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DOENÇA Raiva ETIOLOGIA Vírus de RNA fita simples; Gênero Lyssavirus; Família Rhabdoviridae; forma de bala de revólver. * putrefação destrói o vírus lentamente - 14 dias EPIDEMIOLOGIA A principal forma de transmissão é pela mordedura de animal infectado. - contato direto - vírus exalado ou excretado - ingestão de tecido ou secreções infectadas - transplacentária (não é tão comum); * Para transmissão é necessário uma solução de continuidade e saliva (meio mais rico em vírus devido a replicação em glândula salivar). - Raiva urbana: ciclo que envolve cães, gatos e ser humano; - Raiva rural: Cavalo, burro, vaca; - Raiva silvestre: todas as espécies com exceção do morcego; - Raiva aérea: ciclo no morcego. PATOGENIA O Período de incubação é muito variável. dependendo: - Grau de inervação do local: pouco inervado causa um período de incubação mais longo, se é mais inervado é mais curto (Vírus usa o sistema nervoso periférico para chegar no Central); - Distância do ponto de inoculação a medula / cérebro: quanto maior a distância, maior o período de incubação (Dependendo da localização e gravidade da lesão se avalia o protocolo pós exposição); - Variante: algumas são mais virulenta, outras são menos patogênicos; - Quantidade de vírus inoculada: quanto mais, menor o período de incubação; - profilaxia pós exposição; - bastante variável Período de incubação médio de todos os animais é de 6 meses segundo OIE (Código Sanitário para Animais Terrestres). Sem acometimento do SNC não tem como diagnosticar a doença - soroconversão só acontece depois do acometimento do SNC Período de eclipse viral Acontece inoculação do Vírus (por mordedura ou lesão em contato com saliva contaminada), a glicoproteína do vírus se liga a terminais axônicos. Há replicação no ponto de inoculação, nervos periféricos. Vai então para o SNC. Daí quando vai para o SNP e SNA vai para órgãos e glândulas salivares. Já no SNC se causa encefalite e assim acontece desmielinização e morte do animal. SINAIS CLÍNICOS Herbívoros: - Vocalização excessiva: mugido constante; - Incoordenação motora do ato de engolir: salivação abundante e viscosa, aparentar engasgo; - apatia, isolamento, perda de apetite, aumento da sensibilidade-hipersensibilidade, tenesmo, prurido na região de mordedura. O Quadro vai evoluindo para movimentos desordenados da cabeça, tremores musculares, ranger de dentes, incoordenação motora, decúbito (animal não consegue mais se erguer), movimentos de pedalagem, dificuldade respiratória. Opistótono, asfixia, morte. - Posição de opistótono: dificuldade respiratória; Animal morre por asfixia, dificuldade respiratória ou problema cardíaco; Morte em 6 dias após surgimento de sinais clínicos. DIAGNÓSTICO - suspeita clínica; - Post mortem: tecido removido do SNC (hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula); -Imunofluorescência indireta (OIE, OMS); - Inoculação em camundongo; - PCR TRATAMENTO - Animais não tem tratamento - Humanos: - Tratamento pós-exposição: vacina, soro, sedativos, anticonvulsivantes. - protocolo de Milwaukee: coma induzido, antivirais… PROFILAXIA - vacinação; - notificação obrigatória; - atendimento aos focos da doença; - cadastramento e monitoramento de abrigos de morcegos; - atividades educativas; - determinação de áreas de risco. - Controle da população de Desmodus rotundus usando anticoagulantes (pomada vampiricida - Warfarina).
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