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APG 19 
Compreender o processo de hematose 
(funcionamento e estruturas envolvidas) 
* determinantes da troca gasosa; componentes da 
barreira hematoaérea; difusão e perfusão dos gases 
 
APG 20 
Explicar a saturação da hemoglobina e fatores que a 
influenciam 
Compreender os mecanismos de controle 
respiratório 
* neural; mecânico e químico 
* quimiorreceptores periféricos, centrais e reflexos de 
insuflação 
 
Hematose 
é o processo que acontece nos alvéolos pulmonares e 
garante que o sangue rico em gás carbônico seja 
oxigenado. O oxigênio é utilizado pelas células para a 
realização da respiração celular, o processo no qual a 
célula produz energia. 
 Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio difunde-se 
para o sangue nos capilares sanguíneos ao seu redor e 
o gás carbônico, que está no sangue dos capilares, 
difunde-se para o interior dos alvéolos. 
 
Determinantes da troca gasosa 
1. Área de troca gasosa: cerca de 70 a 100m². Quanto 
maior essa área melhor ocorrerá essa troca. 
 Relação ventilação/perfusão: V/Q 
Ventilação é o processo pelo qual o ar entra e sai dos 
pulmões. 
Perfusão é o processo pelo qual o sistema 
cardiovascular bombeia o sangue pelos pulmões 
(circulação). 
A troca gasosa não é uniforme em todo pulmão, 
existindo uma diferença entre as partes mais 
superiores e inferiores. Isso ocorre porque os gases 
possuem maior facilidade em subir, logo acaba 
existindo uma ventilação maior na parte superior. Já a 
perfusão se trata da circulação do sangue, que é 
líquido, esse possui maior facilidade em descer, 
ocorrendo então uma perfusão maior na base do 
pulmão. Por isso é tão importante que haja um 
equilíbrio entre esses dois componentes. 
 
2. Diferença de pressão dos gases: vai sempre de um 
meio de MAIOR pressão para um de MENOR pressão. 
 Esses gases não interferem no fluxo do outro, a Lei de 
Dalton explica a independência de cada um dos gases. 
 
 
3. Difusão simples: é o movimento espontâneo dos 
gases, sem o uso de energia ou esforço por parte do 
corpo, entre os alvéolos e os capilares nos pulmões. A 
difusão ocorre tanto na respiração externa quanto na 
interna (respiração celular). Diferença de pressão e 
concentração dos gases. 
 
 
 
Lei de Dalton: independência dos gases. 
Lei de Henry: a solubilidade de um gás é diretamente 
proporcional à pressão exercida sobre ele. 
 Muito pouco do nitrogênio se dissolve no plasma 
sanguíneo, por causa de sua baixa solubilidade na 
pressão ao nível do mar. A Lei de Henry explica o fato 
de mesmo havendo uma alta concentração de 
nitrogênio no ar atmosférico, pouco dele se adere ao 
plasma sanguíneo durante o processo de troca 
gasosa. 
 
Barreira hematoaérea 
 Quatro membranas separam o ar alveolar do sangue 
capilar, são elas: o citoplasma da célula epitelial; a 
lâmina basal dessa célula; a lâmina basal do capilar e o 
citoplasma da célula endotelial. 
 O oxigênio do ar alveolar passa para o sangue capilar 
através dessas membranas e o dióxido de carbono 
difunde-se em direção contrária. A parede alveolar 
está sempre revestida por uma fina película 
surfactante (lipoprotéica), a qual impede o contado 
direto do ar alveolar com essa parede. 
 A função dessa camada lipoprotéica é diminuir a 
tensão superficial dos pneumócitos do tipo I (principal 
célula de revestimento dos alvéolos), essa diminuição 
permite que os alvéolos sejam inflados com mais 
facilidade na inspiração, dessa forma o esforço 
muscular despendido nos movimentos respiratórios é 
diminuído. 
 
Respiração interna e externa 
Externa: ocorre entre o ar atmosférico e os pulmões, é 
a troca gasosa que vai dos alvéolos e os capilares 
pulmonares. Pulmão x Sangue. 
 
Interna: ocorre entre os capilares sistêmicos e as 
células teciduais. Sangue x Órgãos. 
 
 
APG20 
Saturação da hemoglobina: é uma porcentagem que 
representa a quantidade de oxigênio que está 
circulando no sangue. A hemoglobina consegue aderir 
até quatro moléculas de oxigênio, logo sua saturação 
vai depender de quantas moléculas estão aderidas. 
 
Curva de saturação 
 
 
Retomando a Lei de Henry, quanto maior for ficando a 
pressão do O2 mais facilmente ele vai se aderindo a 
hemoglobina. 
20mmHg de O2 → 25% de saturação 
40mmHg de O2 → 75% de saturação 
Isso ocorre porque após 1 oxigênio se aderir à 
hemoglobina, essa sofre uma mudança estrutural que 
facilita a adesão de novas moléculas, por conta disso, 
a ligação das outras 3 moléculas de O2 é facilitada. 
 Durante a hematose, o sangue fica com a saturação 
máxima, 100mmHg nos alvéolos, sangue oxigenado. 
Já no retorno venoso, o sangue fica com uma 
saturação de 75%, 40mmHg, pois já deixou parte 
desse oxigênio na respiração celular e agora estará 
retornando para fazer a hematose novamente, 
reestabelecendo sua saturação. 
 
Ou seja, a hemoglobina libera apenas uma molécula 
de O2, isso ocorre durante um funcionamento normal 
(passivo) do organismo. As outras três moléculas 
ficam como reserva, podendo ser usado em situações 
em que há baixo pressão de O2. Como exemplo: 
regiões mais periféricas do corpo, durante esforços 
físicos e etc. 
 
Fatores que influenciam na saturação 
• pH 
• Temperatura 
• CO2 
Quando esses fatores estão elevados, mais facilmente 
o O2 irá se DISSOCIAR da hemoglobina 
Quando esses fatores estão baixos, mais dificilmente 
o O2 irá se DISSOCIAR da hemoglobina 
 
Mecanismos de controle respiratório 
 
Neural 
Inspiração: ocorre pelo comando neural que geram 
um ritmo padrão, por meio de fibras nervosas que 
transmitem a informação para a contração dos 
músculos intercostais e do diafragma, de modo a 
expandir a caixa torácica e consequentemente os 
pulmões, que estão ligados pela pleura. Logo, é um 
processo ativo que ocorre por comados intrínsecos do 
SNC. 
 Expiração: no fim da inspiração a estimulação sobre 
os músculos cessa e a caixa torácica se retrai. Ou seja, 
a expiração é um processo passivo, pelo recuo elástico 
do sistema. 
 
Esses estímulos citados anteriormente não são 
aleatórios, vindo de geradores centrais de ritmo e 
padrão iniciados em uma região do cérebro conhecida 
como tronco encefálico. Esse sistema de controle 
neural é dividido em: 
 
* Sensores (receptores): é responsável por receber 
informações do organismo acerca do status dos gases 
que percorrem a corrente sanguínea. O receptor 
deposita as informações que recebe do organismo no 
centro integrador. 
 
* Centro respiratório: recebe estímulos e envia 
respostas através da medula espinhal para neurônios 
localizados nos órgãos efetores. 
 
* Efetores: órgão ou neurônio localizado em 
determinado órgão que recebe os sinais emitidos pelo 
centro integrador. 
 
O tronco encefálico é composto por: 
• Mesencéfalo, Ponte e Bulbo 
 
O bulbo do tronco encefálico, é o centro de comando 
respiratório. Neste local há uma rede de neurônios 
que funcionam como um gerador central de padrão 
com atividade rítmica e intrínseca, originada em 
neurônios chamados de células marca-passo. 
 Esses neurônios ficam localizados em duas áreas do 
bulbo: 
• Grupo respiratório dorsal GRD, influenciam no 
início e término da respiração. 
• Grupo respiratório ventral GRV, possui uma 
coluna respiratória ventral, onde há um 
importante compartimento de neurônios, 
chamado de Complexo pré-Botzinger (contêm 
neurônios que disparam potenciais de ação 
espontaneamente, atuando como marca-passo do 
ritmo respiratório), ou seja, é considerado o local 
principal onde a inspiração é gerada. 
 
O Grupo respiratório pontinho GRP da Ponte recebe 
informações do GRD, permitindo que seus neurônios 
ajudem a coordenar e ajustar o padrão respiratório. 
 
O Núcleo do Trato Solitário – NTS recebe informações 
de mecanorreceptores e quimiorreceptores via nervo 
vago e glossofaríngeo. 
 Esses receptores são sensíveis a alterações nos níveis 
de gases e iniciam reflexos específicos para 
manutenção da homeostase do organismo. 
 
Quimiorreceptores periféricos: únicos sensíveis ao O2. 
Ficam localizados em regiões estratégicas, como na 
aorta e carótida,identificando alterações no pO2, 
Pco2 e pH. 
Diferenciam-se por possuir células Glomus (sensíveis 
ao oxigênio), que ficam nos corpúsculos carotídeos. 
 
Quimiorreceptores centrais: localizados no encéfalo, 
bulbo e ponte e respondem as mudanças de Pco2 e 
pH no líquido cérebro-espinhal. Se comunicam com a 
rede neural que gera o ritmo respiratório. 
 
Reflexos de insuflação: receptores sensíveis ao 
estiramento chamados barorreceptores ou receptores 
de estiramento estão localizados nas paredes dos 
brônquios e bronquíolos. Quando são distendidos 
durante a hiperinsuflação dos pulmões, impulsos são 
enviados pelo nervo vago (X), inibindo o GRD e 
relaxando os músculos diafragma e intercostais 
externos. Assim, a inspiração adicional é interrompida 
e a expiração começa. 
 
 
Referências: 
 
LORENZI, T. F. Atlas de hematologia. 1° ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006 
 
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de 
anatomia e fisiologia. 12ª. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010.

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