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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

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A cultura surda possui semelhanças em relação a cultura ouvinte, no entanto, a cultura surda também tem algumas peculiaridades que a caracterizam.
Marque a alternativa correta sobre o conceito de cultura surda.
Por intermédio da cultura, os surdos constituem sua comunidade, valores, crenças, costumes, hábitos e identidade, que são passados de geração para geração, valorizando as experiências visuais e a Libras como meio de comunicação e interação com o outro e com o mundo.
A cultura surda se manifesta como qualquer outra cultura, destacando seus valores, crenças, língua, lutas e conquistas da comunidade, e as transmitindo de geração em geração.

A Libras é a língua utilizada para a comunicação surdo com surdo ou entre surdos e os ouvintes que saibem Língua de Sinais.
Analise as sentenças a seguir e marque a alternativa correta sobre a língua natural dos surdos (Libras).
A Libras é uma língua natural criada pela comunidade surda para se comunicar.
O ponto essencial para a construção da Identidade Surda é usar a língua natural da Comunidade Surda (Libras) na comunicação e na interação com o outro, seguindo as regras e as estruturas gramaticais próprias das línguas de sinais, que conseguem inclusive expressar conceitos abstratos e sem limitações.

Um dos marcos históricos da educação de surdos no Brasil é o decreto que regulamenta a inclusão do ensino da Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular de acordo com a Lei 10.436 de 24 de abril de 2002.
Assinale a alternativa que corresponde ao número desse decreto.
Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005.
O decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005 é primordial para a difusão da LIBRAS no Brasil, pois com ele a comunidade surda e as pessoas com deficiência auditiva têm plenos direitos à educação, à saúde e, principalmente, ao uso do seu idioma como primeira língua.

Na história educacional dos surdos, há registro de diferentes vertentes de metodologias educacionais aplicadas a pessoas com deficiência auditiva.
Marque a alternativa que corresponda à metodologia de ensino para surdos que contempla a prática educacional, que proporciona percepções mentais, cognitivas e visuais e capacidade para analisar os conceitos de modo subjetivo e objetivo em relação às informações recebidas, respeitando as características e regras gramaticais do idioma.
Bilinguismo.
O Bilinguismo é visto como um sistema linguístico de estrutura gesto-visual, com gramática própria e específica, capaz de expressar conceitos complexos, concretos e abstratos. Ainda é capaz de aprimorar e desenvolver mais habilidades para percepções mentais, cognitivas e visuais.

A história da educação de surdos no Brasil iniciou-se com a criação do Instituto de Surdos-Mudos, que hoje é o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
Marque a alternativa correta sobre quais foram os personagens principais da criação do INES.
Eduard Hernest Huet e Dom Pedro II.
Huet e Dom Pedro II criaram o primeiro Instituto Nacional de Educação para surdos no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1857. O instituto começou a funcionar nessa mesma época. Huet propôs as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Aritmética, Geografia, História do Brasil, Escrituração Mercantil, Linguagem Articulada, Doutrina Cristã e Leitura sobre os Lábios.

O Decreto n.º 5.626/2005, em seu Art. 13, postula que o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua deve ser incluído na grade curricular dos cursos de formação de professores que atuarão desde a educação infantil até o ensino superior, assim como nos cursos de licenciatura em Letras com habilitação em Língua Portuguesa. Dessa forma, assinale a alternativa que condiz com o método que é utilizado na educação de surdos para o ensino da Língua de Sinais como primeira língua (L1) e a Língua Portuguesa como segunda (L2).
Bilíngue.
A proposta de ensino bilíngue foca a LIBRAS como língua natural do sujeito surdo e o português como língua adicional. O método Oralista tem como foco apenas estimular a fala na criança surda. Já o método Bimodalista não existe, apenas nos referimos à bimodalidade quando analisamos a troca de código que acontece entre Língua de Sinais com outra língua oral (Tipo, uma tradução/interpretação Português – LIBRAS ou LIBRAS – Português). A Comunicação total representa a metodologia de ensino que fez uso da Língua de Sinais para ensinar o português como L1 para as crianças surdas. A pedagogia surda foca o ensino bilíngue (LIBRAS e Português), mas também se preocupa com questões culturais que fazem parte da comunidade surda e que ajudam a construir a identidade das crianças a partir de uma pedagogia focada no ser surdo.

O estudo linguístico que foi o começo ou o pontapé inicial para que a Língua de Sinais fosse considerada uma língua e não uma linguagem, pertence a qual pesquisador?
William Stokoe.

Diante do pouco conhecimento do frentista e o amplo entendimento da informação é possível afirmar, que o surdo utilizou o sinal icônico, pois esse tipo de sinal representa a realidade, sendo que pessoas que desconhecem a Libras podem compreender as informações passadas por esse sinal.
Qual é esse tipo de sinal? Qual é a justificativa?
Sinal icônico, pois esse tipo de sinal representa a realidade, sendo de fácil entendimento.

Os desenhos que as mãos formam na realização do sinal são chamados de configuração das mãos (CM). Estes podem ser oriundos ou não do alfabeto manual e dos números, sendo realizados por meio da mão predominante.
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
A Libras é uma língua que se fala com as mãos, por isso devem ser articuladas as duas mãos, sendo que a mão predominante terá maior relevância no ato da datilologia.

As afirmacoes l, ll e lll estão corretas.
l- Quando a criança surda é privada do acesso a uma língua que lhe possibilite a interação com familiares e amigos, essa criança não constrói vínculos, importantes para seu desenvolvimento.
ll- Quando os pais tem acesso à língua de sinais, a criança surda tem acesso às tradições e à vida social, tão importante para o desenvolvimento dela, como para o de uma criança ouvinte.
lll- O bilinguismo constitui a filosofia de ensino defendida por todos na comunidade surda.

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Questões resolvidas

A cultura surda possui semelhanças em relação a cultura ouvinte, no entanto, a cultura surda também tem algumas peculiaridades que a caracterizam.
Marque a alternativa correta sobre o conceito de cultura surda.
Por intermédio da cultura, os surdos constituem sua comunidade, valores, crenças, costumes, hábitos e identidade, que são passados de geração para geração, valorizando as experiências visuais e a Libras como meio de comunicação e interação com o outro e com o mundo.
A cultura surda se manifesta como qualquer outra cultura, destacando seus valores, crenças, língua, lutas e conquistas da comunidade, e as transmitindo de geração em geração.

A Libras é a língua utilizada para a comunicação surdo com surdo ou entre surdos e os ouvintes que saibem Língua de Sinais.
Analise as sentenças a seguir e marque a alternativa correta sobre a língua natural dos surdos (Libras).
A Libras é uma língua natural criada pela comunidade surda para se comunicar.
O ponto essencial para a construção da Identidade Surda é usar a língua natural da Comunidade Surda (Libras) na comunicação e na interação com o outro, seguindo as regras e as estruturas gramaticais próprias das línguas de sinais, que conseguem inclusive expressar conceitos abstratos e sem limitações.

Um dos marcos históricos da educação de surdos no Brasil é o decreto que regulamenta a inclusão do ensino da Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular de acordo com a Lei 10.436 de 24 de abril de 2002.
Assinale a alternativa que corresponde ao número desse decreto.
Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005.
O decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005 é primordial para a difusão da LIBRAS no Brasil, pois com ele a comunidade surda e as pessoas com deficiência auditiva têm plenos direitos à educação, à saúde e, principalmente, ao uso do seu idioma como primeira língua.

Na história educacional dos surdos, há registro de diferentes vertentes de metodologias educacionais aplicadas a pessoas com deficiência auditiva.
Marque a alternativa que corresponda à metodologia de ensino para surdos que contempla a prática educacional, que proporciona percepções mentais, cognitivas e visuais e capacidade para analisar os conceitos de modo subjetivo e objetivo em relação às informações recebidas, respeitando as características e regras gramaticais do idioma.
Bilinguismo.
O Bilinguismo é visto como um sistema linguístico de estrutura gesto-visual, com gramática própria e específica, capaz de expressar conceitos complexos, concretos e abstratos. Ainda é capaz de aprimorar e desenvolver mais habilidades para percepções mentais, cognitivas e visuais.

A história da educação de surdos no Brasil iniciou-se com a criação do Instituto de Surdos-Mudos, que hoje é o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
Marque a alternativa correta sobre quais foram os personagens principais da criação do INES.
Eduard Hernest Huet e Dom Pedro II.
Huet e Dom Pedro II criaram o primeiro Instituto Nacional de Educação para surdos no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1857. O instituto começou a funcionar nessa mesma época. Huet propôs as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Aritmética, Geografia, História do Brasil, Escrituração Mercantil, Linguagem Articulada, Doutrina Cristã e Leitura sobre os Lábios.

O Decreto n.º 5.626/2005, em seu Art. 13, postula que o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua deve ser incluído na grade curricular dos cursos de formação de professores que atuarão desde a educação infantil até o ensino superior, assim como nos cursos de licenciatura em Letras com habilitação em Língua Portuguesa. Dessa forma, assinale a alternativa que condiz com o método que é utilizado na educação de surdos para o ensino da Língua de Sinais como primeira língua (L1) e a Língua Portuguesa como segunda (L2).
Bilíngue.
A proposta de ensino bilíngue foca a LIBRAS como língua natural do sujeito surdo e o português como língua adicional. O método Oralista tem como foco apenas estimular a fala na criança surda. Já o método Bimodalista não existe, apenas nos referimos à bimodalidade quando analisamos a troca de código que acontece entre Língua de Sinais com outra língua oral (Tipo, uma tradução/interpretação Português – LIBRAS ou LIBRAS – Português). A Comunicação total representa a metodologia de ensino que fez uso da Língua de Sinais para ensinar o português como L1 para as crianças surdas. A pedagogia surda foca o ensino bilíngue (LIBRAS e Português), mas também se preocupa com questões culturais que fazem parte da comunidade surda e que ajudam a construir a identidade das crianças a partir de uma pedagogia focada no ser surdo.

O estudo linguístico que foi o começo ou o pontapé inicial para que a Língua de Sinais fosse considerada uma língua e não uma linguagem, pertence a qual pesquisador?
William Stokoe.

Diante do pouco conhecimento do frentista e o amplo entendimento da informação é possível afirmar, que o surdo utilizou o sinal icônico, pois esse tipo de sinal representa a realidade, sendo que pessoas que desconhecem a Libras podem compreender as informações passadas por esse sinal.
Qual é esse tipo de sinal? Qual é a justificativa?
Sinal icônico, pois esse tipo de sinal representa a realidade, sendo de fácil entendimento.

Os desenhos que as mãos formam na realização do sinal são chamados de configuração das mãos (CM). Estes podem ser oriundos ou não do alfabeto manual e dos números, sendo realizados por meio da mão predominante.
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
A Libras é uma língua que se fala com as mãos, por isso devem ser articuladas as duas mãos, sendo que a mão predominante terá maior relevância no ato da datilologia.

As afirmacoes l, ll e lll estão corretas.
l- Quando a criança surda é privada do acesso a uma língua que lhe possibilite a interação com familiares e amigos, essa criança não constrói vínculos, importantes para seu desenvolvimento.
ll- Quando os pais tem acesso à língua de sinais, a criança surda tem acesso às tradições e à vida social, tão importante para o desenvolvimento dela, como para o de uma criança ouvinte.
lll- O bilinguismo constitui a filosofia de ensino defendida por todos na comunidade surda.

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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS (2023PER1)
1.1 Padrão de resposta esperado
Primeiramente, o surdo não necessita ser oralizado para se integrar à sociedade nem para conseguir sobreviver, pois existem alternativas a essa opção de transformar o sujeito surdo em um sujeito ouvinte. A oralização é uma opção que pode ser trabalhada no sujeito com o auxílio de um profissional fonoaudiólogo. Entretanto, não é um fator que impeça meu irmão de viver em sociedade. Ele tem como se fazer entender por meio da língua de sinais e, quando isso não é possível, ele usa o português escrito. Isso significa que ele não necessita oralizar para se comunicar e se fazer entender.
Aprender a oralizar, para uma pessoa surda, analisando o contexto histórico, é sinônimo de privação linguística e frustração, pois a língua de sinais é deixada de lado na maioria dos tratamentos. Alguns surdos chegam a adotar um discurso mais extremista sobre a oralidade, dizendo que surdo que é surdo de verdade não pode ser oralizado. Eu não concordo com essa visão extremista, pois acredito que a oralidade pode ser mais uma alternativa de comunicação para o sujeito surdo, desde que a língua de sinais não seja excluída no processo de ensino da oralidade. Tudo que circula os extremos é ruim, mas é esse posicionamento que nos dá um bom exemplo de identidade surda militante, a qual busca o reconhecimento da comunidade, da cultura e da identidade surda pelos sujeitos surdos.
Quanto ao uso do aparelho auditivo ou no caso do não uso dele, é uma questão de escolha. Nesse ponto, é importante lembrar que muitos dos elementos que compõem a cultura surda podem ou não ser aderidos à identidade do sujeito surdo. Seria parecido dizer que o Brasil é o país do futebol, e eu dizer que não sou fã desse esporte. Todos vão me questionar "mas como você não gosta de futebol?". Pois é, no caso do aparelho auditivo é igual, embora ele faça parte da cultura surda e seja uma constante em muitos casos, funcionando como um auxílio no processo de comunicação, ainda assim ele pode ser ignorado pelo sujeito surdo que se sente melhor sem ele.
Meu irmão, ao se identificar com a cultura e com a comunidade surda, fez com que assumisse sua identidade como sujeito surdo e, a escolha de não usar o aparelho auditivo é algo natural. Também poderia ter sido o contrário, ele teria escolhido usar o aparelho auditivo, fazer tratamento com um fonoaudiólogo, ser oralizado ou ter feito o implante coclear. Isto é, é tudo uma questão de escolha (você nasce surdo ou fica surdo, mas a decisão de se integrar à comunidade e à cultura surda, se assumindo como sujeito surdo é totalmente subjetiva, ou seja, só depende da pessoa querer ou não). A questão do implante coclear vai na mesma linha de raciocínio. Não havia motivo para fazer a cirurgia se sua identidade não é de uma pessoa ouvinte, e sim de uma pessoa surda a qual percebe o mundo visualmente, que está sempre em contato com a comunidade surda e se aceita assim como é, sendo muito feliz usando língua de sinais e não usando aparelho auditivo.
1. O pertencimento a um grupo é de grande importância para o pleno viver de um indivíduo surdo.
Selecione a alternativa que apresenta corretamente o conceito de comunidade surda.
Um lugar onde convivem surdos e ouvintes conversando, interagindo e discutindo sobre diversos assuntos por intermédio da Libras. Sendo assim, as comunidades surdas são os locais onde ocorre a interação com outros surdos e com ouvintes que ali frequentam, recriando-se as identidades surdas, as narrativas pessoais, os marcadores culturais, as lutas e os discursos que permeiam os grupos surdos.
As comunidades surdas acolhem também pessoas que não são surdas, como familiares, intérpretes e pessoas interessadas na comunidade e na cultura surda, ou seja, que possuem os mesmos objetivos.
2. A cultura surda possui semelhanças em relação a cultura ouvinte, no entanto, a cultura surda também tem algumas peculiaridades que a caracterizam. Marque a alternativa correta sobre o conceito de cultura surda.
Por intermédio da cultura, os surdos constituem sua comunidade, valores, crenças, costumes, hábitos e identidade, que são passados de geração para geração, valorizando as experiências visuais e a Libras como meio de comunicação e interação com o outro e com o mundo.
A cultura surda se manifesta como qualquer outra cultura, destacando seus valores, crenças, língua, lutas e conquistas da comunidade, e as transmitindo de geração em geração.
3. Assinale a alternativa correta sobre a identidade surda.
O fator cultural está estritamente ligado à construção da identidade surda, isto é, o sujeito precisa ter contato e conhecer a comunidade e sua cultura para, então, poder tomar a decisão de se integrar a ela (assumindo sua identidade como surdo) ou não.
O sujeito surdo tem de vivenciar a cultura surda e interagir com outros surdos para poder construir a sua própria identidade surda.
4. A Libras é a língua utilizada para a comunicação surdo com surdo ou entre surdos e os ouvintes que saibem Língua de Sinais. Analise as sentenças a seguir e marque a alternativa correta sobre a língua natural dos surdos (Libras).
A Libras é uma língua natural criada pela comunidade surda para se comunicar.
O ponto essencial para a construção da Identidade Surda é usar a língua natural da Comunidade Surda (Libras) na comunicação e na interação com o outro, seguindo as regras e as estruturas gramaticais próprias das línguas de sinas, que conseguem inclusive expressar conceitos abstratos e sem limitações.
5. Dos itens apresentados a seguir, qual deles se adapta aos fatores de constituição da identidade surda?
Usar a língua da comunidade surda, importar-se com a busca por direitos e conquistas que beneficiem a comunidade e fortaleçam a cultura surda. Mas não basta usar a língua natural da comunidade surda e se importar com a manutenção da cultura, é essencial também se considerar um integrante dela e ter orgulho de ser surdo.
No desenvolvimento da identidade surda, é importante saber de onde vem o sujeito surdo, qual a sua trajetória, lutas e conquistas, seus conhecimentos de vida e de mundo, para que, assim, ele possa assumir a sua identidade surda, partindo de suas experiências visuais e da sua língua natural e podendo assim se enxergar dentro da sociedade. Infelizmente, em alguns casos, a transição da cultura ouvinte para a cultura surda não é nada tranquila, visto que a pressão de familiares é muito grande.
1.2 Padrão de resposta esperado
Sendo professor, deverei lembrar de incluir esse aluno em todas as atividades propostas em sala de aula, inclusive na interação com os colegas para que se efetive a aprendizagem do aluno de forma acessível e completa. 
Levarei em consideração a necessidade de trabalhar de forma diferenciada, pois o aluno possui uma língua diferente e sua percepção é viso-espacial; portanto precisarei adaptar a sala de aula, colocar o aluno em frente, nas primeiras classes, preparar os colegas para receber o novo colega surdo, adaptar as atividades para conteúdos mais visuais e utilizar, de preferência, a LIBRAS, para facilitar o conhecimento e desenvolvimento das atividades propostas.
1. Um dos marcos históricos da educação de surdos no Brasil é o decreto _________________ que regulamenta a inclusão do ensino da Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular de acordo com a Lei 10.436 de 24 de abril de 2002. Esse decreto garante os seguintes itens: formação de professores surdos e bilíngues; formação do profissional intérprete de libras; garante a difusão da LIBRAS e da língua portuguesa como direito de educação para os surdos; e ainda garante o acesso à saúde pelo uso da Língua Brasileira de Sinais tanto de surdos como de pessoas com deficiência auditiva. Assinale a alternativa que corresponde ao número desse decreto.
Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005.
O decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005 é primordial para a difusão da LIBRAS no Brasil, pois com ele a comunidade surda e as pessoas com deficiência auditiva têm plenosdireitos à educação, à saúde e, principalmente, ao uso do seu idioma como primeira língua.
2. Na história educacional dos surdos, há registro de diferentes vertentes de metodologias educacionais aplicadas a pessoas com deficiência auditiva. A trajetória histórica dos surdos foi difícil, sofrida e com muitos percalços. Até chegar à metodologia atual para a educação de surdos, eles foram proibidos de sinalizar e usar suas mãos para se comunicarem.Com isso em mente, marque a alternativa que corresponda à metodologia de ensino para surdos que contempla a prática educacional, que proporciona percepções mentais, cognitivas e visuais e capacidade para analisar os conceitos de modo subjetivo e objetivo em relação às informações recebidas, respeitando as caraterísticas e regras gramaticais do idioma, conforme nos aponta Quadros em seu livro: Educação de Surdos: A aquisição da linguagem p. 29 a 33.
Bilinguismo.
O Bilinguismo é visto como um sistema linguístico de estrutura gesto-visual, com gramática própria e específica, capaz de expressar conceitos complexos, concretos e abstratos. Ainda é capaz de aprimorar e desenvolver mais habilidades para percepções mentais, cognitivas e visuais.
3. Sabe-se que, na trajetória educacional no Brasil e no mundo, a influência da igreja teve uma forte presença. Sendo assim, não foi diferente na educação de surdos. Há fatos que comprovam que frades, monges e padres entre os séculos XVI, XVII e XVIII tiveram um grande papel no processo educativo de surdos e pessoas com deficiência auditiva. Devido ao preconceito e desinformação da época sobre as pessoas com deficiência auditiva e suas capacidades, eles eram considerados incapazes de aprender e desprovidos da capacidade de pensar. Assim sendo, o clero tinha o intuito de "salvar" ou curar a alma dessas pessoas. Para isso, eles queriam adaptar os surdos à sociedade, de acordo com Salles (2004. p. 50). Assinale a alternativa que corresponde corretamente à prática de intervenção usada pelos frades, monges e padres no período do século XVI, XVII e XVIII.
Integração.
Nesse período histórico, as pessoas com deficiência auditiva começaram a se integrar socialmente, graças ao trabalho árduo dos frades, monges e padres da época, proporcionando oportunidade de trabalho e educação para os surdos.
4. A educação de surdos, de acordo com Quadros, 1997, p. 21, passou por três fases, sendo que a última faz parte de um processo de transição. Nas alternativas a seguir, assinale a alternativa que corresponde a elas na ordem que aconteceram.
A educação de surdos iniciou-se com oralismo, bimodalismo e bilinguismo.
É apresentado primeiro a proposta oralista, em seguida a bimodal e a última, de transição, o bilinguismo.
5. A história da educação de surdos no Brasil iniciou-se com a criação do Instituto de Surdos-Mudos, que hoje é o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). A criação do INES contou com dois grandes personagens, no Brasil. Marque a alternativa correta sobre quais foram os personagens principais da criação do INES.
Eduard Hernest Huet e Dom Pedro II.
Huet e Dom Pedro II criaram o primeiro Instituto Nacional de Educação para surdos no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1857. O instituto começou a funcionar nessa mesma época. Huet propôs as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Aritmética, Geografia, História do Brasil, Escrituração Mercantil, Linguagem Articulada, Doutrina Cristã e Leitura sobre os Lábios.
2.1 Padrão de resposta esperado
Nunca parei para pensar nisso e certamente me sentiria segregado, pois não domino esse idioma. Sei muito bem que, se algo assim fosse feito, seria uma decisão que pouco afetaria as famílias de classe alta, visto que, tradicionalmente eles aprendem esse idioma desde cedo. Ou seja, para eles a mudança seria mais tranquila.
Agora, se analisarmos o restante da população, a maior parte dela não tem a menor noção do idioma, e eu me incluo nesse caso, por isso me sentiria discriminado. Imagino-me entrando em qualquer estabelecimento (cinema, loja, restaurante, etc.) e tudo está escrito em inglês, inclusive os atendentes estão falando em inglês comigo. Eu me sentiria muito mal, pois minha língua natural é o português e não o inglês (faltaria acessibilidade comunicacional), do contrário eu seria excluído socialmente e vários outros integrantes da população mais pobre também.
Nesse contexto, percebo que minha situação seria muito parecida com a experiência vivida todos os dias por pessoas surdas, só que eu apenas estou supondo esse cenário, já o sujeito surdo vive isso diariamente na pele (não é apenas uma suposição). Realmente, se o presidente fizesse isso, eu me sentiria extremamente mal e excluído da sociedade.
1. O Decreto n.º 5.626/2005, em seu Art. 13, postula que o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua deve ser incluído na grade curricular dos cursos de formação de professores que atuarão desde a educação infantil até o ensino superior, assim como nos cursos de licenciatura em Letras com habilitação em Língua Portuguesa. Dessa forma, assinale a alternativa que condiz com o método que é utilizado na educação de surdos para o ensino da Língua de Sinais como primeira língua (L1) e a Língua Portuguesa como segunda (L2).
Bilíngue.
A proposta de ensino bilíngue foca a LIBRAS como língua natural do sujeito surdo e o português como língua adicional. O método Oralista tem como foco apenas estimular a fala na criança surda. Já o método Bimodalista não existe, apenas nos referimos à bimodalidade quando analisamos a troca de código que acontece entre Língua de Sinais com outra língua oral (Tipo, uma tradução/interpretação Português – LIBRAS ou LIBRAS – Português). A Comunicação total representa a metodologia de ensino que fez uso da Língua de Sinais para ensinar o português como L1 para as crianças surdas. A pedagogia surda foca o ensino bilíngue (LIBRAS e Português), mas também se preocupa com questões culturais que fazem parte da comunidade surda e que ajudam a construir a identidade das crianças a partir de uma pedagogia focada no ser surdo.
2. Na Lei n.º10.436/2002, em seu Art. 1º, diz o seguinte: É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS – e outros recursos de expressão a ela associados. Que recursos seriam esses?
SignWriting.
A leitura labial não é considerada como um recurso associado a LIBRAS, embora possa ser utilizada como uma estratégia para facilitar a comunicação do sujeito surdo. O uso de aparelho auditivo, assim como a leitura labial, é considerado como uma estratégia para facilitar a comunicação e, ambas, estão atreladas ao português falado. A terapia da fala tem total associação à comunicação falada, e não à LIBRAS, pois visa construir um surdo que oralize. O português escrito tem relação direta com a Língua Portuguesa oral, entretanto ele também pertence à LIBRAS quando precisamos fazer empréstimos linguísticos de palavras. Contudo, apesar dessa relação existente, não podemos associar o português escrito como um recurso de expressão sob o domínio da LIBRAS, visto que ele também está ligado à língua oral. O SignWriting é um recurso de expressão associado somente à LIBRAS e à sua modalidade gesto-visual ímpar.
3. A Língua de Sinais foi oferecida pela primeira vez na modalidade em vídeo, no Exame Nacional de Ensino Médio – ENEM – do ano de 2017. Que vantagem essa conquista tem para o sujeito surdo?
Possibilita que o sujeito surdo consiga assistir às questões da prova sinalizadas em LIBRAS, que seguem o mesmo padrão de qualidade para todos os candidatos surdos que optarem pelo recurso em vídeo.
O fato de usar o recurso da prova em vídeo não significa necessariamente que o candidato terá mais tempo para fazer a prova (cada pessoa tem o seu ritmo). O candidato pode assistir à pergunta quantas vezes desejar, assim como, um candidato ouvinte que pode ler a questão inúmeras vezes. A opção de assistir à prova em vídeo não permite que o candidato surdo interaja com a pessoa do vídeo, visto que se trata de uma gravação (a únicacoisa que ele pode fazer é voltar e assisti-la novamente). Não é possível que a prova de redação seja sinalizada por meio de vídeo, pois a prova é “em Língua Portuguesa”, e o intuito dela ser realizada na modalidade escrita é exclusivamente para testar o nível de proficiência do candidato, o que não seria possível se ele gravasse um vídeo. Uma das maiores vantagens dessa acessibilidade durante a realização da prova é poder oferecer ao candidato surdo uma sinalização de excelência que não gere ambiguidades por ter sido sinalizada de um jeito da primeira vez e depois de outra forma da segunda vez.
4. O que significa corpus e por que ele é tão importante para a LIBRAS?
Representa todas palavras de uma língua. Ou seja, quanto mais palavras existirem dentro de diferentes áreas de conhecimento humano, melhor e mais forte será a língua. Para a LIBRAS, quanto mais corpus for gerado melhor, pois ela está em um estágio em que a quantidade de sinais existentes é pouca se comparada a outras línguas orais.
O reconhecimento de um idioma perante a sociedade ocorre por meio de status linguístico, que é conquistado ou aceito naturalmente pelo uso de uma língua ou pela lei que oficializa o uso. O corpus representa todos os vocábulos de uma língua. Ou seja, quanto mais ela produz novos vocábulos, maiores são as chances de ela conquistar mais status diante da comunidade. Por mais que a LIBRAS seja uma língua amplamente utilizada pela comunidade surda e que, muito em breve, aumente consideravelmente seu corpus linguístico, ainda assim, não será possível ela se tornar uma das línguas oficiais do nosso país, a não ser que a Constituição Federal de 1988 seja alterada. Nesse contexto, o objetivo da comunidade surda é que o maior número de pessoas aprenda LIBRAS, contudo seria muito difícil que isso acontecesse (com ou sem lei), pois isso geraria margem para outras línguas pedirem o mesmo (as diversas tribos indígenas que vivem no país poderiam fazer a mesma reivindicação). Perceba que a criação de mais corpus é essencial para uma língua ser mais reconhecida. No caso da LIBRAS, sua força está no movimento surdo e na sua comunidade, porém a falta de corpus em determinadas áreas do saber é uma carência a ser diminuída com o tempo.
5. O estudo linguístico que foi o começo ou o pontapé inicial para que a Língua de Sinais fosse considerada uma língua e não uma linguagem, pertence a qual pesquisador?
William Stokoe.
Ponce de Léon foi um dos primeiros professores para surdos do século XVII, e sua metodologia tinha como foco basicamente a datilologia, a escrita e a oralização, isto é, tinha mais associação com o modelo oralista de educação. Outros educadores defendem o uso da Língua de Sinais, sendo um deles Charles-Michel de l’Épée, considerado um dos primeiros defensores dessa língua. Ele desenvolveu várias pesquisas a respeito da Língua de Sinais, entretanto nenhuma delas tratava da verificação e do reconhecimento dela como uma língua e não como uma linguagem. Já Thomas Gallaudet, juntamente com seu colega, Laurent Clerk, fundou a primeira escola americana para surdos, mas não desenvolveu pesquisas para descobrir se a Língua de Sinais era mesmo uma língua. Para Alexander Graham Bell, que era defensor do oralismo, o surdo não deveria se reunir em uma sociedade de surdos, pois isso impediria que eles se integrassem à sociedade de ouvintes. A pesquisa que William Stokoe fez ao observar a Língua de Sinais utilizada nos Estados Unidos (American Sign Language  – ASL), na década de 1960, é considerada um divisor de águas para os linguistas que estudam Línguas de Sinais.
2.2 Padrão de resposta esperado
a) De acordo com os cinco parâmetros em Libras, o sinal da palavra pedra tem como configuração de mão as letras P, K ou H.
b) O ponto de articulação do sinal é “mão”.
c) De acordo com a seta apresentada na imagem, o sinal tem movimento para cima e para baixo.
1. A gramática da Libras apresenta algumas características lexicais específicas. Os parâmetros são as partes mínimas que compõem os sinais da Libras. Se um falante da língua articular um sinal em local diferente do descrito na gramática, é possível dizer que ele se equivocou quanto ao ponto de articulação (PA).
Tendo como base o contexto apresentado, quando o falante não faz o desenho (formato) da mão de forma correta, é possível dizer que ele:
equivocou-se quanto à configuração de mão, pois esta indica o verdadeiro formato que a mão deverá tomar no momento de idealizar o sinal.
O falante quando não faz o desenho da mão de forma correta é possível dizer que tenha se equivocado quanto à configuração da mão, pois esta indica o formato que deverá ser realizado, no momento de idealizar o sinal. O direcionamento, o movimento, a orientação e as expressões corporais e faciais não estão relacionados ao desenho da mão de forma incorreta.
2. Em uma conversa informal entre um frentista que não conhece Libras e um surdo sinalizador, foram utilizados diversos sinais. Sabe-se que o ideal seria o frentista, assim como qualquer outro profissional, atender ou se comunicar com o surdo utilizando a língua de sinais.
Tendo como base o pouco conhecimento do frentista e o amplo entendimento da informação, é possível afirmar que o surdo utilizou um grupo de vocabulário de sinais que facilitou a comunicação. Qual é esse tipo de sinal? Qual é a justificativa?
Sinal icônico, pois esse tipo de sinal representa a realidade, sendo de fácil entendimento. Pessoas que desconhecem a Libras podem entender as informações passadas por esse tipo de sinal.
Diante do pouco conhecimento do frentista e o amplo entendimento da informação é possível afirmar, que o surdo utilizou o sinal icônico, pois esse tipo de sinal representa a realidade, sendo que pessoas que desconhecem a Libras podem compreender as informações passadas por esse sinal. O sinal numérico, sinal soletrado, sinal arbitrário, sinal imitado não representam os sinais utilizados em uma conversa informal entre um frentista que conhece Libras e um surdo sinalizador.
3. Os desenhos que as mãos formam na realização do sinal são chamados de configuração das mãos (CM). Estes podem ser oriundos ou não do alfabeto manual e dos números, sendo realizados por meio da mão predominante, ou seja, a mão com que se tem mais facilidade na movimentação, geralmente aquela utilizada para escrever: mão direita para os destros e mão esquerda para os canhotos.
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
A Libras é uma língua que se fala com as mãos, por isso devem ser articuladas as duas mãos, sendo que a mão predominante terá maior relevância no ato da datilologia.
A Libras é uma língua falada com a articulação das duas mãos, sendo que a mão predominante terá maior relevância na datilogia. Sendo assim, não irá identificar a mão predominante como a que movimenta apenas o espaço neutro, nem como a única para aprender a execução dos sinais.
4. Sobre língua materna, BAGNO (2011) afirma ser aquela que: “a pessoa começa a aprender assim que nasce”. No caso do surdo, o aprendizado de sua língua materna (Libras) não é ao nascer, mas sim ao detectar a surdez.
Logo, para falar sobre aquisição da Libras como L1 (primeira língua) para surdos é fundamental que sejam explorados os aspectos:
visuais, corporais e espaciais.
A Libras é uma modalidade espaço-visual (visão e mãos) e não oral-auditiva (voz e audição). A aquisição da Libras como L1 para os surdos depende integralmente da visão para receber as informações, do corpo para transmitir as expressões corporais e do espaço para idealizar os sinais. Os aspectos táteis e olfativos não são aspectos, que devem ser explorados para a aquisição da Libras como L1 (primeira língua) para surdos.
5. “O sinal é formado a partir da combinação do movimento das mãos em um determinado lugar” (QUITES, 2007). Assim, é possível afirmar que todos os sinais têm os cinco parâmetros como base.
Observe a imagem do sinal da palavra lindo e assinale a alternativa correta.
Sinal com ponto de articulação “cabeça”, movimento circular e há expressão.A imagem deixa claro que o ponto de articulação é na cabeça, onde ocorre o movimento circular, formando, assim, o sinal de bonito. A composição do sinal de bonito mais a expressão facial de muito apresentada na imagem, resulta no sinal de lindo. Os sinais com ponto de articulação na mão, face, tronco não possuem relação com o sinal indicado para a palavra lindo.
3.1 Padrão de resposta esperado
Como exemplo, pode ser citada a articulação da palavra “LEITE”, que em algumas regiões têm variação na forma de articular a palavra, saindo um “LEITI”, com “i” no final. A diferença entre as duas formas de fazer o sinal “CAMA” é que na imagem da esquerda o dedo polegar foi utilizado e na imagem da direita não. Contudo, isso não interfere no aspecto semântico do sinal, pois continua sendo “CAMA”, independentemente de usar o dedo polegar ou não. Da mesma forma, se eu articular a palavra “LEITE” ou “LEITI”, o aspecto semântico continuará igual.
1. Quais são as cinco propriedades gramaticais da Língua Brasileira de Sinais?
Arbitrariedade, sinais icônicos, composição dos sinais, concordância dos sinais e semântica.
A concordância de gênero faz parte das propriedades gramaticais da Libras, no entanto não contempla sozinha todas as formas de concordância. Observe que os sinais compostos se referem a um tipo de composição dos sinais da Libras. Nesse sentido, eles são definidos pela sua composição em simples e compostos. Já os sinais polissêmicos fazem parte da propriedade gramatical da Libras, mas sozinhos não são considerados um dos cinco elementos citados. Por fim, os sinais tautológicos fazem parte da propriedade gramatical da Libras, mas não são considerados de forma isolada como um dos cinco elementos citados.
2. Especifique quantas configurações de mãos (CM) tem a Libras?
Total de 61 CM.
O número certo de configurações de mãos varia de autor para autor. Contudo, a tabela mais conhecida por ter sido uma das primeiras a ser mapeada e com grande abrangência de configurações é a de 61 CM. Existem outras tabelas que apresentam mais de 80 configurações de mãos, porém, analisando mais detalhadamente, elas exibem as mesmas configurações da tabela de 61 CM, mudando apenas a orientação da palma da mão, o que não chega a ser considerado como outras configurações de mãos, pois só muda o ângulo de visão de uma configuração existente.
3. Sabe-se que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa são muito diferentes uma da outra, cada qual com suas particularidades e estruturas gramaticais. Sendo assim, uma das diferenças entre elas é que o português é um idioma de modalidade oral-auditivo, e a Libras é um idioma de modalidade ______________.
gesto-visual.
As Línguas de Sinais têm uma forte característica que é a visualidade. Nesse sentido, as Línguas de Sinais usam o espaço para criar ou produzir sinais com estrutura gramatical própria, que, muitas vezes, são confundidos com mímicas ou gestos soltos no ar, só que não! Ao usar os parâmetros linguísticos próprios, as Línguas de Sinais tornam-se algo totalmente diferente de gestos no ar. Nesse contexto, sua modalidade é baseada no uso do espaço e da visualidade como forma de comunicação e expressão.
4. Os Classificadores em Línguas de Sinais são divididos em:
descritivos, especificadores, plural, instrumental e de corpo.
Os parâmetros nas Línguas de Sinais são divididos em manuais e não manuais (Manuais = configuração de mãos, localização, movimento e orientação das mãos. Não manuais = Expressões faciais e corporais, plural, intensidade, etc.). Nessa questão, está sendo solicitada a divisão dos classificadores, e não dos parâmetros. Arbitrariedade e iconicidade são características linguísticas entre o signo e o ícone ao qual ele se refere. Já  a linearidade e sequencialidade são formas de construir sintaticamente as frases, tanto em Línguas Orais como em Língua de Sinais, e não tipos de classificadores. Embora a mímica seja parte integrante de um classificador na maioria dos casos, ela por si só não é um tipo de classificador. O movimento é um parâmetro e não um tipo de classificador, assim como a datilologia é um recurso de empréstimo linguístico e não um classificador.
5. Com base nos dois sinais expostos abaixo e quanto à função dos parâmetros em Línguas de Sinais, podemos afirmar que:​​​​​ 
​​​​​​​
Existe diferença na orientação da mão e na expressão facial utilizada.
A configuração de mão é um dos parâmetros que não é alterado, mas a orientação da configuração utilizada sim. Perceba que temos dois parâmetros alterados comparando os dois sinais realizados.
3.2 Padrão de resposta esperado
Por se tratar de uma criança com aquisição tardia em ambas as modalidades linguísticas (oral-auditiva e visuo-espacial), é importante que eu, como educador, tenha ciência dos Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (CHA) que devo ter ou buscar o quanto antes adquirir, para poder atender a criança surda filha de pais ouvintes (ou até mesmo surdos) da melhor forma possível.
Caso eu me depare com um exemplo desses em sala de aula, eu não pensarei duas vezes em utilizar a língua de sinais como forma de me aproximar da criança e proporcionar o vislumbre de um novo mundo que se abrirá a partir daquele momento. Contudo, é importante ter ciência de que a escola é apenas um dos locais ao qual a criança deve usar como fonte de aquisição e desenvolvimento da linguagem. Para uma boa resposta no processo de aquisição, sendo um caso de início precoce ou de início tardio, é essencial que a criança surda tenha contato com adultos fluentes na língua de sinais, o que irá proporcionar momentos de aprendizado únicos com pessoas que realmente dominam o sistema linguístico que ela ainda está começando a entender. Esse tipo de estratégia possibilita recuperar a criança de forma mais rápida do que quando ela aprende língua de sinais somente na escola. Irei sugerir aos familiares a também buscar aprender a língua de sinais (não somente a criança) e a levar a criança surda nos pontos de encontro de outros sujeitos surdos, como, por exemplo, o clube de surdos da região.
A criança surda precisa ser bombardeada por estímulos (inputs) de qualidade em língua de sinais, para que consiga, igualmente como as crianças ouvintes (que são bombardeadas por sons diariamente), adquirir e desenvolver com qualidade e de maneira saudável a sua língua materna.
1. No período Pré-linguístico, temos um fato interessante que ocorre igualmente com todos os bebês (surdos e ouvintes). Que fato seria esse?
Neste estágio, ambos os bebês apresentam a balbucio oral e manual.
Neste estágio, tanto o bebê surdo como o bebê ouvinte utilizam o balbucio oral e manual. A partir do próximo estágio de aquisição, desaparece ou se reduz consideravelmente o balbucio oral nos bebês surdos, enquanto que nos bebês ouvintes ele se mantém. Já para o bebê ouvinte, o balbucio manual desaparece ou se reduz consideravelmente, e para o bebê surdo continua, pois começa a fazer parte da estrutura da língua de sinais que será base da sua L1. Perceba, que, embora o output linguístico seja igual para ambos no primeiro ano de vida, o input para o bebê ouvinte é favorecido, pois já vem em sua língua materna (português oral), enquanto que para o surdo trata-se de sua L2, o que cria uma desigualdade entre ambos já no nascimento, o que impacta culturalmente a criança ouvinte, mas não favorece a criança surda (a qual, na maioria dos casos, não tem contato precoce com sua língua materna (língua de sinais) nem com integrantes de sua própria cultura surda) e, por último, a capacidade latente de qualquer criança depende de características subjetivas ou talento nato para o aprendizado (próprias de cada criança), assim como da quantidade e da qualidade do input linguístico proporcionado a ela.
2. O processo de aquisição da língua sinais é semelhante ao das línguas orais e o mesmo pode ser dividido em períodos ou estágios. Marque a alternativa que contemple todos os períodos.
Período pré-linguístico, estágio de um sinal, estágio das primeiras combinações, estágiodas múltiplas combinações e estágio de aquisição da linguagem pela criança surda.
Quando a aquisição se desenvolve dentro do período esperado, existem alguns estágios pelos quais a criança surda passa para adquirir e desenvolver a língua de sinais. Neles, é característico, primeiramente, o período pré-início de aquisição da linguagem, o período de produção de um vocábulo apenas, o período de arranjo de mais de um vocábulo, o período de produção de vários vocábulos combinados e o período de domínio da linguagem pela criança surda.
3. O período crítico para aquisição de linguagem segundo a teoria Gerativista se inicia aos dois anos de idade e vai até a puberdade (aproximadamente 12 anos). Marque a alternativa que complementa essa afirmação.
Na puberdade, seria o momento no qual a criança atingiria seu ápice, ou seja, a porta se fecharia, tornando a aquisição de linguagem mais difícil, além de dificultar que a pessoa atinja o nível linguístico de um nativo.
Esse período é considerado crítico, pois seria o momento de vida mais sensível para à aquisição de linguagem pelo indivíduo. Período sensível é a definição adotada pela teoria Conexionista. Ainda, é a teoria do Behaviorismo que defende o aprendizado vindo unicamente de inputs exteriores, enquanto o Gerativismo acredita no desenvolvimento por meio de ideias vindas de fora e de ideias inatas (pré-determinadas pelo sistema biológico). Deve-se aproveitar ao máximo o período crítico, pois, nessa fase, o processo associativo identificando regularidades e extraindo padrões probabilísticos é mais forte na criança do que na fase da adolescência ou na fase adulta. Busque aproveitar o período crítico visando ofertar à criança um grande número de estímulos de qualidade e no tempo certo, e assim alcançar o sucesso no desafio de proporcionar a aquisição e desenvolvimento da linguagem para a uma criança surda.
4. A privação da língua pode ocasionar alguns sintomas clínicos na criança e, posteriormente, no adulto que ela irá se tornar. Que tipo de sintomas seriam esses?
Isolamento, depressão, distúrbio de personalidade e sensação de inadequação ao meio social.
A privação linguística proporciona à criança uma experiência negativa, o que clinicamente a leva a apresentar problemas de interação e convívio social. Lembre-se: a falta de estímulos é uma característica ou sintoma social externo, e a pronúncia linguística ou a dificuldade em usar os recursos linguísticos que a língua oferece é uma característica e não um sintoma propriamente dito.
5. No ensino e aprendizado do Português como L2 para crianças surdas, o que podemos destacar como um conjunto de principais problemáticas?
Português escrito e língua de sinais são línguas de modalidades distintas, tornando o ensino-aprendizado da escrita portuguesa com L2 um desafio, o qual poderia ser facilitado se a criança surda aprendesse também a escrita de sinais para ser utilizada como suporte ao aprendizado do português escrito com L2. Além disso, também temos a falta de preparo dos professores e problemas na estratégia metodológica adotada pelas escolas.​​​​​​​ 
Você deve assinalar a questão que demonstre um conjunto de principais problemas (mais de um) no ensino e aprendizado do Português como L2 para crianças surdas. Contudo, isso não significa que as outras problemáticas citadas de forma isolada não sejam fatores a considerar. Perceba que a proposta que, segundo a LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. Art. 1º, a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados são reconhecidos como meio legal de comunicação e expressão dos sujeitos surdos. Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa. A escrita em língua portuguesa não pode deixar de ser ensinada a crianças surdas (está na lei), entretanto nada impede que seja ensinado também a escrita de sinais nas escolas, entretanto não é o que se percebe na prática, onde as escolas não adaptam corretamente o currículo (inserindo o ensino da escrita de sinais) e dificilmente cobram dos professores capacitações visando atender uma criança surda com qualidade. Na opinião de Quadros, tratando-se do ensino da língua portuguesa escrita para crianças surdas, considera que há dois recursos importantes a serem usados em sala de aula: o relato de estórias e a produção de literatura infantil em sinais, o que dará subsídios às crianças aprenderem a ler as palavras escritas na língua portuguesa (QUADROS, 2006, p. 24).
4.1 Padrão de resposta esperado
Diante da presença de um aluno surdo em uma sala de aula em que a maioria é ouvinte, o professor em sua mediação terá de utilizar de estratégias pedagógicas voltadas a uma concepção pedagógica interacionista. Nessa abordagem, as atividades propostas em aula poderão ser trabalhadas via bilinguismo, ou seja, o professor pode trabalhar em conjunto com um intérprete durante as aulas a fim de atender o aluno surdo, considerando suas necessidades pessoais. Além disso, os conteúdos devem ser ensinados em duas línguas, a fim de promover o aprendizado de Libras para os ouvintes. Nesse contexto, possivelmente haverá como resultado a socialização entre os alunos da classe.
1. O conceito de bilíngue tem diversas definições; no entanto, na pedagogia bilíngue, o conceito é conciso e simples, porque:
a pedagogia bilíngue entende que bilíngue é quem tem algum conhecimento numa segunda língua e consegue com isso estabelecer comunicação, mesmo sem fluência.
A pedagogia bilíngue tem como premissa a comunicação estabelecida mesmo sem fluência. O bilíngue com quatro habilidades tem alta fluência linguistica; este pode ser quem obedece as estruturas de uma segunda língua ou quem nasceu em uma realidade de duas línguas, ou ainda aquele que tem domínio línguístico global e de etmologia da segunda língua.
 2. A pedagogia bilíngue apresenta os princípios necessários para a prática docente. Quais são esses princípios?
Inclusão, processo identitário e relações de poder.
A inclusão, o processo identitário e as relações de poder são orientadas como um processo ordenado que concretiza a prática da pedagogia bilíngue. A informação, as leis, os recursos didáticos, as escolas e o poder não estão nesse momento do processo.
3. Entre os princípios da pedagogia bilíngue há a socialização e interação da pessoa surda, levando-se em conta seus direitos e deveres, em que a propagação do ensino de Libras romperia muitas barreiras de comunicação. Nesse sentido, qual a principal crítica ao modelo atual de acesso da pessoa surda, por exemplo, em órgãos públicos?​​​​​​​
Os espaços públicos não têm investimentos direcionados ao atendimento à pessoa surda e, quando oferecem assistência, trata-se de um serviço restrito.
O acesso da pessoa surda nos espaços públicos ainda é muito incipiente, precário e pouco observado pelas políticas públicas. O uso de interprétes é um recurso limitado, e o uso escasso pelos surdos deve-se à limitação desse atendimento. Os recursos de Internet e TDD auxiliam no atendimento, mas não substituem o atendimento presencial. A colaboração de ONGs é de enorme auxílio, mas não exime o setor público de garantir atendimento à pessoa surda.
4. A ideia principal da pedagogia bilíngue é promover o reconhecimento da identidade surda por meio de uma educação social da pluralidade cultural. Por muito tempo os surdos foram discriminados e alvo de muitos preconceitos. O que caracteriza uma discriminação à pessoa surda?
Segregação de pessoas por um aspecto baseado na diferença – a discriminação está no simples ato de separar para distinguir as diferenças.
A discriminação se concretiza no nível do preconceito como objeto real de segregação de tipos, formas, pensamentos e atitudes, entre outros, cuja ideia é a distinção de surdos dos ouvintes, por meio de critérios que violam os direitos humanos. Unir e excluir pessoas é inconsistente como discriminação, e nem as capacidades nem os níveis cógnitos respondem pela discriminação. Os níveis de surdez são de naturezabiológica.
5. Com o avanço da tecnologia, muitos surdos têm utilizado WhatsApp, e-mail, Facebook, Skype e outros. Assinale a alternativa que corresponde a essa vivência dos surdos atualmente.
Inclusão digital para os surdos.
A inclusão digital e social colabora muito para o acesso do surdo à era da informação. A tecnologia contribui para a pluralidade cultural e para a inclusão da comunidade surda, além de promover a interação de ideias e transformações sociais.
4.2 Padrão de resposta esperado
A diferença da marcação de gênero:
No Libras dá-se da seguinte forma: é necessária a combinação de dois sinais, ou seja, os sinais compostos. Por exemplo:
Mas atenção o uso do @ no Libras é somente para o uso da marcação do gênero masculino/feminino, isso na escrita em Libras. Exemplo: Em português a palavra AMIGO(A) em Libras na forma escrita será AMIG@.
Lembrando que a palavra AMIG@ na sinalização será um sinal composto, ou seja, dois sinais, sendo assim a combinação Amigo + homem ou mulher.
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Quanto à Língua Portuguesa, o gênero é determinado pelo uso dos artigos: A , AS,O, OS. O que isso quer dizer? A aplicação do uso e da marcação do substantivo para o gênero masculino ou feminino dá-se a partir dos artigos A para feminino e O para masculino. Veja exemplos:
O menino
A menina
1. Analise esta sentença: "Há uma notória diferença no desempenho linguístico dos sujeitos surdos, pois não sofreram tanta influência da língua oral-auditiva, ou seja, a língua portuguesa no processo de aquisição da língua de sinais".
A que tipo de família de surdos se refere a sentença?
Pais surdos e filhos surdos.
Quando a família é de surdos, quase não há influência do português. No entanto, há casos de famílias sem nenhuma influência da língua oral-auditiva.
2. Marque a alternativa que corresponde ao estágio referente ao processo de interlíngua na aprendizagem da Libras.
 
Estágio das primeiras combinações, estágio das múltiplas combinações.
No estágio das primeiras combinações, a criança surda começa a compreender a estrutura de Libras e formar sentenças nas seguintes formas: SV (sujeito + verbo) e VO (verbo + objeto). O estágio de múltiplas combinações é a concretização do estágio de interlíngua, em que a criança estrutura seus mecanismos de aprendizagem para aprender e compreender a Libras e faz algumas associações com o português. Por exemplo: a letra C de C-A-S-A com o acréscimo do sinal em Libras para casa.
3. Para que o surdo desenvolva o seu estágio de interlíngua, precisa ter domínio de sua língua natural. Quanto à pessoa ouvinte, qual será o seu processo de aprendizagem de interlíngua na Libras?
O estágio da pessoa ouvinte será por intermédio da visão e de regras gramaticais da Libras: estabelecimento do espaço, movimento, direção e utilização dos referentes nas sentenças.
Assim como o surdo faz relações com a língua portuguesa baseado nos seus conhecimentos de L1, o ouvinte fará o mesmo no estágio de interlíngua na aprendizagem de Libras, utilizando alguns recursos, como estabelecimento de espaço, referentes na sentença, movimento e direção.
4. Marque a sentença que mostra claramente o estágio de interlíngua na aprendizagem da Libras.
João bolo cenoura gostar comer.
Note que foi utilizado primeiro o sujeito (João), seguido do referente (objeto) e, no final da sentença, os verbos (SOV), ordem da frase em Libras.
5. O processo de aquisição das línguas de sinais é análogo ao processo de aquisição das línguas faladas. Qual dos estágios é responsável pelo processo de aquisição da linguagem?
Estágio das primeiras combinações.
É no estágio das primeiras combinações que ocorre o processo de aquisição da linguagem. Ele inicia-se por volta dos dois anos de idade e verifica-se o estabelecimento da ordem das palavras que é utilizada nas relações gramaticais.
5.1 Padrão de resposta esperado
Colocaria em uma escola bilíngue para surdos, pois, se as crianças ouvintes aprendem a falar naturalmente sua língua oral (Português), então meu filho tem o direito de também ser alfabetizado em sua língua natural (Libras).
Sei que cada caso é um caso, pois a perda auditiva pode não ser profunda ao ponto de impedir que meu filho aprenda a oralizar, mas, identificando que ele escuta praticamente nada, eu optaria por matriculá-lo em uma escola de surdos para aprender Língua de Sinais e poder vivenciar experiências visuais, assim como os ouvintes vivenciam experiências auditivas. Sei, também, que eu poderia tentar a cirurgia de implante coclear, mas, sinceramente, abrir a cabeça de uma criança não me parece ser a melhor opção quando existe a Língua de Sinais como alternativa de zero riscos para que meu filho consiga se comunicar e ser feliz.
1. Ao analisar o processo de aquisição de linguagem, nota-se que esse processo é natural. Os ouvintes aprendem a falar ouvindo e observando seus pares (pais, irmãos, amigos, etc.). Partindo desse pressuposto, marque a alternativa que corresponde ao processo que aquisição da Libras (L1) para a criança surda.
A aquisição da L1 acontece naturalmente para a criança surda quando ela passa a ter contato com mais crianças surdas e com professores surdos ou bilíngues, que é quando ela começa a ampliar seu vocabulário, de acordo com as suas vivências e experiências visuais.
O processo de aquisição da L1 é uma condição natural de qualquer ser humano, seja ele ouvinte ou surdo. Além disso, o processo de aquisição da Libras pela criança surda acontece independentemente de seus pais serem surdos ou ouvintes. Contudo, nas escolas regulares, o ensino não é ministrado em Libras, mas, sim, em língua oral portuguesa, o que não favorece o desenvolvimento da Libras com L1 pelo Sujeito Surdo. A única opção que ofertam para a criança surda é a sala de AEE, em que o ensino é ministrado por um(a) professor(a) que, geralmente, tem pouco domínio da Libras. Durante as aulas ministradas em língua portuguesa, existe o suporte do Intérprete de Libras, mas que não se equipara a um professor bilíngue (surdo ou ouvinte com fluência). Por fim, a crianças surda não precisa dominar o Português para desenvolver sua L1 – Libras. É recomendável o contrário: que a aquisição da L1 (Libras) auxilie no aprendizado da L2 (Português).
2. De acordo com o que você estudou até agora sobre a educação de pessoas surdas, marque a alternativa que corresponde ao objetivo do ensino da L2 (Português) para pessoas surdas.
O objetivo é focado somente na leitura e na escrita da Língua Portuguesa.
O ensino do Português para o Sujeito Surdo é com o único intuito de desenvolver a capacidade de leitura e escrita na pessoa, mas não ao ponto de se equiparar ao nível de um Ouvinte, o que é algo extremamente difícil de acontecer, mas que não é impossível (somente improvável). Além disso, não tem como foco a oralidade do Sujeito Surdo, mas é bom lembrar que a oralidade é uma opção, desde que o surdo deseje desenvolver essa aptidão. O foco em desenvolver recursos para fazer a leitura labial não é o objetivo principal do ensino da L2, embora, por meio do acompanhamento com um fonoaudiólogo, essa habilidade possa ser desenvolvida.
3. No que se refere a vivenciar experiências visuais, podemos dizer que, para o Sujeito Surdo, isso significa?
Contar com recursos não somente visuais, mas que também estejam enraizados em uma cultura surda, como, por exemplo: teatro surdo, webtv inteiramente em libras, etc.
O acesso ao recurso de Closed Caption não proporciona a experiência visual que o sujeito surdo almeja, pois trata-se de um recurso que se baseia na Língua Portuguesa. O intérprete de Libras, na escola regular, apesar de utilizar a Libras como meio de comunicação para com o Sujeito Surdo, não é um bom exemplo de vivência por meio da experiência visual, pois o ensino na escola regular é todo em língua oral, o que diminui a experiência visual vivenciada pelo surdo. Quando um sujeito surdo entra em um site qualquer, o recurso de acessibilidade ofertado (quando ele existe), geralmente, é um avatar que sinaliza as informações que constam no site, o que não éaceito como uma experiência visual aceitável, visto que o programa que dá vida ao avatar não se equipara à interpretação de um intérprete de libras.  Por último, a legenda em vídeos no Youtube, assim como o recurso de Closed Caption,não faz parte da cultura surda, mas, sim, da cultura ouvinte. O mais adequado seria, por exemplo: teatro surdo, webtv inteiramente em libras, etc.
4. Considerando a Libras como Língua Natural e o Português como segunda língua é possível dizer que:
O Português como segunda língua é caracterizado como uma forma de aprendizado, enquanto a Libras, como primeira língua, é considerada uma aquisição natural.
Somente a Libras é considerada uma aquisição de língua pelo Sujeito Surdo, visto que aquisição remete a adquirir naturalmente, enquanto que aprendizado remete ao desenvolvimento não natural, isto é, geralmente, em sala de aula e bem longe de seus pares ou nativos da língua que se está propondo a aprender. Embora a Libras tenha sido reconhecida como meio de comunicação e expressão da comunidade surda brasileira, ela não é uma língua oficial do Brasil, sendo o Português a única língua oficial do país.
5. Sobre o processo de aquisição e desenvolvimento de linguagem por crianças surdas, o que é possível afirmar?
Crianças que são ensinadas desde cedo a se comunicar por meio de Língua de Sinais tendem a apresentar melhor desenvolvimento socioemocional, assim como têm um vocabulário maior com dois anos de idade se comparadas às crianças monolíngues.
Tanto crianças surdas como crianças ouvintes (geralmente filhas de pais surdos) começam a fazer os primeiros sinais entre o oitavo mês e o décimo primeiro mês de vida. O Bilinguismo proporciona memória superior ao sujeito se comparado a outras pessoas monolíngues. As crianças choram e sempre irão chorar, independentemente de saberem se comunicar por meio de sinais ou gestos. Contudo, ao aprenderem sinais, a frustração dos bebês pode diminuir, não sendo necessário mais chorar para, por exemplo, conseguir alimento ou outra coisa. O processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem por crianças surdas é completo quando a criança é apresentada à Língua de Sinais e passa por todos os estágios de aquisição dessa Língua Natural, de preferência, dentro do tempo esperado.
5.2 Padrão de resposta esperado
A partir de uma perspectiva funcional e cultural da escrita da língua de sinais por meio do sistema SignWriting, destaca-se como uma estratégia pedagógica possível na aquisição desse processo o trabalho realizado em ambientes digitais. De forma lúdica, a implementação de teclados virtuais para a escrita em Libras torna-se um importante aliado do professor, configurando-se como uma ferramenta de acessibilidade, na qual símbolos representam letras e o conjunto delas formam sinais, os quais são as palavras, sendo que na sequência se constituem na construção de frases, as quais se apresentam de forma ativa e funcional às crianças surdas.
1. William Stokoe (1919-2000)​​​​​​​ foi um importante pesquisador da área da linguística, o qual elaborou um sistema de escrita de sinais conhecido como Notação Stokoe. No entanto, um século antes, um professor francês, estudioso da área da surdez, já havia criado um sistema de escrita de sinais, pouco difundido na atualidade.
Qual é o nome desse professor?
Roch Ambroise Auguste Bébian.
Roch Ambroise Auguste Bébian (1789-1839), professor francês e grande estudioso na área da surdez, foi o primeiro a criar um sistema de escrita de sinais, conhecido como a mimographie de Bébian. Claudio Alves Benassi foi o idealizador do sistema de escrita visogramada; Antônio Carlos da Rocha Costa é pesquisador da área de Ciências da Computação; Alan David Sousa Silva é pesquisador das temáticas sobre a surdez; e Ernest Huet é o conde francês que trouxe ao Brasil a Língua de Sinais Francesa.
2. Alguns pesquisadores, ao analisar a escrita dos sujeitos surdos, alegam que a escrita destes não segue a mesma construção da escrita dos ouvintes.
Isso acontece devido a qual fator? 
Isso acontece porque a L1 dos ouvintes é a língua portuguesa, diferente dos surdos, em que a L1 é a língua de sinais.
Muitos pesquisadores da área da surdez alegam que os surdos têm muita dificuldade na leitura e na escrita, tendo em vista que tanto o processo de leitura quanto o processo de escrita não estão sendo feitos na sua língua natural/materna ou L1 — a língua de sinais. A língua portuguesa, na modalidade escrita, será sempre a L2 dos sujeitos surdos.
3. A coreógrafa norte-americana Valerie Sutton desenvolveu, em 1974, um sistema gráfico-esquemático-visual secundário das línguas de sinais. Esse sistema, atualmente é utilizado em mais de 35 países, inclusive no Brasil.
Qual é o nome desse sistema de escrita de sinais? 
O SignWriting.
O SignWriting é o sistema de escrita de sinais utilizado em mais de 35 países, Inclusive no Brasil é o sistema mais utilizado. É importante destacar que se trata de um sistema em construção, tanto pessoas surdas quando ouvintes, vêm modificando e aperfeiçoando esse sistema. A escrita EliS foi desenvolvida pela professora Dra. Mariângela Estelita de Barros. A escrita SEL foi desenvolvida pela professora Dra. Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira. A escrita Visogramada foi desenvolvida pelo professor Me. Claudio Alves Benassi. Já o sistema de escrita Hamnosys foi desenvolvido por Prillwitz, Vollhaber e colaboradores.
4. A aquisição da língua portuguesa escrita para os surdos não acontece de forma natural. Isso ocorre porque a língua de sinais é considerada a primeira língua — L1 das comunidades surdas, e a língua portuguesa, na modalidade escrita, como a segunda língua — L2. A partir disso, Quadros (1997) afirma que a língua portuguesa na modalidade escrita é processada como uma língua estrangeira.
Isso significa dizer que: 
o ensino ocorrerá em um ambiente artificial, com sistematização e a partir de métodos específicos de ensino.
A língua natural/materna ou L1 dos sujeitos surdos é a língua de sinais e a língua portuguesa, na modalidade escrita, é a L2. Isso significa dizer que a aquisição da língua portuguesa escrita não é natural para os surdos. Nesse sentido, eles aprendem na sua língua materna e depois precisam escrever em uma língua diferente. Por isso, Quadros (1997) afirma que o ensino ocorrerá em um ambiente artificial, com sistematização e a partir de métodos específicos de ensino. No caso dos ouvintes, isso não acontece, pois eles aprendem a falar em uma língua oral e escrevem nessa mesma língua. Sendo assim, a forma de aquisição da língua é natural.
5. A proposta da educação bilíngue para surdos vem acenando para a possibilidade de uma educação com mais qualidade e que atenda às especificidades de aprendizagem desses sujeitos.
Nesse sentido, sinalize a principal proposta da educação bilíngue.
Nessa proposta de educação a língua de sinais será trabalhada como a L1 dos sujeitos surdos e a língua portuguesa, na modalidade escrita, será trabalhada como a L2.
No momento, a proposta de educação bilíngue é a mais adequada em relação ao ensino-aprendizagem dos sujeitos surdos. Isso ocorre porque as questões culturais e identitárias dos surdos são respeitadas nas suas especificidades. Em relação ao uso das línguas, a educação bilíngue considera a língua de sinais como a L1 dos surdos e a língua portuguesa, na modalidade escrita, como L2. ​​​​​​​Qualquer outra proposta que não considere essa especificidade da língua não é adequada.
6.1 Padrão de resposta esperado
Independentemente da diferença, essa criança veio para a escola para aprender. Por isso, cabe ao professor desnaturalizar a ideia de que não sabemos o que fazer quando encontramos alguém surdo.
Sendo assim, o professor deve agir de forma natural e buscar saber se esse aluno utiliza língua de sinais, tem um implante coclear, se faz leitura labial; enfim, qual é a sua principal forma de comunicação (pois há muitas).
Além disso, o aluno provavelmente sabe ler e escrever, uma vez que está no quarto ano, e poderá comunicar-se dessa forma em umprimeiro momento. O professor pode, ainda, aproveitar a oportunidade e solicitar que ele se apresente à turma por meio da língua de sinais (se for o caso).
1. A surdez pode ser compreendida através de duas concepções ou duas formas de olhar para os sujeitos surdos. ​​​​​​​
Em relação à concepção da surdez que compreende os sujeitos surdos como deficientes, assinale a alternativa correta:  
Concepção clínico-terapêutica.
A concepção que compreende os sujeitos surdos como deficientes é a concepção clínico-terapêutica. Nessa concepção, os sujeitos surdos são vistos como sujeitos que precisam ser normalizados e corrigidos.
2. Os estudos culturais questionam a ideia de “Identidade”, grafada no singular e com letra maiúscula. Nessa concepção, trabalha-se com a ideia de “identidades”, grafada com letra minúscula e no plural.
Nessa perspectiva, a principal característica do conceito é: 
ser múltipla. ​​​​​​​
A principal característica do conceito de “identidades”, grafada com letra minúscula e no plural, é ser múltipla. Isso significa que ao longo da vida somos constituídos por diversas identidades. Além disso, elas não são fixas; elas se modificam de acordo com a cultura à qual pertencemos.
3. A língua de sinais é o principal marcador cultural identitário dos sujeitos surdos, compreendidos pela concepção cultural da surdez.
A escola, para garantir que os sujeitos surdos tenham as suas diferenças contempladas e a sua identidade surda preservada, necessita ter em sala de aula, além do professor, qual outro profissional?
Intérprete de língua de sinais.​​​​​​​
De acordo com a Resolução CNE/CEN n.º  2, de 11 de setembro de 2011, com base na Lei n.º 10.098/2000 e na Lei n.º  10.172/2001, "os sistemas de ensino devem assegurar a acessibilidade aos alunos que apresentem necessidades educativas especiais , mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas urbanísticas, na edificação – incluindo instalações, equipamentos e mobiliário – e nos transportes escolares, bem como de barreiras nas comunicações, provendo as escolas dos recursos humanos e materiais necessários". Nesse sentido, o intérprete de língua de sinais é o profissional responsável pela comunicação dos sujeitos surdos.
4. As políticas públicas voltadas aos sujeitos da educação especial sinalizam a obrigatoriedade de que todos estejam matriculados na escola regular. As comunidades surdas e os familiares de muitos surdos não concordam. Para eles, a escola regular não tem condições de receber esses alunos.
Qual é o principal motivo para esse posicionamento?
A escola regular não respeita as identidades e as diferenças dos sujeitos surdos. ​​​​​​​
Para a grande maioria das comunidades surdas e dos familiares dos sujeitos surdos, a escola regular, mesmo indo contra o que regulamenta a legislação, ainda não está preparada para a inclusão deles. Assim, ao não estar preparada, não garante o respeito às identidades e às diferenças dessas pessoas.
5. A escola regular, preocupada em receber os sujeitos da educação especial de forma a respeitar as suas identidades e diferenças, precisa pensar várias ações, estratégias e procedimentos. Deve levar em conta tanto a acessibilidade arquitetônica quanto a acessibilidade humana.
Dos profissionais listados a seguir, qual deles é o responsável por acompanhar esses sujeitos de forma individualizada, independentemente da sua deficiência? 
O mediador ou apoio escolar.
O mediador ou apoio escolar é o profissional capacitado e habilitado pela legislação para acompanhar os sujeitos de forma individualizada, independentemente da sua deficiência. A Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015, em seu artigo 28, sinaliza a necessidade da oferta de profissionais de apoio escolar.
6.2 Padrão de resposta esperado
a) A maior dificuldade é nivelar os surdos de acordo com sua estrutura gramatical, alfabetizando-os principalmente em sua língua materna para que possam ter acesso às informações e, assim, concomitantemente ir aplicando a própria literatura surda no apoio à cultura, promovendo uma educação apropriada à sua modalidade de comunicação e ao mesmo tempo com qualidade.
b) As pessoas com surdez têm a Libras por suas estruturas gramaticais próprias seguindo suas características como a língua materna (L1) e, caso não tenha acesso a uma literatura surda disponível ou de qualidade, seu desenvolvimento cultural, linguístico, comportamental, entre outros, apresentará um coeficiente intelectivo restrito aos costumes diários e vivência ocular.
c) Na ocasião, já deveria saber o mínimo de Libras por ser um profissional que lida com crianças em uma sala de aula e, a partir do acontecimento, iria providenciar urgentemente uma capacitação em Libras para, assim, também ajudar esse aluno.
1. Ao longo dos séculos, os surdos foram formando uma cultura própria centrada principalmente em sua forma de comunicação. Hoje, principalmente no Brasil, encontram-se poucos materiais que envolvem a literatura surda, afinal, os surdos têm uma cultura própria e uma forma de leitura e comunicação específica que a caracteriza, sendo uma língua de modalidade espaço-visual, isso porque:
A comunicação ocorre por meio da visão e dos sinais explorados no espaço.
Excluindo a época pós-Congresso de Milão, onde ouvintes decidiram que os surdos deveriam aprender a oralização, os surdos têm uma história centrada na comunicação por meio da modalidade espaço-visual. Espaço é porque explora o ambiente espacial por meio das mãos para passar a informação, e visão para receber a informação. O tato é um método comunicativo e de leitura dos deficientes visuais, assim como a audição, que também pode ser utilizado pelos ouvintes. Já o alfabeto e os números em libras são apenas recursos e não a comunicação em si.
2. Para os ouvintes, o tom e o volume da voz tornam-se um diferencial e um fator determinante ao expressar sentimentos ou expansão de raiva ou alegria. Já para os surdos, essa possibilidade não se tornaria enérgica, mas se a gradação da voz for bem substituída por um recurso da Libras, terá a mesma significação e eficácia.
Qual recurso da Libras substitui o tom da voz humana no momento de se comunicar por meio de uma literatura visual?
 
Obras literárias em SignWriting.
A Língua Brasileira de Sinais é uma língua falada principalmente por pessoas com surdez, e sua forma escrita é o SignWriting, que expressa os cinco parâmetros da Libras por meio das configurações de mãos, pontos de articulação, movimentos e expressões faciocorporais, podendo escrever qualquer palavra e em qualquer língua de sinais do mundo. O braille é feito por punção para utilização das pessoas com cegueira. O português se destina apenas para os ouvintes. As expressões faciocorporais são um ótimo recurso da Libras, mas não oferecem uma comunicação ativa e resistente. O YouTube, sem os aspectos literários da surdez, não permite uma comunicação eficaz.
3. Para os ouvintes, o tom e o volume da voz tornam-se um diferencial e um fator determinante ao expressar sentimentos ou expansão de raiva ou alegria. Já para os surdos, essa possibilidade não se tornaria enérgica, mas se a gradação da voz for bem substituída por um recurso da Libras, terá a mesma significação e eficácia.
​​​​​​​Qual recurso da Libras substitui o tom da voz humana no momento de aquisição de cultura por meio de uma literatura surda ocasionada pela mídia YouTube?
Expressões faciocorporais.
Quando se fala em literatura visual por meio do Youtube, está-se falando daquela literatura apresentada por vídeo e, neste aspecto, faz-se necessário o uso das expressões faciocorporais para que o conceito seja o mais fidedigno possível. A vibração é uma hiperpercepção que os surdos têm, mas não é um recurso da Libras. A oralização poderia até ser um recurso dos surdos oralizados, mas nessa ocasião ela não substitui o tom ou gravidade da voz. A escrita em sinais e o SignWriting são sinônimos e são recursos de escrita, e não vídeo.
4. A maioria das pessoas com surdez não tem acesso a uma literatura específica, o que faz com que tenham pouco interessepela leitura. Isso ocorre fundamentalmente porque:
a literatura surda ainda é restrita em termos de produção e publicação.
A literatura surda ainda está quase que restrita à mídia digital, em transcrição por Libras. Já os livros em escrita de sinais se encontram em processo de construção, sendo hoje disponibilizadas poucas obras impressas no mercado, o que configura poucos profissionais, pouca produção e pouca publicação voltados a esse gênero.
5. A inclusão da criança surda na escola visa a favorecer oportunidades para que ela possa desenvolver todos os aspectos cognitivos, adquirindo meios culturais e entrosamento na sociedade, construindo sua própria subjetividade. O desenvolvimento da criança surda depende de vários fatores que, somados e bem direcionados, proporcionam ao surdo pleno desenvolvimento como cidadão.
Qual das ações abaixo condiz com oportunidade para o desenvolvimento literário do surdo?
Conhecimento e uso da Libras.
Inegavelmente o surdo precisa desenvolver seu conhecimento em Libras para que possa desenvolver também seus conhecimentos literais. Quando se nega sua cultura, o surdo se nega a envolver-se no conhecimento. O distanciamento ou isolamento social acontece quando o surdo não se envolve com sua língua materna ou quando a escola não está preparada para atingir os objetivos dessa criança; o mesmo ocorre quando se força uma criança surda a se oralizar: seu desenvolvimento terá um grande atraso escolar e literário.
AV2
Analise as afirmações e responda corretamente:
l- Quando a criança surda é privada do acesso a uma língua que lhe possibilite a interação com familiares e amigos, essa criança não constrói vínculos, importantes para seu desenvolvimento.
ll- Quando os pais tem acesso à língua de sinais, a criança surda tem acesso às tradições e à vida social, tão importante para o desenvolvimento dela, como para o de uma criança ouvinte.
Para uma pessoa surda, a conversa na língua oral é restrita, mesmo nas conversas mais simples do dia a dia quando há mais de uma pessoa falando. 
lll- O bilinguismo constitui a filosofia de ensino defendida por todos na comunidade surda.
Essa filosofia representa o uso da língua materna e a aprendizagem da segunda língua.
As afirmações l, ll e lll estão corretas.
Analise as seguintes asserções e a relação entre elas proposta:
I.	Por ter sido referência no território brasileiro, durante muito tempo o INES se destacou na educação, profissionalização e socialização de surdos do Brasil e de países vizinhos. 
PORQUE
II.	Em 1957, o Instituto Nacional de Surdos Mudos passou para ser denominado Instituto Nacional de Educação de Surdos. Tal mudança se justificou pelo ideário de modernização no país.
A respeito dessas asserções, assinale a opção CORRETA:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.

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