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Resumo - Sondas, cateteres e drenos

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Sondas, drenos e cateteres 
Introdução 
A utilização do sistema de drenagem por meio de sondas e 
drenos possui relatos desde a época de Hipócrates. 
Inicialmente eram utilizados tubos de metais por meio da 
sucção feita manualmente (pela boca). 
Em 1805, Thomas Young fez uma descrição de uso de 
drenos laminares. 
Depois, em 1890, Charles B Penrose, foi mais adiante e criou 
o dreno de Penrose. 
Então, Heaton, no ano de 1889, criou o sistema de sucção por 
meio da drenagem ativa. 
Yates, em 1898, aperfeiçoou a técnico e criou a drenagem por 
aspiração contínua. 
E, por fim, em 1960, foi criado o sistema de Porto-vac que é 
o utilizado atualmente. 
Existem diversos tipos de sondas, drenos e cateteres Assim 
como, possuem diferentes finalidades também. 
Na foto abaixo, podemos identificar uma sonda de foley 
para procedimento de cistostomia, o qual drena a bexiga 
urinária. 
Além disso, nesse paciente, há também uma sonda de 
gastrostomia que está inserida no estômago e pode ter 
finalidade de drenagem ou nutrição do paciente. Por último, 
há um cateter venoso para acesso venoso calibroso com 
objetivo de administração de medicamentos ou aferição de 
PvC. 
Principios da Drenagem 
O objetivo principal de drenos e sondas é a drenagem do 
conteúdo cavitário, parietal e visceral. 
Seu uso ainda é questionado até os dias atuais. 
Possuímos dois tipos de drenagem: 
- Profilática → possui objetivo de impedir o acúmulo de 
secreções. 
- Terapêutica → promove a saída do material já acumulado, 
seja esse material purulento, sangue, ceroma, etc. 
Mecanismo de Ação dos Drenos 
Dentro os diversos tipos de drenos, podemos classificá-los de 
acordo com o mecanismo de ação dos mesmos: 
1 - Laminar → mecanismo de capilaridade por meio de 
drenagem passiva. Exemplo: dreno de Penrose. 
2 - Túbulo-laminar → mecanismo de capilaridade por meio 
de drenagem ativa. Possuem furinhos em seu corpo. 
3 - Túbulos Gravitacional → mecanismo de gravidade 
por meio de drenagem passiva. 
4 - Tubos de Aspiração → mecanismo de sucção por meio 
de drenagem ativa. Sistema fechado. 
 Drenos de Penrose Dreno Túbulo-laminar 
 Dreno de Sucção 
Colocação de Drenos 
Quando for necessário a utilização de drenos deve-se ter 
alguns cuidados específicos Devemos nos atentar a forma de 
exteriorização, localização dentro da cavidade e 
fixação. 
A localização interna do dreno deve evitar contiguidades com 
linhas de suturas para não haver formação de fístulas, evitar 
vasos sanguíneos, etc. 
A fixação é importante para que não ocorra a queda do 
dreno tanto para a parte externa do corpo do paciente por 
conta de tração, quanto para a parte interna da cavidade. 
Indicações Clínicas 
 Existem diversas indicações para a colocação dos drenos: 
abcessos de médio e grande volume, cx com anastomoses de 
risco no TGI por conta de desproporção entre bocas 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
anastomítcas, má vascularização, infecção e risco de fístulas, 
cx com área cruenta extensa - abdominoplastia, mamoplastia 
- , cx com risco de abertura de pequenos duetos sem ser 
detectados - pâncreas e vias biliares -, cx com sutura de 
órgão sem serosa e extraperitoniais, cx com grande 
descolamento de subctâneo e/ou utilização de prótese. 
Indicações Específicas - Tipo de Dreno 
1 - Vias Biliares → dreno de Kher; formato de T com 
seguimento para cima e outro para baixo; 
2 - Pâncreas → dreno laminar ou túbulo-laminar; 
𝟹 - Estômago → dreno laminar ou túbulo-laminar; 
4 - Duodeno → dreno laminar ou túbulo-laminar; 
5 - Intestino (anastomose com reto ou canal anal - não possui 
serosa e são extraperitoniais) → laminar ou túbulo-laminar; 
6 - Apendicite (presença de abecesso) → laminar ou túbulo-
laminar; 
7 - Cx de Parede Abdominal → dreno de aspiração; 
8 - Cx de Região Cervical → dreno de aspiração; 
9 - Cx Ortopédicas → dreno de aspiração. 
Remoção dos Drenos e Sondas 
Quando é indicado a remoção dos drenos e sondas de um 
pacientes? 
- Drenos prolifáticos → pode ser removido quando não há 
mais evidências de drenagem significativa de conteúdo da 
cavidade do paciente O tempo de permanência não é 
definido, ele varia de acordo com o procedimento realizado 
e a quantidade de conteúdo drenado. 
- Drenos Terapêuticos → a retirada é indicada quando a 
drenada estive em baixo débito de acordo com a região 
que foi drenada. 
A retirada dos drenos pode ocorrer totalmente (de uma vez 
só) ou gradativa. Em fístulas, geralmente é realizado 
gradativamente com o monitoramento e, em hematomas é 
realizado totalmente em uma única vez quando constatado a 
cessação do sangramento . 
Complicações de Drenos Abdominais 
- Hemorragias → importante atentar-se o local de 
localização. 
- Fístulas entéricas 
- Sangramentos 
- Hérnias incisionais → transfixação que causa 
enfraquecimento da parede. 
- Dificuldade de retirada do dreno 
- Infecções 
- Obstrução intestinal por aderência 
- Necrose de tecidos vizinhos por compressão 
- Hematoma de parede 
- Perda do dreno na cavidade 
Drenos de Tórax 
Os drenos de tórax são compostos por reservatório, o dreno 
propriamente dito com furos e calibres diferentes e conexação 
entre reservatório e dreno. 
Os drenos de tórax podem ser utilizados para realizar 
drenagem de ar (pneumotórax), como líquidos (sangue, 
secreção purulenta, etc). 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
A colocação do dreno de tórax deve ser feita pela parte 
superior dos arcos costas (por cima da costela) para que não 
haja lesão dos vasos intercostais e nervos. 
Tipos de Sistema Coletor - Drenos de Tórax 
Existem diversos tipos de sistema coleto para drenos torácicos 
Na imagem, o primeiro frasco (A) representa um sistema 
simples, (B) sistema com dois frascos e (C) sistema de três 
frascos. 
Em casos de pneumotórax pequenos, o sistema simples com 1 
frasco é suficiente. A parte distal (ponta) do dreno é 
introduzida dentro de uma coluna líquida porque se não tiver 
essa coluna o ar que entrasse no frasco devido a pressão ele 
voltaria para dentro do tórax do paciente. 
No caso do sistema com 2 frascos, é utilizado para quando a 
quantidade drenada é muito para somente um frasco simples. 
O sistema com 𝟹 frascos promove uma drenagem de maior 
quantidade e é conectado a um motor de aspiração contínua. 
Complicações do Dreno de Tórax 
- Drenos fora da cavidade pleural → mal localizado 
- Hemorragia 
- Lesões de vasos intercostais 
- Infecções 
Sondas e Cateteres 
São tubos de materiais diversos, flexível ou rígido, com ou 
sem balonete. 
Podem ser introduzidos em ductos, vasos ou órgãos do corpo 
com o objetivo de drenar, injetar líquido e fazer diagnósticos 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
SNG Sonda Nasoenteral
Sonda Vesical de FoleySonda Uretral 
Sonda V de Foley com Bolsa 
coletora Cateter Pigtail 
Cateter Pigtail 
Cateter Venoso Periférico 
Cateter Venoso Central 
- SNG → é introduzida via nasal e seu segmento mais 
distal fica dentro do estômago; utilizada para drenagem 
em caso de obstrução, sangramento de úlceras, etc; 
- Sonda Nasoenteral → é uma sonda mais fina, geralmente 
de silicone e com um fio guia para introdução; utilizada 
para nutrição do paciente; 
- Sonda Vesical de Foley/Demora → é uma sonda de 2 vias 
(1 para drenagem da urina e 1 para inflar o balonete), 
possui bolsa coletora para o armazenamento da urina do 
paciente durante o uso da sonda; 
- Sonda Uretral/de Alívio → utilizada para drenagem 
vesical de alívio para pacientes que possuem uma retenção 
urinária PO, por exemplo; 
- Cateter Ureteral/Pigtail → utilizado no caso de estenose 
ureteral, cálculo ureteral; insere-se um segmento dentro 
da bexiga e outro na pelve renal mantendo a via urinária 
pérvia; 
- Cateter Venoso Periférico 
- Cateter Venoso Central 
- Cateter Venoso Central com Reservatório → o 
reservatório é implantado no subcutâneo; muito utilizadona oncologia para evitar punções repetidas nas veias 
periféricas do paciente para administração de 
medicamento ou coleta de sangue; 
- Cateter Venoso de Hemodiálise 
- Sonda de Gastrostomia 
- Dreno de Kehr → possui formato de T; a porção em T fica 
dentro da via biliar e a outra porção fica externamente; 
Cateter Duplo Lúmen 
Ele possui duas entradas para administração de medicação. 
Ele pode ser introduzido via jugular interna com implante de 
sua parte mais distal na VCS e pequena parte dentro do 
átrio. 
Além do duplo lúmen, existem com mais, como 𝟹 ou 4 lúmens, 
porém, o duplo é o mais utilizado. 
Finalidades dos Cateteres V. Centrais 
- Administração de medicações 
- Hemodiálise 
- Aferição de PA/PvC 
- Medições de débito cardíaco 
 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Cateter Venoso Central 
com Reservatório
Cateter Venoso de 
Hemodiálise 
Sonda de Gastrostomia Dreno de Kehr 
Cateter Venoso Central 
inserido na veia subclávia 
direita 
Cateter Venoso Central 
inserido na veia jugular 
interna E
Cateter Venoso Central 
inserido na veia femural D
Kit de Cateter Venoso Central 
- cateter, fio guia, seringa, agulha 
e dilatar - Técnica de Seldinger é 
a mais utilizada 
Cateter com Reservatório Totalmente Implantado 
É uma punção venosa central com a ponta do cateter 
posicionada na VCS e reservatório implantado no subcutâneo 
Quando for utilizar o cateter, com uma agulha especial, 
punciona-se o reservatório para a finalidade. 
É necessário muito cuidado com a assepsia e anti-sepsia do 
cateter porque uma vez contamina é muito provável que seja 
necessário a retirada do mesmo já que ele leva direto ao 
sistema venoso central. 
Cateter de Swan Ganz 
É um cateter muito utilizado na UTI, pode ser para 
administração de medicamento mas seu principal objetivo é 
para a aferição da pressão da artéria pulmonar. 
Ele proporciona, em pacientes críticos, a aferição da pressão, 
índice de débito cardíaco e um melhor parâmetro para o 
médico intensivista poder tomar decisões de administração de 
líquido, drogas vasoativas, etc. 
É implantado da mesma forma que o caráter de duplo lúmen. 
O cateter de Swan Ganz avalia função ventricular D ou E, 
monitoriza as mudanças do estado hemodinâmico, orienta a 
terapêut ica com agentes farmacológicos e não 
farmacológicos e fornece dados indicativos de prognóstico. 
Ele não é uma modalidade terapêutica e sim um fornecedor 
de parâmetros hemodinâmicos para o diagnóstico. 
Indicações do Cateter de Swan Ganz 
- Complicações mecânicas do infarto do miocárdio 
- Infarto agudo do VD 
- Insuficiência cardíaca refratária e hipertensão pulmonar 
- Hipertensão pulmonar 
- Choque e instabilidade hemodinâmica 
- Casos de politrauma 
- Choque séptico 
- Insuficiência respiratória 
- Hipertensão intracraniana 
Colocação das Sondas 
As sondas devem ser introduzidas com uso de anestésico 
tópicos locais. 
Sondas sem balonetes devem ser fixada externamente, deve-
se verificar o tempo de permanência e, algumas sondas 
urinárias em utilização por longos períodos devem ser 
utilizado medicamento antimicrobiano por conta de infecções. 
Sonda Nasogástrica 
Possui indicação no caso de obstruções intestinais - dilatação 
e acúmulo de líquido - no estômago, sangramentos 
É colocado com anestésico local, via nasal, chegando até o 
estômago. 
Possuem diversos calibres. 
Ela impende a distensão abdominal e formação de fístula. 
Complicações da SNG 
- Hemorragia 
- Infecções 
- Refluxo gastroesofágico 
- Lesões traumáticas 
- Estenoses 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Sonda Nasoentérica 
Muito utilizada para alimentação do paciente de material 
maleável e fina. 
Introduzida com o fio guia para colocação no local adequado 
do intestino e posteriormente retirado o fio guia. 
É muito importante a colocação dessa sonda em sua posição 
correta, por isso, após a sua colocação é possível fazer um RX 
devido ao fio guia ser metalizado para confirmar se a mesma 
está no local correto. 
Sonda de Gastrostomia e Jejunostomia 
Essas sondas são utilizadas também para a nutrição do 
paciente. 
A sonda de gastrostomia pode ser colocada via laparotomia 
ou via endoscopia. 
A sonda de jejunostomia só é possível sua colocação via 
laparotomia. 
Sonda Urinária 
Cateter Urinário Duplo J
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