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Thaynara Parente – 7º Período Medicina RCC Semana 08 HDA É um sangramento proximal ao ângulo de Treitz. ➢ Quadro clínico: • Hematêmese • Melena:50 a 100ml de sangue • Enterorragia /Hematoquesia: sangramento superior a 1 litro Causa frequente de internação de urgência Mortalidade de 7-10% não varicosa e 40-50% em hemorragias varicosas. 80-85% de HDA cessa espontaneamente e 15% requerem abordagem cirúrgica. 2x mais comum em homens 50% ocorre acima de 60 anos HDA Estabilização EDA Tratamento Definitivo 1ª conduta: 1. Avaliação da gravidade 2. Estabilização hemodinâmica • Acessos venosos calibrosos • Hidratação: SF 0.9% 500 ml ev aberto • Transfusão SN 3. Monitorização hemodinâmica 4.Indicação de O2: • Pacientes idosos • Hemodinamicamente instáveis • Hemoglobina menor do que 10,0gr% • Doença Coronariana 5.SVD-avaliar resposta ao tratamento 6.SNG: Controverso • Melhora a visualização EDA • Lavar com SF0.9% até obter retorno claro • Prognóstico: Sangramento vivo, contínuo é sinal de mau prognóstico. 2º-Anamnese buscar a causa 1. Quantos episódios de hematêmese? 2. Qual o volume? Primeiro episódio? 3. História de epigastralgia prévia? 4. História de úlcera? 5. Etilismo? Tabagista? 6. Comorbidades? 7. Uso de AINE? 8. Vomitou muito antes da hematêmese? ➢ Exame físico • Mucosas, hidratação, PA, FC • Dor em região epigástrica • Estigmas de cirrose hepática ➢ Exames laboratoriais • Hemograma completo • Tipagem sanguínea • Eletrólitos • Tap e ttpa • Função hepática e Renal ➢ Etiologia Mais comuns: • Úlcera gástrica e duodenal (50%) • Varizes de esôfago • Sd. Mallory-Weiss • Esofagite Menos comuns - Lesão de Dieulafoy - Câncer - Ectasia Vascular - Úlcera esofágica Raras – Hemobilia e Doença de Crohn Thaynara Parente – 7º Período Medicina ➢ Diagnóstico etiológico 1. EDA 2. Cintilografia 3. Arteriografia EDA SOMENTE APÓS ESTABILIZAR Se estável, pode ser feito EDA em 12horas, até no Máximo 24 horas: • ↓necessidade de transfusão, cirurgia e de tempo de internação EDA de urgência tem mais complicações que a eletiva: • Hipoxia • Broncoaspiração Define diagnóstico e tratamento Outros exames de imagem (Quando a eda não localiza o sangramento) Cintilografia • Mapeamento com hemácias marcadas tc99 • Uso em taxas sangramento até 0.1ml/min Arteriografia: diagnóstico e tratamento • Rápida localização do sangramento • Taxas de sangramento > 0.5 ml/min ➢ Tratamento clinico 1. Jejum 2. Hidratação 3. Inibidor de bomba de protons Tratamento clinico geral Dieta Jejum + sng Hidratação: 35ml/kg/dia + perdas extras- avaliar pela diurese e sinais de edema pulmonar Protetor gástrico: Para todos, independente da sua suspeita diagnóstica • Omeprazol 40 mg ev 12/12h Medicação contra indicada: AINE O papel da transfusão sanguínea: • Concentrado de hemácias • Plaquetas • Plasma fresco congelado Concentrado de hemácias: • Hb e ht: diminuem após 3 horas do episódio agudo. • 1 concentrado de Hc aumenta em 1g /Hb e 3 pontos no Ht • Manter HT>25%, Hb=7mg/dl Paciente cardiopata, pneumopata: manter HT>35% Indicação de transfusão Plasma fresco: Para cada 4 concentrados de Hc e Tap ou ttpa prolongado: INR> 1,5 Plaquetas: Menor que 50.000 ; Uremia; Uso de AAS Varizes esofageanas A hemorragia varicosa ocorre em 25% a 40% dos casos. Fatores de risco para sangramento: • Varizes de grande calibre • GPP >15 mmhg • Sinais da cor vermelha nas varizes ( red spot) • Cirróticos com elevado grau de disfunção hepática Hepatica. Causas de HDA no paciente com cirrose hepática: 1. Úlcera 2. Varizes esofagenas e gástricas 3. Mallory Weiss ➢ Tratamento das varizes de esôfago • Profilaxia primária • Tratamento do sangramento agudo • Profilaxia secundária Thaynara Parente – 7º Período Medicina ➢ Tratamento do sangramento agudo nas varizes de esofago 1. Eda 2. Terlipressina 3. Balão 4. Derivações porto cavas 5. Tips Tratamento do sangramento agudo: Reposição volêmica + controle do sangramento Endoscópico + Tratamento adjuvante: Atb e Lactulona Vasopressores: Terlipressina Tratamento farmacológico Terlipressina: vasoconstricção do leito esplancnico Única associada a redução de mortalidade- Droga de escolha. Tratamento endoscópico Escleroterapia ou ligadura Páram o sangramento em 80-90% Tamponamento por balão Indicação: 1. Falha no tratamento com esclerose 2. Impossibilidade de realizar escleroterapia devido ao volume 3. Ressangramento após 2 sessões de escleroterapia. Sengstaken-Blakemore Tempo máximo de permanência: 24 horas: risco de necrose esofágica Taxa de ressangramento: >50% Tips • Derivação intra-hepática portossistêmica transjugular • Anastomose entre a veia cava e veia porta • Espera do transplante hepático após controle do sangramento agudo ➢ Tratamento cirúrgico das varizes esofagenas • Transsecção esofágica com ligadura das varizes • Cirurgias de derivação: porto cava, esplenorrenal (Altos índices de mortalidade) Profilaxia secundária • Ligadura elástica • Propranolol/ nitrato • Escleroterapia • TIPS • Derivação Cirúrgica Obs: Hda por doença ulcerosa... Aula de ulcera CASO I Paciente 23 anos, internado na UTI devido a um TCE, entubado com sng. No 3º DIH, apresenta sangramento pela SNG com queda importante de Hb e HT. HD: Lesão aguda de mucosa gástrica/úlcera de stress Tratamento: tratar doença de base, sepse e IBP Úlcera de cushing: Quando é secundário a dç do SNC Ulcera de curling: Secundário a queimadura CASO II Paciente 55 anos, com história de coledocolitíase, foi submetido a CPRE para retirada de cálculos. No dia seguinte ao procedimento, evoluiu com dor abdominal do tipo cólica, icterícia e hematêmese. HD: Hemobilia: sangramento para dentro da arvore biliar Ppal causa: Iatrogênica e traumática CASO III Paciente 25 anos, gestante 9 semanas, refere 01 episódio de hematêmese pela manhã, após vários episódios de vômitos. Ao exame: BEG, corada, hidratada, hemodinamicamente estável. HD: Sd de Mallory Weiss e Laceração na mucosa gastroesofágica.
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