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Desenvolvimento Humano e as Praticas educativas

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Conteudista
Prof. Me. Pascoal Fernando Ferrari
Revisão Textual
Aline de Fátima Camargo da Silva
Desenvolvimento Humano e as 
Práticas Educativas 
Sumário
Objetivos da Unidade ............................................................................................................3
Contextualização .................................................................................................................. 4
Desenvolvimento Humano e as Práticas Educativas ..................................................... 5
A Criança e a Escola ............................................................................................................. 8
Os Métodos de Alfabetização no Brasil .......................................................................... 10
Método Sintético ...............................................................................................................................10
Método Analítico ................................................................................................................................ 11
Método Clínico ................................................................................................................................... 12
A Abordagem Construtivista ....................................................................................................... 12
Abordagem Histórico-Social ........................................................................................................ 13
As Hipóteses de Escrita da Criança .................................................................................14
A Educação e o Letramento ..............................................................................................17
Alfabetização versus Letramento ....................................................................................18
A Alfabetização de Adultos ..............................................................................................20
Considerações Finais .......................................................................................................... 22
Atividades de Fixação ........................................................................................................24
Material Complementar..................................................................................................... 26
Referências ........................................................................................................................... 27
Gabarito ................................................................................................................................28
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Objetivos da Unidade
Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para 
que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento 
do conteúdo.
Este arquivo PDF contém o mesmo conteúdo visto on-line. Sua disponibili-
zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re-
comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento.
• Compreender o desenvolvimento humano e as práticas educativas na escola 
brasileira;
• Conhecer como se dá a aquisição da linguagem pela criança e seu desdobra-
mento na escola;
• Refletir sobre os processos de alfabetização e letramento;
• Discutir os métodos de alfabetização mais empregados nas escolas brasileiras 
durante o percurso de sua história;
• Apropriar-se das ideias de Jean Piaget, Emília Ferreiro e dos educadores brasi-
leiros Paulo Freire e Magda Soares.
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Contextualização
Para o momento de contextualização, sugerimos a leitura de trechos da entrevista 
que tem como fonte o jornal Folha de São Paulo e que está publicada no site da As-
sociação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros).
Leitura
A entrevista é concedida pelos Professores 
Telma Weisz e Fernando Capovilla e tem como 
título Construtivismo x Método Fônico. A en-
trevista foi motivada pela decisão do Ministério 
da Educação de rever os métodos de alfabe-
tização. Na entrevista, Weisz defende o cons-
trutivismo; enquanto Capovilla, defende o mé-
todo Fônico para alfabetizar, e, assim, abre um 
debate entre as duas abordagens. A entrevista 
se encontra disponível no QR Code ao lado.
Leia a entrevista com atenção e depois reflita sobre seu próprio processo de alfabe-
tização. Você foi alfabetizado(a) por meio de uma cartilha? Em caso afirmativo, qual 
é o nome dela? Você lembra o método pelo qual foi alfabetizado? Se fosse alfabeti-
zar alguém, qual método usaria? 
VOCÊ SABE RESPONDER?
De que forma a sua experiência como leitor, antes da escola, influenciou na sua al-
fabetização e desenvolvimento posterior? Em que aspectos você percebeu que o 
contato prévio com a leitura contribuiu para a sua jornada como leitor?
https://bit.ly/3DMLoNS
5
Desenvolvimento Humano e as 
Práticas Educativas
Nesta Unidade iremos conhecer e investigar as práticas educativas nos anos ini-
ciais da educação. Trataremos das hipóteses de alfabetização durante o desenvol-
vimento da escrita e também conceituaremos o termo letramento no processo de 
alfabetização da criança. Apresentaremos o contexto da alfabetização e sua impor-
tância, contemplando o letramento como uma ferramenta importante dentro do 
processo de alfabetização, no sentido de construção da identidade de um indivíduo 
que saiba utilizar socialmente a leitura e a escrita. Nesse contexto, abordaremos os 
métodos de alfabetização e as dificuldades dos professores para trabalhar com a 
alfabetização.
Dentro desse pressuposto, as concepções acerca da alfabetização estão 
diretamente ligadas às necessidades sociais, bem como o avanço do co-
nhecimento exigido por cada época. As investigações sobre a alfabetização 
nos mostram uma abordagem, passando de um enfoque mecanicista para 
um enfoque cognitivista e cultural.
A concepção do sujeito, dentro de uma abordagem tradicional, mostra-nos o edu-
cador como impositor de conceitos rígidos e fechados, processo em que ele é o 
detentor de todo o conhecimento, enquanto o aprendiz apenas o recebe (depósito), 
sem nenhuma possibilidade de participação concreta no processo de alfabetização.
Essa visão mecanicista do sujeito na alfabetização é pautada na crença de que, para 
cada som da fala, há uma letra e, para cada palavra, um conjunto de letras. Sob essa 
forma de pensar, o ato de alfabetizar assumia que a simples transposição de códigos 
(oral e escrito) seria o bastante para habilitar o sujeito a construir e interpretar men-
sagens, por meio da codificação (escrita) e da decodificação (leitura).
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Figura 1 – Decodificação 
Fonte: Freepik
Para compreendermos esse processo, recorremos ao que denominamos aquisição 
da linguagem e da comunicação, que se desenvolvem segundo etapas de ordem 
constante, ainda que o ritmo de progressão possa variar de um sujeito para outro, 
respeitando os limites individuais ou momentâneos de cada um.
Importante
É falando e ouvindo que as crianças conseguem segmentar e 
aprender as palavras que lhes interessam, e isso muito antes de 
serem capazes de empregá-las em frases. As primeiras palavras 
das crianças reúnem, sob uma mesma denominação, vários ob-
jetivos e situações que interessam aos que fazem parte de sua 
experiência.
A criança pode usar uma onomatopeia clássica, como “bruuuu”, para designar o car-
ro que passa pela rua ou qualquer meio de transporte que apareça em sua frente, 
pessoas ou animais que se movimentam na rua, brinquedos que se movimentam, 
como também manifestar o desejo de andar de carro.
7
Essas palavras iniciais têm um forte caráter imitativo e não têm um significado fixo. 
Como visto anteriormente, a criança pensa, inicialmente, por imagens e são as imagens 
que marcam a significação que ela atribui às palavras. A aquisição da linguagem verbal, 
que implica o uso de palavras, tem início, em geral, entre os 12 e 24 meses de idade.
Entretanto, antes do aparecimento das primeiras palavras, observa-se o de-
senvolvimento de um complexosistema de comunicação não verbal, com 
intencionalidade cada vez mais definida e que envolve a expressividade cor-
poral, os movimentos, gestos, olhares, nuances nas vocalizações, choro e 
assim por diante.
Mesmo antes de adquirir a linguagem verbal, o bebê já possui uma experiência de 
comunicação. O desenvolvimento dessas habilidades pode ser acompanhado ao 
longo do seu crescimento, servindo, igualmente, de indicativo da formação de uma 
boa ou má competência comunicativa.
Podemos apontar uma série de 
fatores que determinam um bom 
desenvolvimento da comunicação 
infantil, como as condições físicas 
ou orgânicas, a integridade do sis-
tema nervoso e da audição. Ainda, 
é preciso salientar a importância 
do seguinte aspecto: ter o que co-
municar. Isso significa que quem 
comunica quer transmitir uma 
mensagem, ou seja, utilizar a fala 
para demonstrar seus desejos, ex-
periências, conhecimentos, valores 
e sentimentos.
Dessa forma, estamos considerando a formação de conteúdos mentais e, nesse as-
pecto, tem um papel fundamental a própria constituição da inteligência. Não basta 
ter algo em mente que possa ser comunicado; há que se ter um desejo de transmitir 
alguma coisa para alguém, de forma sistemática para que o outro entenda. Ter uma 
forma para comunicar, possuir algo para ser expresso e querer fazer com que isso 
8
chegue até alguém depende, fundamentalmente, de estar de posse de um meio ou 
forma que permita a comunicação.
Ter um interlocutor é fundamental para a completude do processo comu-
nicacional. De que adiantaria ter algo para dizer, um desejo de dizer e uma 
forma para fazê-lo, caso não houvesse alguém para ouvir ou interagir? Es-
tamos frente à importância do papel do outro, não só como nosso ouvinte, 
mas também, como aquele que nos fornece o instrumental simbólico a ser 
usado na comunicação.
Podemos dizer que a formação dos conteúdos mentais ou de nossa linguagem in-
terior está diretamente ligada ao desenvolvimento cognitivo. Alterações nesse as-
pecto podem interferir na aquisição da linguagem, predominantemente em termos 
semânticos e de compreensão.
A Criança e a Escola
Chegou a hora de a criança ir à escola e ampliar os seus contatos com os valores so-
ciais. Após o período de desenvolvimento da linguagem, entre os 4 e 6 anos, chega 
o momento da alfabetização, a hora de ir para a escola a fim de entrar no processo 
de aquisição da leitura e da escrita.
Figura 2 – Escolarização 
Fonte: Freepik
9
No Brasil, em meados dos anos 1980, aparece uma nova teoria causando grande 
impacto e revolucionando o ensino da língua nas séries iniciais do Ensino Fun-
damental e, ao mesmo tempo, provocando uma revisão no tratamento dado ao 
ensino e à aprendizagem em outras áreas do conhecimento. Essa investigação 
evidencia a atividade construtiva do aluno acerca da língua escrita, objeto de co-
nhecimento reconhecidamente escolar, mostrando a presença importante dos 
conhecimentos específicos sobre a escrita que a criança já tem e que, embora não 
coincidam com os dos adultos, têm sentido para ela. A seguir, veja como Freire 
trata a questão da alfabetização:
[...] Aprender a ler, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o 
mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica 
de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade.
FREIRE, 2001, p. 8
Desse modo, a instituição escolar se consolida como lugar institucionalizado para o 
preparo das novas gerações. A universalização da escola assume um papel de ins-
trumento da modernização e do progresso para “esclarecer as massas iletradas”. A 
leitura e a escrita se tornam fundamentos da escola obrigatórios e objeto de ensino 
e aprendizagem.
A passagem da criança para o mundo da cultura letrada instaura novas 
formas de relação dos sujeitos entre si, com a natureza e com a história; 
um mundo novo que instaura novos modos e conteúdos de pensar, sentir, 
querer e agir.
Os documentos oficiais da Federação brasileira também nos ajudam a pensar o papel 
da escola, quando esta se defronta com a questão da alfabetização e do letramento, 
principalmente, nos anos iniciais do Ensino Fundamental I. Os Parâmetros Curricu-
lares Nacionais (1ª a 4ª séries) da Língua Portuguesa entendem o letramento como:
Letramento, aqui, é entendido como produto da participação em práti-
cas sociais que usam a escrita como sistema simbólico e tecnologia. São 
práticas discursivas que precisam da escrita para torná-las significativas, 
ainda que, às vezes, não envolvam as atividades específicas de ler ou es-
crever. Dessa concepção decorre o entendimento de que, nas socieda-
des urbanas modernas, não existe grau zero de letramento, pois, nelas, é 
impossível não participar, de alguma forma, de algumas dessas práticas.
BRASIL, 1997, p. 21
10
Quando entramos na escola, já possuímos algum grau de letramento. De alguma 
maneira, nossa vida cotidiana nos colocou diante de alguma forma de texto escrito 
e sabíamos que ali estava grafado algo. A instituição escolar deverá considerar o 
conhecimento prévio do aluno para compreender com qual aprendiz está lidando.
O contato que o aprendiz teve com a leitura e a escrita na vida pré-escolar deve ser 
levado em conta no processo de alfabetização. Inclusive, atualmente, devemos con-
siderar a experiência com as novas tecnologias que os aprendizes tiveram.
Os Métodos de Alfabetização 
no Brasil
Para contemplar o processo da alfabetização, aplicaram-se alguns métodos especí-
ficos, os quais foram construídos ao longo da nossa história desde o período colonial 
brasileiro, como exemplo, os seguintes métodos:
Método Sintético
Com muitas variantes, de forma geral, desenvolve-se da “parte” para o “todo”, apro-
priando-se da soletração, que parte do nome das letras, ou da silabação, partindo 
da emissão de sons das sílabas, sempre em uma ordem crescente. Como método 
que valoriza o fônico na alfabetização, parte dos sons correspondentes às letras. 
Posteriormente, reunidas as letras ou os sons em sílabas ou conhecidas as famílias 
silábicas, ensina-se a ler palavras formadas com essas letras e/ou sons e/ou sílabas 
e, por fim, ensinam-se frases isoladas ou agrupadas.
Figura 3 – Escrita 
Fonte: Freepik
11
Em relação à escrita, o método se restringe à caligrafia e à ortografia; e seu ensino, 
à cópia, ditados e formação de frases, enfatizando o desenho correto das letras. A 
partir de 1890, implementou-se a reforma da instrução pública no Estado de São 
Paulo. A base da reforma estava nos novos métodos de ensino, em especial no então 
novo e revolucionário método analítico para o ensino da leitura.
Método Analítico
De acordo com o método analítico, o ensino da leitura deve ser iniciado pelo “todo”, 
para depois se proceder à análise de suas partes constitutivas. Diferentemente dos 
métodos de marcha sintética até então utilizados, o método analítico, sob forte in-
fluência da pedagogia norte-americana, baseia-se em princípios didáticos derivados 
de uma nova concepção – de caráter biopsicofisiológico – de criança. Por entender 
a criança de uma maneira mais global, os níveis gerais e satisfatórios para o desen-
volvimento corporal, orgânico, postural e motor têm atenção especial. 
Aprender significa criar novas estruturas psicomotoras que são incorpora-
das ao cognitivo da criança e essas novas experiências motoras adquiridas 
são ajustadas às já estabelecidas.
Em meados da década de 1920, aumentaram as resistências dos professores quanto 
à utilização do método analítico e começou-se a buscar novas propostas de solução 
para os problemas do ensino e aprendizagem iniciais da leitura e da escrita. Nesse 
sentido, a importância do método de alfabetização passa a ser relativizada, secun-
dária e considerada tradicional.
As cartilhas utilizadas como recurso para alfabetização passam a se basear, predo-
minantemente, em métodos mistos ou ecléticos (analítico-sintético e vice-versa), 
com manuais para os docentes. Um exemplo, é a cartilha Caminho Suave, quepre-
dominou na educação brasileira a partir de 1948, ano de seu lançamento. Também 
conhecida como uma metodologia de alfabetização pela imagem, pois associava a 
letra a uma imagem “a de abelha”.
Na década de 1980, essa tradição passou a ser questionada em decorrência de no-
vas urgências políticas e sociais, que se fizeram acompanhar de propostas de mu-
dança na educação, a fim de se enfrentar, particularmente, o fracasso da escola na 
alfabetização de crianças.
12
Método Clínico
Pouco abrangente na questão da alfabetização, mas amplamente difundido na edu-
cação de forma geral, este método, associado à teoria piagetiana, é um método livre 
de conversação sobre um tema dirigido pelo interrogador. É uma técnica experimen-
tal que orienta o curso do interrogatório, o qual é dirigido pelas respostas do sujeito.
Importante
Seu objetivo é a análise do conteúdo do pensamento infantil. Esse 
método inclui uma prática que testa hipóteses sobre o funciona-
mento da inteligência de um sujeito enquanto este raciocina. 
A Abordagem Construtivista
Nos anos 1980, é introduzido no Brasil o pensamento construtivista sobre alfabetiza-
ção, resultante das pesquisas a respeito da psicogênese da língua escrita, desenvolvi-
das pela pesquisadora argentina Emília Ferreiro e seus colaboradores. O construtivismo 
se apresenta como uma revolução conceitual sobre a educação, demandando, entre 
outros aspectos, o abandono das teorias e práticas tradicionais, desmetodizando o 
processo de alfabetização e questionando a necessidade das cartilhas.
No Construtivismo, a maneira de construir o saber é muito ampla, incluin-
do, realmente, as ideias de descobrir, inventar, redescobrir, criar, sendo que 
aquilo que se faz é tão importante quanto o como fazer e o porquê de fazer.
O sujeito tem um papel ativo no processo de aprendizagem, convivendo com textos 
e pessoas alfabetizadas, estabelecendo uma ligação cognitiva a partir do que ele já 
sabe, das suas hipóteses, das suas necessidades e do que é capaz de problematizar.
Importante
No contexto da teoria construtivista de caráter interativo, con-
tamos com a Epistemologia Genética proposta por Jean Piaget, 
entendendo o pensamento e a inteligência como processos 
cognitivos que têm sua base em um organismo biológico.
13
Para Piaget, é a partir da herança genética que o indivíduo constrói a sua própria 
evolução da inteligência, em paralelo com a maturidade e o crescimento biológico; 
mediante a interação com o meio, desenvolve também suas capacidades básicas 
para a subsistência: a adaptação e a organização.
Abordagem Histórico-Social
O enfoque histórico-cultural concebido por Vygotsky consiste em considerar o in-
divíduo como resultado de um processo histórico e social, em que a linguagem de-
sempenha um papel essencial. Para Vygotsky, o conhecimento é um processo de 
interação entre o sujeito e o meio. Esse meio é entendido social e culturalmente.
Dentro da teoria sócio-histórica, 
são as condições sociais em que o 
sujeito está inserido que irão me-
diar o seu desenvolvimento no pro-
cesso de aprendizagem, priorizan-
do as interações entre os próprios 
alunos e entre eles e o professor. 
O objetivo, então, é fazer com que 
os conceitos espontâneos que as 
crianças desenvolvem em sua con-
vivência social evoluam para o ní-
vel dos conceitos científicos. Nes-
se sentido, o educador assume o 
papel de mediador privilegiado na 
formação do conhecimento.
A alfabetização busca a consoante se unindo à vogal, mas de uma forma construti-
vista e não mecânica, como se fazia com as famílias silábicas (modelo tradicional). O 
objetivo é ampliar o universo das expressões da criança para facilitar a incorporação 
da escrita. A ênfase é na elaboração da fala, da escrita e da leitura como instrumen-
tos simbólicos que repercutem no desenvolvimento mental.
A criança deve contar com um ponto de partida para realizar suas próprias desco-
bertas. Nesse sentido, o oferecimento de modelos de texto, por exemplo, é uma 
estratégia válida – desde que resulte numa atividade criativa e não cópia mecânica 
–. Trabalhos em pequenos grupos facilitam o aprendizado, mas cabe ao educador 
acompanhar individualmente o aluno.
14
As Hipóteses de Escrita da 
Criança
Conhecer as hipóteses de escrita da criança é importante para que o professor das 
séries iniciais tenha melhor desempenho em seu ofício e compreenda melhor o que 
o aluno é capaz de fazer em dado momento de seu desenvolvimento, levando em 
conta sua maturidade cognitiva. Observe o Quadro a seguir:
Quadro 1 - Quadro de Evolução Conceitual da Escrita
1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa
Primeiros 
contatos com 
a escrita.
Confecção de 
garatujas. 
Mistura 
de letras e 
números.
Diferencia 
entre a escrita 
e o desenho.
A escrita 
substitui o 
desenho.
Modos de 
diferenciação: 
• Qualitativo, 
variedade de 
letras; 
• Quantitativo, 
quantidade 
de letras.
Fonetização da 
escrita.
Períodos:
• Silábico;
• Silábico-
alfabético;
• Alfabético.
Fonte: Acervo do Conteudista 
O Quadro nos apresenta uma ideia do desenvolvimento da escrita e da leitura da 
criança. Inicialmente, a criança não atribui valor à escrita; paulatinamente, ela irá va-
lorar as letras, sílabas e palavras. A criança, primeiro, cria hipóteses de sua escrita 
para, em seguida, atribuir-lhe o significado estabelecido pela sintaxe e gramática 
adulta e convencional.
Entrando na 4ª etapa, a criança começa o processo de fonetização da escrita. Veja o 
que Emília Ferreiro diz sobre essa questão: 
A fonetização da escrita se inicia quando as crianças começam a buscar 
uma relação entre o que se escreve e os aspectos sonoros da fala. [...] O 
período de fonetização da escrita, em caso de línguas como o espanhol, 
se manifesta com um primeiro período silábico, seguido por um período 
silábico-alfabético, e finalmente as crianças abordam o essencial de uma 
escrita alfabética.
FERREIRO, 2003, p. 85
15
Os períodos de aquisição da escrita e leitura da criança é um contexto trazido por 
Emília Ferreiro (2003), concebendo a construção do conhecimento da leitura e da 
escrita, no tempo de cada aluno, constatando que esse tempo é muito variável e que 
o aprendizado não é provocado exclusivamente pela escola. Partindo deste contex-
to, Emília propõe os períodos de construção da escrita pela criança. São eles:
É a fase da pré-escrita. A criança não consegue relacionar as letras com 
os sons da língua falada. Não há reconhecimento do valor sonoro. Não há 
entendimento da ordem das letras. Nesse momento, o aprendiz acredita 
que, para ler e escrever, precisa de muitas letras, sem repetição. A criança 
escreve o que deseja escrever; ela ainda não percebe a forma escrita como 
representação da fala.
Período Pré-Silábico
A criança interpreta a letra à sua maneira, atribuindo valor à sílaba, uma a 
uma. A letra é como um símbolo. Ainda há a presença da quantidade de 
letras, colocando uma letra para cada sílaba.
Período Silábico
16
A criança mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas 
sílabas, escrevendo ora atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representan-
do as unidades sonoras menores, os fonemas. O modo silábico-alfabético 
precede a escrita regida pelos fundamentos alfabéticos.
Período Silábico-Alfabético
Neste momento, a criança entende que ler não é apenas adivinhar o que 
está escrito, que será preciso reconhecer os fonemas e que, para escrever 
e ser compreendido em sua escrita, será necessária uma ordem lógica na 
colocação das sílabas. Enfim, ela domina o valor das letras e das sílabas. 
Os erros de escrita e leitura ainda permanecem, mas o aprendiz já domina, 
mesmo que ainda não de forma plena, os códigos da escrita.
Período Alfabético
Esses níveis são trabalhados em sala de aula para que o educador possa identificar 
como realizará o trabalho de alfabetização, de acordo com o nível apresentado pelas 
crianças. A criança, agora, passa a ser vista como sujeito que interage com a escrita 
como objeto de conhecimento.Nesse processo de aprendizagem das crianças, devemos considerar, ainda, os sabe-
res sobre os espaços entre as palavras, sobre quando usar letras maiúscula e minús-
cula, plurais das palavras, aspas, ponto e vírgula, tempos verbais, etc. e sobre tantas 
outras regras da língua, que são complexas de aprender. Não é uma questão de, 
simplesmente, decifrar códigos de escrita é também saber usá-los.
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A Educação e o Letramento
Conceituar o termo letramento não é tarefa fácil. Podemos partir do princípio que o 
indivíduo letrado é aquele que possui o domínio da leitura e da escrita. Nesse senti-
do, uma pessoa letrada é aquela que domina e utiliza com competência a escrita e a 
leitura em seu meio social, pois, só assim, o indivíduo se tornará letrado.
Todavia podemos dizer que uma pessoa é letrada mesmo não sendo alfa-
betizada, desde que se aproprie das práticas sociais da escrita. Ou seja, po-
demos entender o letramento como estado ou condição de quem não sabe 
ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita. 
O outro lado da questão, é que é possível, também, que alguém conheça basica-
mente os códigos da escrita e da leitura e suas convenções, mas não faça uso desse 
código em seu cotidiano. Ou ainda, a pessoa que, embora tenha desenvolvido as 
habilidades básicas sobre o ler e escrever, não seja capaz de utilizar a escrita e a 
leitura em sua vida cotidiana. Essas pessoas podem ser consideradas analfabetas 
funcionais: decodificam e codificam os signos escritos, mas não interpretam plena-
mente esses signos, dificultando seu uso no cotidiano.
Como podemos notar, é complexo aclarar o que seja letramento. O termo surge a 
partir da palavra inglesa literacy e pode significar letrado. Magda Soares (2001) pode 
nos ajudar a pensar na dificuldade de conceituar o termo.
Pode-se concluir, então, que há diferentes conceitos de letramento, con-
ceitos que variam segundo as necessidades e condições sociais específicas 
de determinado momento histórico e de determinado estágio de desen-
volvimento. [...] o conceito de letramento envolve um conjunto de fatores 
que variam de habilidades e conhecimentos individuais a práticas sociais e 
competências funcionais e, ainda, a valores ideológicos e metas políticas.
SOARES, 2001, p. 80-81
A autora aponta para a complexidade de se tentar conceituar o termo letramento. 
Certamente, o letramento está vinculado ao uso que fazemos da palavra escrita, como 
levar um simples bilhete da escola para casa ou saber que, à nossa frente, está escri-
ta uma lista de coisas que indica a rotina de nossa sala de aula, ou ainda, saber que, 
nas placas de trânsito, estão escritas indicações de como devemos dirigir um carro. 
Então, não precisamos, exclusivamente, da leitura e da escrita para sermos letrados.
18
Figura 4 – Alfabetização 
Fonte: Freepik
Quando alfabetizado, espera-se que o aprendiz letrado se torne capaz de interpretar 
diferentes textos que circulam na sociedade em que vive. Faz-se necessário para a 
escola, um questionamento: Como ela pode alfabetizar letrando? Ensinando a ler e a 
escrever e inserindo o aprendiz no contexto das práticas sociais da escrita; essa seria 
uma das possíveis respostas.
Alfabetização versus Letramento
Para que ocorra a alfabetização e o letramento é necessária a interferência de um 
adulto que leve a criança a perceber por que e para que é importante ler e escrever. 
Por outro lado, ela tem que entender o uso das tecnologias presentes na escola. So-
bre o letramento e as técnicas empregadas no ambiente escolar, veja, a seguir, um 
trecho da entrevista concedida por Magda Soares a um jornal:
Alfabetize letrando sem descuidar da especificidade do processo 
de alfabetização, especificidade é ensinar a criança e ela aprender. O 
aluno precisa entender a tecnologia da alfabetização. Há convenções 
que precisam ser ensinadas e aprendidas, trata-se de um sistema de 
convenções com bastante complexidade. O estudante (além de deco-
dificar letras e palavras) precisa aprender toda uma tecnologia muito 
19
complicada: como segurar o lápis, escrever de cima pra baixo e da es-
querda para a direita; escrever numa linha horizontal, sem subir ou des-
cer. São convenções que os adultos letrados acham óbvias, mas que 
são difíceis para as crianças. E no caso dos professores dos ciclos mais 
avançados do ensino fundamental, é importante cuidar do letramento 
em cada área específica. 
SOARES, 2003, n.p.
Existem convenções que precisam ser ensinadas sobre a nossa língua escrita. Além 
de decodificar letras, palavras e sinais, o aprendiz precisa aprender toda técnica pre-
sente na escola, que é muito complicada em seu início: como segurar o lápis, escrever 
de cima para baixo e da esquerda para a direita; escrever numa linha horizontal sem 
subir ou descer e, ainda, nos dias atuais, devemos pensar no uso do computador e na 
internet. Dois pontos devem ser abordados no que se refere a questão do letramento.
O primeiro é entender que o letramento não é função apenas do professor 
de Língua Portuguesa; os docentes de todas as disciplinas escolares são 
responsáveis por letrar seus aprendizes, cada um em sua especialidade. 
Primeiro Ponto
O segundo ponto é que se deveria apresentar aos aprendizes diversos 
portadores de texto. Portador de texto é tudo que, normalmente, carrega 
um texto, por exemplo: bulas, jornais, revistas, gibis, bilhetes, livros, cader-
nos,etc. 
Segundo Ponto
O portador de texto é um suporte para o texto. Desse modo, o professor tem a 
importante tarefa de propiciar aos seus alunos contato com uma grande diversidade 
de textos: textos os quais sejam interessantes e desafiadores, que, depois de lidos e 
compreendidos, possam se revelar como uma conquista capaz de dar autonomia e 
independência ao aprendiz.
20
São complexos os conceitos de alfabetização e letramento, todavia é necessário 
que tratemos os termos de forma associada. Tentando aclarar a questão, veja o que 
Magda Soares fala sobre os termos:
Glossário
• Alfabetização: ação de ensinar/aprender a ler e a escrever. 
• Letramento: estado ou condição de quem não apenas sabe 
ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que 
usam a escrita. 
[...] Precisamos de um verbo “letrar” para nomear a 
ação de levar os indivíduos ao letramento... Assim, 
teríamos alfabetizar e letrar como duas ações distin-
tas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria 
alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever 
no contexto das práticas sociais da leitura e da escri-
ta, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo 
tempo, alfabetizado e letrado.
SOARES, 2001, p. 47
O trecho mostra a importância de se alfabetizar e letrar o aprendiz. Apenas alfabeti-
zar, como fazem alguns métodos ou práticas de professores, não atende à demanda 
social da atualidade. É preciso alfabetizar letrando, como diz a autora. Nesse sentido, 
as ações educativas deveriam prever, em todo seu percurso, práticas educativas que 
considerassem o letramento do aprendiz.
A Alfabetização de Adultos
Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das man-
gueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus 
pais. O chão foi meu quadro-negro; gravetos, o meu giz. [...] Eunice con-
tinuou e aprofundou o trabalho de meus pais. Com ela, a leitura da pala-
vra, da frase, da sentença jamais significou uma ruptura com a “leitura” 
do mundo. Com ela, a leitura da palavra foi a leitura da “palavramundo”. 
FREIRE, 2001, p. 5
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Freire (2001) nos mostra a relevância da alfabetização estar conectada ao mundo, 
a um mundo culturalmente vivido e que se amplia com o uso da leitura e da escrita. 
Eunice, sua primeira professora, foi fundamental nesse processo, assim como os 
pais dele, que iniciaram seu processo de alfabetização ainda em casa.
Paulo Freire (2001) sugere o termo Palavramundo. A palavra, como representação 
do mundo, não pode estar desconectada da realidade. A partir dessa forma de pen-
sar a alfabetização, o autor fazuma proposição pedagógica para alfabetizar pessoas 
adultas. Para alfabetizar adultos, Freire (2001) propõe uma abordagem que consiste 
em três momentos entrelaçados dentro do diálogo e da interdisciplinaridade.
É a investigação temática. Educador e educando buscam, no universo vo-
cabular do aluno e da sociedade em que ele está inserido, as palavras e 
temas centrais de sua vivência. 
O Primeiro Momento
É a tematização. Educador e educando irão buscar o significado social, to-
mando consciência do mundo em que vivem, descobrindo novos temas 
geradores, relacionados com os que foram inicialmente levantados. É nessa 
fase que serão elaboradas as fichas para a decomposição das famílias foné-
ticas, dando subsídios para a leitura e para a escrita.
O Segundo Momento
É a problematização. É a hora de formar a visão crítica, partindo para a 
transformação do aprendiz e do contexto vivido.
O Terceiro momento
O contexto apresentado por Paulo Freire (2001) consiste no processo de silabação. 
A silabação: uma vez identificada, cada palavra geradora passa a ser estudada me-
diante a divisão silábica.
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Cada sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudan-
ça da vogal. Por exemplo, para a palavra “FOME”, as sílabas são: FA-FE-FI-
-FO-FU, MA-ME-MI-MO-MU. E essas sílabas transformam-se em outras 
palavras que estão no cotidiano do aprendiz, ampliando seu repertório de 
palavras e sua consciência de mundo. 
A discussão sobre erradicar o analfabetismo no Brasil ocorre com mais ênfase na 
década de 1930, porém na década de 1950 se amplia, com a proposta desenvolvida 
por Paulo Freire para alfabetizar jovens e adultos. Freire propunha uma educação 
dialógica que valorizasse a cultura popular e a utilização de temas geradores. Dentro 
de um contexto de conscientização, participação e transformação social e prática 
social, temos resultados satisfatórios. Freire inovou não apenas o conteúdo, mas 
também, o método tradicional de alfabetização.
Para ele, a alfabetização promove a socialização do indivíduo, possibilitando trocas 
simbólicas, culturais e sociais; é um fator propulsor do exercício consciente da cida-
dania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.
Considerações Finais
O contexto apresentado mostrou como podemos contemplar a alfabetização de um 
indivíduo dentro da sua prática social, compreendendo a amplitude do processo de 
alfabetização e das dificuldades que os docentes encontram para conseguir estabe-
lecer esse processo.
Para que possamos compreender o processo de alfabetização, primeiramente, de-
vemos conhecer alguns aspectos importantes. Antes de aprenderem a ler e escre-
ver, as crianças passam por vários contextos, tais como a aquisição da linguagem 
até os 5 ou 6 anos, estabelecem-se socialmente e, somente após esse processo 
concretizado, elas são encaminhadas para as escolas a fim de serem alfabetizadas.
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Importante
A alfabetização é um processo que não se resume apenas na 
aquisição de habilidades mecânicas do ato de ler, baseadas nas 
regras gramaticais, mas também, na capacidade do indivíduo de 
interpretar, compreender, criticar, contextualizar e produzir co-
nhecimento e, para que esse processo se configure, recorremos 
ao letramento, que é o sentido mais ampliado da alfabetização.
Cabe ressaltar que os conceitos apresentados sobre a alfabetização e o letramento 
mostram que não podemos deixar de lado as técnicas da alfabetização e trabalhar 
somente com o letramento, já que os dois se complementam. Dessa forma, deve-
mos trabalhar com as duas possibilidades para que possamos chegar ao objetivo de 
formar um indivíduo que não saiba apenas ler e escrever, mas que também utilize 
socialmente a leitura e a escrita, interpretando e contextualizando, respondendo às 
demandas sociais de leitura e de escrita.
Muitos educadores sentem dificuldades em realizar um trabalho contem-
plando a alfabetização e o letramento. Talvez, isso ocorra por falta de co-
nhecimento acerca do assunto ou por terem certa resistência em conceber 
outras possibilidades de alfabetização, contando sempre com o mesmo 
método, sem levar em consideração a prática social de cada aluno.
Os novos educadores devem conhecer novas metodologias, novos pensamentos 
educacionais, novas possibilidades, pois é preciso ter ciência de que, muitas vezes, 
temos que abrir mão de fórmulas antigas para contemplar o processo de alfabetiza-
ção de acordo com as dificuldades apresentadas por nossos estudantes. É preciso 
destacar a importância de alfabetizar dentro de um contexto em que a leitura e a 
escrita tenham sentido para o aluno.
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Atividades de Fixação
1 – Considerando a abordagem tradicional sobre o educador e o educando, assina-
le as alternativas a seguir como verdadeiras ou falsas:
( ) O educador é detentor de todo o saber.
( ) O educando é passivo em seu processo de alfabetização.
( ) O educador é como um impositor de conceitos rígidos e fechados.
( ) O educando é ativo em sua alfabetização.
( ) O educando é tido como receptor e assimilador de conhecimentos.
2 – Basicamente, até o século XIX no Brasil, eram conhecidos dois métodos de 
alfabetização. Quais eram eles? Assinale a alternativa correta:
a. Método Sincrético e Método Analítico.
b. Método Analítico e Método Construtivista.
c. Método Alfabético e Método Construtivista.
d. Método Metódico e Método Construtivista.
e. Método Sintético e Método Analítico.
3 – Pedro é aluno de uma classe de alfabetização. Ao tentar escrever SAPO, gra-
fou as seguintes letras: ÇAPO, e na escrita de FORMIGA escreveu VORMIGA. Esse 
nível de produção gráfica em que a criança não exclui letras, mas usa letras dife-
rentes da escrita convencional, é denominada segundo a teoria de Emília Ferreiro:
Assinale a alternativa correta.
a. Silábico-alfabético. 
b. Silábico.
c. Sincrético.
d. Alfabético.
e. Pré-silábico.
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Atividades de Fixação
4 – Ao observar as pessoas podemos notar que, embora dominem as habilidades 
básicas do ler e do escrever, não são capazes de utilizar a escrita e a leitura na vida 
cotidiana. Quanto à leitura e a escrita essas pessoas podem ser consideradas como:
a. Analfabetas e letradas.
b. Alfabetizadas e letradas.
c. Alfabetizadas irracionais.
d. Analfabetas funcionais.
e. Pré letradas.
5 – Complete as lacunas a seguir: 
Segundo o conteúdo teórico, para Paulo Freire uma alfabetização conscientizadora se 
estabelece por momentos. O terceiro momento: é a ___________. É a hora de formar a 
visão crítica, partindo para a ___________ do aprendiz e do contexto vivido. 
TRANSFORMAÇÃO – PROBLEMATIZAÇÃO
Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim 
deste conteúdo.
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Material Complementar
Alfabetização e Letramento: Conceitos e Relações
O referido E-book é um trabalho realizado conjuntamente pelo Ministério da 
Educação e a Universidade Federal de Pernambuco, com o objetivo de apre-
sentar, gradualmente e sob vários pontos de vista, as reflexões a respeito do 
tema “alfabetização e letramento”.
https://bit.ly/3E1M7L3
Leitura
https://bit.ly/3E1M7L3
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Referências
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: 
língua portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília. 1997.
FERREIRO, E. Com todas as letras. Trad. Maria Zilda Lopes. 11. ed. São Paulo: Cortez, 
2003.
FREIRE, P. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 47. ed. 
São Paulo: Cortez, 2006.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autênti-
ca Editora, 2001.
SOARES, M. O que é letramento. Diário do Grande ABC: Santo André, 2003. Dispo-
nível em: <http://www.diarionaescola.com.br/29se08.pdf>. Acesso em 10/10/2012.
VYGOTSKY, L. A construção do pensamento e da linguagem. Trad. Paulo Bezerra. 
São Paulo: Martins Fontes. 2001.
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Gabarito
Questão 1
VERDADEIRO – VERDADEIRO – VERDADEIRO – FALSA –VERDADEIRO
Questão 2
e) Método Sintético e Método Analítico.
Questão 3
d) Alfabético
Questão 4
d) Analfabetas funcionais.
Questão5
Segundo o conteúdo teórico, para Paulo Freire uma alfabetização conscientizadora 
se estabelece por momentos. O terceiro momento: é a PROBLEMATIZAÇÃO. É a 
hora de formar a visão crítica, partindo para a TRANSFORMAÇÃO do aprendiz e do 
contexto vivido. 
	Objetivos da Unidade

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