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@anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues Síndrome de Guillain-Barré INTRODUÇÃO Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma doença autoimune em que o sistema imunológico reconhece e ataca o sistema nervoso, levando a lesão da bainha de mielina – estrutura de importância fundamental que recobre e protege os nervos periféricos garantindo a velocidade de transmissão nervosa. As causas principais são reações a infecções bacteriana ou viral. A maioria dos pacientes com SGB apresenta alguma doença aguda que precede em 1 a 3 semanas o inicio dos sinais e sintomas neurológicos. A Síndrome de Guillain-Barré é a maior causa de paralisia flácida generalizada no mundo. É descrita como uma tríade composta por: fraqueza muscular progressiva, arreflexia e aumento das proteínas (>45 mg/dL) no LCR, sem pleocitose (10 células mononucleares/mm3). A polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica está estreitamente relacionada a SGB com muitos dos mesmos sintomas. É importante salientar que o diagnostico da SGB é eminentemente clinico. Os exames complementares serão necessários para confirmar a hipótese diagnostica e a exclusão de outras causas de paraparesia flácida. MANIFESTAÇÕES CLINICAS − Fraqueza − Formigamento − Perda de sensibilidade − Alterações na pressão arterial − Palpitações − Paresia / paralisia muscular − Interferência na capacidade de movimentação dos membros respiratórios SGB X EM A EM prejudica o sistema nervoso central, ou seja, o cérebro e a medula espinhal. Enquanto, a SGB danifica o sistema nervoso periférico. São os nervos fora do cérebro e da medula espinhal. Eles ajudam o sistema nervoso central a se comunicar com o resto do corpo, incluindo a pele, o coração e os músculos. DIAGNOSTICO CRITÉRIOS ESSENCIAIS PARA DIAGNOSTICO − Fraqueza progressiva de mais de um membro ou de músculos cranianos em graus variáveis, desde paresia leve até plegia; − Hiporreflexia e arreflexia distal com graus variáveis de hiporreflexia proximal DIAGNOSTICO LABORATORIAL – ANALISE DO LIQUOR − Proteína elevada e células brancas normais → Dissociação Albumino-Citológica o Aumento de proteína sem pleocitose o Poucas células mononucleares o Achado laboratorial após a primeira semana − Presença maior de 10 células/mm3 de linfócitos, leva-se a suspeita de outras causas de polineuropatias Obs.: Esses achados laboratoriais são característicos e evidentes em 80% dos pacientes após a segunda semana da doença. ESTUDOS ELETRO DIAGNÓSTICOS Exames: Eletroneuromiografia e Estudos da condução nervosa. Visam separar: OUTROS EXAMES Analise de Anticorpos Anti-GQ1b: Síndrome de Miller Fisher Ressonância magnética Espessamento e aumento do sinal da cauda equina e raízes nervosas intratecais Confirmação Exames complementares: LCR e estudos eletro diagnósticos Suspeita Manifestações clinicas −Redução da velocidade de condução motora −Aumento da latência motora distal −Aumento da latência da onde F −Bloqueio de condução −Dispersão temporal Desmielinizante −Redução da amplitude distal motora / sensitiva −Bloqueio transitório da condução motora Axonal @anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues DIAGNOSTICO (CRITÉRIOS) NECESSÁRIAS PARA O DIAGNOSTICO SUPORTAM O DIAGNOSTICO DIAGNOSTICO IMPROVÁVEL Padrão clássico de fraqueza: − Progressiva; − Ascendente; − Simétrica; − Bilateral: podendo acometer 2 ou os 4 membros, tronco, etc. Perda ou redução dos reflexos nos membros afetados Progressão dos sintomas por dias, ate 4 semanas Sinais e sintomas sensitivos leves Envolvimento de nervos cranianos (facial e oculomotor) Começa a melhorar após 2-4 semanas Disfunção autonômica − Cardiovascular: taquicardia, bloqueio, bradicardia, hipertensão hipotensão; − Perda de urina, constipação, diarreia; − E várias outras. Dor Sem febre no inicio LCR: proteínas aumentadas e celularidade norma Estudos eletro diagnósticos compatíveis com SGB Nível sensitivo (lesão medula) Fraqueza assimétrica Disfunção da bexiga e/ou intestino no inicio Disfunção pulmonar importante sem fraqueza relevante Sinais e sintomas sensitivos importantes sem fraqueza Febre no inicio LCR: pleocitose com celularidade alta CRITÉRIOS DE BRIGHTON Regiões com elevada incidência de Zika Vírus NÍVEL 1 (↑ certeza) NÍVEL 2 NÍVEL 3 Fraqueza bilateral e flácida dos membros Reflexo profundo reduzido ou ausente nos membros fracos Padrão monofásico: intervalo entre inicio e nadir da fraqueza de 12h a 28 dias Ausência de diagnostico diferencial para a fraqueza LCR: dissociação albumino- citológica Achados eletro diagnósticos compatíveis com SGB Fraqueza bilateral e flácida dos membros Reflexo profundo reduzido ou ausente nos membros fracos Padrão monofásico: intervalo entre início e nadir da fraqueza de 12h a 28 dias Ausência de diagnostico diferencial para a fraqueza LCR: celulas brancas <50 micros/L OU Achados eletro diagnósticos compatíveis com SGB Fraqueza bilateral e flácida dos membros Reflexo profundo reduzido ou ausente nos membros fracos Padrão monofásico: intervalo entre início e nadir da fraqueza de 12h a 28 dias Ausência de diagnostico diferencial para a fraqueza
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