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Coagulograma. PROF(A): ME. FT. Patricia Cunha @patycunha68 Objetivo da aula: • Identificar quando é necessário a solicitação do coagulograma; • Conhecer o processo de coagulação e, desta maneira, identificar falhas e o local da falha. Coagulograma Hemostasia A hemostasia é o fenômeno fisiológico, responsável pelo equilíbrio dinâmico que procura manter o sangue fluido no interior dos vasos, bem como impedir a sua saída para os tecidos vizinhos. Este fenômeno é dividida em primária e secundária. Hemostasia A hemostasia primária atua regredindo o sangramento por meio da formação de um trombo ou tampão plaquetário. A formação do tampão de plaquetas em um sítio de injúria vascular requer a integridade de três componentes da função plaquetária: adesão, ativação e agregação. Alterações que decorram em uma destas etapas condicionam a formação dos distúrbios plaquetários. Hemostasia A hemostasia secundária subdividida em via intrínseca (fatores VIII, IX e XI), extrínseca (fator VII) e comum (X, V, protrombina e fibrinogênio), atua evitando o ressangramento, na formação de uma rede adesiva de fibrina que consolida o trombo. Alterações que ocorram em uma destas vias, no que concerne a deficiência de determinado fator, constituem as coagulopatias hereditárias. Hemostasia Avaliação prática : Usualmente, utiliza-se, de início, as quatro principais “Provas da Hemostasia” como screening: (1) Contagem plaquetária; (2) Tempo de Sangramento; (3) TP (4) TTPA. As duas primeiras medem a hemostasia primária, e as duas últimas, a hemostasia secundária. COAGULOGRAMA O coagulograma é um conjunto de exames responsáveis pela análise de alterações da coagulação presentes no sangue humano. É um exame de triagem para verificação da hemostasia Com ele, é possível identificar doenças ou complicações e iniciar o tratamento o mais rápido possível. Coagulograma A coagulação garante que perdas sanguíneas consideráveis não ocorram. Nesse processo, o sangue perde suas características de fluido e torna-se uma massa quase sólida, um coágulo. Coagulação CASCATA DE COAGULÇÃO Processo é possível por causa de eventos que ocorrem de maneira sequencial. A coagulação pode ser dividida em duas vias: a extrínseca e a intrínseca. A via extrínseca inclui elementos do sangue e aqueles que também não são encontrados com frequência no espaço intravascular. A via intrínseca inicia-se com componentes que estão no espaço intravascular. Essas duas vias convergem para uma via comum. Via extrínseca O fator tecidual, liberado pelo tecido lesionado, causa a ativação do fator VII, que ativa o fator X. A ativação do fator X ocorre depois que o fator VII forma um complexo com o cálcio, e o fator III passa a agir enzimaticamente na presença de fosfolipídios para garantir a ativação. Via intrínseca inicialmente, observa-se a fase de contato, que envolve quatro proteínas distintas. O fator XI adere-se à superfície exposta e é ativado na presença de cininogênio de alto peso molecular (CAPM) pelo fator XII ativado. O fator XI atua sobre o fator IX, ativando-o. O fator IX ativado estimula o fator X ao atuar com o fator VIII ativado, fosfolipídios plaquetários e o fator 3 plaquetário. Via Comum Ativação do fator X na via intrínseca e extrínseca leva à via comum. Nessa via, o fator X ativado combina-se com fosfolipídios e com o fator V para formar o complexo chamado de ativador de protrombina. Esse complexo inicia a ativação da protrombina (fator II) em trombina (fator II ativado). A trombina, por sua vez, converte o fibrinogênio (fator I) em monômeros de fibrina. O fator XII catalisa a transformação da fibrina solúvel em insolúvel na presença de cálcio Coagulação sanguínea com base em superfícies celulares Atualmente existe outra teoria que explica como a coagulação acontece: a teoria que se baseia em superfícies celulares. De acordo com essa teoria, a coagulação ocorre em quatro fases: iniciação, amplificação, propagação e finalização. Indicação do coagulograma Na identificação de pacientes com tendências a hemorragias ou a formação de coágulos; No monitoramento da resposta a medicação anticoagulante; No prognóstico de pacientes com falência hepática; No rastreamento de coagulação intravascular disseminada (civd) em pacientes com sepse; No rastreamento de sangramento oculto previamente à cirurgia ou outro procedimento invasivo. Possíveis alterações Hemofilia - problema genético que desencadeia episódios hemorrágicos. Essa doença apresenta problemas relacionados com os fatores de coagulação. O tipo mais comum (Hemofilia A) ocorre em virtude da deficiência no Fator VIII. Outros fatores também podem estar envolvidos, como é o caso da hemofilia B, causada pela deficiência do fator IX. Possíveis alterações Na dengue, observa-se uma redução no número de plaquetas, um problema conhecido como plaquetopenia ou trombocitopenia que pode levar a um risco aumentado de hemorragias. Na febre hemorrágica da dengue, percebe-se no coagulograma uma diminuição de fibrinogênio, protrombina, fator VII, fator XII, atitrombina e α antiplasmina, além da contagem de plaquetas estar abaixo de 100.000/mm3 Referências FRANCO, Rendrik. Fisiologia da coagulação, anticoagulação e fibrinólise. Medicina, Ribeirão Preto, v.34, p.229-237, jul/dez 2001. LANGER, B; WOLOSKER, M. Coagulação e fibrinólise: ideias atuais e suas aplicações clínicas. Ver Med, São Paulo, ed.15764, p.157-264, out/dez 2006. Manual de diagnóstico laboratorial das Coagulopatias Hereditárias e Plaquetopatias [recursoeletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de AtençãoEspecializada e Temática. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_diagnostico_coagulop atias_hereditarias_plaqueopatias.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_diagnostico_coagulopatias_hereditarias_plaqueopatias.pdf Por hoje é so!!! Obrigada pela atenção!!!!
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