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Protocolo Dermato

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Instituto Federal Catarinense campus Araquari 
Curso de Medicina Veterinária 
 
1 
 
 
Protocolo de aula prática 
Disciplina: Semiologia Veterinária 
Aula Prática: Semiologia do sistema tegumentar de animais domésticos 
Local: Centro de Práticas Clínicas e Cirúrgicas (CPCC) 
Total de alunos: 26 alunos 
Total de animais utilizados: 4 (quatro) cães 
 
I. Introdução 
Os alunos receberão instruções iniciais de como se realiza a contenção física dos 
pacientes, devendo realizar o exame físico geral incluindo inspeção, tempo de perfusão capilar, 
coloração de mucosas, temperatura retal, frequência cardíaca e frequência respiratória. 
Dados os procedimentos iniciais os alunos deverão realizar a inspeção específica sobre o 
sistema tegumentar em conjunto com a anamnese, resenha e histórico do animal. Tendo esses 
dados em sua posse o aluno deverá analisar as características do pelame do animal e 
preencher a ficha dermatológica, incluindo lesões e/ou alterações a serem investigadas. 
 
II. Desenvolvimento 
Após a etapa iniciar serão demonstrados exames de diagnóstico complementar a serem 
empregados na rotina clínica de animais de companhia. 
 
1) Citologia 
Para o procedimento de citologia será empregada a demonstração em material não 
biológico (tecido) e biológico (batata, gelatina) da forma como deverá ser feita a técnica pelos 
alunos. Tendo isso realizado, os alunos irão coletar com swab material interdigital, 
periprepucial ou perivulvar, ótico (meato acústico externo) e tegumento abdominal. 
Depois de colhido o material, o mesmo será corado por meio do panótipo rápido e 
observado as estruturas adquiridas por meio deste exame complementar. Depois serão 
realizadas discussões sobre os achados. 
Material: Seringa; Agulhas; Lâmina de vidro; Swab; Panótico rápido e Microscópio óptico. 
 
2) Colheita de exame para cultivo e diferenciação biológica 
Será demonstrada a colheita de material para cultivo biológico a partir de amostras 
obtidas do tegumento animal. Por meio de swabs serão colhidas amostras de áreas aleatórias 
da pele dos animais para analisar o tecido epitelial normal e suas características durante o 
exame. Se identificada uma estrutura cística ou abscesso será colhido o material por meio de 
seringa com agulha estéril através de punção aspirativa do conteúdo. 
Material: Seringa; Agulhas; Lâmina de vidro; Swab 
 
3) Parasitológico de raspado cutâneo 
Com o intuito de identificar possíveis dermatopatias parasitárias, faz-se necessário a 
colheita por meio de raspado cutâneo utilizando lâmina de bisturi lateralmente de forma a 
provocar atrito na pele. Conforme se realiza o atrito, deverá ser feita pressão sobre a pele a 
Instituto Federal Catarinense campus Araquari 
Curso de Medicina Veterinária 
 
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ponto de provocar a escarificação e desnudamento da epiderme. O objetivo é localizar os 
parasitas do gênero Demodex, naturalmente localizados em câmaras internas em áreas 
profundas da epiderme. 
Material: Lâmina de bisturi; Lâmina de vidro; Lamínula; Potassa a 10% ou óleo mineral; 
Microscópio óptico. 
 
4) Teste da fita adesiva cutânea 
A fita deve ser colada e descolada várias vezes e em várias regiões do corpo do animal, 
posterior mente a fita é posta sobre a lâmina como indicação a busca de ectoparasitas e seus 
ovos. O material deve ser levado ao microscópio óptico para ser analisados e posteriormente, 
constatados ou não a presença de parasitas. 
 
5) Teste da lâmpada de Wood 
A lâmpada de Wood tem um arco de mercúrio que emite radiações ultravioleta. O vidro 
associado a esta lupa diferenciada é de silicato de bário, com 9% de óxido de níquel, que deixa 
passar unicamente radiações de 340 a 450nm, similares às emitidas nas lâmpadas 
fluorescentes tipo luz negra. O exame deve ser realizado em sala escura para a verificação de 
fluorescência e a lâmpada deve ser ligada e aquecida durante 5 minutos antes do exame 
propriamente dito. 
 
6) Tricograma 
O material (pelos) deve ser obtido prendendo-se uma pinça hemostática em 
aproximadamente 50 pelos, que devem ser removidos todos de uma vez e no sentido de seu 
crescimento. Posteriormente, os pelos devem ser postos em uma lâmina de vidro, todos no 
mesmo sentido e direção, para que o clínico possa avaliar todos os bulbos, as hastes e as 
extremidades de uma vez. Finalmente devem ser analisados ao microscópio óptico. Esse 
procedimento proporciona a avaliação: do estágio do ciclo do pelo (anágeno ou telógeno); 
condição da extremidade do pêlo (quebrada ou íntegra); estado da haste, que pode conter 
várias alterações de pigmentação, esporos de fungos e escamas aderidos, além de defeitos 
cuticulares como na displasia folicular. 
Material: Lâmina de vidro; Lamínula; Potassa a 10%; Microscópio óptico. 
 
III. Considerações Finais 
Os alunos serão encorajados a estudar a classificação morfológica das lesões 
tegumentares, bem como as peculiaridades dos agentes abordados em sala de aula para a 
visualização no microscópio óptico. 
 
IV. Referências 
 
LUCAS, R. Semiologia da Pele in: FEITOSA, F. L. F,. Semiologia veterinária: a arte do 
diagnóstico. 2. ed. São Paulo: Roca. 2008. 735p. 
RADOSTITS, O. M.; MAYHEW, I. G. J.; HOUSTON, D. Exame clínico e diagnóstico em 
veterinária. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 591p.

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