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V2 DIAGNOSTICO POR IMAGEM

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DOENÇA DE HANSEN TIPO I = EXTRUSÃO- Comum em cães de pequeno porte ~> ruptura aguda do disco intervertebral por degeneração condróide ~> em caso de toracolombar, quanto mais cranial maiores as chances de sintomas. 
O núcleo pulposo perde a água e deixa de ser gelatinoso, enfraquecendo o anel vertebral, gerando a compressão. Os sinais clínicos dependem do tipo de compressão medular, mas incluem dor intensa e aguda, com ou sem déficits neurológicos.
Alterações radiográficas: calcificação de disco intervertebral, estreitamento do espaço intervertebral, presença de material mineralizado na região do forame intervertebral, deslocamento dorsal e estreitamento da coluna de contraste na mielografia, pode haver calcificação e estreitamento do espaço intervertebral. (Com e sem a presença de sinais neurológicos)
DOENÇA DE HANSEN TIPO II = PROTRUSÃO- É a saliência do disco sem ruptura completa do anel fibroso, gerando degeneração fibróide. É comum em pacientes idosos, raças grandes sem condrodistrofia e em animais que realizam exercícios intensos ao longo da vida.
Os sinais clínicos são progressivos e dependem do tipo de compressão medular ~> quando em vértebras cervicais os sintomas são similares com a Síndrome de Wobbler. Causa também hiperestesia pela compressão de raízes nervosas ou herniação tipo I.
Alterações radiográficas: calcificação de disco intervertebral, estreitamento do espaço intervertebral, presença de material mineralizado na região do forame intervertebral, deslocamento dorsal e estreitamento da coluna de contraste na mielografia, pode haver calcificação e estreitamento do espaço intervertebral. (sem a presença de sinais neurológicos)
Espondilose / Espondilose Deformante-É a formação de osteófitos dos corpos vertebrais cranioventral e caudoventral, que podem formar anquiloses. A etiologia é desconhecida, com poucos sinais clínicos e é comum em vértebras torácicas e lombares.
alterações radiográficas: (1) estágio inicial: pequenas projeções como ganchos, (2) estágio avançado com neoformações ósseas mais pronunciadas ~> anquiloses
Espondilomielopatia Cervical / Síndrome de Wobbler- Acomete geralmente cães de grande porte e é quando temos alguma lesão torácica mais cervical que leve a um estreitamento do canal vertebral e consequente compressão da medula espinhal caudal e das raízes nervosas gerando instabilidade, movimentação excessiva ou traumatismos repetidos na medula.
· etiologia é multifatorial: estenose do canal vertebral, hérnia de disco, hipertrofia ligamentar, proliferação da cápsula articular e produção de osteófito
· geralmente acontece no final da cervical: C5, C6 e C7
	Pode ser dinâmica (sinais evidentes com flexão de região cervical) ou não dinâmicas (sinais evidentes permanentemente). Os sinais clínicos são dor intensa, ataxia proprioceptiva nos membros pélvicos, incoordenação, paresia e sinais menos evidentes em membros torácicos.
	A radiografia deve ser dinâmica, ou seja, em flexão e em extensão ~> cuidado com a manipulação do paciente no exame, pois o posicionamento pode acentuar ou não uma lesão vertebral.
· alterações radiográficas: formato vertebral alterado, processo articular cervical deformada, calcificação de discos intervertebrais, osteófitos e esclerose das placas das extremidades vertebrais, luxação
· é necessário uma incidência hiperestendida para exibir o deslocamento de uma vértebra
Estenose Lombossacra / Síndrome da Cauda Equina-	É a compressão das raízes nervosas lombares, sacrais e coccígeas comum em cães de grande porte e rara em gatos. Sua etiologia varia de doença de Hansen tipo II (protrusão), malformação congênita das vértebras, hipertrofia dos ligamentos espinhais, doença de Hansen tipo I (extrusão discal), alterações no canal medular devido a fraturas, instabilidade vertebral e osteocondrose sacral. 
	Os sinais clínicos englobam dor intensa e claudicação de membros pélvicos, fraqueza, flacidez com paralisia ou não de membros pélvicos e cauda, claudicação que piora com exercícios e incontinência fecal e urinária. 
Ossificação Dural / Paquimeningite Ossificante-É a ossificação das meninges pela formação de placas ósseas na dura-máter. 
alterações radiográficas: radiopacidade linear suave acima e paralelo ao assoalho do canal vertebral ~> melhor visualizada nos forames intervertebrais
Osteomielite / Espondilite-É a infecção em uma ou mais vértebras ~> geralmente lombares. Acomete cães e gatos jovens.
alterações radiográficas: destruição óssea com reação periosteal na superfície ventral da vértebra, ↑partes moles adjacentes, esclerose das vértebras circunjacentes, proliferação óssea irregular
Discoespondilite- Raríssimo em gatos, é a infecção e a inflamação do disco intervertebral e osteomielite das vértebras contíguas. De fundo infeccioso (via hematógena por Staphylococcus) podendo levar à compressão de medula. Acomete cães de médio a grande porte, jovens até a meia idade, sendo mais comum em machos ~> labradores e pastores alemães são predispostos.
alterações radiográficas: diminuição do espaço intervertebral, neoformação periosteal abrangente e agressiva na região ventral e lateral das vértebras atingidas, pode haver fusão de vértebras
-mielografia é útil para verificação de compressão medular ou não.
Fraturas de Coluna Vertebral
· COLUNA CERVICAL-Tem maior diâmetro e leva a menos efeitos danosos do trauma ~> 80% dos casos é em C1 e C2 (atlas e áxis).
canal medular mais largo nessa área diminuindo as chances de lesão medular.
· COLUNA TORÁCICA- Ocorrem fraturas compressivas, cominutivas da T13, fratura em epífises (gatos) ou desvio lateral da medula (hemorragia).
· COLUNA LOMBAR- Podem ou não causar paralisia, pode afetar a cauda equina, pode causar disfunção da bexiga e das alças intestinais ~> dor e sensibilidade de membros pélvicos.
· COLUNA SACRAL E COCCÍGEA-	Por atropelamentos podendo levar a paralisia ou paresia e também uma flacidez da cauda e relaxamento do esfíncter anal.
Luxação e Subluxação- Luxação é a separação completa dos ossos que formam uma articulação. Na subluxação os ossos ficam parcialmente fora da posição na articulação. Geralmente, a luxação é evidente e as subluxações são mais difíceis de serem avaliadas.
· alterações radiográficas: possível diminuição do espaço intervertebral, leve interrupção na linha da vértebra em relação aos demais e distância na articulação atlantoaxial, na mielografia verifica-se compressão medular local.
Neoplasias-	Em coluna vertebral as mais comuns são osteossarcoma e osteocondroma, onde podemos ver fratura patológica na radiografia.
Em medula espinhal as mais comuns são linfoma em felinos, meningioma, plasmocitoma, fibrossarcoma, hemangiossarcoma e linfossarcoma.
· mielografia necessária para saber se a localização é intra ou extramedular
RADIOGRAFIA TORÁCICA
INTRODUÇÃO-O raio-x torácico auxilia no diagnóstico, sugere um prognóstico (distribuição das alterações pulmonares), orientação terapêutica diferindo os tipos de enfermidades, auxilia no acompanhamento da evolução das enfermidades e avalia o tórax de forma panorâmica.
· permite identificar enfermidades cardíacas antes da manifestação dos sinais clínicos
A radiografia permite uma avaliação criteriosa dos pulmões sendo o ideal a realização de raio-x e USG para acompanhar a evolução dinâmica dos órgãos.
exame que dá melhor visualização do coração: VD para avaliação de veias e coração
· diferencia hipertrofia do miocárdio de flacidez cardíaca pela visualização da câmara cardíaca
· espaços intervertebrais: determinam o tamanho do coração na caixa torácica ~> importante contar
TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS DA CAIXA TORÁCICA- Mínimo de 02 projeções sempre: LL para vértebras torácicas e cervicais visíveis, VD para estruturas perto da coluna vertebral, ou DV para silhueta cardíaca e vértebras dorsais.
· 03 projeções em caso de metástase ~> raio-x para planejamento de biópsia
Usamos um kV mais alto para essa radiografia e a respiração afasta os arcos costais e separa alguns órgãos ajudando no contraste dos órgãos ~> ideal fazer a imagem com o pulmãocheio no meio da inspiração. A radiografia na expiração também é importante para análise.
· inspiração: permite ver a silhueta cardíaca e diafragmática perfeitamente
· expiração: maior contato do esterno com o coração e o diafragma; sobreposição de estruturas
-No estudo radiográfico dos pulmões vemos os padrões pulmonares. O pulmão é uma área muito escura com o raio-x passando diretamente – radioluscente – e pode apresentar um padrão alveolar de acordo com a característica da doença, um padrão intersticial, bronquial, vascular ou um padrão misto.
- PADRÃO ALVEOLAR
1. Alvéolos preenchidos por líquido
2. Exsudado (debris celulares)
3. Neoplasia
4. Alvéolos colapsados ~> aspecto enevoado/borrado por união das áreas mais densas do pulmão (silhueta indefinida em grande parte do pulmão ~> edema pulmonar)
5. Broncogramas aéreos (patognomônico de doença pulmonar alveolar pelo maior contraste do brônquio com o líquido preenchendo ~> radiopaco)
6. Consolidação pulmonar (preenchimento dos alvéolos deixando os pulmões mais densos e radiopacos ~> indicativo de lesão | áreas de consolidação pela estase em animais que estão há muito tempo em decúbito lateral)
7. Fissuras interlobares (fica junto em um pulmão normal)
8. Perda de definição dos vasos sanguíneos (devido à área radiopaca difusa, o que dificulta a visualização de vasos sanguíneos 
Padrão causado por edema, pneumonia, hemorragia, atelectasia, alergias, doenças alveolares crônicas e granulomas).
	- PADRÃO INTERSTICIAL
1. Interstício infiltrado (tecido que reveste os órgãos que não tem tecido funcional ou uma cápsula) ~> uma vez invadido por tecido fibroso, neoplasia ou líquido sem evolução para os alvéolos teremos uma área não estruturada linear ou curvilínea, diminuição da definição das estruturas no contraste, dificuldade de visualização de vasos e silhueta cardíaca dificultada, padrão de favo de mel que é comum em cães idosos independente de doença e paredes dos brônquios espessadas
2. Estruturado (nodular) ~> pode-se verificar opacidades nodulares de tamanhos variados
	Padrão causado por edema pulmonar que não envolva os alvéolos (se envolver teremos o padrão alveolar), hemorragia, neoplasias (principalmente nódulos), pneumonia (intersticial ou fúngica), granulomas, infestações parasitárias (vermes chatos ou com ciclo hepático que passam inicialmente pelo pulmão ~> especialmente bovinos onde não conseguimos acabar com a infestação, apenas manter) e fibrose pulmonar (invasão dos tecidos intersticiais por tecido fibroso).
	- PADRÃO BRONQUIAL
	Verificaremos alterações de densidade e espessura das paredes e alterações no diâmetro do lúmen (bronquiectasia: a parede aumenta, mas nem sempre o lúmen acompanha e pode permanecer fino).
1. Árvore brônquica mais evidente
2. Calcificação das paredes brônquicas
3. Dilatação brônquica ou diminuição do lúmen dos brônquios ~> bronquiectasia
4. Presença de linhas radiopacas no plano longitudinal
5. Presença de anéis de paredes radiopacas no plano transversal (calcificação ou infiltrado peri-bronquiolar)
	Padrão causado por bronquite, bronquiectasia inflamatória ou infecciosa e asma em felinos.
	- PADRÃO VASCULAR
	Alteração em vasos pulmonares altera a radiografia do tórax em tamanho, forma e contorno. Na projeção LL as veias são mais ventrais e as artérias dorsais aos brônquios; em VD as veias são mediais e as artérias são laterais aos brônquios.
1. Hipervascularização: aumento de tamanho e nº de vasos e aumento da opacidade pulmonar por condições que causem aumento de débito cardíaco
2. Hipovascularização: escassez de vasos sanguíneos, afunilamento dos vasos mais rápido que o normal, periferia dos campos pulmonares mais radiotransparente e possível musculatura pulmonar reduzida por hiperinsuflação compensatória ~> aumento da visualização
	Padrão causado por diminuição de DC direito por desvios cardíacos da direita para a esquerda, choque hipovolêmico, hipoadrenocorticismo, estenose pulmonar, tromboembolismo e desidratação. 
· dilatação e sinuosidade vascular por Dirofilariose, fístulas arteriovenosas, hipoplasia ou agenesia pulmonar
- PADRÃO MISTO
	Quando vemos 02 padrões no mesmo animal, por exemplo, um padrão intersticial associado ao bronquial e um intersticial associado ao alveolar.
1. Sinal de silhueta positivo: quando dois objetos de mesma opacidade estão em contato suas margens se tornam indistintas se tornando inacessível enxergar a silhueta do órgão
2. Sinal de silhueta negativo: quando os objetos são de radiopacidade diferentes teremos ambos interpostos
3. 
RADIOGRAFIA DO TÓRAX-Na radiografia laterolateral esquerda do tórax vemos a porção cranial do lobo pulmonar cranial esquerdo, lobos pulmonares craniais sobrepostos, traquéia, origem do brônquio lobar cranial direito, silhueta cardíaca, ápice do coração, veia cava caudal, aorta descendente, seio diafragmático direito, seio diafragmático esquerdo, parede do estômago, cápsula diafragmática e fígado.
Na radiografia laterolateral direita do tórax vemos a porção cranial do lobo pulmonar cranial esquerdo, lobos pulmonares craniais sobrepostos, traquéia, origem do brônquio lobar cranial direito, silhueta cardíaca, ápice do coração, veia cava caudal, aorta descendente, seio diafragmático direito e esquerdo, parede do estômago, cápsula diafragmática e fígado.
Na radiografia dorsoventral (DV) do tórax vemos os lobos pulmonares craniais, a porção cranial do mediastino, a face ventral do lobo pulmonar cranial direito, a face ventral da parte cranial do mediastino, a silhueta cardíaca, artéria lobares pulmonares, veia cava caudal, a face dorsal da porção caudal do mediastino, a cúpula diafragmática e o fundo do estômago cheio de ar.	
Para avaliar o tórax nós temos 03 regiões de raio-x:
· região hilar: mais central, onde focamos para o raio-x
· região perihilar: mais central sobrepondo o coração e fazendo contraste radioluscente com a região hilar
· região alveolar: área pulmonar mais densa, com menor penetração, mais periférica, nos limites da cavidade torácica
RADIOGRAFIA DO CORAÇÃO
	No estudo radiográfico do coração vemos a aorta torácica, traquéia, origem do brônquio do lobo pulmonar cranial esquerdo, origem do brônquio do lobo pulmonar cranial esquerdo, ramos da artéria pulmonar, o pilar diafragmático direito e o esquerdo, a veia cava caudal, o coração, artéria e veia para o lobo pulmonar cranial direito, artéria e veia para o lobo pulmonar esquerdo, mediastino cranial, a dobra da pleura, porção cranial do lobo pulmonar cranial esquerdo, átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, átrio e ventrículo direito.
O coração deve ocupar 2/3 da largura da caixa torácica em vista DV e 1/3 do total da cavidade. Na LL a largura deve ser de 2,5 a 3,5 espaços intercostais e a vista ápico-basilar deve ser 2/3 da altura do tórax.
- AUMENTO DO ÁTRIO DIREITO
Raro e difícil de determinar radiograficamente o átrio direito: 
1. LL com elevação da traquéia cranialmente à carina e perda da cintura cardíaca cranial e a veia cava caudal pode estar aumentada 
2. VD vemos a saliência da silhueta cardíaca cranial direita
	Esse aumento pode ser congênito, por displasia da válvula tricúspide (comum em cães e incomum em gatos), estenose da válvula pulmonar (cães e gatos), hipertensão pulmonar (incomum) por Dirofilariose, idiopática, fibrose pulmonar primária em West Highland White Terrier, doença pulmonar obstrutiva crônica e ICC esquerda crônica.
- AUMENTO DO VENTRÍCULO DIREITO
1. LL temos o aumento do contato com o esterno, do diâmetro crânio-caudal do coração e a perda da cintura cardíaca cranial e o ventrículo aumentado pode deslocar/elevar a traquéia
2. VD a margem cardíaca está mais arredondada e próxima da parede torácica, com aspecto de D invertido (normal em Cocker Spaniel) e deslocamento para a esquerda
Esse aumento pode ser congênito, por displasia da válvula tricúspide (comum em cães e incomum em gatos), estenose da válvula pulmonar (cães e gatos), hipertensão pulmonar (incomum) por Dirofilariose, idiopática, fibrose pulmonar primária em West Highland White Terrier, doença pulmonarobstrutiva crônica e ICC esquerda crônica.
- AUMENTO DO ÁTRIO ESQUERDO
1. LL com elevação da traquéia na porção terminal e perda da cintura cardíaca causal e átrio opaco (em forma de cunha)
2. VD com aumento da aurícula esquerda (saliência)
Esse aumento por ser congênito, por estenose aórtica subvalvular em cães de grande porte ou valvular em gatos, persistência do ducto arterioso, defeito de septo ventricular (comum em Bulldogs e gatos), displasia de valva mitral, alterações no endocárdio ou quadro inicial de enfermidades adquiridas como cardiomiopatias, cardiomiopatia dilatada em cães e cardiomiopatia hipertrófica em gatos.
- AUMENTO DO VENTRÍCULO ESQUERDO
1. LL com perda da cintura cardíaca cranial, margem caudal mais verticalizada (quase em ângulo reto com o esterno)
2. VD com margem cardíaca esquerda arredondada (próximo à parede torácica), com ápice arredondado e deslocado à direita
Esse aumento por ser congênito, por estenose aórtica subvalvular em cães de grande porte ou valvular em gatos, persistência do ducto arterioso, defeito de septo ventricular (comum em Bulldogs e gatos), displasia de valva mitral, alterações no endocárdio ou quadro inicial de enfermidades adquiridas como cardiomiopatias, cardiomiopatia dilatada em cães e cardiomiopatia hipertrófica em gatos.
ESTUDO RADIOGRÁFICO DA TRAQUÉIA
	A traquéia é um órgão oco com cartilagens circulares localizado entre o áxis e a 5º vértebra torácica, na altura da carina. Ela é mais facilmente visualizada em posição LL onde observamos o trajeto e o lúmen e, por ser naturalmente preenchida de ar e formada por tecido mole, contrasta naturalmente.
· o diâmetro da traquéia varia conforme inspiração e expiração, é ligeiramente menor que a laringe, ela pode parecer deslocada se  o tórax estiver rotacionado, a hiperextensão do pescoço pode estreitar o lúmen traqueal na radiografia assim como a flexão de cabeça e pescoço podem provocar um falso desvio
· lúmen: 3x a largura do terço proximal da 3ª costela | comparação com a entrada do tórax: ⅕ da entrada na projeção lateral
· broncografia = contraste traqueal pouco utilizado
	O aspecto radiográfico traqueal normal é melhor visualizado em posição LL, pois em VD e DV pode haver sobreposição, é possível visualizar o mediastino cranial, forma um ângulo agudo com as vértebras torácicas (esse ângulo é menor em cães com tórax profundo e mais agudo em cães com tórax raso), faz uma pequena curva ventral entre a 5ª e a 6ª costela e tem transparência arredondada na base do coração (onde faz a bifurcação).
	As alterações traqueais que temos são: deslocamento, colapso, hipoplasia, estenose, neoplasia, calcificação, ruptura, obstrução, traqueíte (inflamação).
· colapso ≠ estenose pela etiologia
Colapso Traqueal-É o achatamento dorsoventral da traquéia e pode ser congênito ou adquirido (o caso de meia-idade e de idosos), indo do grau I ao IV (25%, 50%, 75% e 100% e redução, respectivamente). Cães de pequeno porte tem mais predisposição ao colapso traqueal.
· pode estar associada à hepatomegalia e ao aumento do átrio esquerdo, sendo um achado comum
· sinais clínicos variáveis com os graus de achatamento: desconforto respiratório e tosse patoxística, crônica e seca, respiração ofegante, dispneia inspiratória e expiratória, asfixia, náuseas e estertores pulmonares
	O posicionamento do animal para avaliação radiográfica se dá na inspiração e na expiração, em posição lateral com os membros anteriores em ângulo de 90º com a coluna vertebral ~> cuidado com o posicionamento porque ele pode piorar os sinais clínicos do paciente. O colapso traqueal pode ser:
· colapso traqueal cervical: a compressão ocorre durante a inspiração
· colapso traqueal torácico: a compressão ocorre na expiração, onde há indução de tosse rápida ~> pode acometer os brônquios principais
	As alterações radiográficas incluem redução significativa do lúmen da traqueia, margem dorsal com contorno indistinto e acometimento da porção cervical, torácica ou ambas.
· a traqueia se afunila e determinado ponto
Deslocamento de Traquéia-	Se refere ao posicionamento anormal da traquéia que não seja por traumas e sim por lobos pulmonares, massas e/ou volume aumentado do coração, distensão esofágica, massas mediastinais e linfonodos traqueobrônquicos.
· massas tendem a deslocar ao invés de comprimir
· compressão na entrada do tórax e na base do coração ~> 1ª suspeita diagnóstica para o deslocamento traqueal é o coração, sendo muito comum a endocardite por tártaro
· distensão esofágica = desloca ventralmente
· massas mediastinais = deslocam dorsal, lateral e caudalmente
· linfonodos traqueobrônquicos: causam compressão e deslocamento separando a traquéia dos brônquios principais
	O animal deve ser posicionado em VD ou DV mas com alguns cuidados para diagnosticar, como: hiperextensão comprime a traquéia, flexão extrema desloca o órgão ventralmente, a flexão lateral ou ventral desloca o mediastino podendo ser confundido com massa, na projeção lateral com rotação de tórax teremos uma elevação aparente e em braquicefálicos temos o tórax cranial que faz um desvio à direita “normal”.
· a traqueia muda de posição
Hipoplasia Congênita de Traquéia / Estenose Congênita-Toda a traquéia se torna menor e o lúmen fica bastante afunilado por completo, do início ao fim dificultando a  passagem de ar. Consideramos hipoplasia de traquéia porque o lúmen fica ½ do diâmetro da laringe, sem variação na inspiração ou na expiração.
· é uma anomalia congênita
· comum em braquicefálicos: quando somada a outras alterações anatômicas temos a Síndrome dos Braquicefálicos
· traquéia fina do início ao fim
Neoplasias- 	Vemos uma massa, uma projeção no lúmen da traqueia, sendo difícil diferenciar o que, de fato, está nela e o que é adjacente à traquéia e esteja causando essa compressão ~> diferenciar intra e extraluminal. 
· causas raras: osteosarcoma, adenocarcinoma e carcinoma espinocelular 
· pode-se realizar radiografia contrastada (embora seja incomum), endoscopia, tomografia ou ressonância magnética.
Calcificação da Traquéia- 	É um achado radiográfico em cães idosos, sem significado clínico que provoca menor elasticidade da traquéia e maior enrijecimento da mesma. (comum em raças condrodistróficas)
Ruptura de Traquéia- 	Temos uma ruptura nítida nos anéis cartilaginosos fazendo com que o ar escape para os tecidos subcutâneos (enfisema subcutâneo) causando o estreitamento do lúmen e estenose devido aos danos nesses anéis.
· causas: lacerações, traumatismos contundentes diretos, feridas por mordedura
· pode haver associação com o pneumomediastino já que a ruptura do tórax faz o ar cervical migrar e subir por ser menos denso
· alterações radiográficas: aspecto de lata amassada ou um bolsão de ar em toda a traquéia sendo quase impossível visualizá-la
Estenose Traqueal
É o estreitamento repentino do lúmen traqueal em um determinado ponto por lacerações traumatismos contundentes diretos e feridas por mordedura.
· pode estar associado à ruptura de traquéia e à pneumonia por aspiração
· na estenose há a variação de diâmetro no lúmen traqueal durante a inspiração e expiração ≠ hipoplasia de traqueia em que não há variação na inspiração e na expiração
Avulsão Traqueal- 	É a ruptura dos anéis traqueais na porção intratorácica, ou seja, na porção entre a 1ª e a 5ª vértebra torácica. Pode ocorrer por traumatismos em gatos.
· sinais clínicos: intolerância e cianose ao exercício, dispnéia
· alterações radiográficas: perda de continuidade do lúmen, contorno irregular e aumento de volume dorsal
-Obstrução Traqueal- 	Causada por corpo estranho na traquéia, cujo sinal clínico é a tosse súbita.
· raro
· alterações radiográficas: presença de corpo estranho, hiperinsuflação (dificuldade em expelir o ar)
DIAFRAGMA-	O diafragma é uma bainha musculotendínea em formato de cúpula que separa o tórax do abdômen, onde se contrai na inspiração e relaxa na expiração. Por isso que, geralmente, as alterações diafragmáticas são respiratórias.
· cruras / hemidiafragmas: partes do diafragma que normalmente enxergamos emnecropsia, embora não seja tão evidente em raio-x ~> quando diferenciamos as cruras direita e esquerda em radiografia significa algum problema.
Ventralmente o diafragma se insere na cartilagem xifóide do esterno, se voltando totalmente ao tórax pela pressão negativa que há ali. O diafragma tem algumas aberturas fisiológicas que não afetam a pressão do tórax ~> se algo passar por essas aberturas teremos problemas congênitos não tão grandes.
· cranialmente é envolto pela pleura e caudalmente é envolto pelo peritônio
· não é visualizado em radiografia ~> depende da conformação do animal
· formato com os órgãos abdominais com o contraste dos pulmões nos permite identificar a localização do diafragma.
· SINAIS PRIMÁRIOS DAS ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS
1. TGI no tórax facilmente reconhecido quando preenchido por gás, aumento de radiopacidade no interior do tórax, não visualização da cúpula diafragmática, desvio cranial do fígado com deslocamento de pulmão (obscurece o contorno do diafragma e o contorno da silhueta cardíaca), estômago pode estar deslocado cranialmente caso parte do fígado ou todo ele esteja herniado no tórax
2. O baço pode estar herniado para dentro do tórax
3. Ruptura diafragmática aguda: líquido pleural dada a ocorrência de hemorragia
4. Hérnias diafragmáticas crônicas: volume de líquido pleural moderado ou grande ~> congestão venosa e depois efusão pleural
5. Deslocamento das estruturas mediastinais ~> apenas um hemitórax afetado.
· SINAIS SECUNDÁRIOS DAS ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS
1. Órgãos abdominais podem não ser visualizados no abdômen
2. Fraturas de múltiplas costelas, recentes ou antigas, podem ser observados
3. Contusões pulmonares e pneumotórax podem ser observados em casos de ruptura aguda e traumática
4. Ângulo cardiofrênico (entre o ápice do coração e o diafragma) estará mais fechado em DV e VD pelo deslocamento do órgão
5. Deslocamento cranial de órgãos abdominais ~> suspeita de ruptura diafragmática
6. O pulmão do lado acometido pode estar comprimido ou colapsado ~> não visualização da vascularização pulmonar normal
- ALTERAÇÕES DIAFRAGMÁTICAS RELACIONADAS A HÉRNIAS
	Termos as hérnias congênitas, como a hérnias diafragmáticas (entre o peritônio e pericárdio) que são difíceis de encontrar (cães) porque o animal não tem muitas alterações ocorrendo durante o desenvolvimento ~> leva à uma diminuição da capacidade respiratória de forma mais leve. 
· herniação: protrusão de um órgão dentro de outro, ou de outra estrutura e é estrangulado
· hérnia de disco: deslocamento da estrutura dentro da coluna vertebral
Também temos as hérnias diafragmáticas traumáticas onde há ruptura diafragmática e perda ou diminuição da pressão do tórax provocando grande dificuldade respiratória ~> exaustão, histórico de trauma ~> temos a abertura de forames extras levando a uma perfuração.
Ambas as hérnias provocam redução na capacidade respiratória, diferenciação na ausculta do tórax (sons intestinais ou ausência de sons pulmonares normais) e o abdome parece contraído e de tamanho reduzido.
 
MEDIASTINO-	É o espaço entre os dois sacos pleurais e se estende dorsalmente até a coluna vertebral e ventralmente até o esterno. O mediastino se divide em 03 áreas:
· cranial dorsal e ventral: pré-cardíaca
· medial dorsal e ventral: pericárdica ~> o coração repousa no mediastino medioventral
· caudal dorsal e ventral: pós-cardíaca ~> traquéia, esôfago, vasos e nervos que entram e saem do coração.
O mediastino contém o timo cranial ao coração, ducto torácico, veia ázigo, linfonodos, nervos e tecido adiposo. A veia cava caudal está no interior de uma prega pleural distinta e não no mediastino.
· estruturas visíveis: coração, traquéia, carina, artéria aorta, veia cava caudal e esôfago
· estruturas não visíveis: linfonodos, veia cava cranial, veia ázigos e tronco braquiocefálico
Pneumomediastino-	É uma estrutura repleta de ar, ou seja, o mediastino tem uma coleção gasosa secundária a rupturas de esôfafo, de traquéia intra-torácica, ruptura de brônquios, bronquíolos ou ainda ruptura alveolar. Também pode ocorrer espontaneamente por lesões crônicas pequenas.
· na ruptura alveolar o ar segue ao longo das bainhas brônquicas e vasculares do mediastino
· o ar pode atingir o mediastino a partir de perfurações profundas na boca, pescoço ou tórax por trauma
· ruptura traumática da traquéia: pode haver enfisema em área profunda, então, o ar pode ir pro pescoço e tronco mas também pode voltar para o mediastino, entrando ar nas pleuras 	
Os sinais clínicos envolvem graus variáveis de dispneia, redução dos sons cardíacos e pulmonares normais e aumento de volume (cabeça, pescoço e tronco pela presença de ar nos tecidos subcutâneos). A crepitação (sensação de areia por dentro da pele) pode ser sentida a partir da palpação da pele ~> casos mais graves.
Alterações radiográficas: estruturas mediastinais visíveis pelo contraste com o ar com o esôfago (dilatação do esôfago), deslocamento ventral das estruturas torácicas (traquéia, base do coração e vasos) veia cava cranial e tronco braquiocefálico, aorta torácica facilmente visualizada até o diafragma ou além, sombras aéreas nos tecidos moles do pescoço, tórax e mediastino mais radiotransparentes.
· as projeções laterais fornecem mais informações sobre o pneumomediastino porque a coluna estará dorsal ao mediastino sem encobrir ele
· diagnóstico diferencial: pneumotórax (não haverá ar no mediastino) e enfisema subcutâneo (esse enfisema pode ser complicação do pneumomediastino)
· complicações do pneumomediastino: enfisema subcutâneo e pneumotórax
Efusão Pleural-	É a presença de líquido pleural no espaço pleural, ou seja, não acontece nos pulmões em si mas nos sacos que revestem esses órgãos. Esse líquido, geralmente, é o pleural natural de lubrificação dessas estruturas. 
Além dele temos outros tipos de líquido que podem fazer parte da efusão pleural: transudatos, hemorrágicos (hemotórax), linfáticos (quilotórax) ou exsudatos (piotórax) ~> coletas o líquido para avaliação porque eles se assemelham a ar na radiografia, salvo o piotórax que é mais opaco que os outros comprimindo outros órgãos. Portanto, as alterações ficarão em órgãos diferentes porque o ar é menos denso se acumula dorsalmente, enquanto líquidos se acumulam ventralmente.
· alterações radiográficas: anormalidade da radiotransparência do mediastino com individualização das estruturas mediastinais, aumento difuso de radiopacidade (água) com pequenas ondulações pelo delineamento de bordas pulmonares por líquido (difícil ver em gatos porque as fissuras são mais finas), silhueta cardíaca pode não ser visualizada ou é visualizada parcialmente, deslocamento dorsal de traquéia em casos graves, processos inflamatórios uni ou bilaterais (como e piotórax em gatos)
· projeção LL: opacidade homogênea no tórax ventral, margens pulmonares separadas, fissuras interlobares e lobo caudal com aspecto de folha
· projeção VD: detecta melhor pequenas quantidades de líquido porque vemos as pleuras separadas (pode acontecer em um lado e não do outro, assim como o pneumotórax) e permite a visualização de fissuras interlobares.
Pneumotórax- 	É a presença de ar livre na cavidade pleural (entre a parede torácica e a pleura, ou em volta da pleura) causada por lesões traumáticas grandes que perfuraram o tórax, de forma espontânea por ruptura de cisto ou iatrogênico (em decorrência de punção no tórax, onde houve entrada de ar). Verificamos dispneia e intolerância a exercícios.
· em LL vemos deslocamento dorsal do ápice cardíaco, hipertransparência pulmonar entre fissuras interlobares e retração dos lobos pulmonares
· em VD vemos a retração da pleura visceral e hipertransparência pulmonar.
RADIOGRAFIA DO SISTEMA GASTROINTESTINAL.
ESÔFAGO-É um tubo muscular oco, localizado no pescoço entre o lado esquerdo da traquéia e a coluna vertebral passando pela posição dorsal na carina. Ele conecta a garganta ao estômago e, na radiografia, utiliza-se contraste de bário para um estudo detalhado e imediato deste órgão. 
O próprio contraste dilata o esôfago e é indicadopara casos de regurgitação e vômito persistentes. Há contraindicação em casos de suspeita de ruptura e o exame radiográfico é realizado em VD ou LL.
· alterações esofágicas: porção do esôfago dilatada, pneumonia por aspiração e processo obstrutivo com dilatação cranial à obstrução causadas por megaesôfago, acalasia esofagiana, cardioespasmo e hipomotilidade esofagiana
Megaesôfago-	É a condição em que ocorre a dilatação e a perda da motilidade esofágica, dificultando a ingestão de alimentos e líquidos sendo mais comum em cães do que em gatos. Pode ser:
· congênito / primário: causa hipomotilidade e dilatação generalizada do esôfago, regurgitação, subdesenvolvimento dos filhotes no desmame e sua etiologia não é estabelecida
· adquirido / secundário: o esôfago se dilata por não haver contrações peristálticas  que ocorrem espontaneamente em cães adultos (entre 7 e 15 anos de idade) ~> etiologia: miastenia grave, lúpus eritematoso, polimiosite, polineurite, neuropatia degenerativa, hipoadrenocorticismo, hipotireoidismo, déficit de tiamina, intoxicação por metais pesados (chumbo e tálio), tumores e problemas cervicais.
	O animal regurgita alimento e água, perde peso e tem seu crescimento prejudicado, tem hipersalivação e som de borbulhas ao deglutir e pode apresentar outros sintomas como tosse, corrimento nasal mucopurulento e dispnéia com pneumonia por aspiração concomitante.
· alterações radiográficas em LL: dilatação com ar, líquido, alimento ou mistura deles, dilatação extensa da traquéia, traquéia e coração deslocados ventralmente, ampliação do mediastino em decorrência do esôfago dilatado
· o contraste é utilizado para dimensionar a dilatação e em caso de pneumonia concomitante
Anomalias do Anel Vascular-	É uma anomalia congênita onde os vasos comprimem o esôfago mas não necessariamente causa um megaesôfago. Essas anomalias costumam ser causadas pela persistência do arco aórtico ~> o esôfago passa por baixo da aorta.
· alterações radiográficas: dilatação cranialmente ao local de constrição, geralmente se manifesta depois do desmame, possui aparência sacular (como se formasse uma vesícula), o contorno esofágico parece normal caudalmente a constrição e frequentemente há evidências de pneumonia por aspiração
Corpo Estranho Esofágico-É a presença de corpo estranho na base do coração. Em bovinos, o corpo estranho é mais proximal, na laringe e não necessita de raio-x e a localização permite a extração manual.
· sinais clínicos variam de acordo com a gravidade do caso, inclui desconforto após a alimentação, regurgitação, complicações respiratórias, perfuração e morte.
	O contraste delimita o corpo estranho esofágico se ele for radioluscente, mas a radiografia simples também consegue localizá-lo.
· alterações radiográficas: corpos estranhos radiopacos são identificados em radiografias simples, ar ou líquido geralmente são visíveis cranialmente quando há obstrução completa, o espessamento da parede esofágica pode ser visível e pode formar um divertículo.
Divertículo e Estenoses- Trata-se de uma alteração esofágica rara que causa dilatação localizada no esôfago, mais comumente na base cardíaca, na qual há formação de uma saculação que comunica com o lúmen esofágico, podendo ocorrer acúmulo de alimento. Pode ser congênita ou adquirida.
	Os principais fatores que predispõem ao desenvolvimento do divertículo esofágico adquirido são megaesôfago, esofagite, hérnia de hiato, corpo estranho,  estenose esofágica e anormalidades do anel vascular. Nesses casos, o divertículo pode ser por tração ou aumento de pressão intra-esofágica. O divertículo é comum nos intestinos mas, nesse caso, é patológico.
· tracionador: resultante de aderências e contrações associadas a uma lesão periesofágica
· propulsor: resultante da pressão intraluminal aumentada (obstrução ou estenose esofágica)
	Nas estenoses teremos uma área brusca de diminuição do lúmen, uma área de estrangulamento causada por refluxo de conteúdo gástrico durante anestesia geral ou por corpos estranhos e envenenamento.
· alterações radiográficas e VD e LL: presença de ar, líquido ou alimento ~> pode passar despercebido em exame simples
Compressão Extrínseca-	Se define como a presença de massas no interior do pescoço e do tórax em um ponto específico não associadas ao esôfago, que causam pressão sobre ele. Ideal a realização de biopsia, ultrassom, endoscopia.
· alterações radiográficas: opacidade aumentada, presença de massa (tireóide, timo e linfonodos aumentados), presença de ar cranialmente à compressão
Neoplasias Esofágicas- 	São muito raras em caninos e felinos e praticamente inexistente em grandes animais. O que espera-se é o carcinoma de células escamosas ou fibrossarcoma.
· alterações radiográficas: presença de massa radiopaca exame contrastado, irregularidade da parede, falha no preenchimento e espessamento da parede
Intussuscepção Gastroesofágica / Nó nas Tripas
	Quando um órgão se invagina, entra por dentro do outro ~> o órgão vira ao avesso. No prolapso, o órgão é expulso do corpo nessa torção, vai em sentido externo.
· a intussucepção pode estar associada ao megaesôfafo ou não
· principal motivo de distúrbios gastrointestinais que levam à morte em grandes animais ~> sempre cirúrgico e em pequenos animais acontece a hipóxia rapidamente
· alterações radiográficas: área de opacidade aumentada no tórax caudal, esôfago dilatado por gás cranialmente à massa ~> o bário do contraste permite a visualização das dobras gástricas no interior do esôfago, baço e pâncreas podem estar envolvidos na invaginação.
	Quando não há história traumática e apenas sinais de invaginação, o esôfago se invagina pelo próprio hiato esofágico e, às vezes, isso acontece junto com o estômago. É importante diferenciar a intussuscepção gastroesofágica da hérnia de esôfago:
· hérnia esofágica / de hiato: é a protusão, deslocamento ou extravasamento do estômago através do orifício pelo qual o esôfago atravessa o diafragma para penetrar na cavidade abdominal ~> não vemos sobreposição de órgãos, nem invaginação, não afeta o esôfago e só afeta órgãos e vasos se ela estiver muito extraída
· intussuscepção gastroesofágica: não tem história traumática e vemos sinais do órgão se invaginando no esôfago e não o órgão inteiro porque apenas uma porção do estômago vai para o interior do lúmen esofágico
· as imagens de ambos são parecidas na radiografia não-contrastada: na intussuscepção vemos invaginações, o contraste fazendo uma curva e a sobreposição de órgãos
	Na intussuscepção intestinal ocorre o mesmo processo e é comum em animais que vivem em baias ou com dietas muito volumosas. Conforme o animal se locomove e se movimenta, o bolo alimentar volta ao lugar e não causa a intussuscepção / vólvulo / entorse.
· gatos tem o intestino menor e o bolo alimentar também é menor sendo mais fácil fazer um quadro de colite do que de vólvulo / intussuscepção / torção ~> o mesmo vale para cães
ESTÔMAGO-	É um órgão oco situado no início da cavidade abdominal, em contato direto com o diafragma. O estômago se divide em:
1. cárdia: abertura que se comunica com o esôfago
2. fundo: fundo cego que se situa dorsalmente à esquerda da cárdia
3. corpo: estende-se desde o fundo até o piloro
4. piloro: comunica-se com o duodeno
	Para achar o estômago nos situamos pela posição da bolha gástrica de ar nos diferentes decúbitos.
· decúbito lateral direito: bolha dorsal de ar
· decúbito lateral esquerdo: bolha ventral de ar.
Corpo Estranho-	Aquele corpo estranho que não parou no esôfago segue para o estômago obstruindo o piloro provocando vômitos e distensão gástrica.
· alterações radiográficas: presença de corpo estranho no interior do lúmen estomacal onde vemos radiopacidade em radiografia simples ou radioluscência em meio contrastado
Gastrite e Úlcera Gástrica-O estômago inflamado tende a esvaziar mais rápido. Em caso de estresse crônico, a gastrite se concentra ao fundo na região do piloro. Essa alteração não é facilmente diagnosticada em radiografia porque as alterações são muito pequenas ~> parede gástrica pode estarespessada sendo possível visualizar no raio-x.
· exame de eleição para diagnóstico de gastrite: endoscopia digestiva
· calcificação de parede estomacal em caso de gastrite urêmica
A gastrite não tratada pode evoluir para úlcera gástrica e vamos da inflamação gástrica para a destruição dessa mucosa lesando o tecido conjuntivo abaixo do epitélio, gerando sangramentos e até hemorragias crônicas. Necessitamos de um exame contrastado em posição que favorece a visualização da mucosa podendo ser LL ou VD se for mais na região do fundo.
· o exame deve ser contrastado e há projeção da coluna de contraste no sentido da parede gástrica e formação de halo radiotransparente demonstrando edema de parede gástrica
Síndrome do Abdome Agudo-	É o aumento no volume gástrico com estufamento e enrijecimento abdominal por vólvulo, torção gástrica, obstrução, corpo estranho, piometra, cólica equina… Se caracteriza com dor abdominal aguda, intensa, de múltiplas causas e com necessidade de intervenção rápida para que o animal não morra em horas.
· torção gástrica: aumento do volume gástrico onde o intestino torce sobre seu eixo com o conteúdo alimentar todo ali dentro causada por ingestão exagerada de alimentos fermentáveis ou líquido cortando o acesso sanguíneo local (cianose e necrose) e a expulsão dos gases fermentativos, podendo chegar à septicemia ~> pode ser agravado em vólvulo
· vólvulo gástrico: aumento do volume gástrico caracterizado pelo aumento do tamanho do estômago (ou rúmen dos bovinos) associado à rotação em seu próprio eixo mesentérico, causando necrose e septicemia ~> etiologia multifatorial
	Sendo multifatorial, o abdome agudo pode acontecer pela idade, conformação corporal magra, ingestão rápida de grandes volumes de comida e água, fornecimento de uma única refeição diária, exercício e estresse pós-prandiais e composição alimentar. 
O aumento gástrico pode ser por acúmulo de gás, fluido ou ambos, produção de gás pelo Clostridium perfringens, formação de gás carbônico durante a digestão e principalmente aerofagia e a secreção gástrica normal e a transudação de fluidos para o interior do lúmen gástrico como resultado da congestão venosa contribuem para o acúmulo de líquido.
Na avaliação radiográfica vamos diferenciar a dilatação simples da dilatação associada ao vólvulo. 
· piloro situado cranialmente ao corpo gástrico separado por tecido mole ~> formato de C invertido indicando a torção
· na DV o piloro com gás fica à esquerda da linha média ~> indício de torção
· em LL há a compartimentalização do estômago na vista lateral e esplenomegalia
· pneumoperitônio sugerindo a perfuração gástrica
· estômago pode preencher a cavidade abdominal inteira
· intestinos deslocados caudalmente
Neoplasias-	Pouco comuns mas de fácil visualização na radiografia ~> principal sinal clínico é o vômito e o melhor exame diagnóstico é por endoscopia e USG.
· classificadas em primárias ou secundárias
· alterações radiográficas: ausência de padrão normal das pregas da mucosa, espessamento da parede gástrica, presença de massa intraluminal, incapacidade de delinear o estômago no estudo com o bário, presença de úlceras e perda da distensibilidade do estômago
· radiografia contrastada para verificar se a neoplasia está dentro do estômago e endoscopia é o padrão outro.
Obstrução Pilórica-	Não necessariamente acontece por corpo estranho, podendo acontecer por hipertrofia, inflamação, estenose pilórica, espasmo, torção gástrica ou neoplasia.
· alterações radiográficas: estômago aumentado (dilatação), atraso no esvaziamento gástrico com grande quantidade de líquido
· contraste com bário: preenche somente a entrada do lúmen do piloro (sinal em “bico de ave”) ou passa para o interior do canal pilórico estreito (sinal em “fio”)

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