Resumo Sinais Vitais 2

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Observações: 
Os monitores de punho e de dedos da mão se tornaram populares, 
mas não são acurados em termos de fisiologia e técnica. A pressão 
arterial sistólica se eleva nas artérias mais distais, enquanto a 
arterial diastólica cai.
Se a braçadeira for pequena (estreita) demais, os valores aferidos 
da pressão arterial serão elevados; se a braçadeira for muito 
grande (larga), os valores aferidos da pressão arterial serão baixos 
em um braço magro e elevados em um braço robusto.
Se a artéria braquial estiver 7 a 8 cm abaixo do nível do coração, os 
valores aferidos da pressão arterial serão, aproximadamente, 6 
mmHg mais elevados; se a artéria braquial estiver 6 a 8 cm acima 
do nível do coração, os valores aferidos da pressão arterial serão, 
aproximadamente, 5 mmHg mais baixos.
Um hiato auscultatório não reconhecido pode resultar em 
subestimativa significativa da pressão sistólica (150/98 no exemplo 
adiante) ou superestimativa da pressão diastólica.
Se você detectar um hiato auscultatório, registre seus achados (p. 
ex., 200/98 com um hiato auscultatório entre 170 e 150). Um hiato 
auscultatório está associado a rigidez arterial e doença 
aterosclerótica.
Em algumas pessoas, o ponto de abafamento e o ponto de 
desaparecimento estão bem afastados. Às vezes, como nos 
indivíduos com regurgitação aórtica, os ruídos nunca 
desaparecem. Se a diferença for igual ou superior a 10 mmHg, 
anote os dois valores (p. ex., 154/80/68).
Quando utilizado um aparelho aneroide, coloque-o de tal modo 
que fique diretamente de frente para você e evite insuflações 
lentas ou repetitivas da braçadeira, porque a consequente 
congestão venosa pode causar erros na aferição
Referência: Propedêutica Médica -
Bates 11ed.
Sinais Vitais na Medicina: Uma 
Análise Detalhada
Os sinais vitais são elementos fundamentais na prática médica, pois refletem o 
equilíbrio das funções orgânicas do corpo humano. São indicadores cruciais da 
saúde de um paciente e fornecem informações vitais para o diagnóstico e 
monitoramento de condições médicas. Neste artigo, exploraremos em detalhes os 
principais sinais vitais na medicina: a pressão arterial, a frequência cardíaca (pulso), 
a frequência respiratória e a temperatura corporal.
Importância dos Sinais Vitais
Os sinais vitais são essenciais para avaliar o estado de saúde de um paciente e 
determinar se há anormalidades que exigem intervenção médica. Eles fornecem 
informações sobre o funcionamento do sistema circulatório, respiratório e 
neurológico, refletindo a homeostase do organismo. Além disso, os sinais vitais 
são usados para acompanhar a eficácia do tratamento e para identificar mudanças 
no estado do paciente ao longo do tempo.
Principais Sinais Vitais
Existem quatro principais sinais vitais que são rotineiramente avaliados em 
pacientes:
1. Pressão Arterial
A pressão arterial é uma medida da força exercida pelo sangue contra as paredes 
das artérias. Ela é expressa em milímetros de mercúrio (mmHg) e consiste em 
duas medidas: pressão sistólica (a pressão máxima durante a contração do 
coração) e pressão diastólica (a pressão mínima quando o coração relaxa entre 
batimentos).
Métodos de Medição da Pressão Arterial
Existem dois métodos principais para medir a pressão arterial:
Método Direto: Envolve a inserção de um cateter em uma artéria 
(geralmente a radial) para medir a pressão arterial diretamente. É um método 
preciso, mas invasivo, usado em situações clínicas específicas.
•
Método Indireto (Auscultatório): É o método mais comum de medição da 
pressão arterial. Utiliza um esfigmomanômetro (aparelho de pressão) e um 
estetoscópio. O manguito do esfigmomanômetro é inflado até que a pressão 
do manguito seja maior do que a pressão arterial do paciente. Em seguida, o 
manguito é desinflado gradualmente enquanto se escuta os sons de 
Korotkoff através do estetoscópio.
•
Recomendações para Medição da Pressão Arterial
Tamanho do Manguito: O manguito deve ter uma largura de 
aproximadamente 40% da circunferência do braço do paciente e um 
comprimento que cubra cerca de 80% dessa circunferência. Um manguito 
muito pequeno pode resultar em leituras mais altas do que o valor real.
•
Instruções ao Paciente: O paciente deve ser informado sobre o 
procedimento e instruído a não realizar exercícios físicos, ingerir bebidas 
alcoólicas, café, alimentos ou fumar nos últimos 30 minutos antes da 
medição.
•
Posição do Paciente: O paciente pode estar na posição de ortostase (em 
pé), decúbito ou sentado. É importante que as pernas estejam descruzadas e 
o braço utilizado esteja desnudo, sem acessórios como relógios ou pulseiras. 
O braço deve estar na altura do coração e apoiado.
•
Sons de Korotkoff
Durante a medição da pressão arterial auscultatória, os sons de Korotkoff são 
observados através do estetoscópio. Esses sons são gerados pelo fluxo turbulento 
de sangue na artéria à medida que a pressão do manguito é liberada. Eles são 
classificados em cinco fases:
Aparecimento dos Sons: Representa a pressão sistólica (máxima) e é o 
momento em que os sons de Korotkoff começam a ser ouvidos.
1.
Batimentos com Murmúrio: Sons que continuam a ser ouvidos à medida 
que o manguito é desinflado.
2.
Murmúrio Desaparece: Os sons de Korotkoff tornam-se mais suaves, e essa 
fase marca a pressão arterial média.
3.
Abafamento dos Sons: Os sons se tornam mais abafados à medida que o 
manguito é desinflado.
4.
Desaparecimento dos Sons: Representa a pressão diastólica (mínima) e é 
quando os sons de Korotkoff desaparecem completamente.
5.
É importante observar que o intervalo entre a fase I (aparecimento dos sons) e a 
fase V (desaparecimento dos sons) é chamado de hiato auscultatório e pode 
cobrir uma faixa de 30 a 40 mmHg. Erros podem ocorrer se essa fase não for 
adequadamente reconhecida.
2. Frequência Cardíaca (Pulso)
A frequência cardíaca, muitas vezes referida simplesmente como "pulso", é a 
medida da quantidade de vezes que o coração bate por minuto. Ela é um 
indicador da eficácia do bombeamento de sangue pelo coração e é 
frequentemente usada como um indicador da saúde cardiovascular.
Medição do Pulso
O pulso é geralmente medido palpando uma artéria em pontos específicos do 
corpo. Os locais mais comuns de medição incluem:
Artéria Radial: Localizada no punho, na região lateral próxima ao polegar. É 
facilmente acessível e frequentemente usada em ambientes clínicos.
•
Artéria Carótida: Localizada no pescoço, ao lado da traqueia. É usada em 
situações de emergência, como ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
•
Artéria Femoral: Localizada na região da virilha, na parte interna da coxa. É 
frequentemente usada em crianças pequenas e em situações de emergência.
•
Artéria Poplítea: Localizada na parte de trás do joelho, na região poplítea.•
Artéria Tibial Posterior: Localizada abaixo do maléolo medial (osso do 
tornozelo) na região do pé.
•
Artéria Pediosa: Localizada na região do dorso do pé.•
É importante lembrar que o pulso não deve ser medido com o polegar, pois o 
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Artéria Poplítea: Localizada na parte de trás do joelho, na região poplítea.•
Artéria Tibial Posterior: Localizada abaixo do maléolo medial (osso do 
tornozelo) na região do pé.
•
Artéria Pediosa: Localizada na região do dorso do pé.•
É importante lembrar que o pulso não deve ser medido com o polegar, pois o 
polegar possui seu próprio pulso, o que pode levar a resultados imprecisos.
Avaliação do Pulso
Além de contar a frequência do pulso, outros aspectos são avaliados, incluindo:
Ritmo: O pulso pode ser rítmico, com intervalos regulares entre as batidas, 
ou arrítmico, com padrões irregulares. Os ritmos arrítmicos podem ser 
classificados em dois tipos: com ritmo de base (com algum padrão) ou sem 
ritmo de base (sem padrão aparente).
•
Força: A força do pulso é avaliada quanto à sua amplitude. Pode ser descrito 
como "cheio" ou "filiforme". Um pulso cheio indicauma boa perfusão, 
enquanto um pulso filiforme pode indicar uma perfusão inadequada.
•
Frequência Cardíaca Normal por Idade
A frequência cardíaca normal varia de acordo com a idade. Aqui estão algumas 
faixas de frequência cardíaca típicas:
Bebês (120-150 bpm)•
Crianças (1-2 anos): 90-140 bpm•
Pré-escolares: 80-110 bpm•
Idade escolar: 75-100 bpm•
Adolescentes: 60-90 bpm•
Adultos: 60-100 bpm•
É importante lembrar que a frequência cardíaca pode variar de pessoa para 
pessoa e pode ser influenciada por fatores como exercício, estresse, ansiedade e 
condições médicas subjacentes.
3. Frequência Respiratória
A frequência respiratória é o número de vezes que uma pessoa respira em um 
minuto. Ela é um indicador importante do funcionamento do sistema respiratório 
e da troca de oxigênio e dióxido de carbono nos pulmões.
Medição da Frequência Respiratória
Para medir a frequência respiratória, geralmente conta-se o número de vezes que 
o paciente inspira e expira em um minuto. É importante que o paciente não esteja 
ciente da contagem, para não afetar a frequência respiratória voluntariamente. 
Durante a avaliação, o profissional de saúde pode continuar avaliando o pulso do 
paciente para não levantar suspeitas.
Características da Frequência Respiratória
A frequência respiratória normal pode variar de acordo com a idade e o estado de 
saúde do paciente. Aqui estão algumas faixas típicas:
Bebês (recém-nascidos): 35-45 respirações por minuto•
Crianças (6 meses): 30-50 respirações por minuto•
Crianças (2 anos): 25-32 respirações por minuto•
Crianças (idade escolar): 20-30 respirações por minuto•
Adolescentes: 16-20 respirações por minuto•
Adultos: 12-20 respirações por minuto•
Além da frequência, a profundidade e o ritmo da respiração também são 
avaliados. Alterações significativas na frequência respiratória podem indicar 
problemas respiratórios ou cardiovasculares.
Conceitos Importantes
Apneia: A apneia é a interrupção temporária da respiração. É uma condição 
preocupante que requer avaliação médica.
•
Hiperventilação: A hiperventilação é caracterizada por uma frequência 
respiratória aumentada, muitas vezes com respirações mais profundas. Isso 
pode levar a alterações nos níveis de oxigênio e dióxido de carbono no 
sangue.
•
Hipoventilação: A hipoventilação envolve uma frequência respiratória 
reduzida, mas com respirações mais longas e profundas, resultando em 
menos troca de ar. Isso também pode afetar os níveis de oxigênio e dióxido 
de carbono.
•
Padrões de Respiração Específicos: Existem padrões de respiração 
específicos que podem ser observados em pacientes com distúrbios 
respiratórios, como Cheyne-Stokes (alternância de apneia e aumento 
progressivo da frequência respiratória) e Biot (padrão irregular de 
respiração).
•
4. Temperatura Corporal
A temperatura corporal é uma medida da quantidade de calor produzida e 
perdida pelo corpo. Ela é regulada pelo hipotálamo, uma parte do cérebro 
responsável pelo equilíbrio entre o ganho e a perda de calor. A temperatura 
corporal é um indicador importante da saúde geral do paciente.
Métodos de Medição da Temperatura
Existem vários métodos para medir a temperatura corporal, incluindo:
Temperatura Axilar: Medida sob a axila. É um método não invasivo, mas 
pode ser menos preciso do que outros métodos.
•
Temperatura Oral: Medida na boca. É conveniente e amplamente utilizada, 
mas pode ser afetada pela ingestão de alimentos ou líquidos quentes ou 
frios.
•
Temperatura Retal: Medida no reto. É um método muito preciso, mas 
invasivo e desconfortável, geralmente reservado para situações clínicas 
específicas.
•
Temperatura Timpânica: Medida no ouvido. É rápido e relativamente 
preciso, mas pode ser afetado pela cera no ouvido.
•
É importante garantir que o termômetro esteja higienizado antes de cada uso, 
independentemente do método escolhido.
Fatores que Afetam a Temperatura Corporal
Vários fatores podem afetar a temperatura corporal, incluindo:
Idade: Crianças e idosos tendem a ter temperaturas corporais ligeiramente 
mais baixas do que adultos jovens.
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Exercício: O exercício físico pode aumentar a temperatura corporal devido à •
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Exercício: O exercício físico pode aumentar a temperatura corporal devido à 
produção de calor pelo corpo.
•
Nível Hormonal: Mulheres durante o ciclo menstrual podem experimentar 
um aumento de 1-2 graus na temperatura corporal basal.
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Ciclo Circadiano: A temperatura corporal tende a ser mais baixa após as 16 
horas.
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Ambiente: A temperatura ambiente pode afetar a temperatura corporal, 
levando a variações.
•
Febre vs. Hipertermia
É importante distinguir entre febre e hipertermia:
Febre (Pirexia): Refere-se a um aumento da temperatura corporal devido a 
um processo infeccioso ou inflamatório no corpo. A febre é uma resposta 
ativa do corpo a essas condições.
•
Hipertermia: É um aumento da temperatura corporal devido a problemas no 
mecanismo de regulação da temperatura, como exposição excessiva ao calor 
ou falha do hipotálamo em regular a temperatura. A hipertermia não é uma 
resposta do corpo a uma doença, mas sim uma condição na qual o corpo 
perde a capacidade de dissipar o calor adequadamente.
•
Locais de Medição da Temperatura
Os locais mais comuns de medição da temperatura corporal são a temperatura 
axilar (sob a axila), a temperatura oral (na boca), a temperatura retal (no reto) e a 
temperatura timpânica (no ouvido).
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