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Orçamento Empresarial
Orçamento Empresarial 3
Desenvolvimento do material
Henrique Martins Rocha
1ª Edição
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autorização, por escrito, da Afya.
Sumário
Orçamento Empresarial 3
Para início de conversa… ................................................................................ 3
Objetivo ......................................................................................................... 3
1. Orçamento de Custos Fabris ..................................................................... 4
2. Orçamento dos Custos dos Produtos Vendidos ................................ 6
3. Orçamento de Despesas Comerciais, Administrativas e 
Financeiras .................................................................................................... 9
Referências ........................................................................................................11
Para início de conversa…
A análise e gestão de qualquer tipo de negócio passa pela verificação 
de viabilidade técnica (é possível fazer?), de viabilidade comercial (há 
mercado para consumir os produtos e serviços a serem oferecidos?) 
e econômico-financeira (é esperado gerar lucros? Os lucros gerarão 
retorno sobre o capital investido? Haverá geração de riqueza e fluxo de 
caixa que sustentem a continuidade do negócio?).
Para a análise de viabilidade financeira, é necessário analisar as receitas 
previstas e compará-las com os custos para produção e comercialização 
dos produtos, mercadorias e serviços. Entretanto, a expectativa de um 
bom resultado quanto aos custos não é suficiente para que a decisão de 
investimento seja tomada: há de se pensar, também, nos gastos para o 
funcionamento do negócio. Ou seja, além de apurarmos a expectativa de 
um ganho sobre o produto, dado na forma da diferença entre as receitas 
previstas e o custo do produto vendido, precisamos ficar atentos aos 
gastos para efetuar a venda em si, manter a estrutura da empresa em 
funcionamento, ter gastos com telefone, água, bancos etc. Na verdade, 
tais fatores podem transformar uma expectativa de lucro e rentabilidade 
em perdas substanciais para a empresa.
Por isso, é importante que, junto ao orçamento de receitas e de custos, 
tenhamos, também, as peças orçamentárias de despesas comerciais, 
administrativas e financeiras.
Objetivo
Elaborar os orçamentos: custos fabris, custos dos produtos vendidos, 
despesas comerciais administrativas e financeiras
Orçamento Empresarial 3
1. Orçamento de Custos Fabris
Os custos fabris englobam os custos de matérias primas, os custos de 
mão de obra direta e os custos indiretos de produção. Mas, quando 
tratamos dos custos indiretos, é importante estarmos atentos a algumas 
sutilezas e especificidades.
Primeiramente precisamos destacar que a separação formal que a 
Contabilidade faz entre o que é “custo” e o que é “despesa” pode ter pouca 
relevância no processo orçamentário (ao menos até o momento em que 
forem feitas as projeções dos relatórios contábeis), visto que ambos 
são, em termos práticos, dinheiro que “sai” da empresa. Na verdade, há 
a área de conhecimento e de estudo denominada Contabilidade de 
Custos, a qual trata, de fato, tanto dos custos quanto das despesas (seu 
entendimento e suporte às tomadas de gestão).
Outro aspecto diz respeito ao fato de que há gastos (sejam eles custos 
ou despesas) fixos e variáveis, os quais sofrem efeitos das variações nos 
volumes produzidos e comercializados e podem ter comportamentos 
mutáveis. É o caso, por exemplo, dos custos que permanecem fixos até 
determinado volume e variáveis acima dele (por exemplo, os valores 
de franquia de contas de luz e água, acima do qual há a cobrança por 
consumo). Ou, ainda, custos que permanecem estáveis (fixos) dentro 
de determinadas faixas de uso, mas variam de faixa para faixa (por 
exemplo, aluguel de equipamentos ou serviços por faixa de tempo, com 
estacionamento com preço fixo até uma hora, outro preço fixo entre uma 
e três horas etc.).
A própria mão de obra direta é um fator que pode gerar certa complicação 
no processo orçamentário, pois, apesar de ser calculada com base no 
uso, variações de demanda fazem com que a utilização da capacidade 
instalada varie e, consequentemente, os custos. Observe que a folha 
de pagamento da mão de obra direta, saldo por efeito de admissões 
ou demissões, permanece constante ao longo do tempo. No entanto, a 
alocação de tais gastos aos produtos, na forma de mão de obra direta, 
ocorre pela utilização prevista, como você pode ver no Gráfico 1. 
Gráfico 1: Variação dos custos de mão de obra direta e da ociosidade em função do volume. 
Fonte: Elaborado pelo autor.
100
80
60
40
20
0
45 45 45 45 46 51 60 73 90 100
Volume
Ociosidade
Gastos variáveis totais
MOD x ociosidade em função do volume
Orçamento Empresarial 4
Dessa forma, ainda que consigamos custear a MOD para os produtos, a 
ociosidade acaba recaindo sobre a estrutura da empresa. Na verdade, tal 
lógica se aplica a qualquer gasto fixo: ainda que o aumento de volume 
reduza os custos fixos unitários (isto é, calculados para cada unidade de 
produto), devemos lembrar que a ociosidade dos gastos fixos é repassada 
como gasto de produto final, por compor os gastos da empresa.
“Na indústria, o orçamento de gastos variáveis por unidade está 
intimamente ligado ao orçamento da produção, que envolve programação 
produtiva, gerenciamento da capacidade disponível, gerenciamento de 
estoques e orçamento de materiais”. (COELHO; PONTES, 2018, p.56)
Nesse sentido, uma prática bastante comum é a de utilizar o método de 
custeio variável para auxiliar a construção das peças orçamentárias. A 
lógica de tal método de custeio é o de não considerar os gastos fixos na 
composição dos custos de produtos e serviços: eles seriam considerados 
tão somente como gastos da infraestrutura de funcionamento do 
negócio.
Ou seja, a composição de gastos e resultados seguiria a lógica mostrada 
abaixo.
RECEITA
(CUSTOS VARIÁVEIS)
(DESPESAS VARIÁVEIS)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
(CUSTOS FIXOS)
(DESPESAS FIXAS)
LAIR
Observe que, nesse caso, precisamos pensar em custos variáveis em 
função do volume produzido, enquanto as despesas variáveis usualmente 
são função da receita (exemplo: comissões de vendas). De forma para 
compatibilizarmos as unidades e permitir que os cálculos sejam feitos 
de forma correta, o mais comum é que calculemos os custos unitários 
(dividindo valores totais pelo volume produzido) e transformemos toda 
a base de cálculo como sendo em função da receita.
Quanto aos gastos fixos, uma prática comum nas empresas é a de criação 
de centros de custos (CC), facilitando enormemente o planejamento e 
previsão dos gastos fixos: cada CC tem a responsabilidade de prever 
seus gastos, os quais, se aprovados pela Alta Administração, compõem 
o cálculo dos gastos fixos da empresa. E, a partir desse ponto, os CC são 
responsáveis por monitorar seus gastos, gerenciando, assim, sua parte 
no orçamento.
De acordo com Coelho e Pontes (2018), há três tipos de gastos fixos, 
de acordo com suas características:
Orçamento Empresarial 5
Comprometidos - Ligados à estrutura da empresa como um todo e 
que tendem a permanecerem inalterados. Exemplos: valor do aluguel, 
depreciação, manutenção predial etc.
Padrão – Correlacionados ao resultado obtido, sendo possível medir 
sua eficiência. Exemplo: quantidade de funcionários necessária para 
atender à determinada demanda, tomando por base o tempo unitário 
previsto para cada atividade, a partir do que poderiam ser estimados os 
gastos com salários, encargos etc. Importante destacar que não estamos 
falando de gastos variáveis, pois não variam em relação direta com a 
quantidade.
Discricionários - Não possuem correlação com os resultados obtidos, 
não sendo possível,portanto, medir sua eficiência. Exemplos: serviços 
específicos, treinamento e consultorias etc.
2. Orçamento dos Custos dos Produtos 
Vendidos 
Ainda que reconheçamos o custo dos produtos vendidos (CPV) como um 
elemento resultante dos registros contábeis presente no Demonstrativo 
de Resultados do Exercício (DRE), como mostrado na Figura 1, dentro 
do escopo do processo orçamentário, ele é um elemento de projeção e 
controle. Figura 2: Integração entre os demonstrativos contábeis projetados.
Fonte: Adaptado de Frezatti (2017).
ATIVO PASSIVO E PL
CIRCULANTE CIRCULANTE
LONGO 
PRAZO LONGO 
PRAZO
ATIVO PASSIVO E PL
CIRCULANTE CIRCULANTE
LONGO 
PRAZO LONGO 
PRAZO
RECEITAS
CPV
MARGEM BRUTA
DESPESAS
RESULTADO 
OPERACIONAL
OUTROS
RESULTADO ANTES 
DO IR
IR
RESULTADO LÍQUIDO 
APÓS IR
OPERACIONAL
DE BENS DE CAPITAL
DO ACIONISTA
FINANCEIRO
BALANÇO PATRIMONIAL 
EM 31/12/20X1
DEMONSTRAÇÃO 
DE RESULTADOS DO 
PERÍODO
BALANÇO PATRIMONIAL 
EM 31/12/20X2
FLUXO DE CAIXA DO 
PERÍODO
Orçamento Empresarial 6
Lembre-se de que a legislação e as práticas geralmente aceitas preveem 
que o CPV e o DRE, como um todo, devem englobar todos os custos 
referentes aos produtos comercializados, sejam eles fixos ou variáveis. 
Portanto, o CPV não serve apenas para fins de gestão, mas também fiscais.
Dessa forma, mesmo que utilizemos o método de custeio variável para 
nossas atividades de planejamento, análise e controle do processo 
orçamentário, tais cálculos não são aceitos na elaboração dos relatórios 
contábeis da empresa, sendo necessário converter os dados para que 
possam haver os registros como os que seriam obtidos pelo uso do 
método de custeio por absorção.
Aqui, cabe recordarmos as definições dos métodos de custeio, de acordo 
com Martins (2003) e Frezatti (2017):
Por absorção (também conhecido como Custeio Integral): Todos os 
custos são distribuídos pelos produtos. Ou seja, todos os custos fixos 
devem ser absorvidos pelos produtos. Assim, todos os custos, fixos e 
variáveis, transitam pelos estoques antes de se constituírem em custos 
dos produtos vendidos, utilizando, para isso, critérios de rateio que, por 
sua arbitrariedade, podem gerar distorções.
Por departamentalização: Nesse caso, os custos indiretos dos setores 
ou centros de custo são atribuídos de acordo com critérios predefinidos 
aos outros departamentos ou centros, de forma que há uma acumulação 
dos custos conforme avançamos nesse processo, até cobrirmos todos os 
setores. Em seguida, atribuímos os custos indiretos (que, agora, estão 
alocados somente aos departamentos de produção) aos produtos, de 
acordo com critérios especificados. Ou seja, é uma forma mais detalhada 
do método por absorção.
Custeio por Atividades (Activity Based Costing): Pode contribuir para 
a redução das distorções provocadas pela figura de alguns tipos de 
rateios sem critérios com racionalidade econômica: os custos indiretos 
são atribuídos às atividades exercidas na empresa, de tal forma que o 
total de custos dos departamentos seja transformado em total de custos 
das atividades. Feito isso, os custos das atividades são atribuídos aos 
diferentes produtos, de acordo com o “uso” que tais produtos fazem de 
tais atividades. Ou seja, a racionalidade do que gera custos existir por 
exercer atividades e o de que tais atividades são necessárias à produção 
dos produtos, proporciona uma lógica de relacionamento entre os 
recursos consumidos e os produtos gerados.
Variável: Nesse método, são alocados, a cada produto gerado, somente 
os custos variáveis, ou seja, aqueles que variam em relação direta com 
a variação da produção e venda. Nesse caso, os demais custos são 
lançados para o período (exercício), não transitando pelos estoques.
Orçamento Empresarial 7
Direto: Difere do método variável, pois são alocados a cada produto 
somente os custos diretos, ou seja, aqueles que se consomem na 
geração dos produtos, sejam fixos ou variáveis.
Mas, antes de discutirmos o CPV, vale lembrar que ele se aplica 
usualmente às empresas do ramo industrial. Ainda que não sejam 
regras fixas, temos:
CPV (Custo dos Produtos Vendidos): para empresas que “produzem” 
(industrializam) os produtos que são comercializados. Assim, devem ser 
considerados os gastos com produção, e não somente compras, ou seja:
CPV = Estoque Inicial + Insumos aplicados nos produtos vendidos 
(matéria-prima, embalagens etc.) + Mão de obra aplicada nos produtos 
vendidos + Gastos gerais de fabricação aplicada nos produtos vendidos 
(energia, depreciação etc.) – Estoque Final. 
Para identificação de tais fatores, será necessário estabelecer 
componentes e quantidades do processo produtivo.
CMV (Custos das Mercadorias vendidas): Para empresas que 
comercializam produtos que não são produzidos por elas. Ou seja, não 
há a industrialização e, por tal razão, os produtos são entendidos como 
“mercadorias” vendidas. Refere-se, assim, especificamente, aos produtos 
adquiridos pela empresa para revenda, como costuma acontecer no 
comércio, De forma simplificada, podemos dizer que CMV = Estoque 
Inicial + Compras - Estoque Final.
CSV (Custos de Serviços Vendidos) ou CSP (Custos dos Serviços 
Prestados): aplicado a empresas, obviamente, de prestação de serviços.
Dessa forma, o CPV (e, de forma análoga, o CMV e CSV, já que os cálculos 
de CPV, do CMV e do CSV são parecidos) representa o valor da obtenção 
e processamento da mercadoria, levando em consideração a aquisição 
de matérias- -primas, o processo de industrialização e correlatos. Seu 
cálculo mensura os itens vendidos e não os que ficaram em estoque. Ou 
seja:
CPV = Estoque Inicial + Produção – Estoque Final
Por exemplo, se temos 500 unidades de um produto em estoque, são 
produzidas mais 1.500 unidades de produto e, ao final do exercício, há, 
em estoque, 550 unidades, foram vendidas 1.450 unidades do produto 
(500 + 1500 – 550 = 1.450) e, se o custo de cada unidade é de R$ 100,00, 
o CPV será de R$ 145.000.
Por mais óbvia que seja tal análise, é importante destacar que tomar por 
base somente o dinheiro que entra na empresa pelas suas vendas, pode 
gerar uma visão distorcida das finanças. Afinal, podemos estar recebendo 
“muito” por algo que nos custou “muito mais”.
Assim, o Custo do Produto Vendido inclui todos os gastos para produzir e 
armazenar um produto, até que ele seja vendido. Como parte do processo 
orçamentário, é fácil perceber que o orçamento dos CPV tem como base 
Orçamento Empresarial 8
as informações oriundas de outras peças orçamentárias, para podermos 
trabalhar com a projeção de vendas, de produção, de consumo e compras 
de matérias primas, mão de obra direta e custos indiretos.
3. Orçamento de Despesas Comerciais, 
Administrativas e Financeiras 
O cálculo do CPV não exaure as necessidades de informações para 
planejamento e controle do orçamento, afinal, o CPV não engloba todos 
os gastos para comercialização do produto e manutenção das atividades 
da empresa.
Desta forma, deve haver o orçamento de despesas comerciais, 
administrativas e financeiras, visando o planejamento e controle de tais 
elementos.
O orçamento de despesas comerciais engloba as despesas referentes 
às atividades comerciais da empresa: salários/encargos da equipe de 
vendas e marketing, gastos com pesquisa de mercado, administração de 
vendas etc. Ou seja, leva em consideração a venda, publicidade, promoção 
de vendas e armazenagem, inclusive, despesas incorridas após a ocasião 
da venda ou custos de preenchimento dos pedidos, tais como despesas 
de embarque, expedição, comissões de vendedores e custos tributários, 
fretes da distribuição etc. 
‘‘ O Orçamento de despesas de vendas visa dimensionar os recursos necessários para 
dar suporte às vendas orçadas. A maioria das despesas de vendas é de natureza 
fixa. Algumas despesas de vendas e distribuição são variáveis, isto é, variam em 
função do volume de vendas. Por exemplo, as comissões de vendedores e fretes 
de distribuição podem aumentar à medida que aumenta o volume de vendas.(HOJI, 2017, p.444)’’
Os centros de custos administrativos incluem a alta direção da empresa 
e as operações de staff não relacionadas às atividades de produção, 
marketing e, na maioria das empresas, Pesquisa e Desenvolvimento 
(P&D). Isso se deve ao fato de as empresas optarem por ter o orçamento 
de P&D como uma peça orçamentária separada ou, mais comumente, 
como parte do orçamento de investimentos.
No que tange ao orçamento de P&D, a empresa deve (LOBATO: AZEVEDO, 
1994, p.60):
 ▪ Decidir o nível de comprometimento financeiro para pesquisa e 
desenvolvimento ao longo dos próximos anos.
 ▪ Decidir as direções do esforço de pesquisa e desenvolvimento.
 ▪ Avaliar a eficácia do grupo de pesquisa e desenvolvimento.
 ▪ Decidir quanto ao valor dos fundos que serão colocados à disposição 
de P&D ao longo de um período de anos.
Orçamento Empresarial 9
O orçamento de despesas administrativas tem a finalidade de determinar 
os recursos que serão despendidos com a gestão da empresa” (HOJI, 2017, 
p.444). Incorpora as despesas de setores como Recursos Humanos (RH), 
Finanças, Segurança, Informática etc. Aluguéis e condomínios, gastos 
referentes ao material de escritório, telefone, água, energia elétrica etc. 
fazem parte das despesas administrativas.
Cabe aos setores e departamentos fornecerem os valores previstos de 
gastos, seja com base em dados históricos e/ou discricionários, para 
compor a peça orçamentária específica. Se aprovado pelo responsável 
pelo processo orçamentário, além de servir de base para o planejamento 
do orçamento, será utilizado, também, como instrumento de gestão para 
controle do orçamento, além de servir de entrada para o processo de 
elaboração dos relatórios financeiros projetados.
Já o orçamento de despesas financeiras, que em algumas empresas é 
incorporado ao orçamento de despesas administrativas, para efeito de 
simplificação, engloba gastos como taxas bancárias, pagamento de juros 
etc. Importante destacar que os gastos com salários e benefícios dos 
empregados dos setores financeiros da empresa, bem como quaisquer 
outros gastos em tais setores não se caracteriza como despesas 
financeiras: são despesas administrativas.
Como você pôde perceber, há diversos aspectos a serem considerados 
no processo orçamentário, que vão além das estimativas de vendas e 
receitas, quantidade a ser produzida, matérias-primas a serem utilizadas 
e adquiridas, mão de obra utilizada, bem como custos indiretos diversos.
A manutenção das operações, implicando em gastos fabris, compõem 
um total de fatores a serem considerados quanto à elaboração dos 
orçamentos do custo de produtos vendidos. Entretanto, a ele precisam 
ser incorporados, também, gastos referentes à comercialização, na forma 
dos orçamentos de despesas comerciais, administrativas e financeiras, 
elementos fundamentais a serem considerados no processo de 
planejamento e controle do orçamento empresarial. 
Orçamento Empresarial 10
Referências
COELHO, F. S.; PONTES, R. M. Orçamento e controle. Rio de Janeiro: 
Fundação Getúlio Vargas, 2018.
FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 
6 ed. São Paulo: Atlas, 2017.
HOJI, M. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira 
aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 12 ed. São 
Paulo: Atlas, 2017.
LOBATO, D. M.; AZEVEDO, H. M. Orçamento empresarial. Rio de Janeiro: 
Fundação Getúlio Vargas, 1994.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
Orçamento Empresarial 11
	Orçamento Empresarial 3
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1. Orçamento de Custos Fabris
	2. Orçamento dos Custos dos Produtos Vendidos 
	3. Orçamento de Despesas Comerciais, Administrativas e Financeiras 
	Referências