Prévia do material em texto
Escoliose Idiopática. 1 Escoliose Idiopática. Escoliose: qualquer condição que altere a anatomia ou a integridade funcional do segmento vertebral, quer se limite a uma região ou afete toda a coluna. Três características principais: Tecidos moles retraem na concavidade; Alterações na forma do corpo vertebral, tamanho das lâminas, pedículos e processos transversos; Rotação fixa das vértebras. O encunhamento lateral da vértebra ocorre pela maior pressão sobre a concavidade da curva. Desvio não se corrige com manobra de inclinação lateral. É progressiva enquanto houver crescimento. Classificação da escoliose: magnitude da curva, localização, lado, etiologia. 1. Segmento ou localização: um ou mais segmentos, região torácica, torocalombar e lombar. 2. Direção ou lado: lado da convexidade da curva. 3. Única (em C), Dupla (em S) ou Tripla. 4. Identificar a curva principal e compensatória. Exame físico: assimetria de ombros, triangulo de Thales, assimetria de escápula, caixa torácica e quadril, discrepância de MMII (desalinhamento do quadril - obliquidade pélvica), postura alterada, curvatura visível. Teste de Inclinação Anterior (Teste de Adams) Escoliose Idiopática. 2 Ângulo de Cobb: simples e de maior exatidão, avalia desvios laterais e ântero- posteriores das vértebras. 1. Linha paralela no bordo superior da vértebra limítrofe superior. 2. Linha paralela no bordo inferior da vértebra limítrofe inferior. O ângulo entre as duas linhas perpendiculares = Cobb. Escoliose Idiopática. 3 Alterações do eixo postural: assimetrias, alteração do centro de gravidade, alteração na estabilidade e mobilidade corporal. Alterações torácicas: comprometimento cardiopulmonares, disfunções na mecânica pulmonar volumes e trocas gasosas, dificuldade de carrear secreções e ventilar adequadamente, quadros infecciosos. Artrodese da coluna: fusão articular, haste fixada nas próprias vértebras, nem sempre a curvatura é totalmente corrigida, segmento sem movimento. Complicações: sangramento excessivo, distúrbios pulmonares, infecções, trombose venosa profunda, dor persistente (medicação). Pós Operatório Imediato: DD elevado até 60°, exercícios ativos MMII e MMSS, mudança de decúbito para DL em bloco e com auxílio a cada 2 horas. 1° Pós-Operatório: decúbito dorsal até 60°, sedestação beira leito/ cadeira. 2° Pós-Operatório: sentar em cadeira, exercícios em ortostase com apoio, deambulação por 30 metros, orientação quanto aos cuidados no PO. 3° Pós-Operatório: deambulação e treino de transferências assistidas, treino de escadas, orientação quanto aos cuidados no PO e AVD, retirada do dreno após 3° PO ou baixo débito. Cuidados no PO: evitar flexão, extensão, inclinação e rotação de tronco.