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BRONQUITE E BRONQUIOLITE NA PEDIATRIA

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BRONQUITE E BRONQUIOLITE
A bronquite é uma inflamação da parede brônquica que pode estar associada a diversas condições, como asma, pneumopatias, doenças crônicas, entre outras. A bronquite aguda é uma síndrome de origem viral, cujo principal sintoma é a tosse. Geralmente, trata-se de uma condição autolimitada. Por outro lado, a bronquite crônica é uma condição observada em adultos que apresentam tosse produtiva por pelo menos 2 anos consecutivos, durante 3 meses por ano.
A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma doença infecciosa viral e inflamatória que leva à obstrução dos bronquíolos. É mais comum em lactentes com idade inferior a 2 anos, sendo a principal causa de hospitalização nessa faixa etária. Os lactentes apresentam características anatômicas e fisiológicas que os tornam mais suscetíveis à obstrução e sibilância das vias aéreas. Além disso, têm uma resposta mais proeminente a infecções devido ao aumento de neutrófilos, linfócitos, entre outros, o que os torna propensos a episódios de broncoespasmo. Isso resulta em resistência à passagem de ar durante a expiração, causando sibilância, obstrução valvular e dificuldades na eliminação do ar, levando à hiperinsuflação pulmonar. 
A etiologia da BVA envolve o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por cerca de 50% dos casos, e o metapneumovírus. Bactérias não estão associadas à bronquiolite. A transmissão ocorre por contato com secreções respiratórias.
Os sintomas iniciais da BVA se assemelham aos de infecções do trato respiratório superior, incluindo espirros, rinorreia, obstrução nasal e tosse. Geralmente, a temperatura corporal se mantém normal ou pode ocorrer febre alta. Conforme a doença evolui, os sintomas incluem tosse paroxística, dispneia, irritabilidade, taquipneia e, em lactentes com menos de 3 meses, apneia pode ser mais comum do que sibilância.
No exame físico, é possível observar sibilos inspiratórios ou bifásicos, prolongamento do tempo expiratório, taquipneia, dispneia (com batimento nasal e retração intercostal). Em casos moderados ou graves, a hospitalização é recomendada.
Os exames complementares incluem radiografia de tórax, que pode mostrar sinais de hiperinsuflação, aumento do diâmetro anteroposterior do tórax, retificação dos arcos costais, retificação do diafragma, aumento da transparência pulmonar e áreas de atelectasia. A gasometria arterial é reservada para casos graves e pode indicar hipoxemia e hipercapnia.
O diagnóstico diferencial deve considerar condições como asma, coqueluche, fibrose cística, refluxo gastroesofágico e pneumonia. O tratamento inclui medidas para controlar a temperatura, lavagem nasal com soro fisiológico, elevação da cabeceira, oxigenoterapia em casos de hipoxemia, cuidadosa alimentação oral, hidratação venosa, e, em alguns casos, nebulização com beta agonista. Complicações possíveis da BVA incluem acidose metabólica, insuficiência respiratória, pneumotórax, atelectasia e infecção bacteriana secundária. O período mais crítico ocorre nas primeiras 48-72 horas.

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