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Prévia do material em texto

MAGNÉSIO
O QUE ELE PODE FAZER POR VOCÊ
Dr. Arnoldo Velloso da Costa 
MAGNÉSIO
O QUE ELE PODE FAZER POR VOCÊ
Mais de 30 anos de pesquisas provaram que:
O magnésio é o maestro da orquestra do organismo: rege o cálcio, 
interage com o zinco, as vitaminas e os nutrientes antioxidantes 
 sendo o nutriente que ajuda a controlar o estresse, prevenir os 
ataques cardíacos, combater o diabetes, aliviar problemas 
osteoarticulares e retardar o envelhecimento
 
 
© by Arnoldo Velloso da Costa – 2010
Ficha Técnica
Arte da Capa:
Thiago Sarandy
Revisão
Mariana de Lima Rodrigues
Editoração eletrônica
Cláudia Gomes
Todos os direitos em língua portuguesa, no Brasil, reservados de acordo com a lei. Nenhuma parte deste livro 
pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, incluindo fotocópia, gravação ou 
informação computadorizada, sem permissão por escrito do Autor. THESAURUS EDITORA DE BRASÍLIA 
LTDA. SIG Quadra 8, lote 2356 - CEP 70610-480 - Brasília, DF. Fone: (61) 3344-3738 - Fax: (61) 3344-2353 * 
End. Eletrônico: editor@thesaurus.com.br *Página na Internet: www.thesaurus.com.br
Composto e impresso no Brasil
Printed in Brazil
C837m Costa, Arnoldo Velloso da
Magnésio o que ele pode fazer por você / Arnoldo 
Velloso da Costa. – Brasília : Thesaurus, 2010.
312 p.
CDU 613.27
CDD 613.27
ISBN: 978-85-7062-934-0
Agradecimentos especiais
Agradeço à minha mulher Martha, grande incentivadora do 
meu trabalho, por ter suportado as ausências do convívio familiar du-
rante grande parte dos congressos internacionais referentes ao tema 
deste livro.
Igualmente vai o meu reconhecimento ao filho primogênito, 
Professor Dr. Max Henrique Machado Costa, PhD pela Universidade de 
Stanford em engenharia elétrica, pela colaboração inestimável no cam-
po da estatística, necessária à apresentação dos primeiros trabalhos de 
pesquisa na nova área.
Sou igualmente grato à minha filha, graduada em estatística, 
Patrícia Costa Quintão, e ao genro, engenheiro elétrico, Luiz Quintão, 
ambos diplomados pela UnB, pelas lições iniciais de informática indis-
pensáveis à preparação de aulas e apresentações em Power Point, desen-
volvidas a partir dos dados científicos obtidos nos Congressos Interna-
cionais.
Quero também agradecer ao meu neto, Dr. Rodrigo Costa Quin-
tão, médico pela UnB e especializado em hemodinâmica pelo Instituto 
Dante Pazzanese de São Paulo, que, há muito e ao longo de seus estudos 
universitários, se entusiasmou e pediu bibliografias acerca do tema que 
impelia o avô materno a contínuas viagens internacionais.
Minha gratidão ao sobrinho, Dr. Jorge Luiz da Costa Fonseca, que 
soube integrar os conhecimentos auferidos no I Simpósio Internacional 
de Magnésio, realizado na UnB, em 1988, à sua prática cardiológica na 
Paraíba.
O meu profundo reconhecimento aos filhos mais jovens, Dra. 
Tatiana Cavalcanti da Costa e Dr. Arnoldo Velloso da Costa Filho, mé-
dicos pela UnB, que assumiram a trabalhosa direção administrativa da 
Clínica Nutricional e possibilitaram a conquista de tempo na agenda – 
condição essencial para o término deste trabalho.
Um agradecimento especial cabe à nora psicóloga, Dra. Laura 
Torquato, doutora em psicologia pela UnB e estudiosa das propriedades 
do magnésio na esfera psicológica, pela assistência prestada para supe-
rar os desafios de escrever e corrigir o texto no regressivo sistema Vista 
do meu último notebook.
Sou muitíssimo grato ao Dr. Álvaro Achcar, meu genro, renoma-
do cirurgião e intensivista, que, além de grande interessado nos estudos 
de nutrologia, especialmente do magnésio, e cuja aplicação intravenosa 
sabe fazer como poucos na UTI, me deu o estímulo decisivo para supe-
rar as dificuldades, sobretudo a falta de tempo, e juntar todo o material 
reunido em décadas de estudos sobre o fascinante tema em um livro.
Seria uma omissão imperdoável não agradecer muitíssimo o 
apoio de um colega altamente versado em medicina natural, o Dr. Mar-
cio Bontempo, muito interessado no campo do magnésio, cuja enorme 
experiência em escrever excelentes livros me ajudou a superar os óbices 
inevitáveis e concluir este trabalho.
Cabe nesta apresentação um grande reconhecimento ao jornalista Fer-
nando Cesar Mesquita, que fez uma reportagem inaugural sobre o magnésio 
no Jornal do Brasil no início dos anos 80, época em que meu trabalho pionei-
ro foi considerado coisa de visionário, para dizer o mínimo. Mas há honrosas 
exceções. Dentre as pessoas que sempre se entusiasmavam com minhas apre-
sentações sobre o tema do livro, que exerce enorme influência no psiquismo, 
sobressai a figura do Dr. Juarez Callegaro, de Porto Alegre, que voava até São 
Paulo para marcar presença e obter uma cópia do trabalho para discussão 
conjunta. Considero o Dr. Callegaro um psiquiatra de fama mundial, tan-
to como autoridade no campo ortomolecular como autor de Best Sellers da 
especialidade e tenho aqui a justa razão de ficar-lhe eternamente grato pelo 
grande estímulo ao meu campo de pesquisa.
Não posso deixar de consignar o meu agradecimento à Dra. Le-
andra Sá, conceituada e experiente farmacêutica, no capítulo referente 
aos sais de magnésio e respectivas doses. 
Meu reconhecimento ao Dr. Rogerio Tokarski, farmacêutico en-
tusiasmado pelas novidades científicas, por ter conseguido sais especiais 
de magnésio (magnésio glicil glutamina) para indicações em algumas 
patologias raras. 
Também merece o meu reconhecimento a Dra. Sandra Lohmann, 
minha assistente na Clínica Nutricional, que ajudou na revisão do vasto 
campo da nutrologia – nutrientes relacionados com o magnésio – na 
parte II do livro.
Também seria uma falta indesculpável não incluir entre os agra-
decimentos a confiança depositada no meu assessoramento científico 
de algumas tecnologias alemãs por mais de duas décadas pelo casal Neu-
sa e Luiz Carlos Silveira, diretores proprietários do Hotel Kur Gramado, 
e às suas filhas, em especial, Rochele, diplomada em hotelaria e Mariela, 
médica nutróloga. A primeira com estágio em clínica especializada ale-
mã por minha recomendação, e a segunda sempre bem-vinda a Brasí-
lia para assessoramento no campo nutricional e domínio da técnica do 
aparelho Collagenoson.
Devo especial gratidão ao Professor Anderson de Souza Caldas, 
professor de informática, que, há mais de uma década, me capacitou a 
fazer apresentações com efeitos especiais em Power Point nas aulas dos 
cursos de medicina ortomolecular e nutrologia no Brasil e no exterior, 
em virtude do que tenho recebido agradecimentos e elogios pela quali-
dade técnica e didática.
Meu muito obrigado à Sra. Lucia Garofalo, diretora da Brasil Su-
per Rádio FM, por meu programa semanal há mais de 10 anos, cujo 
tema frequente é o déficit de magnésio na população brasileira. A grati-
dão é extensiva ao técnico da Super Rádio, Vidigal Barbosa, que trans-
creveu vários textos científicos de fita cassete para CD, necessários para 
a redação de vários tópicos deste livro.
Meu reconhecimento especial à minha revisora, Professora Ma-
riana de Lima Rodrigues pelo trabalho de adaptação do jargão científico 
à linguagem jornalística e, finalmente, aos meus editores, Victor Alegria, 
amigo de longa data, e seu filho, Victor Tagore.
Meu reconhecimento ao Dr. Olympio Faissol, conceituado pro-
fessor de odontologia do Rio de Janeiro, que me alertou sobre os enor-
mes riscos da fluoretação da água para a saúde da população que a 
consome, prática banida em 97% dos países do mundo. Além disso, 
deu ensejo a uma pesquisa pessoal que confirmou esta política de saú-
de pública, destituída de qualquer fundamentação científica e plena de 
gravames para a população, como hipotiroidismo e degenerações ós-
seas. A pesquisa evidenciou também que o flúor é reconhecidamente 
cancerígeno e agrava o quadro da deficiência de magnésio. Além disso, 
é cientificamente comprovado que não previne cáries dentárias.
Um trio de colegas, Drs. Efraim Olszewer, José de Felipe Junior e 
Helio Povoa, merece meu respeito e reconhecimentopor terem, juntos ou 
separadamente, vencido resistências e iniciado no Brasil, a partir de São 
Paulo e depois em outras cidades, os cursos de formação em medicina or-
tomolecular, onde tenho tido a oporturnidade, há mais de duas décadas, 
de realizar apresentações de atualização sobre o magnésio, um mineral 
que deve ser suplementado ou corrigido na maioria das pessoas.
Seria uma lamentável omissão não incluir entre os leitores expec-
tantes desse trabalho um colega e amigo autor de vários livros, o cardio-
logista e nutrólogo Sergio Puppin, também conferencista internacional 
entusiasta dos estudos sobre o magnésio e atento ouvinte das minhas 
apresentações. 
Last but not least, meu enorme agradecimento ao meu dileto ami-
go e colega de faculdade, Dr. Celso de Souza Carvalho, que foi o meu 
primeiro discípulo a viajar comigo à Alemanha, em 1982, e aprender 
sobre o magnésio e outras terapias naturais. Dr. Celso aprendeu alemão 
e, após muitas viagens à Alemanha, aplicou seus conhecimentos em 
uma florescente clínica no Rio de Janeiro. É autor do livro Maturidade 
Saudável, já na 3ª edição, e, à luz de tamanha experiência, me orientou 
a reunir o imenso material de décadas de viagens, sendo o primeiro re-
visor do esboço deste trabalho. 
O autor.
 
Agradecimentos gerais
Pela paciência e por suportar os hábitos de um pai muitas vezes 
ausente e empenhado em fazer trabalhos de pesquisa, além dos cuida-
dos com os pacientes, agradeço aos meus filhos Max Henrique, Elisabe-
th, José Paulo, Patricia e Luciola, Arnoldo Filho e Tatiana. 
Homenagens especiais
Ao eminente pesquisador francês Prof. Dr. Jean Durlach, que me 
incluiu como membro da Sociedade de Desenvolvimento de Pesquisa 
sobre o Magnesio (Societé de Développement des Recherches sur Le Mag-
nésium) e do Conselho Editorial da revista Magnesium Research, e me 
incentivou na pesquisa do déficit de magnésio na população brasileira, 
cujos detalhes conheceu de perto em viagens feitas a vários estados do 
país, inclusive Brasília.
Ao inovador pesquisador finlandês, Prof. Dr. Heikki Karppanen, 
que reverteu o índice de maior incidência de ataques cardíacos na Fin-
lândia com um amplo programa de conscientização alimentar, patroci-
nado pelo Ministério da Saúde local, incluindo a adoção de um sal com-
posto contendo magnésio (Pansalt), cuja fórmula me concedeu com o 
objetivo de reduzir a alta ocorrência de morbiletalidade cardiovascular 
no Brasil (vide fontes no fim do livro).
À memória da pesquisadora norte-americana, Prof. Mildred See-
lig, MD, que me esclareceu alguns pontos obscuros da pesquisa magne-
siana e me tornou membro do American College of Nutrition, em 1986.
Agradecimento 
aos pacientes e aos alunos
Minha grande amizade e reconhecimento aos inúmeros pacientes 
em quem foi possível confirmar as teorias aprendidas; aos alunos, daqui 
e dalhures, que sempre me aplaudiram e estimularam a prosseguir neste 
riquíssimo campo de pesquisa.
Dedicatória
Dedico este livro à memória de minha filha, Professora Dra. Eli-
sabeth Costa Khakbaz, PhD em fisiologia pela Universidade de Stan-
ford, cujas sugestões na área bioquímica foram extremamente valiosas 
à redação do trabalho inicial de pesquisa do magnésio na população 
brasileira, apresentado em Lisboa em 1983 e agraciado com Medalha 
de Bronze pela Académie Française de Medécine; à memória de minha 
mãe, Dalva Velloso da Costa, falecida aos 26 anos, grande entusiasta da 
carreira médica, que prenunciava, aos meus 8 anos, como minha futura 
profissão; à memória de meu pai, Manuel Balthazar da Costa, farma-
cêutico de grande visão, que me impulsionou a adquirir conhecimentos 
linguísticos em cursos especiais, indispensáveis a uma futura carreira no 
campo científico. 
Advertência
Este livro contém informações úteis para o leigo interessado em 
melhorar sua qualidade de vida, retardar o envelhecimento e combater 
o estresse do dia a dia. No entanto, como o próprio texto explica, há 
muitas variedades individuais e nem todas as pessoas podem aproveitar 
plenamente a suplementação do magnésio, embora falhas de absorção 
e excreção sejam raras. Casos de miastenia grave merecem a orientação 
de um neurologista se há necessidade de uso suplementar de magnésio. 
No tocante à terapia intravenosa de doenças cardiovasculares, é preci-
so contar com a colaboração de um médico cardiologista experiente e, 
para assuntos gerais, em dúvida, o leitor pode recorrer à apreciação de 
um nutrólogo, nutricionista ou médico ortomolecular. Para consultar a 
lista de profissionais habilitados no campo ortomolecular, veja os sites: 
www.fapes.net e www.maxpressnet.com.br 
Sumário
MAGNÉSIO - UM MINERAL PRECIOSO – Foi assim que a 
história começou .......................................................................... 23
Doutor Arnoldo Velloso, um homem especial ........................... 25
Apresentação ................................................................................ 27
PARTE I
1. Fundamentos da Evolução Biológica ...................................... 33
 1.1 Evolução química ......................................................... 34
 1.2 Evolução Biológica ....................................................... 34
 1.3 A clorofila e o oxigênio ................................................ 35
 1.4 O magnésio e a evolução biológica ............................. 37
 Referências ........................................................................ 37
2. Ocorrência de magnésio na Terra ........................................... 39
 2.1 Propriedades químicas ................................................ 39
 2.2 A Geoquímica do magnésio ........................................ 40
 Referências ........................................................................ 42
3. Magnésio: propriedades bioquímicas ..................................... 43
 3.1 O magnésio e a origem da vida ................................... 43
 3.2 O magnésio e a captação de energia: a fotossíntese ... 44
 Referências ......................................................................... 47
4. O magnésio e a geração de energia nos seres vivos ................ 49
 4.1 Fosforilação oxidativa .................................................. 52
 4.2 O magnésio e os ribossomos: biossíntese das proteínas . 53
 4.3 O magnésio e o núcleo celular – transmissão de carac-
 teres hereditários. ............................................................... 53
 4.4 O magnésio como segundo mensageiro ..................... 55
 Referências ........................................................................ 56
5. O magnésio e o seu papel em processos fisiológicos funda- 
 mentais ............................................................................... 57
 5.1 Aclimatação ao frio ...................................................... 58
 5.2 Controle da temperatura corporal .............................. 59
 Referências ......................................................................... 61
6. Magnésio: geoquímica e epidemiologia – um fator geoquí-
 mico nas doenças humanas ............................................... 63
 Referências ........................................................................ 69
7. Metabolismo do magnésio no homem ................................... 71
 7.1 Conteúdo de magnésio no organismo ........................ 71
 7.2 Ingestão de magnésio nos alimentos .......................... 72
 7.3 O balanço de magnésio no organismo ....................... 73
 7.4 Estudos do balanço metabólico .................................. 74
 7.5 Diferenças do balanço de magnésio nos sexos mas- 
 culino e feminino ............................................................... 75
 7.6 Consumo de magnésio pelo homem paleolítico ....... 77
 Referências ......................................................................... 78
8. O advento da cardiologia com a mudança dos hábitosalimen-
 tares e o aumento das doenças cardiovasculares no século
 XX ...................................................................................... 81
 8.1 Distúrbios hereditários do metabolismo do magnésio 
 e influências ambientais .................................................... 84
 Referências ......................................................................... 86
9. Fisiologia do cálcio e do magnésio: sinergia e antagonismo .. 87
 9.1 Relação alimentar cálcio/magnésio e antagonismo 
 do cálcio ............................................................................. 89
 9.2 Regulação sistêmica ..................................................... 93
 9.3 Magnésio e o infarto do miocárdio............................. 94
 Referências ........................................................................ 97
10. Advento dos alimentos industrializados e refrigerantes ricos 
 em fosfato. Aumento da morbidade e mortalidade cardio-
 vasculares ............................................................................ 101
 10.1 Excesso de Vitamina D .............................................. 102
 10.2 Excesso de fosfatos nos refrigerantes ........................ 103
 10.3 Ação cardioprotetora do magnésio .......................... 104
 Referências ......................................................................... 105
11. Inter-relação do magnésio com o zinco e a vitamina B6. 
 A interação com a melatonina, a ação antienvelhecimento 
 e a prevenção de doenças neurodegenerativas ................. 107
 Referências ........................................................................ 110
12. O magnésio e a sua importância na prevenção da obesidade 
 e do diabetes ....................................................................... 111
 12.1 Síndrome metabólica ................................................. 111
 12.2 Dieta hipocalórica para a síndrome X ...................... 115
 Referências ........................................................................ 116
13. Análise do magnésio no organismo – falhas na determina- 
 ção convencional ................................................................ 117
 13.1 Teste da sobrecarga de magnésio............................... 118
 13.2 Teor de magnésio nas hemácias ................................ 119
 13.3 Magnésio ionizado ..................................................... 120
 13.4 Determinação do magnésio intracelular – Exatest .. 121
 Referências ......................................................................... 122
14. Reposição de magnésio – águas minerais ............................ 123
 14.1 A experiência sérvia ................................................... 124
 14.2 Healthy Water Association ........................................ 124
 14.3 Teor de magnésio de águas minerais de todo o mundo ..... 129
 Referências ........................................................................ 130
 15. O magnésio e os radicais livres – tóxicos exógenos e 
 endógenos ......................................................................... 131
 15.1 Tóxicos ambientais .................................................... 134
 Referências ........................................................................ 137
16. A deficiência de magnésio no estresse como fator de risco de
 doenças cardio e cerebrovasculares e a aceleração do envelhe- 
 cimento ............................................................................... 139
 16.1 Síndrome de Raynaud e angina de Prinzmetal ........ 140
 16.2 O magnésio e os espasmos da musculatura lisa, 
 incluindo as coronárias ..................................................... 142
 16.3 Produtos análogos ao magnésio – os antagonistas 
 do cálcio ............................................................................. 145
 16.4 Arritmias, morte súbita por parada cardíaca: papel 
 do magnésio ....................................................................... 148
 Referências ........................................................................ 151
17. A poluição ambiental e a correção do balanço de magnésio 
 corporal ............................................................................. 153
 17.1 Ação desintoxicante do magnésio ............................. 154
 17.2 Ingestão de magnésio: via oral ou parenteral ........... 155
 17.3 Uso parenteral do magnésio ..................................... 158
 Relato de caso ..................................................................... 160
18. Considerações sobre a necessidade de corrigir o magnésio 
 para uma melhor qualidade de vida ................................ 165
 18.1 O magnésio e a hipertensão arterial ........................ 166
 18.2 Diuréticos e hipertensão arterial ............................... 167
 18.3 Déficit de magnésio e trombose venosa profunda ... 172
 Referências ......................................................................... 173
19. Drogas e parâmetros bioquímicos que podem influenciar 
 o balanço do magnésio e a possível reversão das doenças 
 cardiovasculares ................................................................. 175
 19.1 Aspirina ...................................................................... 175
 19.2 Betabloqueadores ....................................................... 176
 19.3 Inibidores da enzima de conversão da angiotensina 
 (ECA) ................................................................................. 176
 19.4 O significado da homocisteína .................................. 177
 Referências ........................................................................ 179
20.0 Poluição ambiental com o surgimento de novas entida- 
 des clínicas, como a síndrome de fadiga crônica e a fibro- 
 mialgia. ........................................................................ 181
20.1 Medicina ecológica e a conexão com a generalizada defi- 
 ciência de magnésio ........................................................... 181
20.2 Síndrome da fadiga crônica ................................................. 183
 20.3 Fibromialgia ............................................................... 184
 20.4 A relação AMP/cGMP cíclico e a Taurina ................ 185
 20.5 Taurina ....................................................................... 186
 20.6 Propriedades da taurina ............................................ 186
 Referências ........................................................................ 187
21. Problemas clínicos em órgãos e sistemas do corpo decor- 
 rentes do baixo status de magnésio ................................... 189
 Referências ......................................................................... 190
22. Fatos relevantes em relação ao magnésio e ao processo de 
 envelhecimento .................................................................. 191
23. Papel do magnésio na osteoporose e nos cálculos renais ..... 193
 23.1 Relato de caso ............................................................. 194
 23.2 Papel do magnésio na osteoporose ........................... 195
 Referências ......................................................................... 197
Adendo I (para o terapeuta) ........................................................ 199
Adendo II ...................................................................................... 201
PARTE II
Classificação das vitaminas e minerais em correlação com o magnésio. 
As vitaminas classificam-se em lipossolúveis (A, D, E e K) 
e hidrossolúveis (vitaminas do complexo B e a vitamina C)
Capítulo I - Vitamina A e carotenos ........................................... 221
Capítulo II- Vitamina D .............................................................. 227
Capítulo III - Vitamina E .............................................................235
Capítulo IV - Vitamina K ............................................................ 239
Capítulo V - As vitaminas do Complexo B ................................. 245
Capítulo VI - Riboflavina ou Vitamina B2 ................................. 251
Capítulo VII - Niacina ou Vitamina B3 ..................................... 255
Capítulo VIII - Vitamina B6 ou piridoxina ............................... 259
Capítulo IX - Ácido pantotênico ................................................. 263
Capítulo X - Ácido Fólico ............................................................ 265
Capítulo XI - Vitamina B12 ou Cobalamina .............................. 269
Capítulo XII - Colina ................................................................... 273
Capítulo XIII - Inositol ............................................................... 277
Capítulo XIV - Coenzima Q 10 ou ubiquinona ........................ 279
Glossário ....................................................................................... 285
Apêndice ....................................................................................... 297
Índice remissivo ........................................................................... 303
23
MAGNÉSIO - UM MINERAL PRECIOSO 
Foi assim que a história começou
Convivemos, o Dr. Arnoldo Velloso da Costa e eu, durante 6 anos como alunos da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade 
do Brasil. Tinha ele sobre nós, seus colegas de turma, uma grande vanta-
gem cultural: sua facilidade no aprendizado de outras línguas. Além do 
inglês e do francês, ele dominava o alemão, o holandês e o russo. Dessa 
maneira, ele tinha acesso à literatura técnica de fontes as mais diversas. 
Após a formatura, candidatou-se a uma bolsa da Fundação Alexander 
Von Humboldt, da Alemanha, e fez sua pós-graduação em Freiburg.i.Br, 
onde desenvolveu uma técnica de tratamento de traumatismos crania-
nos considerada “um divisor de águas” pelo nosso professor de cirurgia 
geral, Emmanuel Alves, que o convidou para redação do capítulo cor-
respondente do seu livro Cirurgia de Urgência, honraria que só cabia a 
professores e não a recém-formados. Na Alemanha, o Dr. Velloso teve a 
oportunidade de se aproximar das maiores expressões da comunidade 
médica mundial, inclusive do Prof. Jean Durlach, presidente da Societé 
Internacionale des Recherches sur le Magnésium e foi convidado para in-
tegrar essa organização de âmbito mundial, com atividades didáticas no 
Brasil e no Exterior. 
Tive a felicidade de reconhecer nele qualidades que, por mo-
déstia, o próprio não apregoava e isso me permitiu partilhar de boa 
parte de seus conhecimentos, o que me tornou seu colaborador. 
Sua grande paixão de pesquisador sempre foi o magnésio, a que se 
dedicou com grande entusiasmo, pesquisando o que podia encon-
trar na literatura mundial, publicando resultados e fazendo con-
ferências, para as quais era convidado, sempre com elevado grau 
24
D R . A R N O L D O V E L L O S O D A C O S T A
de sofisticação, empregando os mais recentes recursos tecnológicos 
audiovisuais, tais como computadores.
Na primeira vez em que viajei à Alemanha, ele foi meu compa-
nheiro de viagem. Em Stuttgart, apresentou-me ao Prof. Karl Theurer, 
que dirigia o Laboratório vitOrgan Arzneimittel GmbH, especializado 
no desenvolvimento e produção de medicamentos biológicos. O Prof. 
Theurer foi meu tutor na técnica de produção de um medicamento bio-
lógico que ele criara a partir da técnica do prêmio Nobel Niels Jensen, 
um finlandês naturalizado britânico que ganhou a láurea por essa des-
coberta, e que tinha a propriedade de modular o sistema imunitário 
nas doenças autoimunes. Juntos, aplicamos o medicamento em muitos 
clientes, com resposta sempre favorável especialmente quando associa-
do ao magnésio.
A publicação deste livro representa a coroação de longo trabalho 
de pesquisa internacional. É um substancial guia prático muito útil na 
clínica e em todos os ramos da Medicina.
Dr. Celso de Souza Carvalho
Médico ortomolecular
 
25
DOUTOR ARNOLDO VELLOSO, 
UM HOMEM ESPECIAL
Jornalistas escrevem diariamente sobre assuntos variados e se depa-ram com pessoas de todo tipo. Muitas delas chamam logo a atenção 
por algo que estão dizendo ou fazendo, de diferente ou interessante, ou 
contribuindo de alguma maneira para que a política, a economia, a ci-
ência ou a humanidade seja melhor. E foi o que aconteceu comigo há 
mais de 25 anos, quando repórter do Jornal do Brasil, em Brasília, co-
nheci o Dr. Arnoldo Velloso da Costa, um desses seres especiais.
Assim que o vi, constatei não se tratar de um médico comum. 
Era um pesquisador, sempre estudando o homem e sua interação com 
o meio ambiente, em busca de fórmulas e tratamentos que ultrapassas-
sem o diagnóstico costumeiro de apenas os sintomas de enfermidades 
do corpo.
Persistente, vendo longe, me falava das qualidades terapêuticas 
do magnésio com as certezas e convicções do cientista aplicado que 
desafiava a monotonia dos consultórios tradicionais. Convidei-o, en-
tão, a me conceder uma entrevista para o JB. A repercussão, tenho 
certeza, foi grande no público em geral. Entre alguns doutores meus 
amigos, contudo, provocou inicialmente reações de descrédito a res-
peito das propriedades atribuídas ao magnésio na prevenção e trata-
mento de várias doenças.
Embora leigo no assunto, não tive dúvidas acerca da indicação 
do magnésio e passei a usá-lo, com bons resultados. E, a partir daí, tor-
nei- me adepto de todas as prescrições que ele me fazia. Pois bem, não 
passou muito tempo, os mesmos médicos antes descrentes me disseram 
estar enganados: o magnésio efetivamente apresentava os resultados po-
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D R . A R N O L D O V E L L O S O D A C O S T A
sitivos mencionados pelo Velloso, o que ele comprova com levantamen-
tos apontados em seu livro.
Desde quando escrevi a reportagem, temos nos visto periodica-
mente, quando, entre outras, recebo verdadeiras aulas sobre os male-
fícios do flúor misturado à nossa água ou as vantagens de usar o óleo 
puro de coco na alimentação. Na TV Senado, apresentei-o mais de uma 
vez, com boa audiência pelo que ele transmitia de conhecimento e con-
fiança ao telespectador.
Numa incessante busca de informações, Velloso já fez 34 viagens 
ao exterior para participar de congressos e reuniões científicas e recebeu 
premiações de várias instituições internacionais. Entre elas destacam-se 
a Academia Nacional de Medicina da França e o Instituto Biográfico In-
ternacional de Cambridge.
É assim, quem conhece o Velloso dificilmente deixa de se encan-
tar com a personalidade fascinante do médico cuidadoso, jovial, curio-
so, sempre a par das últimas descobertas feitas no campo da medicina 
em todos os lugares do mundo, que nos examina não apenas como mais 
um paciente, mas como um ser humano que precisa ser visto na sua in-
tegridade física e mental. Além do mais é artista e ainda encontra tempo 
para tocar bandolim com seu grupo de músicos.
Como escritor, Velloso revela neste livro, cuja linguagem é sim-
ples, direta, a história geológica do planeta, sua composição mineral. 
Fala também do valor das vitaminas e sais minerais, das últimas con-
quistas da medicina na área nutricional, as drogas e combinações que 
fazem bem ou mal ao organismo de cada um. É um livro indispensável 
àqueles que procuram viver em harmonia com o próprio corpo.
Enfim, tenho certeza de que é uma daquelas obras que você co-
meça a ler e não quer mais parar. Cada página é uma informação nova, 
valiosa, é o trabalho de alguém que é especial. 
 
Fernando Cesar Mesquita
Jornalista
27
Apresentação
Sou um médico com especialização em cirurgia neurológica na Ale-manha que, ao participar do II International Symposium on Magne-
sium, realizado em Baden Baden, em 1982, fascinei-me pelas proprie-
dades então reveladas do magnésio: seu papel na origem da vida era 
mais relevante do que qualquer outro mineral. Desde a minha formação 
médica, o magnésiotinha sido descrito apenas como antiácido, laxativo 
e, quando muito, antiespasmódico, e, no simpósio em pauta, foi apre-
sentado por cientistas de renome internacional como o nutriente fun-
damental da energia presente nos organismos vivos; em suma, o fator 
essencial para a geração do ATP – ou adenosinotrifosfato –, a molécula 
básica para o mecanismo da vida, e ativador de mais de 350 funções, 
incluindo geração de proteínas, neurotransmissores e hormônios. 
Concluído o simpósio, ao regressar ao Brasil e à luz da tecnologia 
e dos conhecimentos adquiridos, pesquisas na literatura e consultas a 
especialistas, revelava-se a deficiência de magnésio no solo e na água de 
várias regiões do país e, consequentemente, a carência do nutriente em 
grande parte da população brasileira.
Ficou patente o fato de que as condições geoquímicas do largo 
território brasílico, pobre em terras vulcânicas, leva à grande escassez 
de magnésio no solo, em cerca de 90% da sua superfície, o que também 
ocorre na água que abastece a maior parte do país.
A aquisição de novos conhecimentos pressupunha a especializa-
ção em uma nova área, a nutrologia, na qual me habilitei como nutró-
logo pela Associação Médica Brasileira, em 1996. Aliás, já tinha conclu-
ído, em 1979, um curso de Medicina Ortomolecular na Alemanha, sob 
a orientação do Professor Lothar Burgerstein, aluno do Prêmio Nobel, 
Linus Pauling, o próprio criador da Medicina Ortomolecular. O fascínio 
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D R . A R N O L D O V E L L O S O D A C O S T A
pelo tema me levou a entrar para o elenco de cientistas internacionais 
de pesquisa magnesiana e nutricional e à participação em 34 congressos 
internacionais, sendo que dois simpósios ocorreram no Brasil, o pri-
meiro em 1988 em Brasília e o segundo em São Paulo, em 1990, ambos 
realizados com a colaboração dos Ministérios da Educação e da Saúde. 
Ao longo de quase 30 anos tenho participado como docente dos 
cursos de Nutrologia e Medicina Ortomolecular realizados anualmente 
em São Paulo e há um ano em Lisboa, na Faculdade Fernando Pessoa; 
e também dos cursos de Pós-Graduação, Bioquímica e Mestrado em 
Medicina Ortomolecular. 
A deficiência de magnésio no solo, na água e na população bra-
sileira foi confirmada em uma pesquisa apresentada no 1º European 
Symposium on Magnesium, realizado em Lisboa em 1983, que revelou 
acentuada baixa de magnésio na excreção urinária de pessoas normais 
de várias idades nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, além 
de apontar um surpreendente déficit desse mineral em um segmento da 
população nacional aparentemente saudável. Este trabalho pôde expli-
car a grande incidência de doenças e a elevada mortalidade cardiovascu-
lar no país, cuja grande frequência tem levado ao surgimento de unida-
des coronarianas em várias cidades e hospitais brasileiros, inclusive um 
de renome mundial – o Instituto do Coração de São Paulo. 
Evidentemente, o acervo de pesquisa dos centros de pesquisa 
internacionais tem sobejamente demonstrado a importância deste nu-
triente multifuncional, cujo suprimento é deficitário na vida moderna, 
influenciado por fatores como dieta pouco variada e rica em gordura, 
sal e açúcar, consumo frequente de álcool e fumo, que aumentam a ne-
cessidade de magnésio no organismo.
Um dado marcante comum em nossa época, em que é grande a 
sobrecarga de estresse físico e mental, é a própria deficiência de mag-
nésio produzir, naturalmente, um estado de estresse e, por seu turno, 
qualquer extrapolação somatopsíquica também exacerbar ainda mais 
o déficit do mineral. Por sorte, os conhecimentos acerca do magnésio 
me têm ajudado a suportar os achaques, desde a meia idade, e a superar 
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M A G N É S I O : O Q U E E L E P O D E F A Z E R P O R V O C Ê
distúrbios cardiovasculares frequentes no histórico familiar, dentre os 
quais arritmias cardíacas e hipertensão arterial.
Ao longo de três décadas, tenho feito palestras e conferências em 
vários pontos do país e do exterior sobre esse palpitante tema, que teve 
influência sobre a saúde de milhares de pessoas que lograram mudar a 
qualidade de suas vidas, livrando-se de insônia, enxaqueca, hipertensão 
arterial, arritmias cardíacas, diabetes, alergia e dores articulares, confir-
mando o lema do 5th INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON MAGNE-
SIUM, realizado em Kioto, no Japão, em Agosto de 1988: “Magnesium 
for a better health”. 
 
Brasília, agosto de 2010. 
PARTE I
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Capítulo 1
Fundamentos da Evolução 
Biológica
Na evolução do planeta Terra, cuja idade é de aproximadamente 4,6 bilhões de anos, houve gradativamente um processo de resfria-
mento em que foram surgindo elementos de peso atômico baixo, como 
o hidrogênio e o hélio. O planeta estratificou-se em uma crosta sólida 
e um núcleo constituído por ferro e níquel. O manto, que faz parte da 
crosta terrestre, tem composição semelhante ao mineral olivina, que é 
um silicato de ferro e magnésio.
Inicialmente em altas temperaturas, o planeta não tinha água 
em estado líquido; após o resfriamento, contudo, houve água sufi-
ciente para a formação progressiva dos oceanos. Desde esse estado 
primitivo, o fenômeno do vulcanismo contribuiu para criar uma at-
mosfera cujos componentes eram: vapor d’água, metano, dióxido de 
carbono, monóxido de carbono e nitrogênio (derivado dos nitritos) 
e, finalmente, o gás sulfídrico, originário dos sulfuretos. (Vide termos 
no glossário).
A atmosfera secundária tinha propriedades químicas mais redu-
toras que oxidantes, sendo o ponto de partida para as primeiras formas 
de vida surgidas há cerca de 3,5 bilhões de anos, fase precedida por uma 
evolução química estimada em 500 milhões de anos. 1
34
D R . A R N O L D O V E L L O S O D A C O S T A
1.1 Evolução química
Gradativamente, todas as moléculas necessárias à construção dos 
organismos se constituíram a partir de compostos inorgânicos que, à 
custa de reações químicas, agruparam-se sob a forma de aminoácidos e 
nucleotídios, blocos formadores da proteína. Esta é a pedra angular da 
matéria prima constituinte de todos os seres vivos (vide glossário).
Fosfatos inorgânicos ou orgânicos, que constituem reserva de 
energia química, foram se organizando em formas cada vez mais com-
plexas, por meio do processo de formação de moléculas de maior peso 
molecular, a polimerização. 
As fontes de energia disponíveis nesta fase da evolução do pla-
neta, o raio e o trovão, provavelmente foram fontes iniciais para a sín-
tese de compostos orgânicos a partir da matéria prima dos gases da at-
mosfera primitiva. Uma bem sucedida experiência, realizada há mais 
de quatro décadas, revelou a possibilidade de síntese de aldeídos, ácidos 
carboxílicos e aminoácidos a partir da mistura de gases submetida à ação 
de descargas elétricas. 2
1.2 Evolução Biológica
A partir de gotículas que tinham a capacidade de absorver ener-
gia do meio ambiente, forma pré-biótica de atividade, ao longo de 500 
milhões de anos foi surgindo progressivamente a capacidade de pro-
cessamento das moléculas absorvidas sob a forma de um metabolismo 
elementar e também a possibilidade de reprodução às expensas de um 
primitivo sistema de transmissão genética.
Provavelmente, as células primitivas eram constituídas de centenas 
de moléculas básicas, capazes de assegurar a síntese de proteínas e a geração 
de energia anaeróbia, ou seja, gerada em atmosfera sem oxigênio. 
Pesquisas recentes apontam para o papel fundamental do magné-
sio nesta fase primordial da evolução da vida, em vista de sua abundân-
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M A G N É S I O : O Q U E E L E P O D E F A Z E R P O R V O C Ê
cia na composição da água e sedimento dos oceanos, admitido como o 
berço das formas primitivas da vida.
Por sinal, o sistema celular tem profunda semelhança com a água do 
mar, que se parece com o fluido extracelular, rico em cloretos, em oposição 
ao meio intracelular, rico em fosfatos, magnésio e potássio, que é análogo à 
composição do sedimento marinho, cujo teor de cloretos é baixo. É ponto 
pacíficonestas considerações teóricas que o magnésio foi o elemento es-
sencial para catalisar as reações químicas necessárias à lenta evolução das 
formas pré-bióticas para as formas primitivas de vida. 3 
Os organismos primitivos unicelulares procarióticos – que são 
seres vivos desprovidos de núcleo celular – reproduziam-se por divisão 
simples e, gradativamente, conseguiram reduzir o dióxido de carbono 
até a glicose – utilizando o gás sulfídrico como fonte de hidrogênio – 
e liberando o enxofre. Por sua vez, organismos como as cianobactérias 
convertiam o dióxido de carbono em glicose a partir da água, liberando 
o oxigênio.
1.3 A clorofila e o oxigênio
A mãe natureza, com a invenção da clorofila em cuja constitui-
ção química o magnésio exerce papel essencial, permitiu um aumento 
progressivo do oxigênio na composição da atmosfera, produzindo ini-
cialmente extensa ação química sobre o ferro, que se encontrava nos 
oceanos sob forma solúvel, a ferrosa bivalente, que depois se precipitou 
no fundo marinho ao adquirir a forma trivalente, a férrica, não solúvel. 
Somente a fotossíntese poderia ter feito transformação de tal magnitu-
de, precipitando o ferro dissolvido no fundo do mar, à custa de enorme 
quantidade de oxigênio, seguida de sedimentação e fossilização da ma-
téria orgânica envolvida, incluindo flora e fauna primitivas, processo 
que terminou há aproximadamente 1,8 bilhão de anos. Vale lembrar 
que da matéria orgânica vegetal fossilizada se originaram os combustí-
veis fósseis: o carvão, o petróleo e o gás natural.

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