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1- Como são classificadas as articulações do joelho; quais são as estruturas presentes nessas articulações; e qual a importância de cada estrutura para a realização do movimento? A anatomia do joelho é considerada a mais complexa em relação às outras articulações do corpo humano. Trata-se de uma articulação do tipo sinovial (responsáveis por realizar comunicação entre duas extremidades ósseas permitindo movimento), composto por três estruturas ósseas: · Tíbia; · Fêmur; · Patela. E duas articulações em sua cápsula articular: · Articulação tibiofemoral; · Articulação patelofemoral. Essas estruturas irão permitir a sustentação de grandes cargas e a mobilidade necessária para a realização de atividades locomotoras. Outras estruturas importantes e que fazem parte do joelho são os meniscos, conhecidos também como cartilagens semilunares – devido ao formato em meia lua que possuem. Segundo alguns autores, a anatomia do joelho possui considerável grau de estabilidade articular e é estabilizado por ligamentos, músculos e pela cápsula articular. Seus 4 ligamentos possuem um importante papel nessa estabilização. São eles: Ligamento colateral medial; Ligamento colateral lateral; Ligamento cruzado anterior; Ligamento cruzado posterior. A anatomia do joelho possui principalmente, um grau de liberdade, a flexo-extensão; e de forma acessória como um segundo grau de liberdade a rotação sobre o eixo longitudinal da perna, porém, este último somente aparece quando o mesmo está flexionado.Mecanicamente, ao mesmo tempo que deve possuir uma grande estabilidade, há também a necessidade de uma grande mobilidade. São duas situações contraditórias que o joelho tenta conciliar da melhor forma possível.Sua superfície, porém, é feita de encaixes frouxos, para que ocorra a mobilidade necessária, devido à isso é uma articulação que está sujeita a constantes luxações e entorses.Kapanji considera que a flexão de joelho é uma posição instável e que está sujeita a várias lesões ligamentares e de meniscos. Já em extensão, está mais mais suscetível a fraturas articulares e rupturas ligamentares. Articulação tibiofemoral É uma articulação do tipo gínglimo, pois permite apenas movimentos de flexão e extensão, e alguns rotacionais e laterais. Os côndilos laterais e medias da tíbia e do fêmur formam duas articulações chamadas de elipsoideas, onde uma extremidade côncava entra em contato com uma convexa limitando o movimento. Os côndilos da tíbia são os platôs tibiais e formam pequenas depressões chamadas de eminência intercondilar. A tíbia gira lateralmente sobre o fêmur nos últimos graus do movimento de extensão, que é conhecido como movimento de pivô para permitir um certo bloqueio do joelho, um travamento em sua extensão completa. As curvaturas desses platôs tibiais são assimétricas e irão apresentar diferenças de um indivíduo para o outro. Por isso algumas pessoas apresentam uma maior estabilidade no joelho e uma resistência maior à certos tipos de lesões. Articulação patelofemoral É uma articulação que liga a patela ao fêmur, mais especificamente, do tendão patelar ao sulco troclear entre os côndilos femorais, e para reduzir o atrito entre essas duas estruturas, a região posterior da patela é recoberta por cartilagem articular. A patela realiza uma série de funções biomecânicas, como: · Aumentar o ângulo de tração do tendão do músculo quadríceps femoral – com isso, melhora a mecânica dos músculos que formam o quadríceps femoral ao realizar a extensão do joelho; · Centralizar a tensão divergente dos músculos extensores de joelho – tensão que é transmitida ao tendão patelar; · Aumentar a área de contato entre o tendão patelar e o fêmur – diminui o estresse por contato da articulação patelofemoral; · Proteger a face anterior da anatomia do joelho e o tendão do quadríceps femoral contra os ossos adjacentes.
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