Buscar

Relatório Final Estágio Supervisionado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ALUNO/A: VANESSA DA COSTA PATRICIO RA: 8086745 
CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DAS PARTICIPAÇÕES EM SALA DE AULA 
 ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO (SUPERVISIONADO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE 
 RS 
 
 
Relatório final apresentado ao Claretiano – Centro 
Universitário como requisito obrigatório de Conclusão 
do Componente de Estágio Curricular Obrigatório 
(Supervisionado), do Curso de Graduação em Educação 
Física - Licenciatura. 
Profa/Supervisora (Claretiano):Kelly dos Reis Canavez 
Supervisor/a do local de estágio: Rinaldo Ribeiro Silva 
e Daniel Pires 
Período: de agosto de 2022 a junho de 2023. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem como objetivo relatar e formular uma análise das observações, 
participações e atividades desenvolvidas ao longo do período de Estágio Supervisionado inerente ao 
curso de Graduação em Educação Física – Licenciatura do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, 
o qual teve a finalidade de complementar minha formação docente. O Estágio Supervisionado me 
proporcionou uma experiência acadêmica vivenciada no cotidiano escolar, e me permitiu estabelecer 
relações entre a teoria e a práxis pedagógica. 
Durante o período de estágio nos anos finais do Ensino Fundamental II, vivenciei muitas 
experiências que agregaram meus conhecimentos adquiridos ao longo do período de curso. 
Aprimorei-os ao longo das práticas em sala de aula, e com isso, estabeleceram-se valorosas relações 
de trabalho, entre alguns colegas professores. Com as contribuições destes profissionais, além das 
metodologias empregadas por cada um deles, o pensamento crítico- reflexivo e o hábito da auto 
avaliação, aprendi valores éticos e humanos. Desenvolvi com estes, uma relação de parceria e 
admiração, o que tornou o processo de aprendizagem leve e muito prazeroso, a partir de componentes 
motivacionais, relacionais e didáticos. 
Ao longo do período de estágio no Ensino Médio, me deparei com outra realidade, ao 
acompanhar a rotina de trabalho do professor com adolescentes. O cotidiano foi permeado por 
grandes desafios, tanto relacionados à convivência como também relativos ao desinteresse dos alunos 
pelas aulas de Educação Física, que perderam seu espaço para o uso de aparelhos digitais, resistência 
às práticas corporais, mudanças físicas e psicológicas, a sexualidade e também pelo fato de alguns 
alunos já serem trabalhadores formais ou informais. 
O Estágio Curricular nos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio se consolidam 
como uma grande oportunidade de prática profissional, fortalecendo a minha motivação em aprimorar 
sempre, as habilidades necessárias ao exercício da docência. Ao manter-me motivada, terei condições 
mais favoráveis para estimular a motivação dos estudantes, dirigir e mobilizar as ações com 
entusiasmo. Vigotski (1896- 1934), aponta que a cognição se origina na motivação. Diante disso, mais 
do que transmitir conteúdos devemos motivar nosso alunado, para proporcionar um aprendizado 
significativo. 
 
 
 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Identificações do Local (dados da Escola) 
Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Pedro II – Alvorada/RS 
Responsáveis: Rinaldo Ribeiro Silva e Beatriz Coelho 
Escola Pública 
 
Escola Estadual de Ensino Médio Mário Quintana – CAIC 
Responsável: Daniel Pires 
Escola Pública 
 
2.2 Dados das turmas vivenciadas 
Escola Municipal 
Ensino Fundamental II (8º e 9º anos – Educação Física) 
 
Escola Estadual 
Ensino Médio (1º, 2º e 3º anos – Educação Física) 
 
 
2.3 Atividades Desenvolvidas 
 
 O período de estágio nos anos finais do Ensino Fundamental iniciou-se com minha 
apresentação para as turmas, por parte da professora titular. Desde então, minhas observações 
ocorreram em quadra, onde eram trabalhadas as regras do Handebol: esquema 6X1 e 4X2X1, 
descrição detalhada sobre a formação dos times e explanação sobre suas posições em jogo. Treino 
tático e barreira, jogadas de avanço/ recuo, passada de bola, troca de posições, cobrança de pênaltis, 
posicionamento tático (goleiro, armador, pivô, duplas de laterais esquerdo e direito), tiro de 7 metros, 
desenvolvimento e ritmo de jogo. Após as práticas, as turmas retornavam para a sala de aula, onde 
ocorriam feedbacks sobre o desempenho e reforço do esquema tático. 
Nas aulas que sucedem, eram feitos combinados com a turma em relação ao engajamento nos treinos, 
e eram retomados com os alunos os métodos avaliativos que seriam empregados na prova prática. A 
 
 
recapitulação das regras e troca de posição eram abordadas a cada aula, inclusive em modo infinito. 
A professora também chama a atenção para os alunos faltantes. 
A proposta avaliativa consistiu em uma partida de handebol, onde a mesma seria arbitrada a 
cada gol, por um integrante de uma das equipes. A troca da arbitragem foi feita à critério da 
professora. Ao árbitro cabe a execução das regras do esporte, trabalhadas ao longo do trimestre. Em 
quadra foi realizada a avaliação individual e times, assim como o desempenho do árbitro na partida, 
e sua postura em relação à dinâmica de jogo, esquema tático e aplicação das regras, pontuado 
conforme critérios estabelecidos pela professora. 
Os alunos também seriam avaliados pela participação no Desfile Cívico de 7 de Setembro e mediante 
a entrega de trabalhos, com a temática alusiva ao Dia da Consciência Negra. 
Nos 9º anos, seguem paralelamente, a organização da Comissão de Formatura, votação para 
Professores e Funcionários Homenageados, escolha do Orador por turma e também a convocação dos 
pais/responsáveis para tratar das questões relativas à caixinha de formatura das turmas. 
Ao longo da temática do Handebol, apenas me dispus a observar e auxiliar a professora mediante sua 
solicitação, em se tratando de separar/ organizar materiais, arbitrar ou corrigir algum posicionamento 
incorreto, visto que os alunos estavam em preparação para realizar a prova trimestral de avaliação de 
maneira prática. 
Minhas participações ocorreram quando a modalidade esportiva trabalhada foi o Voleibol. As 
práticas do Vôlei iniciaram com sistema de jogo em rotação simples, onde participei em quadra, 
jogando e demonstrando os movimentos básicos e a movimentação ao longo da dinâmica da partida. 
No início do trimestre que seguiu, foi trabalhado o Voleibol com sistema 5X1 e infiltração, além dos 
movimentos básicos: toque manchete, saque e rotação. Foi organizado um torneio interclasse como 
forma de avaliação, a Copa Dom Pedro, onde os alunos foram avaliados pela participação nos treinos 
e seu engajamento durante a prática do esporte. 
Além destes conteúdos, a Diversidade (enfoque em jogos africanos) e as Danças Africanas. Essa 
temática culminou em uma apresentação à Comunidade Escolar, alusiva ao Dia da Consciência 
Negra, como forma de avaliação. As turmas foram divididas em dois grupos, um deles desenvolveu, 
confeccionou e apresentou os jogos africanos no dia do evento, além de cartazes expositivos que 
compuseram a Mostra Cultural. Enquanto isso, o outro grupo fez a apresentação de dança. A 
professora define o Maculelê como temática, e me deixa a cargo o planejamento e execução desta 
parte do projeto. Ao longo do trimestre, as aulas foram intercaladas entre os treinos de voleibol e os 
ensaios/produção de conteúdo. 
 
 
A partir de então, inicia-se meu período de regência. 
 Diante deste grande desafio, iniciei minhas pesquisas e me apropriei dos conteúdos a serem 
apresentados às turmas. Foram ao todo 32 integrantes entre 8º e 9º anos, que optaram pela dança. 
Através de conteúdos midiáticos, realizei uma aula expositiva com vídeos e músicas transmitidos 
através da lousa digital. Abordei sobre a história do Maculelê e sobre as lendas que o circundam. 
Trata-se de uma luta ritmada, executada com grimas, que contém elementos da capoeira. O ritmo é 
marcado pelo som de tambore das grimas, que devem estar alinhados ao compasso. Num primeiro 
ensaio com as turmas, apresentei os recursos necessários e me surpreendi com a dificuldade de muitos 
alunos em marcar o compasso. Além disso, trouxe um tambor para que os alunos tivessem contato 
com o instrumento, o que gerou uma certa apreensão inclusive por alguns pais, que associaram a 
Dança Africana ao Culto de Matriz Africana. No enfrentamento destes pré-conceitos, realizei 
parcerias com colegas das demais áreas para propagar os conhecimentos acerca das Danças Africanas. 
Isso despertou o interesse e a curiosidade de muitos alunos, que compartilhavam a ideia de que se 
tratava da ritualística de Matriz Africana. Muitos deles, inclusive, manifestaram seu desejo em 
participar. 
Em relação aos integrantes do projeto, além da timidez, os principais obstáculos encontrados 
foram as questões relacionadas à coordenação motora, ritmo, lateralidade e memorização dos passos 
coreográficos. Iniciei com a proposta de uma coreografia mais elaborada, e fui simplificando à 
medida que observava o desenvolvimento da atividade, pois conclui que diante de uma coreografia 
com formação mais simples, os alunos teriam maior segurança em sua execução. Investi em 
movimentos simples de giro e simulação de combate, com formação marcada e ritmada. 
A proposta da caracterização e pintura corporal também foi aceita pelos alunos, e a escola 
disponibilizou os materiais necessários. Ao tratar o Maculelê como uma luta, ao invés de uma dança, 
elevou o interesse dos alunos, que aceitaram a proposta de simular a lenda de Maculelê. 
 O desfecho, após algumas semanas de ensaio, culminou em uma apresentação que marcou a 
vida dos alunos de maneira positiva. Devido ao número de integrantes e o tempo dispensado aos 
ensaios, não foram executados movimentos de elevado padrão técnico, mas sim, um momento de 
superação e orgulho, onde todos foram aclamados pela Comunidade Escolar e membros da Secretaria 
de Educação do município, que prestigiaram o evento. O propósito foi alcançado, no que tange a 
elevação da autoestima, confiança, valorização das habilidades e também da Cultura Negra. 
Finalizando este período incrível, realizamos em parceria com os colegas da área, o torneio interclasse 
– Copa Dom Pedro, com grande participação dos alunos. As turmas foram separadas por ano e 
 
 
divididas por chaves. As modalidades disputadas foram o Lance Livre (Basquete), Embaixadinhas, 
Futsal, Newcon e Voleibol. Com o apoio de todos os professores, nos revezávamos na organização 
das turmas, na arbitragem e houve colegas que organizaram torcidas, vibrando junto com seus alunos 
a cada partida. Ao final, realizamos a cerimônia de Entrega de Medalhas aos campeões de cada 
modalidade e também foi concedida Medalha de Participação a todos os alunos inscritos. Foram dias 
muito intensos, de trabalho árduo e grande aprendizado. 
O período de Estágio no Ensino Médio iniciou-se com a observação das relações entre os 
alunos e professor-aluno. A dinâmica das relações entre as turmas é distinta. 
Os 1º anos são voláteis, turbulentos e conflituosos, tornando o ambiente das aulas extremamente 
extenuante, já que praticamente toda aula se faz necessária uma intervenção, a fim de sanar algum 
conflito entre os alunos. Inclusive, presenciei uma discussão entre professora e aluna, onde a 
supervisão da escola precisou intervir. Conflitos relacionados a sexualidade, namoros e relações 
interpessoais foram observados entre as alunas, enquanto os meninos apresentavam entrosamento, 
porém em pequenos grupos separadamente. Haviam os grupos que se interessavam pelo futebol, 
outros pelo voleibol e outros ficavam simplesmente agrupados envolvidos com aplicativos de 
conversa online, vídeo e pequenas rodas de conversa. 
Nos 2º anos, a dinâmica das relações observadas é oposta. Encontrei uma turma alinhada à 
prática do Voleibol, onde poucos alunos não se interessavam por quaisquer das práticas oferecidas ao 
longo das aulas. Em uma das turmas (T. 210), alguns alunos tinham interesse pelo basquete. A bola 
pertencia a um aluno, que em todas as aulas levava o item para jogar com os colegas, pois não havia 
na escola uma bola disponível (as bolas de basquete, segundo o professor, haviam sido danificadas 
pelos chutes dos alunos). 
Já os 3º anos, possuíam uma apatia proeminente, pouco interagiam entre si e com o professor, 
e tampouco praticavam alguma atividade ao longo das aulas de Educação Física. Permaneciam no 
pátio, em rodas de conversa ou simplesmente vagando pelos espaços em duplas ou trios. 
A abordagem do professor consistia em agrupar os alunos em quadra e entregar-lhes uma bola 
de futebol e outra de vôlei, deixando livre o período das aulas. Quando apresentava alguma proposta, 
a mesma se tratava de alongamento, enfrentando muita resistência dos alunos, que executavam os 
movimentos básicos com alguma dificuldade motora, entre as observadas estão o equilíbrio, a 
lateralidade, e a flexibilidade. Nenhuma outra proposta foi apresentada pelo professor ao longo do 
período de estágio, e o mesmo mostrou-se introspectivo durante a maior parte do período em que 
convivemos durante esta experiência. Apenas nas semanas finais, iniciamos uma relação de trabalho, 
 
 
mas nada concreto em relação a projetos ou planejamento. Em verdade, ele apenas me deu “carta 
branca” caso eu quisesse realizar alguma atividade com os alunos, sem nenhuma sequência didática 
do trabalho que ele desenvolvia, tampouco alguma orientação sobre a organização do trabalho entre 
os professores da área. A meu ver, cada um desenvolvia seu trabalho de forma individual, sem as 
trocas necessárias para desenvolver um trabalho consistente e alinhado. 
Constatando que o contexto deste alunado é imerso na internalização de sentimentos 
negativos, parti do princípio Freudiano da Transferência. Este termo não se restringe apenas ao campo 
da Psicanálise, mas permeia os diversos campos das relações. Freud (1856 – 1939) aponta que uma 
relação de confiança e valorização do conhecimento, da revelação das habilidades e potencialidades 
do outro, só é possível através da afetividade. Becker (1997, 111 – 112) afirma que, para constituir 
uma identificação simbólica é necessário desenvolver no adolescente sua posição discursiva, e assim 
evidenciar que o professor não é apenas um transmissor do conhecimento, mas considera cada aluno 
individualmente. 
Tratei de apresentar-me como estudante, para criar nos alunos um sentimento de identificação. Que 
meu propósito diante da experiência era aprender com cada um deles. Nessa inversão de papéis, cada 
aluno seria meu professor, e desde o início me mostrei atenta e receptiva à suas falas, anseios, 
sentimentos, perspectivas e ideias. 
Com exceção dos alunos do 3º ano, se mostraram receptivos e curiosos, e assim iniciamos nossa 
relação professor – aluno – professor, apenas com transferências positivas e sem enfoque aos 
conflitos. 
Uma prática comum ao Ensino Médio com a bola de vôlei era o “03 corta”, e não o vôlei como 
esporte da escola, praticado em quadra com regras pré-estabelecidas. Após algumas semanas de 
observação, iniciei minha participação com as turmas, jogando com eles. Em relação aos movimentos 
básicos do vôlei, como a manchete, o saque, o toque e o corte, percebi a total falta de técnica e manejo 
com a bola, onde os alunos jogavam pelo simples prazer em atingir o colega. Além disso, a falta de 
empatia e as críticas constantes, intimidavam muitos colegas que se negavam a jogar pelo medo de 
serem subjugados pelos colegas que se consideravam “habilidosos”. O esquema era sempre igual: 
meninos jogavam em parceria para atingir as meninas. 
Ao longo das participações, meu trabalho era incentivar as meninas e estimular sua 
participação e autoestima, deixando claro que estávamos em aprendizado e que tecnicamente os 
meninos não apresentavam um bom desempenho. Com isso,alguns meninos inclusive, optaram por 
não mais jogar ou buscaram os outros meninos pra jogarem futebol. Gradativamente, tratei de corrigir 
 
 
amistosamente os movimentos básicos durante o jogo, inclusive propondo desafios cada vez maiores, 
como por exemplo, o “10 corta”. Dessa maneira o jogo foi ganhando mais adeptos, os alunos 
começaram a adquirir confiança e houve uma grande melhora em relação à autoestima e à persistência 
em aprender uma nova habilidade, já que sempre houve o diálogo sobre o tempo necessário ao 
aprendizado de cada um. 
Em relação à regência levei em consideração a preferência dos alunos, onde a maioria elegia 
o vôlei como sua prática favorita. Pensei em apresentar-lhes o handball e até mesmo o tênis, porém 
na escola não havia os recursos necessários à tais práticas. Apresentei a proposta de jogarmos em 
quadra, para termos uma vivência das dimensões da mesma, da altura da rede e os movimentos de 
rotação inerentes à modalidade. Num primeiro momento houve apreensão por parte de alguns 
meninos, habituados a jogar em um espaço reduzido, equivalente a uma quadra de mini-vôlei sem 
regras. Aliás, a cada partida era iniciada uma discussão diferente, pois empregavam o pouco 
conhecimento das regras no time adversário e não aceitavam quando o adversário fazia o mesmo. 
Percebi uma grande dificuldade de organização, na formação dos times e também na definição das 
posições. Citando o exemplo, alguns meninos queriam apenas sacar alegando que não gostavam de 
jogar na rede. 
Utilizei o mesmo planejamento com todas as turmas as quais fui regente, inclusive, em duas 
turmas, haviam dois alunos com necessidades especiais – os quais participaram ativamente das aulas, 
interagindo com os colegas de maneira satisfatória. Jogando primeiramente num espaço sem a rede, 
mas usando a linha do meio da quadra como demarcador. Numa adaptação do Newcom, apresentei o 
posicionamento em quadra, o movimento de rotação e o passe. Apitando a partida, fui surpreendida 
com a adesão dos alunos a essa nova proposta, sendo necessário o revezamento dos times a cada 5 
pontos marcados. Estimulando a rápida organização dos mesmos, orientei que os times já escolhidos 
se posicionassem ao lado da quadra, para assumirem rapidamente a posição do time perdedor da 
partida. Além das regras previamente explicadas, foi vetada a crítica aos colegas e a atividade ocorreu 
de forma leve e divertida, sendo irrelevante o placar final, já que estavam todos animados em 
participar do jogo. 
A partir daí, realizamos o jogo de vôlei em quadra com rede, o que num primeiro instante 
surpreendeu os alunos pela altura da rede. Cientes da dinâmica e das regras, seguimos no revezamento 
dos times a cada 5 pontos marcados, havendo a necessidade de orientá-los ao executar o movimento 
de rotação. Minha avaliação ocorreu baseada na participação, no esforço de cada um ao tentar 
executar os movimentos e também na superação dos desafios pessoais a que foram expostos. A frase 
 
 
“- Professora, eu não sei jogar” foi substituída pela frase “– Profe, eu quero tentar!”, a tal ponto que, 
cogitaram seguir treinando. O professor, ao longo das atividades desenvolvidas, acompanhava com 
olhar contemplativo, porém sem intervenções ou contribuições. 
 
2.3.2 Proposta de Regência 
 
 PLANO DE AULA 
IDENTIFICAÇÃO 
SÉRIES 8º e 9º anos – Ensino Fundamental 
AULAS 10 TEMPO DE DURAÇÃO 50 MIN. 
COMPONENTE 
CURRICULAR 
 Educação 
Física 
 TURNO MANHÃ 
TEMA Maculelê 
UNIDADE TEMÁTICA Danças 
OBJETIVOS GERAIS • Divulgar a Cultura das danças populares nas 
aulas de Educação Física. 
HABILIDADES (EF35EF09) Experimentar, recriar e fruir danças 
populares do Brasil e do mundo e danças de matriz 
africana e indígena, valorizando e respeitando os 
diferentes sentidos e significados dessas danças em 
suas culturas de origem. 
(EF35EF10) Comparar e identificar os elementos 
constitutivos comuns e diferentes (ritmo, espaço, 
gestos) em danças populares do Brasil e do mundo 
e danças de matriz indígena e africana. 
(EF35EF11) Formular e utilizar estratégias para a 
execução de elementos constitutivos das danças 
populares do Brasil e do mundo, e das danças de 
matriz indígena e africana. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Interpretar e recriar os valores, os sentidos e 
os significados atribuídos às diferentes 
práticas corporais, bem como aos sujeitos que 
delas participam. 
• Reconhecer as práticas corporais como 
elementos constitutivos da identidade cultural 
dos povos e grupos. 
• Pontuar historicamente a cultura da dança 
Maculelê. 
• Ensinar os passos básicos do Maculelê. 
• Dinamizar a dança, oportunizando a 
autonomia do aluno em sua execução 
individual e em grupo. 
• Apresentar a história e cultura do Maculelê. 
• Difundir informações através de vídeos. 
 
 
• Ensinar os movimentos básicos da dança, 
aprimorando as habilidades motoras. 
• Realizar os movimentos corporais de forma 
ritmada. 
• Desenvolver a coordenação motora. 
• Manusear os bastões conforme o ritmo da 
dança. 
• Executar os movimentos básicos da dança. 
• Assimilar e executar a coreografia da dança, 
memorizando a sequência de movimentos. 
 
DESENVOLVIMENTO A atividade será desenvolvida em etapas, 
culminando em uma apresentação à Comunidade 
Escolar, em evento alusivo ao Dia da Consciência 
Negra. Iniciaremos a atividade com uma aula 
expositiva sobre a origem histórica, lendas e mostra 
da dança através de conteúdo digital, disponível no 
link: https://youtu.be/DFV5xxjeTHY. 
Música disponível no link: 
https://youtu.be/I98Ctil7nCg. 
 Na primeira etapa os alunos terão contato com os 
bastões e farão o acompanhamento do compasso. A 
partir daí, serão trabalhados os passos básicos da 
dança, demonstrados pelo professor e reproduzidos 
pelos alunos. Os movimentos de ginga também 
seguirão a mesma metodologia, demonstrados pelo 
professor e repetidos pelos alunos. 
A partir da assimilação serão abordados movimentos 
de giro e movimentos cruzados com bastões, 
seguindo a mesma linha procedimental. 
Serão a partir daí, inseridos elementos coreográficos 
para memorização dos alunos. Definida a 
coreografia, serão ensaiados os movimentos até a 
data da apresentação. 
RECURSOS Pátio ou quadra da escola. 
Bastões de madeira. 
Caixa de som. 
Pendrive contendo músicas – Maculelê. 
Lousa digital. 
AVALIAÇÃO Mediante participação nos ensaios e apresentação. 
 
 
 
 
 
https://youtu.be/DFV5xxjeTHY
https://youtu.be/I98Ctil7nCg
 
 
 PLANO DE AULA 
IDENTIFICAÇÃO 
SÉRIES 1º, 2º e 3º anos – Ensino Médio 
AULAS 03 TEMPO DE DURAÇÃO 50 MIN. 
COMPONENTE 
CURRICULAR 
 Educação 
Física 
 TURNO MANHÃ 
TEMA Voleibol 
UNIDADE TEMÁTICA Esportes 
OBJETIVOS GERAIS • Conhecer, vivenciar e executar os 
fundamentos técnicos toque, saque e 
manchete do voleibol. 
• Vivenciar a prática coletiva do esporte. 
HABILIDADES (EM13LGG503) Vivenciar práticas corporais e 
significa-las em seu projeto de vida, como forma de 
autoconhecimento, autocuidado com o corpo e com 
a saúde, socialização e entretenimento. 
. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Aprimorar as habilidades manipulativas, 
locomotoras e de estabilização através de 
atividades enfatizadas na iniciação ao 
voleibol. 
• Conhecer as principais regras do jogo. 
DESENVOLVIMENTO Alongamento. 
1º momento: Serão praticados os movimentos de 
rotação dentro de quadra, porém sem a rede. A partir 
de então, será explicado como se produz o passe da 
bola, com três toques: recepção, rede e ataque. 
2º momento: será realizado treino técnico dos 
movimentos básicos: toque, saque e manchete. 
3º momento: Com a rede instalada, os alunos irão 
vivenciar uma partida em quadra, aplicando os 
conhecimentos adquiridos. 
 
RECURSOS Quadra da escola 
Rede 
Bola 
Apito 
AVALIAÇÃO Mediante participação nas atividades propostas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3.4. Caracterização do/a professor/a e Supervisão 
 
No Ensino Fundamental, o professorado, com quem tive a oportunidade de estagiarno 
período, forneceram contribuições inestimáveis, sendo estabelecidas relações de confiança e 
valorização mútua de conhecimentos e habilidades. Tornaram-se referências como profissionais com 
seus discursos e discussões, métodos didáticos e pela forma como me acolheram, tornando a Escola 
como extensão do meu próprio lar. A motivação em aprimorar minha prática é elevada, graças ao 
incentivo vindo por parte de meus colegas de profissão, sempre pontuais às críticas e focados em 
elevar meu nível de competência propondo desafios constantemente. Desafios abrem janelas de 
oportunidades, mantendo-se sempre, a empolgação de um estagiário. Sempre prestativos a qualquer 
dúvida e preocupados inclusive, com o andamento do meu curso de graduação, se colocaram à inteira 
disposição para me auxiliar com conselhos e trocas de experiências, ofertando-me parcerias em 
projetos interdisciplinares e atividades extracurriculares. Os professores da área trabalham de maneira 
muito semelhante em relação à entonação potente da voz e ao foco dispensado ao trabalho. Sua 
didática disciplinadora e afetuosa, me inspira a espelhar-me em sua postura e conduta. 
Minha professora responsável, muito conhecida no município, leciona a gerações. Realiza seu 
trabalho com total credibilidade por parte da comunidade escolar, o que pra mim foi motivo de muito 
orgulho. Ela foi professora de muitos pais, dos alunos que hoje estudam na escola. A temática de suas 
aulas, projetos e atividades estão em conformidade com a BNCC e aplicados corretamente conforme 
o plano de ensino da série. Docente das turmas de 8º e 9º anos, aborda a Unidade Temática Esportes, 
e Objetos de Conhecimento com base em um planejamento prévio e seguindo um cronograma, que é 
apresentado aos alunos no início de cada trimestre. A percepção do alunado nos anos finais do ensino 
fundamental, por parte da professora, conforme observado segue um padrão disciplinador. Ela ouve 
e argumenta com os alunos, e considera caso ouça alguma fala relevante. A visão dos alunos conforme 
sua percepção, é simplista e cômoda diante da vida. Por se tratar dos anos finais, ela sempre enfatiza 
as dificuldades do Ensino Médio, como por exemplo, o fato de conciliar trabalho e estudos, como 
ocorre em muitos dos casos. Valoriza o empenho dos pais em proporcionar conforto a seus filhos e 
exige que os alunos também o façam, propondo reflexões acerca da vida adulta e das 
responsabilidades que serão assumidas pelos mesmos daqui a alguns anos. Exige responsabilidade 
com os estudos e empenho em sua área para que atinjam a média final. Ela ministra suas aulas numa 
entonação de voz potente, e exige que seus alunos participem das propostas apresentadas. Em relação 
à sua cultura os alunos são respeitados, e também é exigido respeito entre os colegas, assim como em 
 
 
relação às suas habilidades. A prática esportiva é cobrada dentro do ambiente escolar, e suas práticas 
são trabalhadas mais intensamente à medida que o aluno aprimora as habilidades necessárias à 
modalidade proposta. 
Relativo às suas aulas, a cada trimestre faz uma aula expositiva, apresentando o cronograma 
contendo o planejamento do que será trabalhado: conteúdo teórico, as práticas e avaliações. Realiza 
trabalhos e prova prática, e no caso de recuperação, a prova é teórica. 
O conteúdo a ser trabalhado inicia-se com a apresentação teórica, no caso de alguma modalidade 
esportiva, por exemplo, são apresentadas as dimensões da quadra, posições, movimentos e regras do 
esporte. São realizados treinos técnicos no decorrer de algumas aulas, e enfim a vivência em quadra, 
das dinâmicas da partida. A prova prática ocorre em quadra, com a observação e avaliação prática do 
conteúdo trabalhado ao longo do trimestre e por fim a recuperação ocorre por meio de prova teórica 
São pré-definidos objetivos claros e a professora separa previamente o material necessário. Existem 
espaços dentro da sala de Educação Física, destinados ao material utilizado por cada professor da 
área. E estes, caso necessitem de um material que está sendo usado, compartilham o mesmo material 
na condição de deixar perfeitamente organizado. O processo de correção das tarefas e entrega de 
trabalhos é feita da forma tradicional, com revisão dos cadernos e trabalhos escritos, feitos à mão. O 
retorno aos alunos é feito em sala de aula e quando apresentam nota baixa são convocados os 
responsáveis, durante a entrega das avaliações ao final do trimestre. É utilizado o tradicional quadro 
negro e polígrafos quando se trata de material teórico. Cada sala conta com uma lousa digital com 
internet, que é disponibilizada aos alunos quando são realizados trabalhos de pesquisa em sala de 
aula. Os aplicativos de pesquisas comumente usados são o Google e o Youtube. 
Os períodos de Educação Física são sempre muito aguardados. Os alunos frequentam regularmente 
as aulas, caso contrário a supervisão aciona a família para averiguar por qual razão se justificam as 
faltas. 
Logo após a entrada em sala de aula, a pergunta surge: “– Professora, vamos pro pátio?”. Percebe-se 
uma competição entre os alunos, sobre quem é o mais rápido ou quem tem mais força. Diante dessa 
competitividade são exploradas diversas práticas, adotando a gamificação como estratégia para obter 
maior empenho dos alunos. As dificuldades encontradas remetem à resistência de uma minoria, frente 
à novas propostas. No caso do handebol, por exemplo, houveram alegações de que desconheciam o 
esporte e não tinham interesse. Depois da apresentação da modalidade e das vivências em quadra, 
houve adesão à prática ocorrendo inclusive um torneio interclasse. Conflitos entre a turma ou entre 
 
 
turmas foi pouco observado, e no que se apresentaram, houve uma rápida e definitiva intervenção da 
professora titular, amparada pela Orientação Escolar. 
A professora aponta que, muitas vezes ao convocar os pais para tratar do desempenho do aluno, estes 
não comparecem justificando compromissos de trabalho. Porém, quando há alguma situação 
envolvendo o aluno ou até mesmo uma queixa, os pais imediatamente estão na escola querendo falar 
com a professora. Inclusive eu, fui abordada por uma mãe na saída da escola, buscando saber porque 
sua filha havia ficado abaixo da média. Nesse caso, orientei que procurasse a Supervisão para marcar 
um atendimento com a professora responsável. A aluna citada cursava o 6º ano. 
Pensar sobre o exercício da docência em suas perspectivas teóricas e práticas, dentro do contexto 
social e escolar, leva-me a refletir sobre a responsabilidade que a profissão traz consigo, e seu impacto 
na construção da sociedade do futuro. O ato de educar, como prática social deve ter a intenção de 
transformar. Freire (1996) afirma que somos seres inacabados e em construção, constituídos através 
de experiências sociais, culturais e históricas. Justifica-se assim a importância do professor, já que 
este é o mediador das principais experiências para a formação da criança como ser psicossocial. 
Em relação ao ambiente escolar, possui uma personalidade forte e autônoma com a qual me 
identifico e é exigente em sua tratativa relacionada ao desenvolvimento do Estágio. Devido a essa 
compatibilidade, não tivemos nenhuma questão referente ao relacionamento de trabalho. Vislumbro 
no futuro, uma postura semelhante. Confesso que já adotei alguns bordões e falas, e ao longo das 
aulas me inspirei em sua forma de trabalho. 
A supervisão da escola sempre foi muito atuante no sentido de acompanhar o cumprimento 
dos preceitos pedagógicos a serem seguidos, sugerindo livros e incentivando a realização de cursos 
para utilização dos recursos audiovisuais. Há ampla divulgação de cursos de formação continuada, 
inclusive por parte da própria supervisão através de aplicativos de conversa (grupos no Whatsapp). 
Muito solícita e atuante, sempre presente quando requisitada, busca analisar e sanar situações e 
aspectos que porventurapossam comprometer o bom desempenho ao longo das atividades escolares. 
Articulada aos professores, realiza reuniões semanais, precisamente às quartas-feiras, para que assim 
seja de conhecimento dos docentes todas as atividades e projetos em andamento e vindouros, 
estendendo aos estagiários a oportunidade em participar de tais eventos como integrantes da escola, 
denominados professores como forma de tratamento. Há total assistência pedagógica e metodológica, 
com sugestão de atividades e com objetivos desafiadores, no intuito de estimular o desenvolvimento 
pessoal e profissional, para que a experiência educativa seja efetiva para todos os envolvidos. 
 
 
A supervisão escolar é uma função fundamental e necessária dentro do contexto escolar, pois auxilia 
os professores e apoia também a administração da escola, principalmente no enfrentamento e na 
resolução de problemas. Busca motivar e orientar os professores, integrando-os como unidade em 
busca de objetivos comuns, já que “(...) o supervisor atua como um agente articulador das políticas 
internas e externas da escola” (OLIVEIRA, 2011). Portanto, uma gestão democrática escolar 
necessita da participação de todos os envolvidos e no caso, a supervisão da escola é o elo entre os 
diferentes setores para realização de um trabalho coletivo, visando o êxito educativo e o 
desenvolvimento de um profissional competente. 
Relativo ao Ensino Médio, ocorre justamente o oposto. Meu professor responsável se 
apresentou de forma apática e introspectiva, talvez por sua própria personalidade. Apenas ao final do 
período de estágio começamos a estabelecer conversas informais, com respostas vagas em relação 
aos meus questionamentos. Diante disso, me fiz valer da experiência obtida na escola anterior para 
superar os grandes desafios encontrados nesta outra realidade. Inúmeras vezes refleti sobre minha 
postura e atitudes diante de tais adversidades, empregando meus conhecimentos teóricos em 
princípio, para que pudesse traçar uma aproximação com os alunos e até mesmo com meu colega. 
Essa experiência, tal qual a anterior foi muito importante, pois as realidades conflitantes me 
permitiram a flexibilização necessária, tanto atitudinal quanto cognitiva, para encontrar um modo de 
cumprir de maneira satisfatória o meu trabalho, talvez deixando a cada um dos meus alunos, 
lembranças felizes e aprendizados eficazes, sobretudo de valores morais e humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Com base no relato das experiências, nos conteúdos observados e e nas atividades realizadas, é 
evidente a importância do estágio supervisionado, pois configura a oportunidade de vivenciar o 
cotidiano escolar e seus desafios diários, na construção do conhecimento necessário ao exercício da 
docência. A experiência agrega de forma positiva, mesmo diante das adversidades encontradas, pois 
serve como estímulo ao desenvolvimento das habilidades necessárias para superar as barreiras 
encontradas, partindo dos alunos e por vezes, de alguns colegas de profissão. 
 Percebendo níveis de interesse opostos, entre os alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, 
um dos principais desafios, justamente trata sobre encontrar a motivação necessária, para desconstruir 
e reconstruir uma nova conduta frente aos desafios apresentados e desenvolver estratégias que, de 
maneira progressiva, serão norteadoras da práxis pedagógica. 
A experiência que obtive ao longo do período de estágio foi repleta de significados. Antes mesmo de 
analisar os diversos contextos encontrados, é necessário refletir sobre os atributos necessários para 
tornar-me de fato uma professora. Vislumbrando cada ser humano como único e indissociável, 
preciso incluir-me como integrante deste conjunto, e dessa forma pensar e repensar minhas ações, 
compreendê-las e diante disso, contribuir satisfatoriamente e compartilhar os saberes adquiridos ao 
longo do meu curso de formação. Paulo Freire (1921 – 1997) em seu livro “A Pedagogia da 
Autonomia” aponta que, sem discência não há docência, ou seja, o educador está sempre aprendendo, 
refletindo de maneira crítica suas práticas, aperfeiçoando e colaborando para a formação integral do 
educando, de maneira terna e perseverante, transformando as dificuldades em possibilidades. 
 A vivência real da aplicabilidade de metodologias de ensino em sala de aula e das relações de 
trabalho construídas e constituídas me servem como referencial de postura e conduta, sobre como 
agir e não agir em determinados contextos, visto que não cabe a crítica, e sim a autoavaliação relativa 
às minhas decisões e posições, sendo favoráveis ou contrárias, à proatividade ou inércia diante de 
inúmeros casos analisados ou observados dentro do ambiente escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
Projeto Consciência Negra – Apresentação Dança Maculelê. Disponível em: < 
https://www.facebook.com/reel/859133525220854>. 
Projeto Consciência Negra – Prof. Ana Paula/ participação. Clara Nunes – O 
Canto das Três Raças. Disponível em: < 
https://www.facebook.com/reel/1319040862185541>. 
 
 
 
 
 
https://www.facebook.com/reel/859133525220854
https://www.facebook.com/reel/1319040862185541

Continue navegando