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PRATICA PROFISSIONAL DO EDUCADOR FISICO

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PRÁTICA 
PROFISSIONAL DO 
EDUCADOR FÍSICO
Eduardo Natali 
Della Valentina
As tendências atuais do 
mercado de trabalho 
em Educação Física 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Analisar o atual mercado de trabalho das áreas de Educação Física.
  Descrever o perfil profissional de Educação Física para o mercado 
de trabalho.
  Enumerar as áreas promissoras dentro do mercado de trabalho de 
Educação Física.
Introdução
Neste capítulo, você estudará as tendências do mercado de trabalho 
de Educação Física, compreendendo como a mídia, a sociedade e a 
própria formação do indivíduo proporcionam maiores possibilidades 
e oportunidades no mundo atual. Ou seja, você refletirá sobre o atual 
mercado de trabalho da Educação Física, identificando o novo perfil do 
profissional da área e conhecendo os campos de atuação promissores.
Mercado de trabalho
Desde o fi nal do século XX, o mundo do trabalho, estimulado pela nova 
dinâmica capitalista, tem passado por mudanças signifi cativas. A desregu-
lamentação das regras trabalhistas e a fl exibilização do mercado elevaram a 
tecnologia e o conhecimento científi co atrelados à Educação Física a níveis 
não explorados, assim como geraram um novo ordenamento no trabalho do 
professor de Educação Física, que teve de adquirir novos conhecimentos, 
novas habilidades e atitudes.
Se, antes, sua prática profissional resumia-se à docência, com a criação 
dos cursos de Bacharelado em Educação Física, o campo de trabalho ampliou-
-se, trazendo novas formas de atuação para a prática profissional da área e 
despertando um novo olhar sobre o significado da atividade profissional.
Atualmente, a Educação Física desponta como uma das áreas profissionais 
mais promissoras e está entre as mais prováveis de terem espaço crescente no 
mercado de trabalho no ano de 2020.
A mídia, seja impressa ou eletrônica, tem divulgado, desde meados da 
década de 1970, as transformações que o mundo do trabalho vem sofrendo 
sistematicamente. Tais transformações apresentam reflexos nas mais diferentes 
dinâmicas da vida individual, social e cultural e foram ocasionadas pelas 
medidas que o sistema capitalista promoveu na tentativa de se reerguer, em 
face da crise, no seu conjunto organizacional.
De acordo com Antunes (2007), as novas relações de trabalho vêm acu-
mulando mudanças que, em sua maioria, beneficiam o capital especulativo e 
financeiro, colocando o indivíduo e o próprio trabalho em segundo plano. A 
competição desenfreada e a produção a qualquer custo tornaram-se um novo 
padrão na esfera do trabalho, elevando a tecnologia e o conhecimento científico 
a um patamar jamais visto antes. Dessa forma, os atributos e as características 
do trabalhador, bem como as particularidades dos conhecimentos produzidos, 
tornaram-se fundamentais.
Nesse novo contexto, onde observamos a desregulamentação das regras 
trabalhistas gerar a terceirização dos serviços, a perda dos direitos trabalhistas 
e a contratação por temporada, estão os profissionais de Educação Física 
tentando situar-se, praticando sua intervenção e buscando entender, sobreviver 
e extrair algum benefício dela (VERENGUER, 2003).
A nova dinâmica capitalista, baseada na flexibilidade dos processos do 
trabalho, do mercado, dos produtos e padrões de consumo, é responsável pelo 
aparecimento de novos mercados, serviços, tecnologias, etc. (HARVEY apud 
CATANI; OLIVIERA; DOURADO, 2001).
Em função da dianteira tomada pela ciência e pelo avanço da tecnologia, 
no final do século XX, esse processo de mudanças alterou o arcabouço do 
sistema de produção e de contratação e trouxe a necessidade de o profissional 
adquirir novos conhecimentos, habilidades e atitudes.
Segundo Nozaki (1999), houve um reordenamento do trabalho do professor 
de Educação Física, que, em sua dimensão histórica, pouco teve de conteúdo 
de transformação.
As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física2
Quanto às implicações no mundo do trabalho para a Educação Física 
(SILVA; BRITO, 2016), destacam-se a desvalorização da área — principal-
mente na escola pública —, a Educação Física como um diferencial na escola 
particular, a regulamentação da profissão, a precarização do trabalho do 
professor de Educação Física, a ampliação da atuação do espaço não escolar, 
a fragmentação na formação profissional, a Educação Física/cultura corporal 
como mercadoria e a criação do Conselho Federal de Educação Física/Conselho 
Regional de Educação Física (CONFEF/CREF).
Faria Jr. (2001) demonstrou grande preocupação com a transformação 
social e com a construção de uma nova sociedade, mas, também, observou 
um conjunto de aspirações em relação ao movimento, que se destinam 
à privatização do campo de atuação da Educação Física, à formação do 
professor de Educação Física e à transformação da Educação Física em 
uma profissão liberal.
No último quarto do século XX, mais especificamente a partir da década de 
1980, o Brasil passou por grandes transformações nas relações humanas. Tais 
mudanças não afetaram apenas o campo político, econômico e social. O pro-
cesso de redemocratização, denominado “abertura”, influenciou — e muito — 
a área educacional. Aproveitando o momento histórico social, a educação e, 
consequentemente, a Educação Física no Brasil despertaram, apresentando uma 
nova energia em todos os aspectos. Mais estruturada e submetida aos rígidos 
critérios da ciência, a Educação Física ficou também conhecida e identificada 
como Motricidade Humana (SERGIO, 1987) ou Cinesiologia (TANI, 1996), 
adquirindo características marcantes nunca imaginadas. Alavancada pelas 
expressões esportivas, fenômenos sociais tidos como dos mais significativos 
do século passado (TUBINO, 1992), a Educação Física deixou o estado de 
dormência e iniciou um novo conceito que culminou em um novo paradigma 
da sociedade atual: “a relevância das atividades físicas sistematizadas na 
promoção e na manutenção da saúde”. 
A entrada da Educação Física nessa realidade, caracterizada por ex-
cessivas mudanças, constata que, a partir da década de 1980 e apesar da 
crise econômica que assolava o país, houve um aumento célere na produção 
das atividades físicas, sobretudo nas áreas de atuação não escolar, esti-
mulado pelo discurso da promoção da saúde e permeado pela realização 
dos exercícios físicos.
Dentro de uma realidade traçada pela crise econômica, a educação pública 
e o magistério experimentaram um processo de desvalorização que ocasionou 
reflexos para os profissionais da área. Com a ausência de políticas públicas para 
o setor, pôde-se observar, também, um aumento na realização de atividades 
3As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física
físicas, que foram sendo cada vez mais comercializadas — situação evidente 
no caso das academias de ginástica (QUELHAS, 2011).
Seguindo a cartilha neoliberal e aproveitando-se do surgimento dos pro-
cessos flexíveis de produção, a iniciativa privada enxergou um novo espaço 
de investimento no mercado das atividades físicas (SILVA; BRITO, 2016). A 
partir daquele momento, instaurou-se um movimento de “compra” e “venda” 
das atividades físicas.
Nesse mesmo período, surgiram modificações na área da Educação Física, 
as quais se destacaram: uma nova maneira de se nomear o termo professor 
de Educação Física, que acabou substituído pelo termo “profissional de Edu-
cação Física”; os primeiros ensaios sobre a regulamentação da profissão; o 
nascimento do curso bacharelado, em 1987. Todas essas modificações termi-
nariam na regulamentação da profissão e na criação dos conselhos federais 
(SAUTCHUK, 2005).
Ambientes privilegiados para a realização de atividades corporais siste-
máticas, como as academias, as escolas de esportes e os clubes esportivos, 
passaram a se expandir e, hoje em dia, são facilmente encontrados na sociedade 
e fazem parte do cotidiano das pessoas. 
O avanço da ciência e da tecnologia, assim como a nova ordem na 
dinâmica encontradanos dias atuais para o desenvolvimento econômico, 
social e cultural, trouxeram grandes transformações no estilo de vida das 
pessoas. O ser humano, que antes se valia da sua capacidade singular de se 
locomover de forma eficiente, foi rapidamente atraído pelos “privilégios” 
encontrados nos modernos meios de transporte e passou a preterir o hábito 
da atividade corporal.
A ação de realizar exercícios físicos, expressões corporais e atividades 
desportivas constitui-se em um bem e um direito de todos os cidadãos, portanto 
não devem ser um expediente apenas para atletas, nem tampouco devem ser 
sucateados pelo poder público, já que se caracterizam como um legítimo meio 
para a aquisição de um estilo de vida ativo e são reconhecidos como elementos 
importantes para um modelo de uma vida de maior qualidade.
Negada àqueles que não podem adquiri-la, a Educação Física perdeu sua 
grande característica de servir a todos. Acompanhando a lógica neoliberal, 
que enfraquece o dever do estado de investir em serviços básicos para a 
população, os exercícios físicos passaram a fazer parte das responsabilidades 
do próprio cidadão.
As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física4
O termo correto a ser utilizado para denominar o profissional formado na área de 
Educação Física não é educador físico, pois este remete apenas à educação do corpo. 
A Educação Física é muito mais abrangente do que o corpo, portanto, o termo correto 
é “profissional de Educação Física”.
Perfil profissional para o mercado de trabalho
No tocante à formação do professor de Educação Física, o surgimento do 
bacharelado previsto na resolução 03/873 foi protegido pela iniciativa privada, 
que antecedeu a importância de formar um profi ssional para suprir a solicitação 
do mercado de trabalho.
A Resolução CNE/CES 7/2004 estabeleceu os padrões legais e norteadores 
para a composição do bacharel em Educação Física. Sugeriu uma nova estru-
turação no currículo, apontando-o para a construção de um profissional de 
Educação Física qualificado para o seu campo de atuação e dando prioridade 
ao conceito de competências. Define que o graduado em Educação Física 
deve estar preparado para analisar o contexto social e intervir acadêmica e 
profissionalmente nas diferentes manifestações do movimento humano e na 
esfera do conteúdo específico.
A preparação profissional em Educação Física passou por mudanças com-
plexas. Há cerca de 13 anos, os cursos de licenciatura em Educação Física 
formavam profissionais para atuar no ensino formal e, de certa forma, também 
davam conta de preencher os espaços existentes na área que não pertenciam 
ao contexto escolar. 
Atualmente, deparamo-nos com uma realidade bem alterada, motivada 
pelos novos conhecimentos produzidos e discutidos, assim como pelas no-
vas exigências do mercado. Com o surgimento do bacharelado em algumas 
instituições de ensino superior, veio um redimensionamento nos currículos 
dos cursos de preparação profissional em Educação Física, sacramentando 
a diferenciação e a separação do licenciado (professor) e do bacharel (pro-
fissional), buscando atender, do ponto de vista profissional, às exigências do 
mercado e da sociedade, ou seja, professores ligados à Educação Física escolar 
e profissionais ligados a programas de atividade física no atendimento de 
diferentes necessidades da população. 
5As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física
Antunes (2007) salienta que, além do aspecto profissional (mercado de 
trabalho), a criação do bacharelado em Educação Física também sofreu in-
fluências das discussões sobre as matrizes teóricas para caracterizá-la como 
uma disciplina acadêmica.
A criação dos cursos de bacharelado veio atender a um novo perfil de 
profissional que não pertence ao ensino regular, mas a uma nova e crescente 
fatia do mercado, constituída por clubes, academias, empresas, condomínios, 
hospitais, onde a atuação é direcionada não somente em executar habilidades, 
mas em saber como e por que executá-las.
Enraizado quase exclusivamente na prática docente, o profissional de 
Educação Física acompanhou, na década de 1980, um novo ordenamento 
na sua área de atuação profissional. O campo cresceu e rompeu os limites 
escolares, logo após passar por uma divisão na sua formação profissional, 
causada pela resolução CNE 03/87, que resultou na separação da área em 
licenciatura e bacharelado. 
O bacharelado aprovou novas formas de atuação para a prática profissional 
na área, trazendo um novo olhar sobre o significado da atividade. Elaborada e 
desenvolvida apenas para o contexto escolar, a partir do advento do bacharelado, 
a prática teve de ser repensada para outros ambientes, como as academias, 
clubes, hospitais, empresas, hotéis, etc. 
Surgiram, então, novas áreas relacionadas à saúde e ao esporte. Segmentos 
pouco explorados pelo mercado, como academias, clubes, SPAs, entre outros, 
ampliaram seus horizontes e adquiriram maior espaço no Brasil, incentivados 
pela política de diminuição do papel do Estado, no que diz respeito à garantia 
dos direitos sociais — dentre eles, a saúde (BRACHT; CRISORIO, 2003). 
Não apenas a Educação Física, mas diversos setores da sociedade passaram 
por uma reestruturação na atuação profissional. O cenário foi de mudanças 
profundas, provenientes das novas relações encontradas nas atividades eco-
nômicas, políticas, sociais, culturais, etc.
Com exceção do sistema escolar de educação, o bacharel em Educação 
Física tem inúmeras possibilidades de atuação nos mais diversos segmentos da 
organização social, sejam eles públicos ou privados.=: o técnico em esportes, 
que atua da iniciação ao alto nível, do competitivo ao recreativo; o professor 
de academias, que atua nas atividades aquáticas, nas ginásticas de solo, na 
musculação, no pilates, nas artes marciais, etc. (OLIVEIRA, 2000).
O profissional de Educação Física formado no bacharelado pode também 
atuar nos clubes recreativos e esportivos, nas associações atléticas e no desporto 
comunitário; nos processos de aprimoramento e desenvolvimento motor de 
As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física6
crianças na primeira infância, na prevenção e promoção da saúde relacionadas 
ao processo de envelhecimento físico de pessoas idosas, na inclusão e no 
desenvolvimento motor e intelectual dos portadores de necessidades especiais. 
Dentre esses novos espaços de atuação do profissional de Educação Física 
estão os hospitais — neste ambiente, o profissional trabalhará em programas 
de reabilitação —, os hotéis, onde atuarão em programas relacionados aos 
jogos, brincadeiras e esportes de aventura, e os SPAs, por meio de programas 
de condicionamento físico e controle de peso.
Como personal trainer, embora esta atividade esteja entre as atividades do 
professor de academia, há um tipo de intervenção que transcende os limites de 
seu primeiro ambiente e estende-se as residências, parques, condomínios, etc. 
Também, o profissional pode atuar em programas de ginástica laboral 
em empresas e indústrias, minimizando as possíveis doenças causadas pelas 
diferentes atividades profissionais, na organização e arbitragem de torneios 
esportivos, bem como na organização e supervisão de eventos esportivos.
O mais novo campo de ação do profissional formado em bacharelado é 
a gestão desportiva, onde atua no gerenciamento, na direção, na gestão de 
pessoas e de recursos humanos, materiais e financeiros de clubes, academias, 
associações esportivas entre outros. O profissional desse nicho pode prestar 
serviços de consultoria a órgãos públicos ou empreendimentos particulares. 
A formação profissional de Educação Física está pautada e organizada se-
gundo as diretrizes curriculares definidas pelo Conselho Nacional de Educação.
Graduação
Está relacionada como um dos patamares de formação superior que se inicia 
após o ensino médio ou equivalente e antecede a pós-graduação. É dividida 
pelas nomenclaturas licenciatura e bacharelado, para caracterizara natureza 
da formação e sua intervenção profi ssional.
Licenciatura
A intervenção profi ssional do egresso de curso de Licenciatura em Educação 
Física dar-se-á na docência do componente curricular Educação Física, na 
educação básica; ou seja, voltado à formação de professores para atuar em 
ambiente estritamente escolar.
7As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física
Bacharelado
A intervenção profi ssional do egresso de curso de Bacharelado em Educação 
Física dar-se-á nos campos de intervenção profi ssional da respectiva profi s-
são, com exceção do componente curricular Educação Física, ministrado na 
educação básica; ou seja, voltada à formação de professores para atuar em 
ambiente estritamente não escolar.
Pós-graduação
Curso aberto para diplomados em cursos de graduação. Existem dois focos: 
Lato Sensu e Stricto Sensu.
Lato Sensu
Titulação em nível de especialização, tendo objetivo técnico profi ssional 
específi co.
Stricto Sensu
Natureza acadêmica e de pesquisa com objetivo essencialmente científi co e 
tecnológico; dividido em dois níveis de titulação: mestrado e doutorado.
Mestrado
Apresentação de dissertação, onde revele o domínio do tema escolhido e a 
capacidade de sistematização. Esta etapa tem enfoque de pesquisa científi ca.
Doutorado
Esta etapa de desenvolvimento é longa e exige uma discussão para construção 
de uma nova ideia de forma longitudinal, que refl ita as práticas para a mudança 
social. Tem enfoque na formação de pesquisadores na área científi ca. 
As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física8
Curso de extensão
Extensão é uma atividade acadêmica que não é parte integrante do ensino de 
graduação; serve para complementar os conhecimentos de determinada área.
Conheça um pouco mais sobre a função do personal trainer!
Segundo o CONFEF e o CREF, em suas discussões, 
baseado em análises e avaliações diagnósticas do quadro físico do be-
neficiário, na identificação de algum fator de risco limitante da prática de 
exercícios físicos, bem como na prescrição dos exercícios mais indicados 
para alcançar o objetivo de indivíduo, o personal trainer está apto a apon-
tar as condições ideais e específicas para a prática de um programa de 
exercícios (CONFEF, 2005).
Perceba que atuar como personal trainer, nos dias de hoje, é uma proposta multifatorial, 
pois não limita apenas a um campo de atuação, mas abre um leque de oportunidades 
que vão desde a prescrição de exercício para estética até a reabilitação de pacientes 
já liberados da fisioterapia.
As áreas promissoras dentro do mercado de 
trabalho de Educação Física
De acordo com Wright, Silva e Spers (2010), a Educação Física desponta como 
uma das áreas profi ssionais mais promissoras e entre as mais prováveis de terem 
espaço crescente no mercado de trabalho no ano de 2020. Tal destaque deve-se 
ao fato de que as profi ssões com foco em qualidade de vida e relevância na vida 
da população terão uma demanda maior. Apontam-se, ainda, oportunidades 
também para profi ssões voltadas aos cuidados com indivíduos idosos.
Durante os últimos 11 anos, os editores da Saúde e Fitness Jornal da ACSM® 
têm circulado uma pesquisa eletrônica para milhares de profissionais de todo 
o mundo, para determinar as tendências em saúde e fitness. 
O Colégio Americano de Medicina do Esporte exerce grande influência 
no mundo fitness, quase sempre sinalizando o caminho a ser percorrido e 
auxiliando os estudiosos, os proprietários de academias, as assessorias es-
9As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física
portivas e os múltiplos empreendimentos fitness, assim como uma parte dos 
profissionais de Educação Física, em especial, os que atuam como personal 
trainer e coach esportivo, além de toda indústria relativa a esse segmento, 
tanto para lançar novos serviços e produtos, como atribuindo novo vigor 
àqueles que já são oferecidos.
Os profissionais de Educação Física, atualmente, estão inseridos no mercado de aca-
demias de forma massificada. Assim, outras áreas em ascensão, como trabalhar com 
idosos ou atividades de personal trainer, estão se tornando mais “valiosas”, gerando 
falta de profissionais qualificados.
Dessa forma, o Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM, na sigla 
em inglês) divulgou, mais uma vez, seu prognóstico anual de propensões de 
condicionamento físico, e, sem surpresa, os profissionais sustentaram que a 
tecnologia vestível foi, novamente, a principal tendência de fitness para o ano 
de 2017. Além das tecnologias, a 11ª edição da pesquisa também contemplou 
outras atividades, como treinamento com peso do corpo, yoga, musculação 
e treinamento intervalado de alta intensidade (abreviado sob a sigla HIIT).
Pela segunda vez, as tecnologias surgem encabeçando a lista, colocando-
-se à frente de muitas práticas consideradas populares por profissionais da 
área — fato curioso, já que, até o final de 2014, quando foram relacionadas 
as tendências para 2015, esses instrumentos de controle do exercício sequer 
apareciam entre as dez primeiras.
O treino físico de peso corporal, a grande quantidade de atividades inter-
valadas de alta intensidade (HIIT) e os profissionais de fitness bem formados, 
intitulados e experientes, permaneceram muito bem classificados na pesquisa. 
Essas tendências repercutem o elevado interesse do consumidor em treinamento 
de força e condicionamento físico (THOMPSON, 2016).
As 10 principais tendências fitness para 2017, de acordo com a ACSM, foram:
1. Tecnologia wearable: inclui rastreadores de atividade, relógios inteli-
gentes, monitores de frequência cardíaca e dispositivos de rastreamento 
GPS.
As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física10
2. Treinamento de peso corporal: utiliza equipamento mínimo, tornando-
-o mais acessível, não se limitando a apenas flexões, permite que as 
pessoas voltem “ao básico” com boa forma.
3. Treinamento de intervalo de alta intensidade (HIIT): envolve curtos 
períodos de atividade seguidos por um curto período de descanso ou 
recuperação, geralmente são realizados em menos de 30 minutos.
4. Profissionais de fitness instruídos e experientes: dado o grande número 
de organizações que oferecem certificações de saúde e condicionamento 
físico, é importante que os consumidores escolham profissionais certifi-
cados por meio de programas credenciados pela Comissão Nacional de 
Agências de Certificação (NCCA), como os oferecidos pelo ACSM, que 
é uma das maiores e mais prestigiadas organizações de certificação 
fitness do mundo.
5. Treinamento de força: continua sendo uma ênfase central para muitos 
clubes de saúde e uma parte essencial de um programa completo de 
exercícios para todos os níveis de atividade física e gêneros (outros 
componentes essenciais são exercício aeróbico e flexibilidade).
6. Treinamento em grupo: os instrutores de exercício em grupo ensinam, 
lideram e motivam os indivíduos, embora tenham aulas de exercícios 
em grupo intencionalmente planejadas; os programas do grupo são 
projetados para serem motivacionais e eficazes para pessoas em di-
ferentes níveis de preparo físico, com instrutores usando técnicas de 
liderança que ajudam no alcance de metas de condicionamento físico.
7. Exercício é medicina: exercise is medicine é uma iniciativa global de 
saúde, focada em encorajar os médicos de atenção primária e outros 
profissionais de saúde a incluírem atividades físicas na elaboração de 
planos de tratamento para pacientes e encaminharem seus pacientes 
para os profissionais do exercício.
8. Yoga: baseado na tradição antiga, utiliza uma série de posturas cor-
porais específicas praticadas para a saúde e o relaxamento, que inclui 
power yoga, yogalates, bikram, ashtanga, vinyasa, kripalu, anurara, 
kundalini, sivananda e outros.
9. Treinamento pessoal: cada vez mais alunos estão formando-se em cinesio-
logia, o que indica que eles estão preparando-se para carreiras em campos 
de saúde aliados, como treinamento pessoal — educação, treinamentoe 
credenciamento adequado para treinadores pessoais tornaram-se cada vez 
mais importantes para as instalações de saúde e fitness que os empregam.
10. Exercício e perda de peso: além da nutrição, o exercício é um compo-
nente-chave de um programa de perda de peso adequado — profissionais 
11As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física
de saúde e fitness que fornecem programas de perda de peso estão 
incorporando cada vez mais exercícios regulares e restrição calórica 
para melhor controle de peso em seus clientes.
Você poderá conhecer um pouco mais sobre o mercado profissional de Educação 
Física, acessando o link a seguir sob a temática “Gestão de carreira do profissional de 
Educação Física”.
https://goo.gl/8LTTQ9
ANTUNES, A. C. Mercado de trabalho e Educação Física: aspectos da preparação 
profissional. Revista de Educação, Londrina, v. 10, n. 10, p. 141-149, 2007. Disponível em: 
<http://www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/educ/article/view/2147>. Acesso 
em: 9 abr. 2018.
BRACHT, V.; CRISORIO, R. (Orgs.). A educação física no Brasil e na Argentina: identidade, 
desafios e perspectivas. Campinas: Autores Associados, PROSUL, 2003. 354 p.
CATANI, A. M.; OLIVEIRA, J. F.; DOURADO, L. F. Política educacional, mudanças no 
mundo do trabalho e reforma curricular dos cursos de graduação no Brasil. Educação 
e sociedade, Campinas, v. 22, n. 75, p. 67-83, ago. 2001. Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-73302001000200006&lng=pt&
nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 9 abr. 2018.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Formação Superior em Educação Física: 
considerações à luz das Diretrizes Curriculares Nacionais e do Documento de Inter-
venção do CONFEF. Revista EF, v. 5, n. 15, 2005. Disponível em: <http://www.confef.
org.br/extra/revistaef/arquivos/2005/N15_MAR%C3%87O/13_FORMACAO_SUPE-
RIOR_EM_EF.PDF>. Acesso em: 23 abr. 2018.
FARIA JR., A. G. Reflexões sobre a Educação Física brasileira: a Carta de Belo Horizonte. 
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 23, n. 1, p. 19-31, set. 2001. Disponível em: 
<http://revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/317>. Acesso em: 9 abr. 2018.
NOZAKI, H. T. O mundo do trabalho e o reordenamento da Educação Física brasileira. 
Journal of Physical Education, Maringá, v. 10, n. 1, p. 3-12, 1999. Disponível em: <http://pe-
riodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/3808>. Acesso em: 9 abr. 2018.
As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física12
OLIVEIRA, A. A. B. Mercado de trabalho em educação física e a formação profissional. 
Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v. 8, n. 4, p. 45-50, set. 2000. Disponível 
em: <https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/view/375/427>. Acesso 
em: 9 abr. 2018.
QUELHAS, A. A. Profissional de Educação Física no segmento fitness: reflexões a 
partir da categoria trabalho. Motrivivência, Florianópolis, ano 23, n. 36, p. 75-93, jun. 
2011. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/
view/2175-8042.2011v23n36p75>. Acesso em: 9 abr. 2018.
SAUTCHUK, C. E. Regulamentação. In: GONZÁLEZ, F. J.; FENSTERSEFER, P. E. (Orgs.). Di-
cionário crítico de educação física. Ijuí: Unijuí, 2005. 421 p.
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As tendências atuais do mercado de trabalho em Educação Física14

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