fármaco X) e 50% (fármaco Y)
A potência dos agonistas depende da afinidade (a tendência do 
agonista de se ligar a receptores) e eficácia (a capacidade de, uma 
vez ligado a um receptor, dar início a alterações que provocam 
efeitos)
Princípios da Farmacodinâmica
BRUNTON, 2012
O que se pode dizer sobre 
estes fármacos?
Qual é mais potente?
Qual ou quais têm maior 
eficácia?
Princípios da Farmacodinâmica
BRUNTON, 2012
Dose eficaz mediana (ED50): dose do 
fármaco necessária para produzir 
determinado efeito em 50% da 
população é a dose eficaz mediana
Dose letal mediana (LD50): dose 
necessária de uma dada substância ou 
tipo de radiação para matar 50% de uma 
população em teste.
Farmacodinâmica Populacional 
e Segurança dos Fármacos
Princípios da Farmacodinâmica
BRUNTON, 2012
Várias doses de um 
fármaco foram 
injetadas nos animais e 
as respostas foram 
avaliadas e 
demonstradas 
graficamente. O cálculo 
do índice terapêutico ― 
razão entre LD50 e 
ED50 ―, é um 
indicador da 
seletividade desse 
fármaco para produzir 
os efeitos desejados em 
comparação com os 
efeitos tóxicos.
Lembrando: fármacos com baixa JT (e baixa 
IT)  pode ser necessário fazer 
monitorização terapêutica
Farmacodinâmica Populacional 
e Segurança dos Fármacos
Princípios da Farmacodinâmica
GOLAN, 2014; RANG e DALE, 2016
Tolerância
Diminuição mais gradual da 
responsividade a um 
fármaco, que leva horas, 
dias ou semanas para se 
desenvolver.
Princípios da Farmacodinâmica
Ações dos Fármacos
RANG e DALE, 2016
Princípios da Farmacodinâmica
Teoria do Encaixe Induzido
• Através da complexação, o substrato
induz uma mudança conformacional na
subunidade da enzima com a qual
interage.
• Esta mudança pode ser transmitida às
subunidades vizinhas, induzindo na
enzima a conformação responsável pelo
processo catalítico.
• O mesmo processo por ser aplicado à
interação de inibidores com enzimas ou
agonistas e antagonistas com receptores.
• Particularmente no caso de agonistas, ao
invés da mudança conformacional no
receptor influenciar na catálise poderá,
por exemplo, modificar a condutância de
um canal iônico, e.g. benzodiazepínicos
frente ao receptor GABAA, um canal de
íons cloreto.
VERLI e BARREIRO, 2005
Diferente da teoria da chave-
fechadura
Obrigada!
E-mail para contato: thais.rdecaux@gmail.com
Referências
BRUNTON, Laurence L. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e 
Gilman. 2012. 12 ed. Porto Alegre.
GOLAN, David E. e col. Princípios de Farmacologia. A Base Fisiopatológica da 
Farmacologia. Editora Guanabara Koogan, 3ª edição, 2014. 
KATZUNG, Bertram. Farmacologia básica e clínica. 13. Porto Alegre.
RANG, H. P et al. Rang & Dale: Farmacologia. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. xvii, 
760 p. 
VERLI, Hugo; BARREIRO, Eliezer J.. Um paradigma da química medicinal: a flexibilidade 
dos ligantes e receptores. Quím. Nova, São Paulo , v. 28, n. 1, p. 95102, Feb. 2005 . 
Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010040422005000100018&lng=en
&nrm=iso>. access on 25 Apr. 2021. https://doi.org/10.1590/S0100-40422005000100018. 
WHALEN, Karen. Farmacologia ilustrada. 6. Porto Alegre: ArtMed, 2016.
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