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Fenomenologia

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Fenomenologia
Introdução 
É um estudo que fundamenta o conhecimento nos 
fenômenos da consciência; 
• Todo conhecimento se dá a partir de como 
a consciência interpreta os fenômenos; 
Como autor principal, está o Husserl, que acredita 
que o mundo só pode ser compreendido a partir 
da forma como se manifesta, ou seja, como 
aparece para a consciência humana; 
• Não há um mundo em si e nem a 
consciência em si, pois a consciência é 
responsável por dar sentido às coisas; 
É a consciência que atribui sentido ao objeto; 
Para Husserl, a consciência é sempre intencional, 
ou seja, é sempre consciência de algo; 
• Esse pensamento, contrariou as teorias da 
época, que acreditavam que a consciência 
possuía uma existência independente; 
Na fenomenologia de Husserl, os fenômenos são a 
manifestação da própria consciência, por isso, 
todo o conhecimento também é sujeito de si; 
• Sujeito e objeto se tornam a mesma coisa; 
Edmund Husserl (1859-1938) 
Utilizava a fenomenologia como método para 
estudar a experiência consciente; 
• Consciência com uma ideia mais ampla, 
para além da cognição; 
A consciência como um ato, que atribui significado 
ao mundo, que constrói o “real”; 
• O “real” seria a constante relação entre a 
consciência e o objeto; 
• A análise fenomenológica busca a 
compreensão dessa correlação que constitui 
o “real”; 
Consciência sendo intencional, pois acontece por 
meio de uma correlação entre a consciência e o 
mundo, que visa as coisas dando significações, 
enquanto as coisas são visadas pela consciência e 
recebem sentido; 
“A consciência é sempre consciência de algo” 
Intencionalidade = ser a consciência, sendo o 
direcionamento da consciência para fora; 
Mundo = correlação intencional da consciência; 
A consciência atribui sentido e significado às 
coisas; 
Correlação originária: correlação entre consciência 
e coisa percebida, onde o mundo e o “real” se 
constituem como resultante desse correlato; 
Perceber como ato intencional da consciência, 
onde o percebido é possível por seu correlato entre 
o perceber e o percebido; 
• Não são separáveis; 
• O percebido nunca é a “coisa em si”, que 
independe dos indivíduos, mas sim é a 
“coisa para uma consciência”; 
A essência da consciência, é a estrutura 
intencional da consciência, que acontece por meio 
da correlação entre o perceber e o percebido, 
sujeito e mundo, consciência e coisa; 
Buscar entender a consciência, é buscar entender a 
essência da imaginação, da memória e da 
reflexão; 
O fenômeno como tudo que existe, sendo a 
presença das coisas na consciência, sendo tudo 
aquilo que se apresenta diretamente à 
consciência; 
• Coisas que percebemos, lembramos, 
idealizamos, as técnicas, artes, crenças. Ou 
seja, é tudo que é resultante da vida e da 
ação humana, todas as significações das 
realidades; 
A fenomenologia de Husserl, trabalha para a 
descrição da essência da consciência, de seus 
atos e seus correlatos, e das essências das coisas. 
Conceitualização da 
Fenomenologia
Fenomenologia: estudo ou ciência do fenômeno; se 
apresenta como perspectiva de método; 
• Não se separa fenômeno de consciência, 
pois as coisas acontecem na experiência; 
• Está entre idealismo/subjetividade e 
positivismo/objetividade; 
Fenomenologia Banal: descrição de um ponto de 
vista qualquer; 
Fenomenologia Rigorosa: considera o SER como o 
fundo de onde emerge a descrição; 
Fenômeno: tudo que aparece à consciência, supera 
das dicotomias (dentro/fora, individual/social); 
Dicotomias: pares de opostos; 
Correlação Originária: correlação entre a 
consciência e a coisa percebida, onde o mundo e o 
“real” se constituem como resultante desse 
correlato; 
Neutralidade como fator inexistente, tal como a 
imparcialidade; 
Intencionalidade: tem a ver com a construção de 
sentido; 
Perceber: ato intencional da consciência; 
• Não se separa o perceber do percebido; 
Essência da Consciência: estrutura intencional da 
consciência, que ocorre pela correlação perceber-
percebido, consciência-coisa, sujeito-mundo; 
• Ao buscar entender essa essência, busca-se 
conhecer a essência da imaginação, reflexão 
e da memória; 
Histórico e Contextualização 
(da filosofia à psicologia) 
Século XX (1901, 1907 1911): Husserl deu um 
conteúdo novo a uma palavra antiga; o sentido do 
ser e do fenômeno não podiam mais ser 
dissociados; 
Ideal positivista dizia que o sujeito puro 
asseguraria a objetividade e a coerência dos 
diferentes domínios do conhecimento objetivo; 
• Esse ideal positivista não existe para a 
fenomenologia; 
• O sujeito puro é inexistente, pois somos 
atravessados pela cultura e espírito da 
época; 
• Vemos o mundo e as pessoas a partir das 
experiências e percepções (vieses); 
A fenomenologia nasce uma crise da filosofia, 
ciências humanas e das ciências naturais; 
Husserl fez críticas à psicologia por ter tomado os 
métodos das ciências naturais e explicá-los sem 
discernir que seus objetivos são diferentes; 
• Grande influência de Brentano, já que fazia 
a distinção entre os fenômenos físicos (sem 
intencionalidade) e os fenômenos psíquicos 
(possui intencionalidade); 
Retorno às Coisas Mesmas
As coisas mesmas como ponto de partida do 
conhecimento; 
“Coisa mesma” entendida por Husserl não como 
realidade existindo em si, mas como fenômeno; 
O “retorno às coisas mesmas” é deixar o fenômeno 
se relevar, abrir oportunidade de capturar novos 
sentidos; 
• Não é preciso concordar, mas acessar uma 
compreensão sobre aquilo; 
• Exercício atento de presença, sendo possível 
identificar o que é meu e o que é do outro; 
Atitude Natural: é aquilo que neutralizamos e 
consideramos como “realidade”; 
Atitude Fenomenológica: é aquilo que se revela e 
nos possibilita refletir sobre o irrefletido, que é um 
movimento de retorno à vida irrefletida, rompendo 
com a familiaridade com o que se revela; como ver 
pela primeira vez, com a curiosidade genuína; 
Princípio da Intencionalidade
A consciência só é consciência, se for dirigida a um 
objeto; 
O objeto é sempre definido em sua relação à 
consciência, sendo sempre objeto-para-um-
sujeito; 
Intencionalidade: ato de atribuir 
sentido/significado; 
O mundo não é pura exterioridade; 
O sujeito não é pura interioridade, mas a saída de 
si para um mundo que tem significação para ele; 
Ser-no-mundo: estrutura fenomenal; 
• A forma como vejo o mundo, está 
impregnada de ser; 
O ser humano possui intencionalidade. 
 
Realidade Objetiva: o que interessa para a 
fenomenologia, é o mundo como é percebido pela 
consciência de cada pessoa. O mundo fora da 
consciência não é negado, mas é sem significado 
para a filosofia, uma vez que não há acesso a ele; 
Visão de Ser Humano
Ser humano como atualidade e presença criadora 
de sentido (Amatuzzi); 
Atualizar-se é diferente de adaptar-se, pois a 
adaptabilidade é se encaixar em algo que pode 
ser fechado e não permita novos caminhos, 
enquanto a atualização abre espaço para novas 
possbilidades; 
As teorias humanistas compreendem o homem 
nesse lugar de tornar-se; 
Não somos seres fechados, somos os que vão se 
atualizando no presente; 
Intencionalidade
Consnciência
Subjetividade
MundoObjetividade
Verdade
• Essa atualização acontece a partir da 
intencionalidade da consciência, criação da 
possibilidade de sentidos; 
Redução Fenomenológica
Recurso para se chegar à essência; 
É a mudança da atitude natural para a atitude 
fenomenológica; 
A atitude natural ignora a consciência como 
doadora de sentido (lógica da objetividade); 
A atitude fenomenológica suspende a crença na 
existência do mundo-em-si, e todos os 
preconceitos e teorias da ciência da natureza 
delas decorrentes e a crença na consciência 
independente do mundo; 
A Epoché Husserliana consiste em pôr “entre 
parênteses” o mundo da apreensão do fenômeno, 
ou seja, consiste numa suspensão momentânea da 
atitude natural que nos relacionamos com as 
coisas do mundo; 
• Deixar provisoriamente de lado todos os 
preconceitos, teorias, definiçõesetc., que 
utilizamos para conferir sentido às coisas; 
• Essa suspensão, tem como escopo 
apreender na consciência as coisas no 
sentido de captá-las como elas são em si 
mesmas; 
É uma proposta de se evitar a “atitude natural” na 
apreensão e análise do fenômeno; 
Intersubjetividade: os seres humanos, embora 
tenham suas peculiaridades, existem todos no 
mundo constituindo-o e constituindo-se 
simultaneamente; 
Encontro: o mundo recebe seu sentido, não apenas 
a partir das constituições de um sujeito solitário, 
mas do intercâmbio entre a pluralidade de 
contribuições de vários sujeitos existentes no 
mundo; 
Diagnóstico para Humanismo
O diagnóstico é utilizado como fundo e não como 
figura, sendo sempre revisitado, mas para além 
disso, é utilizado como mapa, considerando que o 
território é o sujeito; 
Humanizar é levar em conta as diferentes formas 
de existir – possibilidades existenciais humanas; 
O transtorno mental não é uma norma, mas é uma 
outra norma; 
Ciência e Método
Método Experimental: científico por excelência; 
• Pressuposto: cientista e objeto de estudo 
como interdependentes; 
• Método importado das ciências da natureza 
para a psicologia; 
Método Experimental na Psicologia: ser humano 
como um objeto entre outros objetos da natureza; 
• Governado por lei que determinam os 
eventos psicológicos; 
• Restringir objetos de estudos aos aspectos 
externamente observáveis do psiquismo; 
Método Experimental e Observação Externa: a 
vivência ou experiência vivida só pode ser 
alcançada diretamente pelo próprio sujeito; 
• O comportamento revela externamente, os 
aspectos da experiência de forma indireta 
que pode levar a enganos; 
Problema da Existência no 
Mundo
Reduzido à pergunta: quanto de mundo existe para 
o indivíduo? 
A vivência e o sentido: campo de milho 
• Realidade objetiva: porção de um terreno na 
qual um cereal é cultivado; 
• Realidade subjetiva: o que é um campo de 
milho para um fazendeiro, agrônomo, 
comerciante, pinto etc.? 
Redução Fenomenológica e 
Pesquisa
Psicólogo: o pesquisador deve iniciar seu trabalho 
voltando-se para a sua própria vivência a fim de 
refletir sobre ela para captar o significado dela em 
sua existência; 
Profissionais de saúde: as crenças pessoais 
interferem no modo operante do trabalho clínico; 
Método Fenomenológico e pesquisa qualitativa: é 
do tipo sujeito-sujeito, subjetividade-
subjetividade, ou seja, intersubjetiva; 
Ao invés de fatos, temos fenômenos; 
Os fenômenos são vividos;

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