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prevenção do câncer de mama 1

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Saúde da Mulher 
 No brasil é o mais incidente em mulheres, após o 
câncer de pele não melanoma 
 Taxas mais elevadas nas regiões mais 
desenvolvidas (sul e sudeste) e menores na 
região norte 
 2023-2025: estimados 73.610 casos novos da 
doença 
 É a primeira causa de morte por câncer em 
mulheres no Brasil 
 2020: 17.825 óbitos, equivalente a um risco de 
16,47 mortes por 100 mil mulheres 
CARACTERISTICAS DO CÂNCER DE MAMA 
  É uma das lesões malignas mais temidas 
 Evolução lenta, em geral + 10 anos 
 Duplica de tamanho a cada 3-4 meses 
 Pode desenvolver metástase (ossos, pulmões e 
pleura, fígado) 
 Óbito: 3-4 anos após a descoberta do nódulo 
pela palpação 
 Ocorre quando há uma proliferação 
descontrolada de células anormais, que surgem 
em função de alterações genéticas (hereditárias 
ou adquiridas, por exposição a fatores 
ambientais ou fisiológicos) 
 Estas alterações genéticas podem provocar 
mudanças no crescimento celular ou na morte 
celular programada e levar ao surgimento do 
tumor 
 Podem aparecer nos exames de rastreamento 
(ultrassom, mamografia) sem ocasionar sintomas 
ou se apresentar como uma massa palpável na 
região que pode causar caroços, vermelhidão, 
nódulos nas axilas e alterações na forma dos 
mamilos e das mamas 
 Tem 95% de chance de cura se diagnosticada em 
fase inicial. 
HISTÓRIA NATURAL 
  Fase pré-clínica: intervalo entre o surgimento da 
primeira célula maligna e o desenvolvimento do 
tumor até atingir condições de ser 
diagnosticado clinicamente 
 Fase clínica: se inicia a partir deste momento 
 A detecção precoce é uma forte aliada na 
diminuição dos índices de mortalidade 
 Idade > 35 anos 
 Menarca precoce < 12 anos 
 Menopausa tardia > 50 anos 
 Primeira gravidez após os 30 anos 
 Nuliparidade 
 Exposição à radiação ionizante- exames ou 
tratamentos que usam raios- X (mamografia, 
tomografia e radioterapia) 
 Terapia de reposição hormonal 
 Obesidade (pós-menopausa) - alterações 
moleculares que ocorrem no tecido adiposo 
 Ingestão regular de álcool (30g/dia) 
 Sedentarismo 
 História familiar 
FATORES DE RISCO 
 
RISCO MUITO ELEVADO 
  História familiar de: 
• Pelo menos um parente de primeiro 
grau (mãe, irmã ou filha), com 
diagnóstico de CA de mama, abaixo dos 
50 anos de idade 
• Pelo menos um parente de primeiro 
grau (mãe, irmã ou filha) com 
diagnóstico de CA de mama bilateral ou 
CA de ovário, em qualquer faixa etária 
• CA de mama masculino 
 Diagnostico histopatológico de lesão mamária 
proliferativa com atipia (crescimento excessivo 
das células dos ductos ou lóbulos) ou neoplasia 
lobular in situ (proliferação celular atípica 
dentro dos lóbulos mamários) 
PREVENÇÃO 
  Atividade física 
 Aleitamento materno exclusivo 
 Dieta mais saudável e balanceada 
 Exercícios físicos regulares e persistentes 
 Perda de peso 
 Redução do consumo de álcool 
 Ações que promovam acesso à informação e 
ampliem oportunidades para controle do peso 
corporal e prática regular de atividade física 
 Prevenção primária: 
• Controle dos fatores de risco reconhecidos 
• Mastectomia profilática em mulheres com 
risco muito elevado (teste genético) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Detecção precoce: prognóstico favorável quando 
identificado em estágios iniciais (<2 cm) 
 Diagnóstico precoce: 
• Identificação de pessoas com sinais e 
sintomas da doença 
• Acesso rápido e facilitado aos serviços de 
saúde 
 Rastreamento: busca identificar lesões 
sugestivas da doença em uma população sem 
sinais e sintomas (mamografia) 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
  Exame clínico das mamas (ECM) 
 Mamografia 
 Autoexame das mamas (AEM)-> não há evidência 
em diminuição da mortalidade; recomenda-se 
como estratégia complementar 
 Detecção precoce-> diagnóstico precoce-> 
rastreamento-> ECM/ mamografia-> AEM 
 Prevenção primária: controle dos fatores de risco 
passiveis de mudança 
 População-alvo: 
• 40 a 49 anos; 
• 50 a 69 anos; 
• >= 35 anos com risco elevado 
 Periodicidade (respectivamente): 
• ECM anual e, se alterado, mamografia 
• ECM anual e mamografia a cada dois 
anos 
• ECM e mamografia anual 
PARTICIPAÇÃO DA MULHER 
  Fundamental para a detecção precoce 
 Aprender como as mamas aparentam em 
diferentes situações podem ajudar a reconhecer 
o que é normal para ela 
 Sinais de alerta: 
• Nódulo ou espessamento que pareçam 
diferentes do tecido das mamas 
• Mudanças no contorno das mamas 
(retração ou abaulamento) 
• Mudanças no mamilo (retração e desvio) 
• Secreção espontânea pelo mamilo, 
principalmente unilateral: geralmente 
transparente, podendo ser rosada ou 
avermelhada (presença de hemácias) 
 Não confundir com descargas fisiológicas: 
• Secreções produzidas pelas mamas ou 
processos benignos 
• Costumas ser bilaterais, turvas e as vezes 
amareladas ou esverdeadas, exteriorizam 
mediante compressão do mamilo 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
  Nódulo palpável (indolor, duro e irregular) 
 Secreção mamilar (unilateral e espontânea) 
 Retração ou abaulamento 
 Eritema mamário 
 Dor ou inversão, descamação ou ulceração no 
mamilo 
 Edema cutâneo (casca de laranja) 
 Linfonodos axilares palpáveis 
 Procedimento realizado para identificar 
precocemente anormalidades na mama ou 
avaliar sintomas referidos pela paciente 
 Oportunidade para informar a mulher sobre CA 
de mama, sinais de alerta, fatores de risco, 
detecção precoce, composição e variabilidade da 
mama normal 
 Etapas: 
• Inspeção-> estática e dinâmica 
• Palpação-> mamas e cadeira ganglionar 
(axilares e supraclaviculares) 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
  Objetivo: identificar sinais sugestivos de câncer 
(alterações no contorno da mama, ulcerações 
cutâneas ou do complexo areolopapilar) 
 Observar: assimetrias, texturas, circulação 
venosa superficial, abaulamentos, retrações ou 
alterações de pele (hiperemia, edema ou 
ulceração) 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
  Solicitar que a paciente faça manobras e 
observar se evidenciam-se abaulamentos ou 
retrações 
 Palpação dos linfonodos: paciente sentada, 
palpar as cadeias ganglionares supraclaviculares 
e axilares 
 Palpação das mamas: paciente em decúbito 
dorsal, com a mão correspondente a mama a ser 
examinada colocada sob a cabeça. 
• Palpar todos os quadrantes, 
detalhadamente, pesquisando a 
presença de nódulos 
• Pressão leve, média e profunda (circular, 
de dentro para fora e de cima para 
baixo) 
• Dividir o seio em quadrantes-> é mais 
comum o desenvolvimento do CA de 
mama no quadrante superior externo 
(próximo à axila-50%) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUTOEXAME DAS MAMAS 
  Realizar mensalmente 
 Procurar um profissional se encontrar 
anormalidades 
 Pode ser realizado no espelho, deitada ou no 
banho 
EXAMES DE IMAGEM 
  Mamografia: 
• Resultados classificados de acordo com 
o Breast Imaging Reporting and Data 
System (BI-RADS®), do Colégio 
Americano de Radiologia (ACR) e 
traduzido pelo Colégio Brasileiro de 
Radiologia 
• Esse sistema utiliza categorias de 0 a 6 
para descrever os achados do exame e 
prevê recomendações de conduta 
• Com indicação diagnóstica, a 
mamografia deve ser realizada nas 
mulheres com sinais e/ou sintomas de 
câncer de mama (nódulo, espessamento 
e descarga papilar) 
 
 
 
 
 
 
 Ultrassonografia (principais indicações como 
método diagnóstico): 
• Diagnóstico diferencial entre lesões 
sólidas e lesões císticas 
• Alterações no exame físico (lesão 
palpável), no caso de mamografia 
negativa ou inconclusiva 
• Na jovem com lesão palpável 
• Nas alterações do exame clínico no ciclo 
gravídicopuerperal 
• Na doença inflamatória e abscesso 
• No diagnóstico de coleções

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