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DOENÇAS NO PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM NEONATAL (PNTN) Alunas: Bianca Lima de Souza MEDICINA-UNIT 2022.1 FENILCETONÚRIA: ● É um erro inato do metabolismo, de etiologia autossômica recessiva, resultante da ausência ou deficiência quase completa de atividade da enzima fenilalanina hidroxilase, que converte a fenilalanina em tirosina; ● A doença se dá devido ao acúmulo de fenilalanina no organismo, o que se torna tóxico. O nível de fenilalanina no sangue é superior a 10 mg/dl ou 600mol/l; ● Quando não tratada precocemente determina o retardo mental e distúrbios do comportamento; ● O tratamento consiste na restrição de fenilalanina da dieta com monitorização dos níveis séricos de fenilalanina; ● É a condição mais encontrada na triagem neonatal em todo o mundo; ● A incidência da fenilcetonúria varia nos diversos estados e regiões do Brasil entre 1:21.000 e 1:13.500 nascidos vivos. HIPOTIROIDISMO CONGÊNITO: ● É a deficiência do hormônio tireoidiano ao nascimento; ● As manifestações mais marcantes da doença são as consequências neurológicas, especialmente o retardado mental e no desenvolvimento; ● No Brasil, sua incidência é de 1:4.000 a 1:3.000 nascidos vivos; ● A triagem é feita com dosagens do TSH e da tiroxina livre; ● O tratamento é feito com a reposição oral de levotiroxina, com monitorização clínica do desenvolvimento e do crescimento e dos níveis sangüíneos dos hormônios. DOENÇA FALCIFORME: ● Grupo de doenças, caracterizadas pela produção anormal de cadeias da hemoglobina de etiologia autossômica recessiva; ● Determina anemia por hemólise crônica, episódios intermitentes de oclusão vascular, dor intensa e outras complicações; ● A incidência é de 1:2.500 a 1:1.000 nascidos vivos; ● A triagem neonatal pode identificar indivíduos com outras hemoglobinopatias e também os portadores. FIBROSE CÍSTICA: ● Resulta de um distúrbio da função exócrina associado a alterações na proteína reguladora da condutância transmembrana (CFTR) que regula o fluxo de íons em superfícies epiteliais. É uma doença autossômica recessiva; ● Suas principais alterações ocorrem no pâncreas exócrino, nos pulmões, no intestino, no fígado, nas glândulas sudoríparas e no trato genital masculino; ● As manifestações clínicas mais frequentes são a tosse crônica, a recorrência de infecções, baixa estatura, além de puberdade tardia; ● Nos três estados brasileiros onde sua triagem é realizada, sua incidência se situa em torno de 1:10.000 nascidos vivos; ● O tratamento requer suporte nutricional, suplementação de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), reposição de enzimas pancreáticas, broncodilatadores, fisioterapia respiratória e prevenção de infecções pulmonares. DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE: ● A deficiência de Biotinidase é uma doença autossômica recessiva causada pela ausência da enzima Biotinidase; ● A enzima biotinidase realiza a absorção da biotina presente em alimentos (principalmente nozes, gema de ovo, amendoim e etc), Além de também ser responsável pelo seu reaproveitamento; ● Os sintomas mais marcantes são manifestações neurológicas, como retardado no desenvolvimento e convulsões, e problemas relacionados a pele, como a dermatite, e também alopecia; ● A incidência é avaliada em 1/60.000 recém-nascidos vivos, ou seja, trata-se de uma doença rara, com início das manifestações em torno dos primeiros meses de vida. HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA: ● A hiperplasia adrenal congênita (HAC) é um distúrbio genético que afeta as glândulas suprarrenais, de etiologia autossômica recessiva; ● No Brasil, o diagnóstico é feito por meio do teste do pezinho, já que o tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível; ● A incidência mundial da forma clássica da doença é estimada em 1:15.000 nascidos vivos; ● A hiperplasia adrenal congênita (HAC) decorre da insuficiência das enzimas envolvidas na síntese do cortisol no córtex adrenal. A deficiência da 21-hidroxilase (21OHD), a deficiência do cortisol leva à hiperestimulação do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal (mecanismo de feed-back), acarretando acúmulo de esteroides adrenais anteriores ao bloqueio enzimático, o que resulta em produção excessiva de andrógenos; ● O bloqueio enzimático na esteroidogênese adrenal acarreta diminuição da concentração sérica de cortisol e conseqüente aumento da liberação de hormônio adenocorticotrófico (ACTH) e hormônio liberador de corticotrofina (CRH) e assim, produz um estímulo exagerado do córtex adrenal. Como consequência desse processo, ocorre a hiperplasia das adrenais e o acúmulo dos compostos pré-bloqueio enzimático, assim como a deficiência dos compostos pós-bloqueio. ● Os sinais e sintomas da hiperplasia adrenal (HAC) podem não se manifestar logo ao nascimento, o que dificulta o reconhecimento da doença; ● As manifestações clínicas podem incluir: Vômitos, desidratação, hipotensão e ganho inadequado ou mesmo perda de peso. Hiponatremia, hiperpotassemia, virilização progressiva, crescimento excessivo, desenvolvimento ósseo avançado, puberdade precoce e baixa estatura na vida adulta; https://www.medicina.ufmg.br/observaped/genetica/ https://www.medicina.ufmg.br/observaped/teste-do-pezinho/
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