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O que são reações de hipersensibilidades? • Respostas prejudiciais ao organismo, frente a um Ag; • Compreendida como um reflexo de respostas excessivas frente um desafio por Ag Quais são as situações envolvidas nas hipersensibilidades? • Resposta exagerada frente a um Ag externo e que prejudica o tecido do indivíduo acometido; • Respostas imunes voltadas para os autoantígenos, como resultado de problemas/falhas na tolerância e por conseguinte, sendo caracterizada como autoimunidade TIPOS DE HIPERSENSIBILIDADES As reações alérgicas podem ser divididas em reação imediata e reação de fase tardia HIPERSENSIBILIDADE TIPO 1 (Alergia, Anafilaxia ou reação anafilática) A célula dendrítica fagocita o alérgeno - apresenta ao linfócito t - o lin. T desenvolve uma resposta apropriada e induz o linfócito b a produzir IgE; Etapa 2: O IgE que é secretado pelo mastócito vai ativar os mastócitos e os mesmo vão liberar mediadores inflamatórios - com isso ocorre as reações de hipersensibilidade imediata e de fase tardia; Essa hipersensibilidade pode desenvolver púridos até edema de glote, queda da PA; São várias as cascatas de sinalização bioquímica envolvidas na liberação de histamina, mediadores lipídicos e citocinas; Efeitos biológicos dos mediadores de hipersensibilidade imediata: As manifestações clinicas vão depender do tipo de administração do alérgeno, da sua quantidade, uma aplicação endovenosa é quase que instantânea a reação; A reação imediata é cessada por volta de 1 hora após a exposição e a tardia inicia 4 horas principalmente por causa da presença das citocinas que foram liberadas; Correlação clínica: Asma O IgE vai se ligar ao mastócito que vai ser ativado pelo antígeno, o mastócito libera os leucotrienos e citocinas que vão desencadear processos inflamatórios e de broncoconstricção. Os quadrados amarelos são intervenções farmacológicas que podem ser realizadas. Alterações patológicas na asma na fase tardia: A resposta aguda na asma alérgica leva à inflamação crônica mediada porTH2 das vias aéreas O uso de anti-histamínicos e glicocorticoides não evitam futuras reações alérgicas. Teste de alergia: desafio promovido por injeção intradérmica do antígeno/alérgeno em indivíduo que entrou em contato previamente com aquele alérgeno. Exemplos de reações ou doenças alérgicas mediadas por IgE e as respostas: HIPERSENSIBILIDADE TIPO 2: é uma hipersensibilidade citotóxica mediada por anticorpos. A célula alvo tem o antígeno em superfície é reconhecida por anticorpos - facilitando o processo de fagocitose ou ativar o sistema complemento - o sistema complemento pode causar lise da célula alvo; Correlação clínica: reações a transfusão sanguínea - sistema ABO. Por exemplo a pessoa do grupo A tem antígeno (a) e desenvolve anticorpo (Anti-B) com isso ela não pode receber sangue do tipo B. Correlação clínica: eritroblastose fetal (anemia hemolítica do recém-nascido): Ocorre quando o pai é fator + , a mãe - e o bebe Rh (+); A aplicação do IgG anti-D é realizada na mãe em até 72 horas após o parto do primeiro filho, ela recebe o soro do IgG anti-D; Correlação clínica: anemia hemolítica autoimune: Hemácias que tenham um fator Rh em sua superfície, vão ser produzidos autoanticorpo contra essas hemácias, quando esses anticorpos se ligam ao fator Rh eles podem desencadear respostas promovendo fagocitose e destruição das hemácias através do sistema complemento. Correlação clínica: purpura trombocitopenia idiopática: O autoantígeno alvo é uma glicoproteína ) de fibrinogênio GpIIIb:IIIa na membrana plaquetária ou outros auto-Ags de superfície, os autoanticorpos do indivíduo vão reconhecer e atacar; Subtípos clínicos: PTI aguda: acomete crianças após infecções virais e apresentase de modo autolimitante PTI crônica: acomete mulheres entre 20-40 anos Esse tipo de reação ataca as plaquetas e pode desenvolver um quadro hemorrágico por isso a presença dessas equimoses; HIPERSENSIBILIDADE TIPO 3: ela é mediada por imunocomplexo, a ativação do complemento - que reconhece um imunocomplexo, esse imunocomplexo além de ativar o complemento ativa a agregação plaquetária e ativação de macrófagos, neutrófilos e mastócitos. Correlação clínica: LES, a suscetibilidade genética e os gatilhos externos influenciam no desencadeamento dessa doença. Correlação clínica: LES Glomerulonefrite e LES Deposição de imunocomplexo no glomérulo renal. (1) Os complexos induzem a liberação de mediadores vasoativos dos basófilos e plaquetas, que causam (2)a separação das células endoteliais. (3) Ligação de complexos maiores à membrana basal exposta, com complexos menores atravessando para o lado epitelial. (4)Os complexos induzem agregação plaquetária. (5) Neutrófilos atraídos por quimiotaxia liberam o conteúdo dos grânulos na "fagocitose frustrada"para danificar a membrana basal e causar o extravasamento de proteínas séricas. A deposição de complexos é favorecida no capilar glomerular, porque esse é um importante local de filtração e tem alta pressão hidrodinâmica. A deposição é muito reduzida em animais com depleção de plaquetas ou tratados com antagonistas das aminas vasoativas. Fonte: ROITT, et al., 2013. No exame de urina do paciente acometido por essa patologia, identificamos hemácias, proteínas, formação de cristais, hemácias mortas e um odor. Correlação clínica: artrite reumática Fatores que levam à suscetibilidade da AR: *alterações na HLA-DR4 *alterações no Gene PTPN22 que codifica uma fosfatase de tirosina *Agressões ambientais (tabagismo e algumas infecções) que levam à citrulinação de proteínas próprias . ABBAS; LICHTIMAN;PILLAI, 2015 HIPERSENSIBILADE TIPO IV: do tipo tardio. As células Th1 ativam os macrófagos e as células T citotóxicas, enquanto as células Th2 recrutam eosinófilos. ROi, intermediários reativos do oxigênio; NO, óxido nítrico. Fonte: DELVES et al., 2013. Respostas de hipersensibilidades tipo IV: Essas reações são mediadas pelas células T elevam algum tempo para se desenvolver. Elas podem ser agrupadas em três síndromes, de acordo com a via pela qual o antígeno penetra no corpo. Na hipersensibilidade tardia, o antígeno é injetado na pele; na hipersensibilidade de contato, ele é absorvido na pele; e, na enteropatia sensível ao glúten, ele é absorvido pelo intestino. Reação da tuberculina: A infecção ou imunização (vacinação)sensibiliza um indivíduo, e o desafio subsequente com um antígeno do agente infeccioso elicita uma reação de DTH. A reação é manifestada pelo endurecimento com eritema e inchaço no local do desafio, com pico em aproximadamente 48 horas. Teste da reação da tuberculina: * Injeção intradérmica de PPD (derivado proteico purificado) * PPD induz reação de DTH em pacientes previamente infectados ou que tenham entrado em contato com Mycobacterium tubercolosis; * Na clínica, esse teste é realizado para investigar infecção prévia ou ativa de tuberculose. Correlação clínica: inflamação granulomatosa em pacientes com tuberculose a. A, Linfonodo de um paciente com tuberculose contendo granulomas com macrófagos ativados, células gigantes multinucleadas e linfócitos. Em alguns granulomas, pode existir uma área central de necrose. Estudos imuno histoquímicos poderiam identicar os linfócitos como células T. B, Mecanismos de formação do granuloma. Citocinas estão envolvidas na geração de células TH1, ativação de macrófagos e recrutamento de leucócitos. As reações prolongadas desse tipo levam à formação de granulomas. Correlação clínica: reação de contato Correlação clínica: glúten e doença celíaca: Bases moleculares do reconhecimento do glútenpelo sistema imune na doença celíaca. Após a digestão do glúten pelas enzimas digestivas intestinais, a desamidação dos epítopos pela tTG leva à sua ligação à molécula HLA-DQ e à ativação do sistema imune. IFN, interferon; MHC, complexo principal de histocompatibilidade; tTG, transglutaminase tecidual Esse paciente celíaco tem que evitar glúten e o que possa conter glúten.
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