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1 Prof. Msd. Rogério Frade Nutricionista Esportivo Preparador Físico nutricao-esportiva@ig.com.br Nutrição e Suplementação Esportiva Nutrição Ciência que estuda as diversas etapas que um alimento sofre: Seleção, ingestão, digestão, metabolismo e excreção; Seu valor nutricional; O conhecimento das necessidades de nutrientes nas diversas faixas etárias, estado fisiológico ou patológico, gênero, clima, atividade física, etc; Fatores econômicos, sociais, psicológicos e culturais. Leis da Alimentação (Pedro Escudero) Lei da Quantidade Lei da Qualidade Lei da Harmonia Lei da Adequação 1937: médico argentino, introduziu nas escolas de medicina de seu país o estudo de Alimentação e Nutrição. 1ª Lei da Quantidade “A quantidade de alimento deve ser suficiente para cobrir as exigências energéticas do organismo e manter o corpo em equilíbrio ”. 2ª Lei da Qualidade “O nosso corpo precisa de nutrientes e eles estão contidos nos alimentos. É importante optar por alimentos variados e ricos em nutrientes, garantindo o bom funcionamento do organismo”. 3ª Lei da Harmonia “Os nutrientes presentes na alimentação devem obedecer a uma relação de proporção entre si ”. 2 4ª Lei da Adequação “A finalidade da alimentação está subordinada ao organismo e aos vários fatores que o influenciam: condições fisiológicas, idade, histórico de doenças, condição sócio-econômica, hábitos alimentares, etc.” Alimentos e Nutrientes • ALIMENTAÇÃO = ato voluntário; • ALIMENTO = pode ser de origem animal, vegetal e mineral; • Função dos alimentos é cobrir as necessidades de nutrientes e energia . NUTRIENTE Qualquer substância normalmente consumida como um constituinte do alimento e que: a) fornece energia; ou b) é necessário para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde; ou c) cuja deficiência resulta em mudanças bioquímicas e fisiológicas no organismo. Portaria nº 31, de 13 de janeiro de 1998 - Ministério da Saúde QUAIS SÃO OS NUTRIENTES? • Carboidratos • Proteínas • Lipídeos • Vitaminas • Minerais • Fibras • Água Um nutriente essencial é uma substância que tem de ser obtida através da dieta uma vez que o organismo não consegue sintetizar, ou é sintetizada, em quantidade insuficiente. Um nutriente não essencial é aquele que o organismo consegue sintetizar em quantidades suficientes mesmo que ele não esteja presente na dieta. METABOLISMO Processo que transforma substâncias complexas em outras simples, com a finalidade de produzir energia. 3 ENERGIA Capacidade que o corpo possui de produzir determinada quantidade de trabalho. FASES DO METABOLISMO • CATABOLISMO (quebra ou degradação) Fase onde ocorre a degradação dos nutrientes energéticos carboidratos, lipídeos e proteínas para produzir moléculas menores e mais simples com liberação de energia química, através da síntese de ATP. • ANABOLISMO (síntese ou construção) Síntese dos componentes celulares proteínas, AA não essenciais, ácidos nucléicos, a partir de componentes mais simples, nesta fase é necessário energia que é então fornecida pela ATP. CARBOIDRATOS Substâncias orgânicas compostas por C, H, O Também chamados de glicídios ou açúcares DEFINIÇÃO Substrato energético (1g = 4 kcal) Essencial Cérebro, Eritrócitos e Rins Preservação das proteínas Ativador metabólico para lipídios SNC Síntese de componentes DNA/RNA FUNÇÕES CLASSIFICAÇÃO SIMPLES COMPLEXOS 4 CLASSIFICAÇÃO Mono e dissacarídeos Rápido aporte de glicose para o sangue Digestão e Absorção rápida Rápida elevação da glicemia e insulina Pouco nutritivos SIMPLES CLASSIFICAÇÃO Oligo e polissacarídeos Aporte mais lento de glicose para o sangue Digestão e Absorção lenta Elevação atenuada da glicemia e insulina Contém mais nutrientes COMPLEXOS Simples: encontrados nos doces, frutas, mel, xarope de milho, leite e derivados, açúcares e vegetais; têm um teor maior de glicose e, por isso, são digeridos mais rápido. Isso quer dizer que, depois de comer algum alimento rico em carboidratos simples, você não demora a sentir fome novamente. Complexos: garantem uma saciedade prolongada por terem digestão mais lenta. Encontrados nos cereais, arroz, pães, massas, vegetais e fibras; eles são ainda mais eficientes quando obtidos pela versão integral, pois as fibras colaboram para que o “estômago demore” mais tempo para pedir comida. FIBRAS Benefícios Regula funcionamento intestinal; Melhora tolerância a glicose → reduzindo a secreção da insulina; ↓ níveis colesterol e LDL; ↑ excreção sais biliares e inibe síntese hepática colesterol; Obesidade - prevenção e tratamento (↑ saciedade); ↑14g/dia → perda peso de 1,9 Kg/ 4 meses (HOWART et al, 2001); Retardam o esvaziamento gástrico e o trânsito no intestino delgado ; Aumentam a massa, volume e maciez das fezes (efeitos brandos) ; Fibra Alimentar O termo fibra alimentar refere-se às partes dos alimentos vegetais que resistem à digestão. As principais fontes de fibras são os alimentos vegetais como grãos, tubérculos e raízes, as frutas, legumes e verduras. Nenhum alimento de origem animal contém fibra alimentar. 5 Classificação Tipos Fontes Ações Fibras Solúveis Pectina Gomas Mucilagem Beta glucana Hemiceluloses Frutas, Verduras, Aveia, Leguminosas Retardo na absorção de glicose; Redução no esvaziamento gástrico (maior saciedade); Diminuição dos níveis de colesterol sangüíneo. Fibras Insolúveis Lignina Celulose Hemiceluloses Verduras, Farelos, Cereais integrais Aumento do bolo fecal; Prevenção de constipação intestinal (estímulo ao bom funcionamento intestinal); Proteção contra o câncer de intestino. • As fibras solúveis formam géis em contato com água, aumentando a viscosidade dos alimentos parcialmente digeridos no estômago. • As fibras insolúveis permanecem intactas através de todo o trato gastrointestinal. (RIQUE et al., 2002; MORAES e COLLA, 2006; MATTOS e MARTINS, 2000) Recomendação de fibras 20 – 30 g/dia (Guia Alimentar –MS, SBC,SBAN) Tabela de Alimentos Fontes de Fibras ALIMENTOS* PORÇÃO FIBRAS (g) Cereal à base de trigo ½ xícara de chá (25 g) 8,00 Farelo de aveia 2 colheres de sopa (22 g) 3,30 Aveia em flocos 2 colheres de sopa (24 g) 3,06 Granola 1/2 xícara de chá (30 g) 3,00 Pão de fôrma integral 1 fatia (25 g) 2,78 Biscoito salgado integral 4 unidades (20 g) 2,47 Arroz integral cozido 1 escumadeira (112 g) 2,41 Cereais em barra 1 unidade (25 g) 2,40 Pão de fôrma com centeio 1 fatia (25 g) 1,91 Farelo de trigo 2 colheres de sopa (16 g) 0,94 Pão de fôrma com aveia 1 fatia (25 g) 0,75 Torrada integral 4 unidades (40 g) 0,60 Fonte: Virtual Nutri (1996) * Valores obtidos nos rótulos dos produtos industrializados Índice Glicêmico • Leva em conta que diferentes alimentos mesmo que contenham a mesma quantidade de carboidratos, podem produzir magnitudes de aumento diferentes na concentração da glicose sanguínea. • Essa alteração na resposta glicêmica é o que se convencionou denominar índice glicêmico. Tabela de índice glicêmico de alimentos FAO/OMS. Carbohydrates in Human Nutrition, 1998. 6 Fonte: TABELA INTERNACIONAL DE ÍNDICE GLICÊMICO (IG) E CARGA GLICÊMICA (CG) – REVISADA – 2002 7 Fonte: http://nutricao.diabetes.org.br/indice-glicemico/212-o-que-e-indice-glicemico OLEAGINOSAS ABACATE AÇAÍ COCO SALGADOS SALGADINHOS SANDUÍCHES PIZZA RISOTOS BATATA FRITA MASSAS TORTAS MIOJO LASANHA PANETONE PANQUECA CREMES BOLACHAS PIPOCA BOLO DOCES E SORVETECHOCOLATE CROASSANT PÃO DOCE PÃO RECHEADO PÃO DE QUEIJO CARBOIDRATOS NOS ALIMENTOS 52 % 28,5% 35% 62% 60% 59,5% 52% 62,5% 59% 40% 56,5% Sorvete de Creme Biscoito Salgado Macarrão Instant. Torta de Frango Pizza Mussarela Batata Frita Croassant Acaraje Pão de Queijo Empada Chocolate ao Leite 12 14 17 22,5 28 37 22 20 25 16 36 20 69 62 22 29 51 40 19 34 47 55 38,5 % 62,5% 57% 27% 27,5% 36,5% 42% 26,5% 36% 52% 38,5% 208 442 432 262,5 420 561 382 288 381 360 572 Distribuição CARBOIDRATO NOS ALIMENTOS Kcal g CHO g GOR % Kcal CHO % Kcal GOR DIGESTÃO POLISSACARÍDEO MONOSSACARÍDEO Boca = Amilase salivar Duodeno • Amilase Pancreática • Dissacaridases ABSORÇÃO Na Glicose Frutose Galactose Fígado Glicemia enterócito 8 ABSORÇÃO FRUTOSE DIFUSÃO FACILITADA TRANSPORTE PASSIVO NÃO REQUER ENERGIA MAIS LENTA GLICOSE e GALACTOSE TRANSPORTE ACOPLADO TRANSPORTE ATIVO GASTO DE ENERGIA PROTEÍNA TRANSPORTADORA MAIS RÁPIDO ARMAZENAMENTO FíGADO MÚSCULO SANGUE (TECIDO ADIPOSO) GLICOSE/GLICOGÊNIO Fig.2.2 MCARDLE, KATCH & KATCH, 2000 Glicogênio = 400 g (± 1.600 Kcal) ESTOQUES ENERGÉTICOS Glicogênio = 100 g (± 400 Kcal) TAG = 14Kg (± 126.000 Kcal) ESTRUTURAL: Colágeno (tec. conjuntivos)/Queratina (cabelos, unhas) CONTRÁTIL: Actina/Miosina (contração muscular) RECEPTORES: Proteínas de membrana (FABP) TRANSPORTE: Hemoglobina (oxigênio), albumina (AGL) HORMÔNIOS: Insulina (metabolismo CHO) ENZIMAS: Pepsina (digestão de proteínas) PROTETORA : Gamaglobulina (anticorpos)/Fibrinogênio (coagulação) FUNÇÕES 1g = 4 Kcal 9 FONTES ALIMENTARES DE PTN • Carnes (vermelhas, aves, peixes); • Leite e derivados; • Ovos; • Grãos (feijão, soja, lentilha, ervilha, etc.). VALOR BIOLÓGICO Proporção de aminoácidos essenciais fornecidos por uma proteína, comparada às proteínas de referência ( ovo e leite) 1) Proteína de alto valor biológico (AVB): Possuem em sua composição aminoácidos essenciais em proporções adequadas. É uma proteína completa. Ex.: proteínas da carne, peixe, aves e ovo. 2) Proteínas de baixo valor biológico (BVB): Não possuem em sua composição aminoácidos essenciais em proporções adequadas. É uma proteína incompleta. Ex.: cereais integrais e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, etc.). 3) Proteínas de referência: Possuem todos os aminoácidos essenciais em maior quantidade. Ex.: ovo, leite humano e leite de vaca. CLASSIFICAÇÃO Leguminosas são deficientes em metionina Cereais deficientes em lisina Aminoácidos AA NÃO ESSENCIAIS: sintetizados pelo organismo Aspartato, Asparagina, Glutamato, Glutamina, Arginina, Alanina, Glicina, Prolina, Tirosina, Serina, Histidina e Cisteína. AA ESSENCIAIS: NÃO são sintetizados pelo organismo Precisam ser fornecidos através da dieta ou suplementação. Valina, lisina, treonina, leucina, isoleucina, triptofano, fenilalanina e metionina. A histidina e a arginina são essenciais para crianças até 1 ano de vida. http://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=pZlpQBs27Rc7-M&tbnid=R7NGaomuk8casM:&ved=0CAgQjRwwADgp&url=http%3A%2F%2Fsites.google.com%2Fsite%2Fbioqufal%2Fproteinas%2Faminoacido&ei=dGOWUcWcIJTi8gTOxYDgDA&psig=AFQjCNExwedXG26ZOpWO1MUMx8N-CWG0bw&ust=1368896756583568 10 Digestão e Absorção INTESTINO DELGADO (duodeno): Enzimas proteolíticas do suco pancreático: Tripsina e Quimiotripsina INTESTINO DELGADO (duodeno): Aminopeptidases da borda em escova do duodeno → dipeptídeos e tripeptídeos A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ALTERA A DEMANDA DE PROTEÍNA DA DIETA ??? 11 L I P Í D I O S FONTES ALIMENTARES DE LIP • Carnes gordas e leite integral; • Óleos, manteigas, margarinas, castanhas, nozes, maionese e cremes; • Bolos, tortas, sorvetes e doces. 1g = 9 Kcal SATURADOS – Geralmente predominantes em alimentos de origem ANIMAL (exceção: óleo de coco e óleo de palma) – Geralmente sólidos em temperatura ambiente. Grau de saturação INSATURADOS – Geralmente predominantes em alimentos de origem VEGETAL. – Geralmente líquidos em temperatura ambiente. Monoinsaturados: 1 dupla ligação na cadeia (ω-9 ácido oleico). Ex. Azeite de oliva, óleo de canola, abacate. Poliinsaturados: 2 ou mais duplas ligações na cadeia. (Ômega 3 e Ômega 6) Ex. Óleo de peixe, linhaça, soja, manteiga. 12 Matéria-prima para hormônios esteróides e bile Componente das membranas Celulares Precursor de vitamina D SOMENTE EM ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL Vegetariano ??? 75% sintetizado - endógeno Colesterol LIPOPROTEÍNAS LDL, HDL, VLDL 13 14 Hormônios Pancréaticos, Insulina & Glucagon Regulam o Metabolismo GLUT 1: Placenta, eritrócito, cérebro, testículos, tecido adiposo e muscular. GLUT 2: Fígado, rins, células β pancreáticas e Intestino Delgado . GLUT 3: Neurônios e placenta. GLUT 4: Tecido Muscular, coração e tecido adiposo. GLUT 5: Intestino delgado, rins, testículos, cérebro, Tecido Muscular e Adiposo. GLUT 7: Fígado. GLUT 8: Testículos, hipotálamo e cerebelo. GLUT 9: Rins, fígado, cérebro, baço e leucócitos. GLUT 10: Fígado e pâncreas TRANSPORTADORES Célula TRANSLOCAÇÃO DO GLUT INSULINA GLICOGÊNIO GLICOSE glicemia consumo oferta REGULAÇÃO DA GLICEMIA REGULAÇÃO DA GLICEMIA dieta período pós prandial armazenamento de substratos glicogênese lipogênese anabolismo protéico 15 REGULAÇÃO DA GLICEMIA Período de jejum utilização de substratos glicogenólise gliconeogênese lipólise cetogênese catabolismo protéico Glicemia 0 20 40 60 80 100 120 140 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 In s u lin a p lá s ti c a ( m U / m l) Minutos SECREÇÃO DE INSULINA EXERCÍCIO x GLUT 4 GLICOSE E Vasodilatação (NO2) Contração Muscular (Ca+) INSULINA GLUT 4 APÓS EXERCÍCIO 1ª hora Aumento da Translocação do GLUT 4 2-3 horas Aumento na sensibilidade dos receptores de insulina Contribuição para a Demanda Energética 16 Regulation of endogenous fat and carbohydrate metabolism in relation to exercise intensity and duration. Am. J. Physiol. 265 (Endocrinol. Metczb. 28)1993 Fig. 4.13. POWERS & HOWLEY, 2000 17 Fig. 4.14 POWERS & HOWLEY, 2000 Fig. 4.11;12. POWERS & HOWLEY, 2000 18 MODERADO X INTENSO ? Nutrição Esportiva Nutrição Esportiva A nutrição esportiva é uma área que envolve a aplicação de princípios nutricionais para aprimorar o desempenho esportivo (WILLIAMS, 2002), e os profissionais da saúde, como, os nutricionistas esportivos, vão trabalhar objetivando tanto a atenção de atletas quanto de esportistas. Qual a classificação da população inserida no contexto da Nutrição Esportiva? Portaria nº 80/95 - SVS/MS (12/09/95) normatização de alimentos para atletas definiu como: • DESPORTISTA: é o indivíduo fisicamente ativo, que participa de atividade esportiva, com objetivo de alcançar benefícios para a sua saúde e/ou lazer e recreação, sem a finalidade competitiva. • “ATLETA AMADOR”: é o desportista que se submete a treinamento regular, por períodos prolongados, de acordo com as exigências da sua modalidade esportiva e para fins competitivos. • ATLETA DE ALTO NÍVEL é o desportista que se submete a treinamento regular, por períodos prolongados, de acordo com as exigências de sua modalidade esportiva para fins competitivos, cujo desempenho é compatível com resultados expressivos, quando comparados com padrões nacionais ou internacionais. 19 RENDIMENTO ESPORTIVO DEPENDE DE: DIETA EQUILIBRADA E SUPLEMENTA ÇÃO TREINAME NTO CONTROL E DO STRESS DESCANSO Reduzir percentual de gordura Hipertrofia Definição Saúde Melhorar capacidade AE Melhorar capacidade AN Rendimento Esportivo IMPORTANTE !!! Avaliações Física e Nutricional Peso Estatura Massa magra Massa gorda Circunferências Avaliação Física IMC ??? % de gordura Avaliação nutricional Avaliação de ingestão quantitativa e qualitativa (Recordatório 3 dias ou 24h, Alimentação habitual, Frequência alimentar); Sinais clínicos (cabelo / unha / fadiga / sono / menstruação...); Avaliação bioquímica (Hemograma, Glicose, Colesterol e frações, Tg, T3, T4, TSH, Fe, Ca, Vit.); Atividade física praticada; Ocupação (trabalho); Frequência de treino; Rotina do dia. http://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=Lo3HW-Tl3hjSKM&tbnid=boXUmS3EZiHw-M:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http%3A%2F%2Fjluisanchez.blogspot.com%2F&ei=SeznUbyEMIjq8wSWyIDICA&psig=AFQjCNFp0X7LwCU_2UVzOOOreNhaReTjGA&ust=1374240201822637 20 Qualidade e Quantidade Dieta do praticante x Dieta do sedentário QUALITATIVAMENTE é igual • Lanches -“Fast food” • Tipo de carboidrato (simples ou complexos) • Tipo de gordura • Verduras, legumes e frutas • Bebidas Qualidade O corpo humano requer 2 ácidos graxos essenciais São os poli- insaturados linolênico (-3) e linoléico (-6) que devem estar presentes numa alimentação natural e integral. Porém a maioria das pessoas (principalmente a dieta ocidental), consome em excesso ômega-6, favorecendo o aumento de doença de pele, coronárias, acidentes vasculares cerebrais, pressão alta, diabetes e câncer (Murray e col., 2005). http://www.google.com/imgres?imgurl=http://www.riodosul.sc.gov.br/portal/imagem/saude/nutricao.jpg&imgrefurl=http://www.riodosul.sc.gov.br/portal/principal.php?pg=2824&usg=__ZUCQT4qxu0JSHe2yIfyTH-ttWgQ=&h=511&w=509&sz=187&hl=en&start=1&um=1&itbs=1&tbnid=32kq7EX16S5YXM:&tbnh=131&tbnw=130&prev=/images?q=nutri%C3%A7%C3%A3o&um=1&hl=en&tbs=isch:1 http://www.google.com/imgres?imgurl=http://www.riodosul.sc.gov.br/portal/imagem/saude/nutricao.jpg&imgrefurl=http://www.riodosul.sc.gov.br/portal/principal.php?pg=2824&usg=__ZUCQT4qxu0JSHe2yIfyTH-ttWgQ=&h=511&w=509&sz=187&hl=en&start=1&um=1&itbs=1&tbnid=32kq7EX16S5YXM:&tbnh=131&tbnw=130&prev=/images?q=nutri%C3%A7%C3%A3o&um=1&hl=en&tbs=isch:1 21 Fontes Ômega 3 Ômega 6 Peixes água fria (atum, arenque, sardinha, cavala e salmão) Óleo (Milho, Soja, Girassol) Linhaça Leite Óleo de Canola Ovos Verduras (verdes escuras) Carnes vermelhas Ovos* Aves Carnes* Maionese Leite e derivados* Manteiga * Orgânicos: animais alimentados com semente de linhaça. SCHREIBER, 2006 Se olharmos o rótulo do azeite extra-virgem, a proporção de ômega-3 x ômega-6 é de 1:1; óleo de linhaça 4:1 canola 1:4 soja 1:7 girassol 1:70 COMO PREVENIR E TRATAR O CÂNCER COM MEDICINA NATURAL – Dr. Michael Murray, Dr. Tim Birdsall, Dr. Joseph E. Pizzorno e Dr. Paul Reilly – Editora Best Seller; ANTICÂNCER – Dr. David Servan-Schreiber – Editora Fontanar Natureza: configuração cis = hidrogênios no mesmo lado da cadeia carbônica. Exceção: gordura de ruminantes Configuração trans = hidrogênios em lados opostos Mais sólidos à temperatura ambiente – “crocante” Hidrogenação parcial de óleos vegetais → ligações duplas remanescentes sofrem isomerização cis-trans. Efeitos maléficos ÁCIDOS GRAXOS TRANS Açúcar e adoçantes: Perigos que estão na nossa mesa !!! 22 Edulcorantes (adoçantes) Recomendação máxima diária Para obter o valor diário (máximo) recomendado basta multiplicar o valor abaixo pelo seu peso Edulcorante Limite (mg/Kg) (E950) Acesulfatame-K 15 (E951) Aspartame 40 (E952) Ciclamato 11 (E954) Sacarina sódica 5 (E955) Sucralose 15 Frutose não existe limite (E960) Steviosídeo (Stévia) 5,5 (E965, E967) Xylitol, Manitol, Sorbitol 15 Fonte: OMS Escarola – 220 calorias Atum – 278 calorias Mussarela – 280 calorias Calabresa – 370 (sem queijo) / 415 (com queijo) Catupiry – 406 calorias Quatro queijos – 420 calorias Frango com catupiry – 450 calorias Portuguesa – 450 calorias *Valor por fatia de 130g Lista de calorias de pizza* 23 Hambúrguer de 180 gramas, queijo tipo gorgonzola, bacon, picles de pepino e cebola empanada › 853 calorias › 413 gramas › 5 ingredientes › R$ 33,00 › 1 180 calorias › 910 gramas › 9 ingredientes › R$ 16,90 Quatro salsichas, catupiry, vinagrete, molho de tomate, maionese, ketchup, mostarda, batata palha e purê de batata Hambúrguer de 450 gramas, alface, tomate, molho de cebola e queijo prato › 2 033 calorias › 630 gramas › 5 ingredientes › R$ 42,50 › 1 840 calorias › 1 400 gramas › 10 ingredientes › R$ 45,00 Filé-mignon, presunto, bacon, ovo mexido, mussarela, tomate, cebola, maionese, catupiry e azeite na massa de esfiha › 8 481 calorias › 4 570 gramas › 10 ingredientes › R$ 45,00 Banana-split com três bolas gigantes de sorvete, marshmallow, chantili, coberturas de morango, chocolate e caramelo, castanha-de caju, tubetes e cereja › 3 445 calorias › 1 180 gramas › 3 ingredientes › R$ 33,90 Batata frita com queijos prato e cheddar mais bacon 24 O maior sanduíche da cidade pesa mais de 2 quilos › 7 500 calorias › 2 500 gramas › 24 ingredientes › R$ 99,90 QUANTITATIVAMENTE é diferente Dieta do praticante x Dieta do sedentário Atleta Praticante 4000 5000 6000 8000 10000 2000 2500 3000 3500 4000 CALORIAS !!! ../Artigos/Dieta Phelps.doc ../Artigos/Dieta Phelps.doc 25 Michael Phelps e sua absurda dieta de 12.000 calorias diárias A dieta de João Schlittler REFEIÇÕES: São nove: desjejum (6 h), pré-treino físico (9 h), pós-treino físico (12 h), almoço (13 h), lanche (15 h), pré-treino técnico (18 h), pós-treino técnico (21h30), jantar (22 h) e ceia (23 h) TOTAL DE CALORIAS: 10.700 DIVISÃO APROXIMADA: Vegetais 30%, carne 15%, cereais 15%, leite 10%, sucos 10%, gorduras 7%, pão 5%, queijo 5%, frutas 2%, doces 1% ORIENTAÇÕES GERAIS Schlittler precisa iniciar e terminar os treinos com o mesmo peso. Durante a atividade ele toma quatro medidas de 60 g de maltodextrina. Cálculo das necessidades calóricas totais RECOMENDAÇÃO DE INGESTÃO (SBAN, 1990; WHO, 2003; ACSM, 2000; ADA, 2009) DISTRIBUIÇÃO DO VET PELAS REFEIÇÕES Carboidratos = 55 a 75% Proteínas = 10 a 15% Lipídios = 15 a 30% Desjejum = 20 a 25% Lanche manhã/Colação = 5% Almoço = 35 a 40% Lanche tarde = 10 a 15% Jantar = 15 a 25% Ceia = 5% Objetivos Reduzir a fadiga; Redução ou reparo de lesões; Otimizar os depósitos de energia e força; Melhorar o desempenho; Reduzir o estresse oxidativo; melhorando a capacidade antioxidante; Recuperar o sitema imunológico. ../Artigos/Dieta Phelps.doc SP/Artigos/Dieta Phelps.doc 26 Pré exercícios • Completar as reservas de glicogênio muscular e hepático. • Importante em eventos pela manhã, pois as reservas de glicogênio estão baixas devido ao jejum noturno. • Deixar sensação agradável no sistema gastrintestinal HIRSCHBRUCH; CARVALHO, Nutrição Esportiva – Uma visão prática. 2ed. Barueri, Manole, 2008 Carboidrato 5 – 8 g / Kg / dia (praticantes e atletas amadores) 10-12 g / Kg / dia (atletas de alto rendimento) (AIS,2012; ACSM, 2009; SBME, 2009) 30 à 10 minutos: 50 a 60g de baixo IG 1 hora: 1 g/Kg de médio a baixo IG 2 horas: 2 g/Kg 3 horas: 3 g/Kg 4 horas: 4 a 5 g/Kg Antes (POWERS,2000; ACSM, 2000; SBME, 2003) O CHO durante o exercício é aindamais importante em situações quando os atletas não estão “recarregados” de carboidratos ou não consumiram uma refeição pré-exercício. Durante exercícios (AIS,2012; ACSM, 2009; SBME, 2009) Atividades de longa duração: 0,7 a 0,8g/Kg ou 30-60g durante cada hora de exercício (JEUKENDRUP, 2004 HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2008) Durante exercícios 27 A palavra-chave é RECUPERAÇÃO. Na primeira hora após um treino, o músculo precisa recuperar suas reservas de glicogênio. E nas próximas 24 horas Nutrientes como proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais, estão envolvidos nos processos de síntese de proteínas. Pós exercícios (AIS,2012; ACSM, 2009; SBME, 2009) A literatura sugere que 1,0-1,5 g/kg de carboidratos ingeridos em intervalos de 2 horas após o exercício para até 6 horas pode ser o ideal para a recuperação. A adição de proteína para uma refeição pós-exercício pode fornecer aminoácidos adicionais necessárias para a reparação muscular criando uma condição anabólica. Nutritional strategies for post-exercise recovery: a review - SAJSM vol23 No. 1 2011 Após atividade física a síntese de glicogênio é bifásica 1ª Fase rápida: até 60 min após o exercício não requer insulina (> número de GLUT 4 ) 2ª Fase lenta: queda na síntese e requer insulina. INICIAR LOGO APÓS O EXERCÍCIO E SER REPETIDA A CADA 2 HORAS CHO de alto índice glicêmico (McARCLE; KATCH; KATCH, 2001; BACURAU, 2001; HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2008) Pós exercícios Proteína Uma alimentação balanceada é suficiente para suprir a demanda da maioria das pessoas; Hipertrofia não acontece somente as custas de proteína; Fornecimento de energia em exercícios de Endurance Síntese proteica muscular no pós-exercício Proteína Praticantes de atividade física: 0,8 a 1,2 g/kg/dia Endurance: 1,2 a 1,6 g/kg/dia Atletas de Força: 1,4 a 1,8 g/kg/dia AIS 2012; ACSM 2009; SBME 2009 Treinamento de Força Tarnopolsky et al (1992): usando técnicas de balanço nitrogenado e radioisótopos, mostrou que a ingestão proteica adequada para atletas de força está entre 1,4 e 2,4 g/kg/dia. Quando atletas de força consomem 2,4g/kg/dia, a oxidação de aminoácidos aumenta sem nenhum aumento na síntese proteica. Claramente, indica que 2,4g/kg/dia de proteína representa uma sobrecarga para o organismo. 28 Lemon, P.W.R. Effects of exercise on dietary protein requirements. Int. J. Sport. Nutr. 8: 426-447; 1998. Efeitos propostos do aumento da ingestão de proteína na dieta na taxa de síntese de proteína muscular LIPÍDIOS Segunda fonte principal de energia. Necessidades: 15 a 30% do VCT da dieta Menos que 10% de saturados Até 10% monoinsaturados Restante poli-insaturados 29 30 Hidratação http://www.uniagua.org.br/ Desidratação • A sede não é um bom indicador para as necessidades de ingestão de líquidos. • A sede não é perceptível até ocorrer um déficit de até 2% de perda do peso. • Consequentemente o consumo “a vontade” ou voluntário de água durante o exercício no calor resulta em reposição incompleta das perdas de água. Desidratação x exercício • Relações entre a perda de peso percentual em água e o rendimento esportivo: • ⇓ 2% no ritmo de exercício para cada 1% perda do peso • corporal; • ⇓ de cada 1% do peso corporal correlacionado a um aumento de 0,10 a 0,400 C; • ⇓ 4% do peso corporal implica em redução de 18% do volume sanguíneo; • ⇑ 6bpm para cada ⇑ 1% da desidratação. Rev Bras Med Esporte – Vol. 15, No 2 – Mar/Abr, 2009 31 % Desidratação % DH: Peso inicial – Peso final x 100 Peso inicial Rev Bras Med Esporte _ Vol. 12, Nº 6 – Nov/Dez, 2006 Taxa de Sudorese Fleck e Figueira Junior (1997) TS= (Pi kg - Pf kg) – ingestão hídrica durante o treino (L) atividade física (min.) Corredor de maratona: corre 42km em 2,3h Se Pc = 70Kg – 67,10Kg (2,9 kg) em 2,3h – % Vpc = 4,14 % (severamente desidratado) Taxa de sudorese = 2900 ml = 19,33 ml/min 150 min 1140 ml a cada hora 570 ml a cada 30 min 285 ml a cada 15 min ARMSTRONG, S., C. M. MARESH, J. W. CASTELLANI, M. F. BERGERON, and R. W. KENEFICK. Urinary indices of hydration status. International Journal of Sports Nutrition 4:265-279, 1994. Tabela coloração da urina 2 hora antes da atividade física consumir 500 ml de água Estratégias de Hidratação (SBME, 2009) Durante: 150 a 250 ml de água a cada 15-20 minutos Volume depende das taxas de sudorese: 500 a 2000ml/hora Estratégias de Hidratação (SBME, 2009) Após: Ingestão de líquidos deve ser igual ou superior ao peso que se perde. ou 1,5 L para cada quilo perdido Estratégias de Hidratação (SBME, 2009) 32 • SBME (2009) - Atividades prolongadas (mais de 1 hora) ou de elevada intensidade (futebol, basquete, tênis) Repositor hidroeletrolítico para atleta • Servem para melhorar o desempenho, retardar a fadiga muscular, repor sais minerais durante a transpiração, reidrata e mantém glicemia normal. • Concentração sugerida: • CHO: 6 a 8% 6 a 8g em 100 ml de água + 0,05g de sódio. 30 a 40g de cho + 0,25g Na em 500ml de água BEBIDAS ISOTÔNICAS KENNEY W. L. REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS DE ÁGUA E SÓDIO PARA ADULTOS ATIVOS. SPORTS SCIENCE EXCHANGE. GATORADE SPORTS SCIENCE INSTITUTE, V. 17, N. 1, SET/OUT/NOV. 2004. DISPONÍVEL EM: HTTP://WWW.GSSI.COM.BR/. ACESSO EM 23.07.2012. Montagem de um plano alimentar Anamnese / Avaliação de ingestão quantitativa e qualitativa; Rotina do dia (Horários de escola, treinos e alimentação); Av. Física e Objetivo; Avaliação bioquímica; Cálculos das necessidades energética; Transformação de valores em referenciais práticos. http://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&docid=-QheHHCxKjn8nM&tbnid=Z_TdHGVBYoS8LM:&ved=0CAgQjRwwAA&url=http%3A%2F%2Fwww.emagrecer-online.com%2Fprodutos%2Fgold%2F&ei=qzGYUfCpLYPP0gG2tICYCg&psig=AFQjCNGN8yGGxRWkSX2ZYEFur-WYxCKgHA&ust=1369015083775241