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Doenças Exantemáticas 
MARC S4 
As doenças exantemáticas são um grupo de 
doenças infecciosas na pediatria cuja principal 
característica é a erupção cutânea. Embora a 
maioria sejam doenças autolimitadas e benignas, 
algumas podem ser expressões de enfermidades 
mais graves. Tem apresentação clínica semelhante, 
e por isso a história, análise do tipo da lesão e 
investigação dos sinais e sintomas concomitantes 
é essencial para ajudar a inferir qual é o 
diagnóstico. 
Exantemas são caracterizados por eritema agudo, 
rapidamente progressivo, em geral de curta 
duração. Se o eritema está entremeado por áreas 
de pele sã é do tipo morbiliforme e, se for 
difuso euniforme, do tipo escarlatiniforme. 
São comuns na infância e sua etilogia pode ser: 
infecciosa (viral ou bacteriana), por 
hipersensibilidade a medicamentos 
(fármacodermias) ou indeterminada. 
Os exantemas são lesões elementares de pele que 
geralmente se apresentam como: 
-Máculas: Com alteração de cor, plana não 
palpável<1cm. ( Mancha se >1 cm) 
-Pápulas: Pequenas e palpáveis < 1cm (Placa se 
>1cm) 
-Vesículas: Pequenas lesões que contém líquido 
(Bolhas se grandes). 
Segundo o tratado de pediatria da SBP, 6 doenças 
exantemáticas foram denominadas clássicas: 
Sarampo, Rubéola, Eritema Infeccioso, Exantema 
Súbito, Escarlatina e Doença de Filatov-Dukes (que 
não é mais considerada uma doença bem definida). 
No entanto, também existem outras doenças que 
apresentam exantemas, como a varicela, síndrome 
mão-pé-boca, doença de Kawasaki, arboviroses, 
etc. 
Estudos apontam que 65% das crianças que 
apresentam exantema e febre, possuíam um agente 
infeccioso em sua etiologia. Sendo 72% virais. 
(Silva et al ,2012). Diante disso, estudaremos as 
principais doenças exantemáticas da 
 
 
Infância provocadas por vírus. OBS: Mecanismos 
de agressão à pele por agentes infecciosos (que 
geralmente ocorrem simultaneamente): 
 Invasão e multiplicação direta na pele 
 Ação de toxinas 
 Ação imunoalérgica com expressão na pele 
 Dano vascular 
LESÕES ELEMENTARES: 
A Mácula é uma lesão plana, não palpável; 
Pápulas são lesões pequenas perceptíveis ao 
tato que, quando maiores, são chamadas de 
Nódulos; 
Vesículas são pequenas lesões que contêm 
líquido e, quando maiores, são chamadas de 
Bolhas. Quando o líquido é purulento, 
tornam-se Pústulas. 
Placas são lesões planas, mas elevadas, 
perceptíveis ao tato e grandes. 
As lesões podem ter cor eritematosa – que, 
quando desaparece com a vitropressão, é 
decorrente de uma vasodilatação e, quando não, de 
extravasamento de sangue do vaso, sendo, 
então, chamadas de purpúricas –, podem ser 
pequenas, petequiais, ou maiores, 
equimóticas. 
Podem, ainda, ser divididas em morbiliformes, 
quando existem áreas depele sã entre as lesões 
e escarlatiniformes, quando o acometimento é 
difuso. Os exantemas podem ser subdivididos 
segundo o tipo de apresentação e a etiologia 
viral ou outras etiologias. 
Doenças Exantemáticas 
MARC S4 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS EXANTEMAS: 
Exantema maculopapular morbiliforme: 
pequenas maculos-pápulas eritematosas, 
avermelhadas, permeadas por pele sã, podendo 
confluir (os pontinhos se juntam, gerando lesões 
maiores). As máculas são manchas planas na pele e 
as pápulas são um pouco mais elevadas. As 
manchas somem à digito pressão. 
 
Exantema maculopapular urticariforme: 
erupção papulo-eritematosa de contornos 
irregulares, mais frequentes em reações 
medicamentosas, alergias alimentares (urticária). 
São placas mais elevadas, grandes, ficam quentes. 
 
Exantema papulovesicular: presença de pápulas 
e lesões elementares de conteúdo líquido 
(vesícula). A pápula é uma bolinha elevada. 
 
Exantema petequial ou purpúrico: alterações 
vasculares com ou sem distúrbios de coagulação. 
São caracterizados por petéquias, caracterizadas 
por pontinhos vermelhinhos (ex: prova do laço). 
Petéquias não somem a digito pressão. 
 
EXANTEMAS VIRAIS: 
 Doença Mão-Pé-Boca é uma enterovirose 
causada pelo Coxsackie A16, A10 e 
Enterovírus 71, altamente contagiosa, 
incubação de 4-6 dias. 
Pródromo frustro, com febre e mal-
estar, seguido de enantema oral e a 
seguir exantema, caracterizado por 
vesículas em forma de losango - 
achatadas, em regiões palmo-plantares 
com halo eritematoso. Lesões em área de 
fraldas são comuns. 
Fase exantemáticas: Lesões na mão, pé e 
boca 
Diagnostico: historia clinica e exame físico. 
Exames laboratoriais são secundários. 
Tratamento: apenas sintomático 
Prevençaão: Higiene e afastamento de 
outras crianças. 
 
 Exantema pelo Epstein-Barr Vírus 
(EBV). Mononucleose O EBV, da família 
herpesviridae, costumaser inoculado na 
orofaringe e a partir daí atinge os linfócitos 
B. A infecção primária pode ocorrer na 
infância e em geral é assintomática. É 
uma infecção latente, persistente, que dura 
o resto da vida. 
Nome popular: Doença do Beijo 
No adolescente ou no adulto jovem surgem 
as manifestações clínicas da 
mononucleose clássica: febre, fadiga, mal 
estar geral e linfonodomegalia, que 
podem durar algumas semanas ou meses, 
hipertrofia de amígdalas com exsudato 
(faringite) e petequias de orofaringe, além 
da esplenomegalia (pode causar ruptura 
esplênica, tendo que evitar atividades 
físicas). 
Doenças Exantemáticas 
MARC S4 
-Pródromo (1-2 semanas): mal-estar, 
mialgia , cefaléia e uma dor de garganta 
que progride, acompanhada por uma febre 
prolongada (2 semanas), náusea, dores 
abdominais. 
O exantema difuso, maculopapuloso ocorre 
em 90 a 100% dos pacientes com infecção 
pelo EBV, tratados com ampicilina ou 
amoxicilina. 
 
Incubação: 30 – 60 dias 
 
Diagnóstico: 
➔Clínico a partir das características típicas 
apresentadas 
➔Exames complementares: 
-Leucocitose: às custas de linfocitose com 
linfócitos atípicos (10%+) pico na 2ª-
3ªsemana 
-Trombocitopenia 
-Elevação de transaminases (enzimas 
hepáticas) 
-Sorologia para EBV 
-Cultura de material obtido das tonsilas 
(para afastar o diagnóstico de infecção 
bacteriana coexistente) 
Tratamentos: Não há tratamento 
específico, tratam-se os sintomas- 
Antitérmicos 
-Repouso de 3 semanas : o paciente precisa 
evitar a rotura do baço (principal 
complicação) 
Complicações: 
● Rotura Esplênica: 
● Anemia hemolítica 
● Trombocitopenia 
● Obstrução de vias aéreas superiores 
●Meningoencefalite 
●Malignidade de células epiteliais e 
linfóides 
EXANTEMAS BACTERIANOS: 
 Na Síndrome da Pele Escaldada 
Estafilocócica (SSSS) as lesões decorrem 
do efeito de toxinas epidermolíticas do 
S.aureus: ET-A e ET-B. 
Acomete bebês e menores de cinco anos. 
O foco inicial da infecção estafilocócica 
costuma ser a nasofaringe. 
Febre de início abrupto, irritabilidade e 
exantema rapidamente progressivo 
(escarlatiniforme) são característicos. 
Auxiliam no diagnóstico o eritema e a 
descamação periorais, exantema 
acompanhado de microvesículas em áreas 
flexurais e a seguir o desprendimento, 
descamação da pele. 
EXANTEMA URTICARIFORMES: 
 Urticária é caracterizada pela presença de 
placas eritemato-edematosas, que mudam 
de lugar ou desaparecem após alguns 
minutos ou em até 24 horas. Se as lesões 
durarem até seis semanas é chamada 
urticária aguda, e se a duração for maior: 
urticária crônica. Pode ou não estar 
associada ao angio edema. 
Etiologias: infecciosa, comumente viral 
(vírus da hepatite B, EBV, Influenza, 
Adenovírus e Enterovírus), alimentar 
(leite de vaca, ovos, peixes e frutos do mar, 
castanhas,corantes como tartrazina, etc), 
medicamentosa (penicilinas, 
cefalosporinas, sulfas, anti-inflamatórios 
não hormonais, aspirina e ibuprofeno, 
radiocontrastes, etc), por agentes físicos 
como calor e frio, ou indeterminada. O 
quadro clínico é característico, seja 
qual for o agente etiológico. 
 
EXANTEMA MACUPAPULAR: 
 Sarampo 
É uma doença viral altamente contagiosa de 
incidência mundial, sendo de notificação 
compulsória. 
Agente etiológico: Morbillivirus ou 
paramixovírus (família Paramyxoviridae). 
Assim, é uma doença viral aguda. É um vírus de 
RNA- de fita simples envelopado e pleomórfico. 
O nucleocapsídeo livre não é infectante, ou 
seja, o que faz ele ser infectante são os ligantes 
presentes no envelope. Assim, esse vírus 
possui proteínas de superfície que permitem 
sua ligação a células do sistema imune 
(favorece as infecções secundárias- provoca 
Doenças Exantemáticas 
MARC S4 
neutropenia e dificulta o combate a bactérias) 
e células epiteliais (exantema). 
Epidemiologia: Todas as pessoas não 
vacinadas ou que nunca tiveram a doença são 
suscetíveis à infecção. Acomete sobretudo 
crianças de 2-9 anos. Comum nas estações 
primavera e inverno 
Transmissão: através de aerossóis 
respiratórios. Inicia 6-4 dias antes do 
exantema, sendo o período de maior 
transmissibilidade de 2 dias antes a 2 depois 
do surgimento do exantema. 
Período de incubação: 8-12 dias 
OBS: Período de incubação é o intervalo entre 
a data do primeiro contato com o vírus até o 
início dos sintomas da doença. 
Pródromo (antes do exantema-até 5 dias): 
1-2 dias antes do exantema, presença das 
manchas de Koplik (manchas azul-
esbranquiçadas na região interna das 
bochechas, próxima aos molares-sinal 
patognomônico). Além disso, também é comum 
enantema (hiperemia de mucosas - orofaringe 
e bochechas) Febre, tosse intensa e seca, 
coriza, e conjuntivite, com fotofobia, mal-estar 
eprostração intensa. O exantema começa em 3-
5 dias. As manchas de koplik somem nos 2-3 
primeiros dias do exentema 
OBS: Pródromo: tempo, entre os primeiros 
sintomas da doença e o início dos sinais ou 
sintomas, com base nos quais o diagnóstico 
pode ser estabelecido. 
Sintomas: Febre alta (acima de 38,5ºC- pico no 
aparecimento do exantema), tosse, coriza, e 
conjuntivite , com fotofobia, seguidas, após três 
a cinco dias, por um exantema eritematoso 
maculopapular de progressão crânio-caudal, 
começando atrás das orelhas e na linha do 
cabelo e, em seguida, se espalhando para o 
resto do corpo, braços e pernas, de distribuição 
centrípeta, que não poupa região palmo-
plantar, e apresenta maior intensidade no 3º 
dia. A temperatura diminui três a quatro dias 
após o aparecimento. 
do exantema, caso não haja infecção bacteriana 
secundária, a erupção desaparece após 5-6 
dias, exantema torna-se escurecido antes de 
sumir, seguida por uma descoloração 
transitória da pele e descamação fina 
(furfurácea) subsequente. 
Complicações: laringite, às vezes muito 
acentuada, traqueobronquite, pneumonite 
intersticial, cerato conjuntivite, miocardite, 
adenite mesentérica, diarreia com perda 
importante de proteína e panencefalite 
esclerosante subaguda. Otite média é a 
principal complicação bacteriana. Também 
podem suceder sinusite, pneumonia 
bacteriana, púrpura trombocitopênica, 
encefalomielite, reativação de tuberculose 
pela imunodepressão. 
Em crianças menores de 1 ano de idade 
e desnutridas, é causa não desprezível de óbito. 
Em adolescentes e adultos, a gravidade tende a 
ser maior. 
Devem ser considerados, além do sarampo 
clássico, mais duas formas de apresentação: 
o sarampo modificado e o sarampo 
atípico. O primeiro acontece quando o 
vírus acomete pessoas que têm imunidade 
relativa, ou pela aquisição intrauterina de 
anticorpos (portanto, ocorre apenas em 
crianças pequenas), ou por terem tomado 
gamaglobulina. Nesses casos, o tempo de 
incubação é maior, de mais de 3 
semanas, os pródromos são mais leves, 
raramente observa-se mancha de Koplik e o 
exantema também é leve. Já o sarampo 
atípico, que ocorre em crianças que 
previamente tinham tomado vacina de vírus 
morto, é mais grave, com febre alta, cefaleia, 
mialgia, pneumonite grave e derrame pleural. 
O exantema é bastante variável, macular, 
vesicular ou petequial. Esta última forma de 
apresentação do sarampo, apesar de rara, 
é uma preocupação, em decorrência da 
teórica possibilidade de ocorrer se as vacinas 
não forem bem conservadas. 
 
 
Doenças Exantemáticas 
MARC S4 
 
 
Diagnóstico: Sobretudo clínico, a partir de seus 
sinais específicos, mas a confirmação laboratorial é 
fundamental. 
-Sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em 
amostra coletada até 28 dias após o início do 
exantema pode ser usado para confirmar o 
diagnóstico. É válido buscar a detecção de 
imunoglobulinas da classe IgM no sangue na fase 
aguda da doença. Todavia, os anticorpos da classe 
IgG podem, ocasionalmente, aparecer nesta mesma 
fase e permanecem detectáveis ao longo de toda a 
vida. 
Também podem ser feitos testes ainda mais 
específicos, mas em geral não necessários: 
- Isolamento do vírus ou detecção do RNA viral por 
RT-PCR em amostras de urina, sangue, e secreções 
de faringe 
 
Tratamento: Não há tratamento específico para 
sarampo, tratam-se os sintomas. Assim, a 
assistência terapêutica deve incluir: 
oferta abundante de líquidos, com hidratação 
venosa, se necessário; antitérmicos para o controle 
da febre; soro fisiológico para limpeza ocular; e 
tratamento com antimicrobianos nos casos 
acompanhados de infecções secundárias como por 
exemplo Otite Média, pneumonias e conjuntivites. 
A vitamina A apresentou efeitos protetores contra 
a morbidade e mortalidade do sarampo, sendo 
assim recomendada pela OMS a todas as crianças 
com sarampo. 
Profilaxia: A vacina é a única forma de prevenir a 
ocorrência de casos. 
Cuidado- confundível com: rubéola e 
arboviroses. 
 
 Rubéola 
Doença viral altamente contagiosa, geralmente de 
curso benigno. Sendo de notificação compulsória 
Agente etiológico: Rubivirus (família togaviridae) 
É um vírus de RNA + envelopado. As glicoproteínas 
presentes no seu envelope e permite que se liguem 
a células do epitélio respiratório, nas quais se 
replicam e provocam a viremia primária. 
Epidemiologia: sua importância epidemiológica 
está relacionada à síndrome de rubéola congênita 
(SRC)-aborto, natimorto e malformações 
Doenças Exantemáticas 
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congênitas, tais como cardiopatias, catarata e 
surdez. 
Todas as pessoas não vacinadas ou que nunca 
tiveram a doença são suscetíveis à infecção. 
Acomete sobre tudo crianças maiores e 
adolescentes 
Transmissão: Secreções nasofaríngeas, através de 
perdigotos (gotículas de saliva liberadas na tosse e 
espirro) que podem ocorrer por contato direto 
(principal porta de entrada é inalatória) ou por 
objetos contaminados. O período de 
transmissibilidade é de 7 dias antes até 7 dias 
depois do surgimento do exantema. 
Atuação do vírus: O vírus entra no epitélio 
respiratório, chega no sangue (viremia primária) e 
é levado aos órgãos, se replicando no sistema 
reticulo endotelial (macrófagos e outras células de 
defesa difundidos por todos os tecidos) e se 
espelhando para a superfície corporal pelo sangue 
(viremia secundária). 
Período de Incubação: 14-21 dias ( média 17) 
Pródromo (1-2 dias antes do exantema): 
Geralmente ausente em crianças. Em adultos e 
adolescentes apresenta: febre baixa, cefaleia, dores 
generalizadas (artralgias e mialgias), coriza e 
tosse, linfadenopatias (retroauricular, occiptal e 
cervical posterior), dor de garganta, mal-estar, 
anorexiaSintomas: exantema maculopapular e puntiforme 
difuso de progressão craniocaudal, com início na 
face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se 
posteriormente para tronco e membros em 24hrs. 
O exantema some com cerca de 3 dias 
Febre baixa, inflamação da faringe, linfadenopatia 
retroauricular, occiptal e cervical posterior e a 
presença de petéquias no palato mole que recebe o 
nome de manchas de Forschheimer (embora não 
seja patognomônico). Metade dos casos apresenta 
esplenomegalia discreta (segundo a SBP). 
OBS: Leucopenia às custas de neutropenia é 
comum 
OBS: a reinfecção de pessoas que já foram 
infetadas ou vacinadas geralmente é assintomática, 
embora transmitam o vírus 
Diagnóstico: 
- Sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em 
amostra, coletada até 28dias após o início do 
exantema (segundo a SBP, não é possível 
confirmar apenas clinicamente, sendo necessária a 
solicitação do exame laboratorial). Em fase aguda 
da doença identifica-se IgM. 
- RT-PCR em amostras de oro/nasofaringe 
Tratamento: Não tratamento específico. Tratam-
se os sintomas. 
Profilaxia: Vacinação- Tríplice Viral aplicada com 
12 e 15 meses de idade 
Isolamento do infectado até 7 dias após o 
exantema 
Complicações: Complicações em crianças são 
raras, mas cita-se a púrpura trombocitopenica e 
encefalite. 
Cuidado- Confundível com: Sarampo, escarlatina 
e arboviroses. 
 
 
 Varicela: 
Doença viral aguda, altamente contagiosa 
Nome popular: Catapora 
Agente etiológico: Varicela-Zoster (VVZ) 
Doenças Exantemáticas 
MARC S4 
Epidemiologia: mais comum na infância, 
crianças entre 2-8 anos, sendo suscetíveis 
todas as pessoas não vacinadas e/ou que não 
tiveram a doença. Mais frequente no inverno e 
primavera 
Transmissão: através de aerossóis 
respiratórios, gotículas, saliva ou pelo contato 
com o líquido das lesões cutâneas. 
Período de incubação: 2 semanas- 10-21 dias 
(média de 15 dias) 
Pródromo: Geralmente ausente em crianças. 
Em adolescentes e adultos: inicia-se com febre 
baixa, cefaléia, anorexia e vômito 
Sintomas: exantema maculopapular com 
evolução rápida para vesícula e desta para 
crosta, de forma que podemos vê-las 
simultaneamente no paciente; início em tronco 
e progressão rápida para a face e extremidades 
poupando região palmo-plantar. Febre, 
cefaléia, astenia, irritabilidade. 
-O quadro costuma ser benigno, com duração 
de 10 dias, e determinar imunidade duradoura. 
- A doença pode ser mais grave em adultos, 
imunodeprimidos, gestantes ou recém-natos. 
Diagnóstico: Majoritariamente clínico porque 
seu quadro é muito característico. Mas existem 
exames laboratoriais que podem ser feitos, 
porém , geralmente são dispensáveis: 
-PCR no líquido das vesículas 
-Reações sorológicas IgM ou IgG 
Tratamento: tratamento do prurido com 
soluções e cremes tópicos, antialérgicos orais, 
cuidados de higiene para reduzir risco de 
infecções cutâneas secundárias e antibióticos. 
Antivirais sistêmicos podem ser utilizados nos 
casos de maior risco de complicação, ou na 
presença de doença mais grave 
Profilaxia: Vacinação - Aos 15 meses de vida 
tetravalente 
Complicações: 
-Pneumonia pelo próprio vírus 
-Afecção no sistema nervoso 
-Infecções bacterianas cutâneas 
● Na gravidez: 
- Nas primeiras semanas: lesões graves ao feto 
- Primeiro ou segundo trimestre: embriopatia 
 
 
 Eritema Infeccioso: 
Doença viral de evolução benigna. 
Agente etiológico: parvovírus humano B19. 
Tem como célula alvo o eritroblasto (precursor 
do eritrócito/hemácia) do hospedeiro. Dessa 
forma, pessoas com hemoglobinopatias são 
fortemente afetadas pela infecção. 
OBS: esse vírus também é responsável pela 
Síndrome das luvas e meias 
Epidemiologia: Acomete preferencialmente 
crianças de2 a 14 anos (pico aos 7anos) 
Comum no inverno e primavera 
Transmissão: Por via respiratória. A 
transmissibilidade máxima ocorre antes do 
exantema. 
Período de incubação: 4-14 dias 
Pródromo: Em geral ausente, podendo 
apresentar sinais inespecíficos, como febrícula, 
mialgia e cefaleia. 
Sintomas: Início com exantema facial 
maculopapular em regiões malares (face 
esbofeteada), poupa região perioral testa e 
nariz, progredindo, dentro de 4 dias, para 
lesões maculopapulares em membros, no geral 
inicia pela face extensora, de aspecto 
rendilhado, podendo ou não acometer o 
Doenças Exantemáticas 
MARC S4 
tronco, seguindo o desaparecimento do 
exantema (em até 3 semanas). Pode haver 
recorrência da doença pela ação de estímulos 
como o sol, o estresse e variação de 
temperatura. Em geral é afebril, podendo 
ocorrer artralgias e artrites (dor e inflamação 
dearticulações). Os sintomas normalmente são 
mais fortes em adolescentes e adultos, mas 
ainda de progressão benigna. 
Por atingir eritroblastos pode causar anemia 
O hemograma pode apresentar discreta 
leucocitose e eosinofilia. 
Diagnóstico: Sobretudo clínico pela forma 
típica do exantema 
-Sorologia para detecção de anticorpos IgM 
(ensaio imunoenzimático -Elisa) 
Tratamento: Não há um tratamento específico 
ou vacina. Tratamento dos sintomas 
Profilaxia: Não existe 
O isolamento é desnecessário 
Cuidado- Confundível com: Lúpus 
eritematoso 
 
 Exantema Súbito ou Roséola: 
Doença viral de evolução benigna 
Nome popular: roséola infantil 
Agente etiológico: Herpes Vírus humano 6 e7 
Epidemiologia: Ocorre tipicamente na 
infância, 6 meses aos 6 anos, em especial nos 
menores de 2 anos 
Período de Incubação: 5-15 dias 
Transmissão: Secreção oral do portador. 
O período de transmissibilidade é durante a 
viremia, sobretudo no período febril 
Sintomas: Início súbito, febre alta e contínua 
(39º/40ºC), que leva a extrema irritabilidade, 
sendo uma das causas mais comuns de 
convulsão febril. Linfonodomegalia cervical. 
Hiperemia de cavum (nasofaringe) 
Após 3-4 dias de febre, ela cessa abruptamente 
e o exantema surge subitamente, sendo do tipo 
maculopapular, com lesões discretas de 2 a 
3cm de diâmetro, não coalescentes. Em geral, 
acomete inicialmente o tronco e em seguida a 
face, a região cervical e a raíz dos membros, 
sendo de curta duração (24 a 72 horas sem 
descamação ou hiperpigmentação) 
Diagnóstico: 
-Captura de anticorpos Igm e IgG para HHV 
-6(ensaio imunoenzimático-Elisa). 
Tratamento: Suporte aos sintomas e vigilância 
para evitar complicações 
Profilaxia: Não existe vacina. Isolamento 
desnecessário. 
Complicações: 
- Pode acometer o sistema nervoso 
Cuidado- Confundível com: Respostas 
alérgicas (qualquer resposta imune exagerada) 
ou Atopia (resposta imunitária exagerada 
mediada pela IgE) 
 
 
Doenças Exantemáticas 
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 Doença de Kawasaki: 
É uma vasculite febril aguda autolimitada não 
infecciosa, sendo caracterizada como uma 
doença reumatológica que apresenta 
exantema, sendo importante seu diagnóstico 
diferencial frente às demais doenças 
exantemáticas. É uma vasculite da infância que 
acomete os médios vasos 
Etiologia: Embora sua etiologia permaneça 
desconhecida, pesquisas sugerem que a DK 
ocorra por uma resposta imunológica 
aberrante em indivíduos geneticamente 
predispostos(polimorfismos genéticos), 
podendo ser desencadeada por mais de um 
agente infeccioso (dada sua característica 
sazonal variável por região) 
-No Brasil, um estudo realizado em uma coorte 
clínica de 70 pacientes com DK demonstrou 
maior incidência da doença coincidindo com 
períodos de maior incidência das doenças 
infecciosas de maio a junho (início da seca) e 
novembro e dezembro (início das chuvas). 
-Mais comum no inverno nos EUA e no verão 
no japão 
Risco: 
-Irmãos com Kawasaki-10-20 x 
-Pais com Kawasaki-2x 
-Risco de ocorrência em gêmeos é de 13% 
Epidemiologia: Acontece no mundo todo (50-
90/100.000/ano) mas é mais comum em 
asiáticos, pré-escolares (2-4anos, sendo o pico 
de 1,5 a 2 anos) e meninos. De ocorrência 
universal, a DK atinge todas as faixasetárias 
pediátricas, ainda que 85% dos casos ocorram 
em crianças menores de 5 anos. É menos 
frequente em pacientes com menos de 6 meses 
ou mais de 8 anos e, nesses casos, há maior 
risco de formação de aneurismas coronarianos. 
Quadro clínico: Não apresenta pródromo 
- Febre alta por 5 dias ou mais: febre remitente 
(alta e constante), não responde a antibiótico, 
sem tratamento dura até 2 semana 
●Critérios diagnósticos da DK de acordo 
com American Heart Association (AHA-
2004) 
-Exantema polimórfico: em tronco 
maculopapular escarlatiniforme, nunca 
vesicular 
-Linfadenopatia cervical: unilateral, não 
supurativa (não apresenta pus) > 1,5 (mais 
comum nos adultos do que nas crianças com 
DK) 
-Hiperemia Conjuntival: bilateral sem 
exsudato(não parece infeccioso) 
- Alterações orais: pode apresentar língua em 
framboesa, lábios secos e fissurados, 
sangramentos de mucosa. 
-Alterações de Extremidades: na fase aguda 
apresenta edema e eritema de mãos e pés, na 
fase sub-aguda apresenta descamação demãos 
e pés 
● Outras manifestações 
-Reação local de BCG (não é critério 
diagnóstico, mas é comum): no local onde a 
criança tomou a vacina BCG o Kawasaki 
provoca eritema e induração 
-Artrite e artralgia 
-Eritema perineal é frequentemente observado 
na fase aguda, descamando na fase subaguda 
Diagnóstico: 
➔Clínico: Para fechar o diagnóstico clínico é 
necessário que o paciente apresente a febre 
por mais de 5 dias e pelo menos 4 dos critérios 
clínicos apresentados. 
Consideramos kawasaki incompleto caso 
apesar da febre de 5 dias apresente menos do 
que 4 critérios, sendo necessário colher 
exames para fechar o diagnóstico. 
É muito comum em crianças menores de 1 ano.
➔Exames laboratoriais: 
● Leucocitose > 15.000 por neutrofilia com 
desvio à esquerda, ou eosinofilia - Fase Aguda 
● Trombocitose: com pico em 2-3 semanas 
(fase subaguda - aumentando risco de 
trombose), normalizando em6-8semanas (fase 
de convalescencia). 
Doenças Exantemáticas 
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-Na fase aguda tende a estar normal 
● Alteração de lipidograma: elevação dos 
triglicérides e do colesterol e frações- na fase 
sub aguda 
● Elevação de VHS e PCR (provas 
inflamatórias) com duração de 4-6 semanas 
● Queda de hemoglobina: anemia 
● Hiponatremia: redução anormal da 
concentração plasmática de sódio para < 
136mEq/L (< 136 mmol/L) por excesso de 
água em relação ao soluto. 
● Hipoalbuminemia: queda de albumina 
● Elevação de TGO, TGP e GGT (avaliam lesão 
hepática) 
● Piúria Estéril: encontra leucócitos mas a 
cultura é negativa (avalia presença de 
leucócitos na urina) 
● Pleocitose no líquor: com predomínio de 
mononucleares, mas proteína e glicose 
normais 
➔Exames de imagem: 
● Ecocardiograma com Doppler: de alta 
sensibilidade, rápido e não invasivo. Utiliza 
feixes de ultrassom para obter imagens da 
anatomia do coração em tempo real 
Para evitar complicações é fundamental 
solicitar um ecocardiograma com Doppler 
assim que o diagnóstico é feito. Deve ser 
repetido com 2-3 semanas e depois com 6-8 
semanas (caso todos se apresentem normais 
até o terceiro é descartada a possibilidade de 
aneurisma das artérias coronárias, principal 
complicação da DK , caso algum esteja alterado 
são necessários outros exames de avaliação 
cardíaca). Mas é recomendada nos primeiros 
anos pós DK a cada 6 meses e, após, pelo 
menos 1 vez por ano 
● Na radiografia de tórax, pode-se observar 
pneumonite, cisurites e cardiomegalia. 
● O eletrocardiograma pode revelar, em 
alguns casos, arritmias, disfunção miocárdica e 
isquemia 
 
 
Tratamentos: 
● Gamaglobulina - dose única aplicada entre 5- 
10 dias de doença -2 g/kg em infusão única 
durante período variável de 10 a 12 horas - 
reduz rapidamente a febre (36hrs) e demais 
sintomas, reduzindo os marcadores 
inflamatórios em 24-48 hrs. Os mecanismos de 
ação da IGEV (imunoglobulina endovenosa) 
permanecem desconhecidos 
● AAS (Ácido Acetilsalicílico): em doses altas 
(80-100mg/Kg- antiinflamatória) mantidas até 
a redução da febre 
-Caso o paciente responda bem à essa 
combinação, mantém-se o AAS em baixas doses 
(3 a 5 mg/kg/dia- inibidor de agregação 
plaquetária) até normalizar o VHS, PCR e 
trombócitos, o que leva em torno de 6-8 
semanas de tratamento 
-Caso o paciente não responda bem e/ou haja 
intensificação da febre, recorre-se a uma 2ª 
dose de gamaglobulina ou tratamento com 
corticóide intravenoso por 3 dias 
(metilprednisolona) 
 
 
 Escarlatina: 
Doença bacteriana infectocontagiosa aguda 
com manifestações exantemáticas, muito 
comum na infância. Única exantemática 
causada por bactéria. 
Agente etiológico: Streptococcus pyogenes, 
uma bactéria beta hemolítica do Grupo A, 
produtora de toxina eritrogênica. Para gerar o 
quadro clínico da escarlatina é necessário que 
Doenças Exantemáticas 
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essa bactéria esteja infectada por bacteriófagos 
produtores de exotoxinas pirogênicas 
Epidemiologia: Acomete crianças de 2-10 
anos de idade 
Comum no inverno e primavera 
Transmissão: Contato com secreções 
respiratórias. Transmissibilidade de 10-21 dias 
em pacientes não tratados e sem complicações 
Período de incubação: 2-5 dias 
Pródromo:Faringite e tonsilite estreptocócica- 
infecção de via aérea superior 
 
Sintomas: Concomitante ou após 
faringoamigdalite membranosa, apresenta-se 
com febre alta e mal-estar, com cefaléia , dor de 
garganta e dor abdominal podendo ter vômitos 
associados. Após24-48hrs o paciente apresenta 
exantema eritematoso puntiforme 
micropapular (pele áspera como uma lixa), de 
progressão craniocaudal, começa ao redor do 
pescoço, passando para tronco em embros, que 
some à digito pressão, com palidez peribucal e 
eritema nas bochechas (Sinal de Filatov), 
linhas marcadas nas dobras de flexão (Sinal de 
Pastia) e língua em framboesa. O exantema em 
geral desaparece em cerca de 3 dias também 
de forma craniocaudal. Descamação furfurácea 
extensa em mãos e pés (em dedos de luva), 
inicia após uma semana. 
Diagnóstico: Clínico com base em seus sinais 
típicos 
-O diagnóstico laboratorial pode ser realizado 
através de teste rápido (aglutinação de Látex) 
em secreção colhida de orofaringe. Strep test. 
Também pode ser feita sorologia para dosar 
anticorpos antiestreptocócicos 
(antiestreptolisina O- ASLO- ou AntiDNAse B) 
Tratamento: Uso de antibióticos específicos- 
Penicilina benzatina intramuscular de dose 
única (benzetacil) 
-Amoxicilina VO por 10 dias 
Embora a manifestação exantemática seja 
autolimitada é importante matar a bactéria 
para evitar complicações, encurtar o quadro da 
doença e evitar transmissão 
Profilaxia: Não há vacina (doença bacteriana). 
Contactantes portadores devem ser tratados 
 
 Citomegalovírus: 
Etiologia: Herpesvírus tipo 5 (HHV-5) é o 
maior membro da família Herpesviridae, sendo 
altamente espécie-específico e adaptado no 
hospedeiro humano. O CMV infecta uma vez e 
entra em infecção latente em endotélio 
vascular, monócitos e progenitores mielóides, 
podendo ser reativado e causar uma segunda 
infecção, sobretudo em pessoas 
imunodeprimidas (pessoas com AIDS, em 
tratamento de câncer, grávidas) 
Epidemiologia: Amplamente difundido em 
todo o mundo 
Transmissão: Por contato com qualquer tipo 
de secreção infectada, ou por via placentária 
para o feto 
Quadro clínico: Em hospedeiros 
imunocompetentes, a infecção é assintomática 
na vasta maioria dos casos ou, em uma 
pequena proporção, pode cursar com quadro 
semelhante ao da mononucleose infecciosa, 
geralmente de evolução benigna. Todavia, o 
citomegalovírus não promove faringite. Dor 
de cabeça, dor de garganta, febre, 
hepatomegalia, esplenomegalia, púrpura 
concentrada em pernas (exantema), anemia 
hemolítica, pneumonia e até sintomas 
neurológicos. Também pode acarretar o 
mesmo tipo de exantema da mononucleose por 
ampicilina. Sintomas sistêmicos 
predominam e adenopatia ou 
esplenomegalia não são frequentes 
Diagnóstico: PCR, sorotipos IgM e IgG, cultura 
histológica que identifica ascélulas 
citomegálicas com os famosos “olhos de 
coruja” 
EXANTEMA PAPULAR: 
 Síndrome de Gianotti-Crosti 
A síndrome de Gianotti-Crosti, também 
conhecida como acrodermatite papular da 
infância, é uma erupção inespecífica 
Doenças Exantemáticas 
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primariamente associada à infecção pelo 
vírus da hepatite B. Ocorre, em geral, nas 
crianças entre 2 e 6 anos de idade, com 
aparecimento súbito de uma erupção 
monomórfica, eritematopapular, não 
pruriginosa, com pápulas de 1 a 5 mm de 
diâmetro, com o topo achatado e que 
ocupa simetricamente a face, as nádegas e as 
extremidades. 
As lesões permanecem por 15 a 20 dias e 
depois desaparecem, deixando uma 
descamação. Linfonodomegalia axilar e 
linfonodomegalia inguinal podem ser 
notadas por 2 a 3meses durante o curso 
da doença, juntamente com hepatomegalia 
moderada. Nos casos relacionados com o 
vírus da hepatite B, as alterações de 
transaminases começam a aparecer 1 a 2 
semanas após o aparecimento da 
dermatopatia. 
Outros agentes envolvidos nessa síndrome são 
os enterovírus, particularmente o coxsackie A-
16, o vírus Epstein-Barr, o citomegalovírus, o 
vírus da hepatite A, o vírus parainfluenza e o 
estreptococo beta-hemolítico do grupoA. 
Quando a síndrome é causada por esses outros 
agentes, eventualmente as lesões podem ser 
pruriginosas e papulovesiculare se 
acompanhadas de sintomas gerais como febre 
e mal-estar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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