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Janderson Albuquerque Menezes crro

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Fortaleza - CE 
Rua Des. Leite Albuquerque, 635 | Sala 1003 - Aldeota 
CEP: 60150-150 | (85) 3048-6893 | for@ffa.com.br 
 
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA 9ª 
VARA DO TRABALHO DE FORTALEZA/CE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JANDERSON ALBUQUERQUE MENEZES, já devidamente qualificada 
nos autos da Reclamação Trabalhista nº 0000870-03.2020.5.07.0009, que move em 
face de BANCO SAFRA S/A, por seus procuradores, vem, respeitosamente, perante 
Vossa Excelência, tempestivamente, oferecer CONTRARRAZÕES AO RECURSO 
ORDINÁRIO interposto pelo Reclamado, ora Recorrente, requerendo seja ela recebida 
e remetida ao Egrégio Tribunal “ad quem”, a fim de que seja mantida a respeitável 
sentença nos pontos que são objeto de inconformidade do Recorrente. 
 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
Fortaleza/CE, 01 de agosto de 2023. 
 
 
Pp. 
Bel. Celso Ferrareze OAB/PE 1284-A e OAB/CE 41.447-A 
Pp. 
Bel. Gilberto Rodrigues de Freitas OAB/PE 1287-A e OAB/CE 41.446-A 
Ps. 
Bel. Lucas Luís Gobbi OAB/RS 108.854 e OAB/CE 45.469-A 
 
 
 
 
 
 
 
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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 7ª REGIÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO NÚMERO: 0000870-03.2020.5.07.0009 
RECORRENTE: BANCO SAFRA S/A 
RECORRIDA: JANDERSON ALBUQUERQUE MENEZES 
 
 
 
 
 
 
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL, 
 
COLENDA TURMA: 
 
 
 
 
A sentença prolatada em primeiro grau merece ser confirmada por 
Vossas Excelências nos itens que são objeto de inconformidade da parte Recorrente por 
seus jurídicos e legais fundamentos, nos termos da fundamentação a seguir: 
 
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I. DA TEMPESTIVIDADE 
 
Evidencia-se a tempestividade das presentes contrarrazões, tendo em 
vista que a parte Recorrida tomou ciência da interposição do Recurso Ordinário em 
24/07/2023 (segunda-feira). 
 
Logo, inicia-se a contagem do prazo recursal em 25/07/2023 (terça-
feira), findando em 03/08/2023 (quinta-feira). 
 
Portanto, atendido o pressuposto da tempestividade. 
 
II. PRELIMINARMENTE 
 
01. DO ENTENDIMENTO DO E. TRT DESTA 7ª REGIÃO QUANTO AO CASO 
IDÊNTICO À PRESENTE DEMANDA 
 
Quanto ao entendimento deste E. Regional, urge trazemos aqui recente 
posicionamento do em situação idêntica à dos presentes autos: 
 
RECURSO ORDINÁRIO INTERPOSTO PELA RECLAMANTE: INCLUSÃO DOS 
SÁBADOS E FERIADOS COMO DIAS DE REPOUSO SEMANAL REMUNERADO 
PARA FINS DE REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS. Para o bancário fazer jus ao 
pagamento dos reflexos das horas extras sobre os sábados e feriados, há de se 
fazer necessária a apresentação de norma coletiva nesse sentido, já que, como 
sabemos, em regra, o sábado do bancário é dia útil não trabalhado e não dia 
de repouso remunerado, não cabendo a repercussão do pagamento de horas 
extras habituais em sua remuneração (Súmula nº 113 do C. TST). Ocorre que, 
no caso em apreço, a parte obreira não juntou aos autos nenhuma norma 
coletiva contendo a informação a respeito da inclusão do sábado no cálculo do 
repouso semanal remunerado, de modo que não resta outra alternativa, senão 
a de manter a decisão a quo que indeferiu essa pretensão. Recurso Ordinário 
improvido. EQUIPARAÇÃO SALARIAL. Tendo a prova dos autos 
comprovado estarem preenchidos os requisitos constantes do art. 461 
da Consolidação das Leis do Trabalho, é de se reconhecer o direito da 
obreira à equiparação salarial pretendida. Assim, reforma-se a decisão 
a quo para condenar a empresa demandada ao pagamento das 
diferenças salariais decorrentes da equiparação salarial entre a obreira 
e o paradigma por ela indicado, inclusive quanto à gratificação de 
função percebida, sendo devidos, ainda, os reflexos das diferenças 
salariais sobre as demais verbas trabalhistas. Recurso Ordinário 
provido em parte . PLR DO ANO DE 2021. De acordo com o princípio da 
aptidão da prova e, ainda, os termos do art. 464 da Consolidação das Leis do 
Trabalho, pertence à parte demandada, ora recorrida, o ônus de comprovar que 
realizou o pagamento de todas as verbas devidas ao obreiro, notadamente 
porque se trata de fato extintivo de direito. No caso dos autos, o documento de 
ID. 13a3ef2 - fls. 550, apresentado pela demandada, não é suficientemente 
capaz de comprovar o efetivo pagamento da PLR pretendida pela obreira. Pelo 
exposto, em reforma da decisão de Primeiro Grau, condena-se o banco 
recorrido ao pagamento da PLR de 2021, devida de forma proporcional, a qual 
deverá ser calculada de acordo com o que prever a Convenção Coletiva de 
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Trabalho 2020/2021 anexada aos autos. Recurso ordinário provido. [...] 
MATÉRIA COMUM AOS RECURSOS ORDINÁRIOS: JORNADA DE TRABALHO. 
HORAS EXTRAS E SEUS REFLEXOS. REGISTROS DE PONTO. AUSÊNCIA DE 
APRESENTAÇÃO. ALEGAÇÃO DE ATIVIDADE EXTERNA. IMPOSSIBILIDADE DE 
APLICAÇÃO DO ITEM I DA SUMULA 338 DO C. TST. De uma cuidadosa 
análise do conjunto fático-probatório existente nos autos, é possível 
concluir que a empresa recorrente, na condição de detentora do 
encargo probatório, não conseguiu se desincumbir desse ônus a 
contento, porquanto não demonstrou que a reclamante estava inserida 
na exceção prevista no § 2º do art. 224 da Consolidação das Leis do 
Trabalho. Sobre o tema, a prova testemunhal evidenciou que a função 
desempenhada pela obreira era eminentemente técnica e burocrática, 
sem autonomia, não se tratando de um cargo de confiança dotado de 
fidúcia especial, de modo que resta devido o seu enquadramento na 
jornada padrão do bancário - 6 horas por dia, conforme previsto no 
caput art. 224 da Consolidação das Leis do Trabalho. No tocante à jornada 
de trabalho, tem-se que os cartões de ponto anexados aos autos não foram 
destituídos pela prova testemunhal produzida, tendo em vista que esta se 
apresentou frágil e dividida nesse particular, pois seus conteúdos apresentaram 
versões divergentes para os mesmos fatos, de sorte que, a partir de tal prova, 
por não ser possível atribuir uma maior credibilidade a determinado 
testemunho, o pedido deve ser julgado em desfavor da parte que detinha o 
ônus da prova e deste não se desincumbiu, no caso a reclamante. Nesse 
compasso, mantém-se incólume a sentença de Primeiro Grau, porque prolatada 
a partir de uma correta interpretação do arcabouço probatório constante dos 
autos. Nada a reformar, portanto. Recursos Ordinários improvidos. [...] 
DIFERENÇA DA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL. No caso, é incontroverso 
que a reclamante era submetida à imposição do cumprimento de metas 
pelo banco recorrido, de sorte que sua remuneração era também 
composta por parte variável. Quanto às diferenças pretendidas, tem-se 
que os parâmetros utilizados para o cálculo dessa parte remuneratória 
devidas aos seus empregados deveriam ter sido especificados pelo 
empregador, em razão da maior aptidão probatória no particular. Além 
do mais, tem-se que a recorrente comprovou o fato quanto à 
interferência negativa do banco no atingimento das metas. Portanto, 
tendo a prova testemunhal confirmando a alegação posta na peça de 
introito, bem assim considerando a ausência de prova quanto aos 
efetivosparâmetros utilizados para apuração e quitação da parcela 
variável, reforma-se a decisão recorrida para condenar a parte 
recorrida ao pagamento das diferenças da parte variável da 
remuneração, durante todo o período contratual, no valor arbitrado de 
R$ 3.000,00 (três mil reais), bem assim dos seus reflexos sobre as 
demais verbas trabalhistas. Recurso Ordinário patronal improvido e obreiro, 
provido.MAJORAÇÃO DO REPOUSO SEMANAL REMUNERADO PARA POSTERIOR 
REPERCUSSÃO NAS DEMAIS VERBAS TRABALHISTAS. Com referência à 
majoração do repouso semanal remunerado pelo reflexo das horas extras para 
posteriormente repercutir nas demais verbas trabalhistas, entendo plenamente 
cabível essa pretensão recursal, pois, consoante decidiu o Colendo Tribunal 
Superior do Trabalho, quando do julgamento de Recurso Repetitivo nº 10169-
57.2013.5.05.0024, a majoração do valor do repouso semanal remunerado, 
Assinado eletronicamente por: LUCAS LUIS GOBBI - Juntado em: 03/08/2023 10:17:03 - 4fd48a6
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decorrente da integração das horas extras habituais, deve repercutir no cálculo 
das demais parcelas salariais. Importa destacar que, no entanto, o texto da OJ 
nº 394 da SBDI1 ainda não foi alterado, de modo que o C. TST tem modulado 
os efeitos de sua decisão, entendendo que a tese jurídica adotada no IRR-
10169-57.2013.5.05.0024 somente será aplicada aos cálculos das parcelas 
cuja exigibilidade se aperfeiçoe a partir da data do julgamento (inclusive), 
adotada como marco modulatório, ou seja, a partir de 14/12/2017. Logo, tendo 
em vista que há horas extras deferidas em período posterior ao marco 
modulatório acima indicado, correta é a inclusão dos reflexos das horas extras 
nos dias de repouso remunerados para, posteriormente, repercutir nas demais 
verbas trabalhistas deferidas. Recurso Ordinário patronal improvido e obreiro, 
provido (TRT da 7ª Região; Processo: 0000785-07.2021.5.07.0001; Data: 16-
05-2023; Órgão Julgador: Gab. Des. Clóvis Valença Alves Filho - 3ª Turma; 
Relator(a): CLÓVIS VALENÇA ALVES FILHO) 
 
“EMENTA: 
[..] 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. DIFERENÇAS DE QUALIDADE TÉCNICA E 
PRODUTIVIDADE. ÔNUS DA EMPRESA. É da empresa o ônus de provar os 
fatos impeditivos à equiparação pretendida (Súmula 6, VIII do TST). Não 
logrando provar, no caso, a existência de diferenças de qualidade técnica e 
produtividade entre os trabalhos de paradigma e paragonado, prospera o 
pedido equiparatório. Improvido. Recurso parcialmente conhecido e 
parcialmente provido. 
RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE. HORAS EXTRAS. REGISTROS 
DE PONTO JUNTADOS. SÚMULA 338, I DO TST. PROVA TESTEMUNHAL 
CONSISTENTE SOBRE A INVALIDADE DOS REGISTROS. Apesar de 
juntados os registros de ponto, foi apresentada prova testemunhal robusta, 
consistente e clara no sentido de que a empresa não autorizava a 
marcação integral do tempo trabalhado, havendo tarefas que poderiam 
ser cumpridas sem "login" no sistema. Prevalece, portanto, a jornada 
narrada na inicial, com as limitações do depoimento da parte. Provido. 
INTERVALO INTRAJORNADA. SUPRESSÃO CONFIGURADA. HORAS 
EXTRAS DEVIDAS. A concessão parcial do horário intervalar gera, para o 
período anterior a 11/11/2017, o pagamento de 1 hora extra por dia, além de 
reflexos, conforme redação anterior do art. 71, §4º da CLT, aplicável ao caso. 
Provido. 
SAFRA PERFORMANCE. RUBRICAS "PLR" E "PLR ANTECIPAÇÃO". 
COMISSÕES PAGAS NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E 
RESULTADOS (PLR). VALOR APURADO COM BASE EM CRITÉRIOS 
INDIVIDUAIS. INTEGRAÇÃO. Se o cálculo da PLR é feito com base na 
produtividade e na avaliação do desempenho individual do trabalhador, 
consubstancia comissão, em face do princípio da primazia da realidade. Possui, 
assim, natureza jurídica salarial, a despeito do nome dado pelas partes. 
Provido. PRÉ-CONTRATAÇÃO DE HORAS EXTRAS DO BANCÁRIO. 
SÚMULA 199 DO TST. CONTRATAÇÃO APÓS O FIM DO PERÍODO DE 
EXPERIÊNCIA. INVALIDADE. É pacífica a jurisprudência sobre a invalidade 
de pré-contratação de horas extras ao início do vínculo, o mesmo ocorrendo 
quando esta pactuação é feita ao fim do contrato de experiência (Súmula nº 
199, TST). Provido. INTEGRAÇÃO DE PARCELAS VARIÁVEIS. O pagamento 
habitual de parcelas variáveis e que decorrem do trabalho (em período anterior 
à vigência da Lei 13467/17) gera reflexos nas demais parcelas trabalhistas, tais 
como férias, décimos terceiros e FGTS. Provido. 
[...] 
Assinado eletronicamente por: LUCAS LUIS GOBBI - Juntado em: 03/08/2023 10:17:03 - 4fd48a6
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(Acórdão. Processo: 0000521-17.2017.5.07.0005. Relator (a): Regina Gláucia 
Cavalcante Nepomuceno. Órgão Julgador: 1ª Turma. Incluído/Julgado em: 
13/08/2020. Publicado em: 25/08/2020). 
Url: 
https://pje.trt7.jus.br/consultaprocessual/detalhe-processo/0000521-
17.2017.5.07.0005 
 
Importante destacar que a decisão acima colacionada, trata-se 
de situação análoga envolvendo o BANCO SAFRA, reconhecendo-se a 
imprestabilidade dos registros de ponto. 
 
Portanto, tem-se que a realidade dos empregados do banco Reclamado 
é a prestação habitual de horas extraordinárias e a consequente imprestabilidade dos 
controles de jornada. 
 
02. DA SUPOSTA NULIDADE POR JULGAMENTO ULTRA PETITA – DO 
RECALCULO DAS HORAS EXTRAS JÁ ADIMPLIDAS 
 
 A Reclamada, ora Recorrente, alega suposta nulidade da r. sentença do 
juízo “a quo”, por julgamento ultra petita no tocante ao recálculo das horas extras pagas 
ao longo do vínculo laboral, no seguinte trecho colacionado a seguir: 
 
Passo à análise das horas extraordinárias. 
 
Afirmou o autor que trabalhava de segunda a sexta-feira, das 08h às 
19hs30min, com 20 minutos de intervalo intrajornada e das 07h30min às 20h, 
nos dias de pico, considerados 10 dias úteis ao mês. 
 
A reclamada refutou as alegações autorais, afirmando que a reclamante sempre 
registrou a jornada de forma correta e devidamente compensadas, não cabendo 
horas extraordinárias. 
 
Através da prova oral produzida, verifica-se que a jornada registrada nas 
folhas de ponto era fictícia, fruto de uma orientação do gestor da 
reclamante, não servindo como meio de prova da efetiva jornada de 
trabalho da autora. Entretanto, entendo que estas são válidas para a 
comprovação dos dias efetivamente trabalhados. 
 
Desta feita, considerando a prova produzida e as imprecisões de horários 
informados, entendo que a autora efetivamente cumpria jornada de trabalho 
de segunda a sexta-feira, das 08h às 19hs30min, com 20 minutos de 
intervalo intrajornada, levando-se em consideração também 10 dias úteis ao 
mês entendidos como dias de pico, com jornada das 07h30min (sete horas e 
trinta minutos) às 20h (vinte horas). 
 
Assim, com base na jornada anotada nos cartões de ponto juntados, o pleito 
de horas extras em razão do extrapolamento do julgo procedente módulo diário 
de 8 horas ou semanal de 40 horas, dos dias efetivamente laborados, de forma 
não cumulativa, no que for mais benéfico à reclamante, durante todo o período. 
Ante a habitualidade das horas extras, inválido qualquer acordo de 
compensação de jornada. 
 
As horas suplementares assim apuradas deverão refletir, pela habitualidade 
com que foram prestadas, em descanso semanal remunerado (Súmula 172 do 
TST), aviso prévio, férias acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salário e FGTS. 
Base de cálculo nos termos da Súmula 264 do TST, observando-se os dias 
Assinado eletronicamente por: LUCAS LUIS GOBBI - Juntado em: 03/08/2023 10:17:03 - 4fd48a6
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https://pje.trt7.jus.br/consultaprocessual/detalhe-processo/0000521-17.2017.5.07.0005https://pje.trt7.jus.br/consultaprocessual/detalhe-processo/0000521-17.2017.5.07.0005
 
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efetivamente laborados (controles de jornada juntados aos autos) e a evolução 
salarial da reclamante. Divisor 220 sobre o salário base (observados os 
contracheques acostados aos autos). Adicional de 50% ou adicional mais 
benéfico, previsto em negociação coletiva. 
 
Ressalto que a majoração do repouso semanal remunerado, em razão da 
integração das horas extras habitualmente prestadas, não repercute no cálculo 
das férias, gratificação natalina, e do FGTS, sob pena de caracterização de "bis 
in idem", nos termos da OJ 394 da SDI-I/TST. Friso que o Tribunal Superior do 
Trabalho decidiu que o valor do descanso semanal remunerado majorado pelo 
pagamento habitual de horas extras deve repercutir, também, sobre outras 
parcelas salariais, como férias, 13º salário, aviso prévio e FGTS. Todavia, o 
novo entendimento, definido no julgamento de incidente de recurso repetitivo 
(IRR), deverá ser aplicado às horas extras prestadas a partir de 20/3/2023. 
 
Devem ser deduzidas as horas extras pagas, observando-se o valor integral e 
aferidas pelo total das horas extraordinárias quitadas, durante o contrato de 
trabalho, sem se limitar ao mês, segundo entendimento da Orientação 
Jurisprudencial 415 da SDI-I do TST. 
 
No que tange às horas extras eventualmente pagas na vigência do 
contrato de trabalho, julgo procedente o pleito de diferenças nas horas 
extraordinárias comprovadamente pagas. As horas extras deverão ser 
recalculadas segundo os parâmetros definidos nesta sentença, 
inclusive reflexos. 
 
Com relação ao intervalo intrajornada, nos termos do artigo 71, § 4º, da CLT o 
intervalo não concedido ou não usufruído pelo empregado deve ser remunerado 
com o valor correspondente ao da hora normal, acrescida de, no mínimo, 50%. 
Assim, mas com natureza expressamente indenizatória (§4º, procedente o 
pedido, art. 71, CLT) e apenas é objeto de condenação o tempo suprimido (40 
minutos). 
 
 Conforme se observa no trecho acima transcrito, o MM. Magistrado de 
primeiro grau, corretamente, decidiu pelo recálculo das horas extras adimplidas, haja 
vista a base de cálculo utilizada, bem como os reflexos deferidos e o modulo mensal 
deferido em sentença. 
 
 Ademais, os argumentos da Reclamada não devem prosperar, 
considerando que, diferentemente do que alega em sede de Recurso Ordinário, o 
Reclamante, de maneira clara realizou o referido requerimento em sede de exordial 
(ID. d146b52 – Fls. 28), não havendo o que se falar em sentença ultra petita, 
conforme se observa a seguir: 
 
 
 
Assinado eletronicamente por: LUCAS LUIS GOBBI - Juntado em: 03/08/2023 10:17:03 - 4fd48a6
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 Por fim, o referido pleito fora renovado em sede de réplica (ID. 
9b930c8 – Fls. 411), convém ressaltar que os argumentos apresentados pelo MM. 
Magistrado de primeiro grau, referem-se aos parâmetros balizadores utilizados pela 
empresa para pagamento das horas extras eventualmente adimplidas, uma vez que 
utilizada base de cálculo, modulo mensal e reflexos diversos dos estabelecidos no 
julgado, portanto, o indeferimento do pleito representaria o enriquecimento sem causa 
da recorrente. 
 
 Ante o exposto, não há o que se falar em nulidade pelo julgamento ultra 
petita, devendo manter-se irretocável a r. sentença quanto a este tópico específico. 
 
03. DA SUPOSTA NULIDADE POR NÃO ACOLHIMENTO DA CONTRADITA DA 
TESTEMUNHA AUTORAL – SÚMULA 357 DO C. TST – AUSÊNCIA DE 
CERCEAMENTO DE DEFESA 
 
 A Reclamada, ora Recorrente, inconformada com o não acolhimento da 
contradita da testemunha autoral, reforça a tese de ausência de ânimo, pelo fato de a 
testemunha possuir processo em face à Reclamada, contendo os mesmos pedidos que 
a presente Reclamação Trabalhista. 
 
 Entretanto, correta a decisão do MM. Magistrado de primeiro grau que 
indeferiu a contradita apresentada, com base na Súmula 357 do C. TST, nos seguintes 
termos: 
Única testemunha da reclamante, Sra. ELAYNE VALESKA DA SILVA 
FERNANDES, CPF 695.534.593-15, brasileira, casada, gerente comercial, 
residente na Rua Coronel Jucá 330, apto 2101 - Meireles - Fortaleza - CE, que 
será utilizado também para a instrução do processo de nº 0000870-
03.2020.5.07.0009: Contraditada a testemunhas nos seguintes termos: "No 
que pese entendimento sumulado no TST acerca da inexistência de 
impedimento ou suspeição para figurar na condição de testemunha funcionários 
que possuam reclamação trabalhista em face das empresas reclamadas, argui-
se a presente contradita em face da testemunha apresentada em juízo, haja 
vista que a mesma possui reclamação trabalhista ajuizada contra a empresa, 
sendo a mesma patrocinada, salvo melhor juízo, pelo mesmo escritório da 
reclamante, com identidade de pedidos, em especial os pedidos de equiparação 
salarial com a Sra. Sra. Caroline Slywezuk, horas extras, intervalo intrajornada, 
desgaste de veículos e participação nos lucros. Tais fatos demonstram de 
maneira inequívoca, data vênia, que a testemunha não possui a isenção 
necessária para figurar na condição de testemunha juramentada, ainda que, no 
caso de falso testemunho, venha a por em risco a sua própria liberdade. É o 
que se requer. 
Decido: Nos moldes da Súmula 357 do C. TST, o fato da testemunha 
litigar em face do mesmo empregador não a torna suspeita, eis que 
pode, prestar válida colaboração com o Poder Judiciário na apuração 
de fatos controvertidos em análise no processo. Rejeitada a contradita. 
(Grifamos) 
 
Entretanto, tais argumentos não são suficientes para impedir a 
testemunha de depor em juízo, conforme entendimento consolidado pelo C. TST na 
Súmula 357, vejamos: 
 
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SÚMULA Nº 357 - TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A MESMA RECLAMADA. 
SUSPEIÇÃO 
Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou 
de ter litigado contra o mesmo empregador. 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
 
 Logo, completamente ilógico os argumentos do banco Reclamado, de 
que tal situação se enquadraria como excludente ao previsto na referida Súmula, pelo 
simples fato de possuírem ações com pedidos idênticos. 
 
 Esse é o entendimento deste E. Regional: 
 
NULIDADE DA SENTENÇA. CERCEAMENTO DE DEFESA. CONTRADITA DE 
TESTEMUNHA. TROCA DE FAVORES. TESTEMUNHAS RECÍPROCAS. SUSPEIÇÃO 
ACOLHIDA COM BASE EM MERA PRESUNÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA TST 
Nº 357. Não se pode presumir a troca de favores entre reclamante e 
testemunha, havendo necessidade de comprovação inequívoca da 
suspeição da testemunha, ainda que haja identidade de pedidos nas 
respectivas reclamações trabalhistas e que o autor seja testemunha na 
ação movida por testemunha por ele indicada. Assim, a falta de isenção de 
ânimo da testemunha deve sempre ser apurada de modo concreto. A 
vedação genérica de depoente e autor figurarem como testemunhas recíprocas 
acaba por inviabilizar o próprio direito à dilação probatória (art. 369, CPC), além 
de configurar afronta à garantia constitucional do contraditório e da ampla 
defesa (art. 5º, LV, CF). Contradita rejeitada. Sentença anulada. Recurso 
ordinário provido. (TRT-7 - RORSum: 00000950320205070004 CE, Relator: 
PLAUTO CARNEIRO PORTO, 1ª Turma, Data de Publicação: 07/10/2021) 
 
PRELIMINAR DE SUSPEIÇÃO DE TESTEMUNHAS. AÇÕES COM PEDIDOS 
IDÊNTICOS. CONTRADITA AFASTADA. A jurisprudência pacífica doTribunal 
Superior do Trabalho não considera suspeita a testemunha pelo fato de 
postular em Juízo contra o mesmo demandado, ainda que seja 
reivindicando pedido idêntico ao da reclamante, visto que como as 
agressões sofridas pelos trabalhadores são as mesmas em muitos casos, no 
contexto de uma empresa, não é incomum que a lesão a determinados direitos 
trabalhistas alcance uma quantidade considerável de trabalhadores que, por 
terem vivenciado o problema no mesmo ambiente e no mesmo período, serão 
naturalmente as testemunhas umas das outras. Deste modo, aplica-se a 
Súmula Nº 357, do TST. Preliminar rejeitada. (TRT-7 - RO: 
00017461620155070014, Relator: FRANCISCO JOSÉ GOMES DA SILVA, Data 
de Julgamento: 28/08/2017, Data de Publicação: 30/08/2017) 
 
 O Colendo Tribunal Superior do Trabalho possui entendimento pacificado 
neste mesmo sentido, senão vejamos: 
 
RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DAS 
LEIS NºS 13.015/14 E 13.467/17. CONTRADITA DE TESTEMUNHA. 
ACOLHIMENTO PELO TRIBUNAL REGIONAL. TROCA DE FAVORES. PRESUNÇÃO. 
Esta Corte pacificou o entendimento de que o mero fato de a 
testemunha indicada estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo 
empregador não a torna suspeita, ainda que haja ações com pedidos 
idênticos, salvo se comprovada de forma inequívoca a troca de favores. 
Inteligência da Súmula nº 357 do c. TST. Na hipótese, extrai-se do acórdão 
recorrido que o Tribunal Regional concluiu pelo acolhimento da contradita de 
testemunha arrolada pelo autor pelo fato de aquela ter ajuizado ação de 
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indenização por dano moral em face do ex-empregador, sem a demonstração 
inconteste de que se revelava indigno de fé o seu depoimento, ou seja, por 
mera presunção de parcialidade. Recurso de revista conhecido, por 
contrariedade à Súmula nº 357 do TST, e provido. (TST - RR: 
111567820175030034, Relator: Alexandre De Souza Agra Belmonte, Data de 
Julgamento: 16/02/2022, 3ª Turma, Data de Publicação: 18/02/2022) 
 
Por fim, é válido mencionar que o escritório que patrocina o autor conta 
com mais de 40 anos no mercado de trabalho, possuindo renome nacional, com atuação 
em quase todos os estados do país. 
 
Assim, durante tantos anos, permanece com reputação ilibada e 
atuando de maneira leal com as partes adversas, regido sempre pela boa-fé 
processual, agindo estritamente dentro da lei. Isto é, jamais fazendo uso de 
“táticas” desleais ou na mera tentativa infundada de ludibriar o Judiciário. 
 
Suscitar quaisquer dessas ideias trazidas pela recorrente/reclamada, 
seria menosprezar a inteligência de Vossas Excelências, de todo o Tribunal Regional da 
7ª Região, e dos juízes de primeiro grau, já que insinua que o escritório que subscreve 
esta peça é capaz de intrujar todo o judiciário trabalhista. 
 
Até mesmo porque, Excelências, se existem empresas descumprindo 
as leis trabalhistas é DEVER dos detentores do poder judiciário, por meio dos seus 
representantes, lutarem pelos direitos dos desfavorecidos, utilizando-se da boa-fé e 
lealdade processual, conforme sempre atuou este Escritório, com reconhecimento de 
padrão de excelência, inclusive internacional. 
 
Aparentemente, dar-se a entender que a empresa demandada não 
possui argumentos plausíveis para defender suas teses, e busca a todo e qualquer custo 
depreciar a banca patrocinadora. 
 
Ora, se há condenações em diversas varas, dos mais distintos 
juízes/juízas, turmas variadas e diversos desembargadores, é questionável se quem 
está errado é o lado (hipossuficiente) do trabalhador, como aduz a parte reclamada, ou 
é a empresa empregadora, que não cumpre com as normas trabalhistas. 
Desse modo, considerando o entendimento pacífico do C. TST, 
consolidado por meio da Súmula 357, o simples fato de possuir processo contra a 
reclamada não torna a testemunha suspeita, ainda mais se consideramos que, por 
estarem inseridas no mesmo ambiente de trabalho, devendo ser mantido o não 
acolhimento da contradita. 
 
06. DO VALOR ATRIBUÍDO À CAUSA E DA IMPOSSIBILIDADE DE LIMITAÇÃO 
DO VALOR DA CONDENAÇÃO 
- Aplicação do art. 12, § 2º, da Instrução Normativa 41/2018, do TST 
O banco Reclamado, ora recorrente, requer a reforma da r. sentença, 
de modo que o valor da condenação seja limitado ao valor do pedido da inicial. No 
entanto, convém esclarecer que os valores são apenas estimativas, razão pela qual 
a condenação não deve ser limitada, devendo ser apurado em liquidação de 
sentença. 
 
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Destaca-se que valor atribuído à causa não vincula o Juízo na fixação 
do valor da condenação, que é calculada com base nas parcelas deferidas, após detida 
apreciação das mesmas, de modo que não importará em prejuízo para a reclamada 
eventual excesso do valor pretendido. 
 
Além do mais, é impossível um cálculo exato quando não se tem 
toda a documentação necessária para fazê-lo. Dada a vênia cabível, não tem 
lógica o Judiciário reconhecer um direito devido e condenar a Reclamada a pagamento 
inferior. 
 
Elidindo quaisquer dúvidas sobre o tema, o C. TST expediu a Instrução 
Normativa nº 41/2018, que em seu artigo 12, § 2º determina o seguinte: 
 
“Para fim do que dispõe o art. 840, §§ 1º e 2º, da CLT, o valor da causa 
será estimado, observando-se, no que couber, o disposto nos arts. 291 a 
293 do Código de Processo Civil.” 
 
Ainda, a reforma trabalhista trouxe ao ordenamento jurídico a exigência 
de que os pedidos sejam certos, determinados e com indicação de valor. No entanto, 
o fato de os pedidos serem determinados não significa que eles sejam, 
efetivamente, já liquidados na inicial, com valores exatos. O que a reforma busca 
é que não sejam feitos pedidos totalmente abertos/ genérico, não exigindo um cálculo 
minucioso dos pleitos constantes da inicial. Até mesmo para dar uma ideia ao 
magistrado do valor da causa dos pleitos, para fins de arbitramento das custas 
processuais ou mesmo para identificar o rito processual. 
 
Logo, não se afigura necessária a apresentação minuciosa do cálculo 
para o atingimento do valor explicitado, podendo, inclusive, a parte fazer mera 
estimativa destes valores, se assim for possível, ou, não sendo possível, continua a 
valer a liquidação dos pedidos quando da execução. 
 
É válido salientar que, embora o art. 492 do CPC ensine que é defeso 
ao Juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em 
quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado, o simples fato 
de os valores liquidados da fase de execução de sentença eventualmente 
serem maiores do que os indicados na exordial não é o mesmo de decisão 
diversa do requerido ou condenação em quantidade superior. 
 
Nesse sentido, correta a r. sentença, vejamos: 
 
- LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AOS VALORES DOS PEDIDOS 
INDICADOS NA PETIÇÃO INICIAL. 
A presente demanda foi ajuizada sob a vigência da Lei 13.467/17, que alterou 
o art. 840, § 1º, da CLT, o qual passou a exigir que o pedido nas ações 
trabalhistas deve ser certo, determinado e com indicação de seu valor. 
Assim, caso a parte autora formule pedidos com valores líquidos na petição 
inicial, mas não registre qualquer ressalva, tem limitada eventual condenação 
a tais parâmetros, por expressa dicção dos arts. 14 e 492 do CPC, devendo o 
juiz ater-se aos referidos valores, sob pena de incorrer em julgamento ultra 
petita. 
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Nesse sentido, jurisprudência majoritária do C. TST (por todos, a decisão da 
SBDI-1, no processo E-ARR-10472-61.2015.5.18.0211, Relator Ministro 
Walmir Oliveira da Costa, DEJT 29/05/2020). 
No caso em análise, verifico que a parte autora apresentou ressalva na 
exordial, indicando, por exemplo, que os valores traduziam um total 
aproximado. 
Logo, não há falar em limitação. 
(Grifamos) 
 
Ademais, o C. TST, em julgados recentes, posicionou-se no 
sentido de que a atribuição de valores estimados aos pedidos na petição inicial 
não limita a condenação. Confira-se. 
 
"AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO 
PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017. LIMITAÇÃO DA 
CONDENAÇÃO. VALORES ATRIBUÍDOS NA PETIÇÃO INICIAL. 
TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA RECONHECIDA. Agravo a que se dá 
provimento para examinar o agravo de instrumento em recurso de revista. 
Agravo provido. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 
ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017. LIMITAÇÃO DA 
CONDENAÇÃO. VALORES ATRIBUÍDOS NA PETIÇÃO INICIAL. 
TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA RECONHECIDA. Em razão de provável 
caracterização de divergência jurisprudencial, dá-se provimento ao agravo de 
instrumento para determinar o prosseguimento do recurso de revista. Agravo 
de instrumento provido. RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA 
VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017. LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO. 
VALORES ATRIBUÍDOS NA PETIÇÃO INICIAL. TRANSCENDÊNCIA 
POLÍTICA RECONHECIDA. A jurisprudência desta Corte segue no sentido de 
que a atribuição de valores específicos aos pedidos formulados na petição 
inicial, sem registrar qualquer ressalva, fixa os limites da prestação 
jurisdicional, por expressa dicção do art. 492 do CPC. Precedentes. Na 
hipótese dos autos, contudo, a parte registrou expressamente, na 
exordial, que os valores elencados para cada um dos pedidos se 
tratava de mera estimativa, bem como pleiteou pela apuração do valor 
da condenação em liquidação. Assim, ao contrário do que entendera o 
e. TRT, os valores indicados na petição inicial devem ser considerados 
como estimativa das pretensões deduzidas, sendo que a apuração do 
valor da condenação deve ocorrer em liquidação, não havendo falar em 
limitação aos valores elencados na inicial. Recurso de revista 
conhecido e provido.” 
(RR-1000634-87.2018.5.02.0447, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, 
DEJT 22/10/2021). 
Url:https://jurisprudencia-
backend.tst.jus.br/rest/documentos/67e993db27c8ef27d26a84aa0b8fdec0 
 
"I - AGRAVO EM RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE INTERPOSTO NA 
VIGÊNCIA DA LEI 13.467/2017. LIMITAÇÃO DO VALOR DA CONDENAÇÃO 
AOS VALORES INDICADOS EXPRESSAMENTE NA PETIÇÃO INICIAL. 
MENÇÃO EXPRESSA NA INICIAL DE QUE OS 
VALORES ERAM MERAS ESTIMATIVAS. Constatada 
violação do art. 840, § 1º, da CLT, é de se prover o agravo para determinar o 
processamento do recurso de revista. Agravo provido. II - RECURSO DE 
REVISTA DO RECLAMANTE INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 
13.467/2017. LIMITAÇÃO DO VALOR DA CONDENAÇÃO AOS VALORES 
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https://jurisprudencia-backend.tst.jus.br/rest/documentos/67e993db27c8ef27d26a84aa0b8fdec0
https://jurisprudencia-backend.tst.jus.br/rest/documentos/67e993db27c8ef27d26a84aa0b8fdec0
 
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INDICADOS EXPRESSAMENTE NA PETIÇÃO INICIAL. MENÇÃO 
EXPRESSA NA INICIAL DE QUE OS VALORES ERAM MERAS 
ESTIMATIVAS. 1.1. De acordo com o entendimento desta Corte Superior, 
quando a petição inicial contém pedido líquido e certo, a condenação em 
quantidade superior ao indicado na inicial, importa em julgamento ultra petita. 
1.2. No caso, todavia, verifica-se que o reclamante, na inicial, informou 
expressamente que a indicação dos valores foi realizada por 
estimativa. Em tal hipótese, não há de se falar em limitação da 
condenação aos valores atribuídos a cada um dos pedidos da inicial. 
Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido." 
(Ag-RR-1000570-33.2019.5.02.0321, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaide 
Alves Miranda Arantes, DEJT 10/09/2021). 
Url:https://jurisprudencia-
backend.tst.jus.br/rest/documentos/241e82045c3c3ae829edfd23408b9d0 
 
"I - AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA 
INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.467/2017. VALOR DA 
CONDENAÇÃO CONCERNENTE À EQUIPARAÇÃO SALARIAL. LIMITAÇÃO 
AO VALOR ESTIMADO NA PETIÇÃO INICIAL. ARTIGO 840, §1º, DA CLT. 
ALTERAÇÃO PROMOVIDA PELA LEI Nº 13.467/2017. Ante as razões 
apresentadas pelo agravante, afasta-se o óbice oposto no despacho agravado. 
Agravo conhecido e provido. II - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE 
REVISTA. VALOR DA CONDENAÇÃO CONCERNENTE À EQUIPARAÇÃO 
SALARIAL. LIMITAÇÃO AO VALOR ESTIMADO NA PETIÇÃO INICIAL. 
ARTIGO 840, §1º, DA CLT. ALTERAÇÃO PROMOVIDA PELA LEI Nº 
13.467/2017. TRANSCENDÊNCIA RECONHECIDA. 1. No caso presente, 
constato haver transcendência, tendo em vista tratar-se de questão nova nesta 
Corte Superior, inaugurada com a alteração do artigo 840, §1º, da CLT, 
promovida pela Lei nº 13.467/2017, a respeito da qual não se consolidou 
jurisprudência uniforme. 2. A decisão recorrida adotou o entendimento de que 
" Os valores [da condenação] deverão ser limitados ao postulado na letra "c" 
da inicial, acrescidos de juros e correção monetária ". Todavia, e a par da 
jurisprudência precedente à referida alteração legislativa, o TST aprovou a 
Instrução Normativa 41/2018, que regulamenta a aplicação das normas 
processuais contidas na CLT, alteradas ou acrescentadas pela Reforma 
Trabalhista, cujo artigo 12, §2º, estabelece que " § 2º Para fim do que dispõe 
o art. 840, §§ 1º e 2º, da CLT, o valor da causa será estimado, observando-
se, no que couber, o disposto nos arts. 291 a 293 do Código de Processo Civil 
" (grifo nosso). 3. Nessa medida, constata-se aparente violação do artigo 840, 
§1º, da CLT, nos moldes do artigo 896 da CLT, apta a ensejar o provimento do 
agravo de instrumento, nos termos do artigo 3º da Resolução Administrativa 
nº 928/2003. Agravo de instrumento conhecido e provido. III - RECURSO DE 
REVISTA. VALOR DA CONDENAÇÃO CONCERNENTE À EQUIPARAÇÃO 
SALARIAL. LIMITAÇÃO AO VALOR ESTIMADO NA PETIÇÃO INICIAL. 
ARTIGO 840, §1º, DA CLT. ALTERAÇÃO PROMOVIDA PELA LEI Nº 
13.467/2017. TRANSCENDÊNCIA RECONHECIDA. 1. Cinge-se a discussão 
à viabilidade da limitação do valor da condenação ao montante indicado para 
cada um dos pedidos elencados na petição inicial, diante das alterações 
promovidas pela Lei nº 13.467/2017, especialmente no que concerne à 
interpretação a ser dada ao artigo 840, § 1º, da CLT, segundo o qual " sendo 
escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das 
partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que 
deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a 
assinatura do reclamante ou de seu representante ". 3. Com efeito, e a par da 
jurisprudência precedente à referida alteração legislativa, o TST aprovou a 
Instrução Normativa 41/2018, que regulamenta a aplicação das normas 
processuais contidas na CLT, alteradas ou acrescentadas pela Reforma 
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https://jurisprudencia-backend.tst.jus.br/rest/documentos/241e82045c3c3ae829edfd23408b9d0
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Trabalhista, cujo artigo 12, §2º, estabelece que " § 2º Para fim do que dispõe 
o art. 840, §§ 1º e 2º, da CLT, o valor da causa será estimado, observando-
se, no que couber, o disposto nos arts. 291 a 293 do Código de Processo Civil 
" (grifei). 4. Nesse contexto, e tendo-se em conta que houve pedido expresso 
da parte, no sentido de que fossem " h) ... as verbas deferidas apuradas em 
regular liquidação por cálculos ", infere-se que a decisão regional, que limitou 
a condenação concernente à equiparação salarial ao valor do pedido indicado 
na petição inicial, viola o artigo 840, § 1º, da CLT. Com efeito, em relação à 
verba em apreço, é razoável que os valores objeto da condenação 
sejam apurados definitivamente em liquidação, quando então possível 
aferir, com base nos documentos e demais informações trazidas aos 
autos, o quantum realmente devido, razão pela qual não se pode, na 
espécie, limitar a condenação aos valores expressos na petição inicial, 
porquanto meramente estimativos. Recurso de revista conhecido e 
provido." 
(RR-1000514-58.2018.5.02.0022, 1ª Turma, Relator Ministro Hugo Carlos 
Scheuermann, DEJT 04/08/2021). 
Url:https://jurisprudencia-
backend.tst.jus.br/rest/documentos/b7439f8eef958c1bbcf3fc04bb3a6f5a 
 
"(...) LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AOS VALORES ATRIBUÍDOS AOS 
PEDIDOS NA PETIÇÃO INICIAL. AÇÃO AJUIZADA NA VIGÊNCIA DA LEI 
Nº 13.467/2017. MENÇÃO EXPRESSA NA INICIAL DE QUE OS VALORES 
ERAM MERAMENTE ESTIMATIVOS. 1 - Há transcendência jurídica quando 
se constata em exame preliminar a controvérsia sobre questão nova em torno 
da interpretação da legislação trabalhista. No caso concreto se discute a 
interpretação a ser dada ao artigo 840, § 1º, da CLT, com a redação dada pela 
Lei nº 13.467/2017, c/c artigos 141 e 492 do NCPC. 2 - A reclamação 
trabalhista foi ajuizada na vigência da Lei nº 13.467/2017 e a ela se aplicam 
as diretrizes do artigo 840, § 1º, da CLT, segundo o qual "sendo escrita, a 
reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a 
breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser 
certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do 
reclamante ou de seu representante". 3 - O artigo 141 do Código de Processo 
Civil, por seu turno, preceitua que "o juiz decidirá o mérito nos limites 
propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas 
a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte". Por sua vez, o artigo 492 do CPC 
dispõe que "é vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, 
bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do 
que lhe foi demandado". 4 - Não se ignora que a jurisprudência pacificada no 
âmbito desta Corte Superior é no sentido de que, na hipótese em que há pedido 
líquido e certo na petição inicial, eventual condenação deve se limitar aos 
valores atribuídos a cada um desses pedidos. Julgados citados. 5 - Contudo, 
no caso concreto, o TRT deu provimento ao recurso ordinário do 
reclamante para excluir da condenação a determinação de limitação 
das verbas a serem apuradas aos valores indicados na inicial, 
assinalando que os valores indicados na inicial não eram líquidos e 
certos, e foram " indicados na inicial como meras estimativas, como 
expressamente alertado pelo autor ('valor meramente estimativo') ". 
6 - Desse modo, considerando que houve expressa menção na inicial 
de que os valores eram meramente estimativos, não há que se falar 
em limitação da condenação, estando incólumes os artigos 141 e 492 
do NCPC e 884 do CCB. Há julgados. 7 - Agravo de instrumento a que 
se nega provimento." 
(AIRR-10141-36.2019.5.15.0110, 6ª Turma, Relatora Ministra Katia 
Magalhaes Arruda, DEJT 09/04/2021). 
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Vejamos o entendimento dos Tribunais Pátrios, inclusive, deste E. 
TRT da 7ª Região: 
 
LIMITE DA LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA AOS VALORES INDICADOS NA 
PETIÇÃO INICIAL. MERA ESTIMATIVA. 
Os valores indicados pela parte constituem mera estimativa, não 
podendo servir de limite aos valores porventura calculados em 
liquidação de sentença. 
Recurso ordinário interposto pela reclamante conhecido e parcialmente 
provido. 
(PROCESSO nº 0001290-15.2019.5.07.0018 (ROT), RELATOR: JEFFERSON 
QUESADO, Data de Julgamento: 26/10/2020, Data de Publicação: 
03/11/2020) 
URL:https://pje.trt7.jus.br/consultaprocessual/detalhe-processo/0001290-
15.2019.5.07.0018 
“EMENTA 
INÉPCIA DA INICIAL. A petição inicial não é inepta, porquanto atende aos 
requisitos do artigo 840 da CLT. O pedido aponta claramente a contratação de 
mão de obra terceirizada e o descumprimento das obrigações trabalhista pela 
empresa interposta, o que levou o sindicato autor a pedir a responsabilidade 
subsidiária do Estado do Ceará. Ademais, o Estado do Ceará conseguiu 
impugnar todos os pedidos especificamente, não demonstrando prejuízo ao 
exercício do contraditório. 
[...] 
LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR DA CAUSA. 
IMPOSSIBILIDADE. A indicação do valor da causa pelo reclamante, por óbvio, 
não tem o poder de impedir que, em regular liquidação de sentença, reste 
apurado valor que lhe seja superior, na medida em que, a teor do que preceitua 
o art. 2º, da Lei 5.584/70, tem a função tão somente de fixar a alçada. 
(Acórdão. Processo:0000512-23.2016.5.07.0027. Redator(a): Porto, Plauto 
Carneiro. Órgão Julgador:3ª Turma. Incluído/Julgado em: 11 mai. 2017. 
Publicado em: 14 mai. 2017). 
Biblioteca Digital do TRT7: 
http://bibliotecadigital.trt7.jus.br:80/xmlui/handle/bdtrt7/1090988 
 
Além disso, as seguintes decisões do demais Regionais: 
 
“2 - DA INDEVIDA LIMITAÇÃO DOS VALORES AOS MONTANTES 
INDICADOS NA INICIAL 
Neste item, argumenta o recorrente que os valores indicados na inicial são 
meramente estimativos, não tendo o poder de vincular a execução, 
notadamente se considerado que a reforma introduzida pela Lei 13.467/2017 
em momento algum suprimiu a etapa da liquidação. No seu sentir, é na 
liquidação da sentença que se procede à adequação da res judicata, 
transformando-a em quantum debatur, razão porque postula seja afastada a 
limitação da execução aos valores indicados na inicial. 
O Juízo de origem determinou o pagamento de determinadas verbas com 
observância dos "limites do pedido", como se depreende do item 1 do 
dispositivo, em relação ao décimo terceiro salário proporcional de 2014. 
A decisão deve ser reformada no particular. 
Inicialmente, observo que a presente ação foi ajuizada em 22/01/2019, já sob 
a égide da Lei 13.467/2017, de 13 de julho de 2017, com vigência a partir de 
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https://pje.trt7.jus.br/consultaprocessual/detalhe-processo/0001290-15.2019.5.07.0018
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11 de novembro do mesmo ano, que alterou a Consolidaçãodas Leis do 
Trabalho, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho. 
O § 1º do art. 840 da CLT, com a nova redação que lhe foi dada pela Lei 
13.467/2017, dispõe o seguinte: "§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá 
conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos 
fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e 
com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu 
representante." 
O pleito formulado pelo autor, como se depreende da inicial, envolve a 
quantificação de créditos não determinados, máxime se considerado o pleito 
relacionado a período anterior à anotação da CTPS, fortemente controvertido 
entre as partes. Os valores indicados pelo autor, portanto, jamais 
poderiam refletir o montante exato do crédito pretendido, tendo ele, 
para fins de cumprimento do requisito legal, apresentado mera 
estimativa do montante total do seu crédito. 
Friso que a alteração introduzida no § 1º do art. 840 da CLT, por ocasião da 
edição da Lei 13.467/2017, apenas exige uma valoração estimativa dos 
pedidos, tanto assim que o legislador não estabeleceu que a parte 
autora apresentasse planilha de cálculo de liquidação dos pedidos. 
Destarte, não poderia o Juízo de origem ter limitado o deferimento dos pleitos 
à estimativa indicada na peça vestibular, razão pela qual se impõe a reforma 
da decisão em tal sentido. 
Do exposto, dou provimento ao apelo para determinar que os valores 
deferidos ao reclamante sejam apurados quando da liquidação da 
sentença, sem qualquer limitação à estimativa numérica apresentada 
na petição inicial.” 
(TRT da 1ª Região, 6ª Turma, 0100044-71.2019.5.01.0078 ROT, julgado em 
06/05/2020, Desembargador CLAUDIA REGINA VIANNA MARQUES BARROZO). 
Url: 
https://bibliotecadigital.trt1.jus.br/jspui/handle/1001/2262785?mode=full 
 
“EMENTA 
LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR DA CAUSA. O artigo 840, § 1º, 
da CLT, ao dispor que a reclamação escrita deverá conter a indicação do valor 
do pedido, refere-se a uma mera estimativa, não de liquidação 
antecipada, mormente porque muitos cálculos demandam análise da 
documentação a ser apresentada pela parte ré.” 
(TRT da 4ª Região, 10ª Turma, 0020897-03.2019.5.04.0663 ROT, em 
29/04/2020, Desembargador Marcelo Goncalves de Oliveira). 
Url: 
https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/x9ZvgZ
wrmvbuXcF1VkMxHw?&tp=0020897-03.2019.5.04.0663 
 
“EMENTA 
LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AO VALOR DA INICIAL. RITO 
ORDINÁRIO. Tratando-se de processo submetido ao rito ordinário, em que 
pese a nova sistemática vigente, pela qual se exige a indicação do valor 
de cada pedido, entende-se que este requisito deve ser interpretado 
como um valor estimativo, tal como consta na recente Instrução 
Normativa nº 41, em 21 de junho de 2018, editada pelo TST. Logo, não 
pode limitar/vincular a liquidação do feito. Recurso provido.” 
(TRT da 4ª Região, 1ª Turma, 0020741-11.2018.5.04.0611 ROT, em 
09/10/2019, Desembargadora Lais Helena Jaeger Nicotti - Relatora). 
Url: 
https://pesquisatextual.trt4.jus.br/pesquisas/rest/cache/acordao/pje/WLBQhH
-O6xRGOaeYLygwVw?&tp=0020741-11.2018.5.04.0611 
 
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Não assiste razão ao banco Reclamado para que a condenação 
seja limitada ao valor dos pedidos, devendo ser aplicada o artigo 12, § 2º, da 
Instrução Normativa nº 41/2018. 
 
Portanto, devem manter-se intacta a sentença neste ponto específico. 
 
III. DO MÉRITO 
 
01. DAS HORAS EXTRAS E INTERVALO INTRAJORNADA 
- Da imprestabildiade dos cartões de ponto 
- Aplicação da Súmula 338, I do TST 
- Primazia da Realidade 
 
Logo de saída, necessário destacar que entendeu corretamente o 
MM. Magistrado pela invalidade dos cartões de ponto do Recorrido e, por 
derradeiro, pela prática de labor em horas extraordinárias realizadas pelo 
Reclamante, vejamos: 
 
Passo à análise das horas extraordinárias. 
 
Afirmou o autor que trabalhava de segunda a sexta-feira, das 08h às 
19hs30min, com 20 minutos de intervalo intrajornada e das 07h30min às 20h, 
nos dias de pico, considerados 10 dias úteis ao mês. 
 
A reclamada refutou as alegações autorais, afirmando que a reclamante sempre 
registrou a jornada de forma correta e devidamente compensadas, não cabendo 
horas extraordinárias. 
 
Através da prova oral produzida, verifica-se que a jornada registrada nas 
folhas de ponto era fictícia, fruto de uma orientação do gestor da 
reclamante, não servindo como meio de prova da efetiva jornada de 
trabalho da autora. Entretanto, entendo que estas são válidas para a 
comprovação dos dias efetivamente trabalhados. 
 
Desta feita, considerando a prova produzida e as imprecisões de horários 
informados, entendo que a autora efetivamente cumpria jornada de trabalho 
de segunda a sexta-feira, das 08h às 19hs30min, com 20 minutos de 
intervalo intrajornada, levando-se em consideração também 10 dias úteis ao 
mês entendidos como dias de pico, com jornada das 07h30min (sete horas e 
trinta minutos) às 20h (vinte horas). 
 
Assim, com base na jornada anotada nos cartões de ponto juntados, o pleito 
de horas extras em razão do extrapolamento do julgo procedente módulo diário 
de 8 horas ou semanal de 40 horas, dos dias efetivamente laborados, de forma 
não cumulativa, no que for mais benéfico à reclamante, durante todo o período. 
Ante a habitualidade das horas extras, inválido qualquer acordo de 
compensação de jornada. 
 
As horas suplementares assim apuradas deverão refletir, pela habitualidade 
com que foram prestadas, em descanso semanal remunerado (Súmula 172 do 
TST), aviso prévio, férias acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salário e FGTS. 
Base de cálculo nos termos da Súmula 264 do TST, observando-se os dias 
efetivamente laborados (controles de jornada juntados aos autos) e a evolução 
salarial da reclamante. Divisor 220 sobre o salário base (observados os 
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contracheques acostados aos autos). Adicional de 50% ou adicional mais 
benéfico, previsto em negociação coletiva. 
 
Ressalto que a majoração do repouso semanal remunerado, em razão da 
integração das horas extras habitualmente prestadas, não repercute no cálculo 
das férias, gratificação natalina, e do FGTS, sob pena de caracterização de "bis 
in idem", nos termos da OJ 394 da SDI-I/TST. Friso que o Tribunal Superior do 
Trabalho decidiu que o valor do descanso semanal remunerado majorado pelo 
pagamento habitual de horas extras deve repercutir, também, sobre outras 
parcelas salariais, como férias, 13º salário, aviso prévio e FGTS. Todavia, o 
novo entendimento, definido no julgamento de incidente de recurso repetitivo 
(IRR), deverá ser aplicado às horas extras prestadas a partir de 20/3/2023. 
 
Devem ser deduzidas as horas extras pagas, observando-se o valor integral e 
aferidas pelo total dashoras extraordinárias quitadas, durante o contrato de 
trabalho, sem se limitar ao mês, segundo entendimento da Orientação 
Jurisprudencial 415 da SDI-I do TST. 
 
No que tange às horas extras eventualmente pagas na vigência do contrato de 
trabalho, julgo procedente o pleito de diferenças nas horas extraordinárias 
comprovadamente pagas. As horas extras deverão ser recalculadas segundo os 
parâmetros definidos nesta sentença, inclusive reflexos. 
 
Com relação ao intervalo intrajornada, nos termos do artigo 71, § 4º, da CLT o 
intervalo não concedido ou não usufruído pelo empregado deve ser remunerado 
com o valor correspondente ao da hora normal, acrescida de, no mínimo, 50%. 
Assim, mas com natureza expressamente indenizatória (§4º, procedente o 
pedido, art. 71, CLT) e apenas é objeto de condenação o tempo suprimido (40 
minutos). 
 
Em vistas da – brilhante – decisão supra, a Reclamada, ora Recorrente 
interpôs Recurso Ordinário, o qual, antecipa-se, não merece ser provido. 
 
Dessa forma, o Juízo de 1º grau bem examinou as provas dos autos e 
aplicou o direito, não havendo razões fáticas e jurídicas para reformar a decisão, que 
se encontra em total harmonia com os ditames legais e com o conjunto probatório 
constante dos autos. 
 
Para obter a reforma, em síntese, sustenta a Reclamada que os horários 
registrados nos controles de jornada refletem a real jornada de trabalho da parte 
Autora. Seja ela registrada pelo cartão manual na agência ou pelo aplicativo. 
 
Contudo, a prova produzida nos autos comprova que os cartões de 
pontos anexados pelo banco não servem para comprovar a verdadeira jornada de 
trabalho do Autor. 
 
Vejamos, primeiramente, a prova oral produzida pela parte autora 
quanto ao tema: 
 
Única testemunha da reclamante, Sra. ELAYNE VALESKA DA SILVA 
FERNANDES, CPF 695.534.593-15, brasileira, casada, gerente comercial, 
residente na Rua Coronel Jucá 330, apto 2101 - Meireles - Fortaleza - CE, que 
será utilizado também para a instrução do processo de nº 0000870-
03.2020.5.07.0009: [...] 
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Advertida e compromissada. Depoimento: "Que a depoente trabalhou para o 
reclamado de fevereiro de 2018 a abril de 2020, na função de executiva de 
contas Safra Pay; que trabalhou com os reclamantes Marcela e Janderson; 
que a rotina de trabalho, horário de trabalho, as atribuições e condições de 
trabalho da depoente são equivalentes ao que ocorria para os 
reclamantes Marcela e Janderson; [...]; que quando a depoente entrou no 
banco a marcação de ponto se dava apenas no relógio de ponto na agência, 
com uso de crachá, que depois o banco adotou o sistema de registro de ponto 
através de aplicativo, que a partir de então o ponto poderia ser marcado ou 
pelo aplicativo, ou pelo relógio de ponto; que os horários registrados 
no ponto da depoente não correspondem aos horários 
efetivamente trabalhados, pois tinham que fazer a 
marcação entre 08:30h/09h e 18h/18:30h; que a 
orientação partia da gestora, Sra. Cláudia Camile; que com 
certeza erra orientação era do superior da Sra. Cláudia Camile; que a 
agência abria por volta das 07h/07:30h; que a agência era 
aberta pelo gerente administrativo (GA); que a depoente iniciava e 
finalizava a jornada na agência, pois sempre retornava para a agência 
após a visita ao último cliente; que a depoente começava a 
trabalhar por volta de 07:30h/08h e finalizava por volta 
de 19: 30h/20h; que a rotina da depoente era participar da 
reunião matinal, diariamente, com a gestora; que essa reunião durava 
em torno de 30 minutos; que depois a depoente ia fazer relatórios de visitas 
e seguia para a rua visitar o primeiro cliente, que normalmente era agendado 
por volta das 08:30h; que fazia em torno de 10/12 visitas a clientes; que 
a depoente finalizava o último cliente por volta das 19:30h e ia para a agência; 
que parava de parar efetivamente às 19:30h/20h; que a orientação 
da Sra. Cláudia era para que tirassem intervalo intrajornada entre 12h/13h ou 
entre 13h/14h, que a depoente definia que horas parava para intervalo, a 
depender das visitas aos clientes; que a depoente tinha, em média, 
30 minutos para almoço; que a depoente almoçava "na rua" ou se 
estivesse perto da agência podia almoçar na copa; que a depoente sempre 
marcava o gozo do intervalo intrajornada de uma ora, por 
orientação da gestão; [...]; que a depoente já chegou a almoçar 
com os reclamante Marcela e Janderson; que não existia no 
banco reclamado banco de horas ou compensação de jornada; 
que era possível fazer a marcação de pontos com registro de 
horas extras mediante a autorização da gestora; que a gestora 
autorizava a marcação de horas extras em caso de reuniões que se estenderam 
ou em caso de viagens; que a depoente nunca recebeu pagamento 
de horas extras, a não ser as horas extras autorizadas pela 
gestora; que todos os meses recebiam os espelhos de ponto e faziam 
a assinatura de tais espelhos; que não era possível discordar dos 
horários que estavam no espelho; [...]; que a agência funcionava 
até quando tivesse funcionário trabalhando dentro da agência; que a 
agência fechava em volta das 19:30h/20h; que o fechamento da 
agência também era responsabilidade do gerente administrativo; [...]”. 
 
A testemunha obreira, que exerceu a mesma função da 
Reclamante, prestou depoimento coerente e seguro, ratificando a 
impossibilidade de registro integral da jornada de trabalho. 
 
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Conforme acima demonstrado, ficaram comprovados os seguintes 
pontos: 
 
a) Que a depoente e a reclamante iniciavam suas jornadas por volta 
das 7h30 e finalizavam às 19h30/20h00; 
b) Que registravam no ponto por volta de 8h30/09h00 e no final da 
jornada registrava 18h/18h30, não podendo ser registrado um 
horário exato, conforme determinação do gestor; 
c) Que haviam reuniões matinais no início da jornada; 
d) Que registravam 1h de intervalo, por determinação do banco, no 
entanto, apenas usufruíam 30 minutos; 
e) Que as horas extras somente poderiam ser registradas mediante 
autorização do gestor; 
f) Que não poderiam discordar dos horários que estavam dispostos no 
cartão de ponto; 
g) Que não havia compensação de jornada ou banco de horas; 
h) Que fazia em torno de 10/12 visitas a clientes por dia. 
 
Destaca-se que a testemunha informou precisamente a rotina de 
trabalho dos Executivos, suas atribuições, atividades e quantidade de clientes, 
demonstrando que os horários registrados não refletiam a realidade. 
 
Resta nítido, portanto, que a Autora registrava ponto somente no 
horário determinado pela empresa Reclamada, sem a autorização para registro de todo 
o horário diário trabalhado. 
 
Ademais, importante destacar que a testemunha patronal informou 
não ter qualquer conhecimento quanto a jornada de trabalho da autora, se 
limitando a dizer que nunca almoçou com a autora e não sabe quanto tempo 
efetivamente ela usufruía de intervalo, informando, também, que não presenciava a 
reclamante chegando na agência. 
 
Vejamos: 
 
Única testemunha do reclamado: JOSEILSON DIOGENES URBANO, CPF 
310.036.053-20, brasileiro, casado, bancário, residente na Rua Matos 
Vasconcelos, 988 - Damas - Fortaleza - CE. [...]; que não se recorda de ter 
almoçado com os reclamantes Janderson e Marcela; que o depoente não 
faz marcação de ponto; que o depoente tem em média uma hora para almoço; 
que sabe que os reclamantes faziam registro de jornadapelo aplicativo do 
celular; [...]; que sabe que os reclamantes eram para ter uma hora de 
almoço mas se eles tiravam, ou não, o depoente não sabe informar; 
[...]; que o depoente não presenciava os reclamantes chegando na 
agência; [...]”. 
 
Portanto, a prova testemunhal patronal não foi capaz de 
informar a jornada de trabalho da reclamante, não havendo, neste ponto, 
produção de prova e sentido contrário, devendo ser considerada como 
verdadeira a jornada apontada na exordial. 
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Importante esclarecer a Vossas Excelências que as agências do 
banco Reclamado trabalham com um sistema de metas de registro de horas 
extras, chamada de “cota/orçamento de horas extras”. Toda agência do 
Reclamado recebe um orçamento mensal de registro de horas extras, o qual é 
distribuído pelo gerente geral da agência, de modo que não pode ultrapassar 
o referido limite. Ocorre que em razão da grande demanda de trabalho, os 
funcionários trabalham além dos registros de ponto. 
 
Por outro lado, algumas marcações esporádicas de horário próximo ao 
da inicial não tem o condão de dar validade à totalidade dos cartões ponto, uma vez 
que a jornada exposta na exordial é uma média da carga horária realizada. A 
Reclamante, ora Recorrida, executava diversas atribuições sem o devido registro de 
ponto, principalmente a realização de visitas e venda de produtos. 
 
Quantos aos cartões de ponto, devem ser considerados inválidos 
como meio de prova, eis que apresentam diversas incongruências, conforme 
reconhecido pelo magistrado a quo. 
 
Ademais, não merece reforma a sentença de piso no tocante ao recalculo 
das horas extras eventualmente adimplidas, como argumentado alhures, pois os 
parâmetros utilizados pela empresa recorrente passam ao largo do estabelecido na 
sentença vergastada. 
 
Isto posto, requer, desde já, a manutenção da r. sentença quanto à 
condenação do banco Reclamado ao pagamento das horas extras e intervalares, bem 
como os devidos reflexos e, a realização do recalculo das horas extras eventualmente 
adimplidas, uma vez que utilizados parâmetros diversos dos estabelecidos no presente 
julgado, inclusive no que tange os reflexos, módulo mensal e base de cálculo, 
ressalvando-se o que foi requerido em recurso obreiro próprio (Id 06e0418). 
 
02. DOS REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS DEFERIDAS EM RSR, E NAS DEMAIS 
PARCELAS – AUMENTO DA MÉDIA REMUNERATÓRIA. 
 
O banco Reclamado, ora Recorrente, pretende a reforma da sentença 
no sentido de que as horas extras prestadas não podem refletir nas demais verbas, haja 
vista ausência de habitualidade. 
 
Não merece prosperar. 
 
É brilhante a decisão ao entender que as horas extras e intervalares 
concedidas devem refletir em RSR e, após a integração deste com as horas extras 
(aumento da média remuneratória) com reflexo em décimo terceiro salário, férias 
acrescidas do terço constitucional, FGTS + multa de 40%, aplicando a OJ 394 da SDI-
I, do C. TST. 
 
É válido salientar que o E. TRT da 7ª Região recentemente adotou o 
seguinte posicionamento, nos exatos termos da sentença supra: 
 
“EMENTA 
AUMENTO DA MÉDIA REMUNERATÓRIA. No julgamento de Recurso 
Repetitivo (TST-IRR-10169-57.2013.5.05.0024), o Colendo Tribunal Superior 
Assinado eletronicamente por: LUCAS LUIS GOBBI - Juntado em: 03/08/2023 10:17:03 - 4fd48a6
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do Trabalho alterou o entendimento constante na OJ N.º 394 da SDI1, 
"estabelecendo que a majoração do valor do repouso semanal remunerado, 
decorrente da integração das horas extras habituais, deve repercutir no cálculo 
das demais parcelas salariais". No entanto, considerando que o texto da 
referida Orientação Jurisprudencial ainda não foi alterado, o C. TST tem 
modulado os efeitos de sua decisão, entendendo que a tese jurídica adotada no 
IRR-10169-57.2013.5.05.0024 "somente será aplicada aos cálculos das 
parcelas cuja exigibilidade se aperfeiçoe a partir da data do presente 
julgamento (inclusive), ora adotada como marco modulatório", ou seja, a partir 
de 14/12/2017. Logo, tendo em vista que a sentença foi prolatada em 
02/12/2019, após o marco modulatório (14/12/2017), dou 
provimento ao recurso nesse tópico, para determinar que sejam 
calculados os reflexos das horas extras nos dias de repouso e de ambos 
(horas extras e RSR) nas demais parcelas. Recurso conhecido e 
provido.” 
(Acórdão. Processo: 0001027-89.2019.5.07.0015. Redator(a): Alves Filho, 
Clovis Valenca. Órgão Julgador: 1ª Turma. Incluído/Julgado em: 30 out. 2020. 
Publicado em: 30 out. 2020). 
Url:https://pje.trt7.jus.br/consultaprocessual/detalhe-processo/0001027-
89.2019.5.07.0015 
 
Ademais, no Acórdão do processo 0000458-06.2020.5.07.0031, de 
Relatoria do Dr. FRANCISCO JOSÉ GOMES DA SILVA, restou decidido: 
 
“DA MAJORAÇÃO DO REPOUSO PELOS REFLEXOS DAS HORAS EXTRAS. 
REFLEXOS NAS DEMAIS PARCELAS 
Requer o recorrente, igualmente, que conforme os pedidos da exordial, que 
após o somatório das parcelas salariais consideradas para a base de cálculo das 
horas extras, que estas, pela habitualidade, reflitam nos repousos semanais 
remunerados e posteriormente, pelo aumento da média remuneratória, nas 
demais parcelas. 
Argumenta, que no julgamento de incidente de recurso de revista repetitivo 
IRR- 10169- 57.2013.5.5.0013, a SBDI-1 o TST fixou a tese jurídica de que "a 
majoração do valor do repouso semanal remunerado, decorrente da integração 
das horas extras habituais, deve repercutir no cálculo das férias, da gratificação 
natalina, do aviso prévio e do FGTS, sem que se configure a ocorrência de -bis 
in idem. 
Aduz, que tendo em vista que a sentença foi prolatada após o marco 
modulatório (14/12/2017), deve ser provido o pedido nesse tópico, para 
determinar que sejam calculados os reflexos das horas extras nos dias de 
repouso e de ambos (horas extras e RSR) nas demais parcelas deferidas, quais 
sejam, aviso prévio, gratificações natalinas, férias acrescidas do terço 
constitucional, FGTS, multa fundiária e verbas rescisórias. 
À análise. 
No julgamento do incidente de recurso de revista repetitivo IRR-10169-
57.2013.5.5.0013, a SBDI-1 do TST fixou a tese jurídica de que: 
"A majoração do valor do repouso semanal remunerado, decorrente da 
integração das horas extras habituais, deve repercutir no cálculo das férias, da 
gratificação natalina, do aviso prévio e do FGTS, sem que se configure a 
ocorrência de 'bis in idem'", culminando no cancelamento da Orientação 
Jurisprudencial 394 da SBDI-1 daquela Corte. 
No mesmo julgamento, fixou-se modulação dos efeitos decisórios, na forma do 
art. 927, § 3º, do NCPC, deliberando-se que a tese jurídica definida no 
incidente: 
"somente será aplicada aos cálculos das parcelas cuja exigibilidade se 
aperfeiçoe a partir da data do presente julgamento (inclusive), ora adotada 
como marco modulatório". 
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https://pje.trt7.jus.br/consultaprocessual/detalhe-processo/0001027-89.2019.5.07.0015
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No caso em análise, considerando-se que a presente decisão, sendo posterior 
ao julgamento do incidente de recursos repetitivos, deverá observar a nova 
diretriz fixada pelo TST, a saber, é devida a repercussão dos reflexosdas horas 
extras no repouso semanal remunerado na forma pretendida pelo obreiro. 
Dá-se provimento para afastar a aplicação da OJ 394 da SBDI-1 do TST 
em sua redação original.” 
Url:https://pje.trt7.jus.br/consultaprocessual/detalhe-
processo/00004580620205070031 
 
Esse inclusive é, a título exemplificativo, o entendimento da Súmula 19 
do E. TRT da 5ª Região, vejamos: 
 
“SÚMULA TRT5 Nº 0019 
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. DIFERENÇAS DECORRENTESDAS 
HORAS EXTRAS EM OUTROS CONSECTÁRIOS LEGAIS.INTEGRAÇÃO. 
INEXISTÊNCIA DE BIS IN IDEM. Deferida a repercussão das horas extras 
habituais no repouso semanal remunerado, na forma autorizada na súmula n. 
172 do C. TST, a incidência das diferenças daí advindas na remuneração obreira 
é direito inquestionável, tratando-se, na verdade, de consequência reflexa 
lógica, pois, se a base de cálculo da parcela do repouso semanal se modifica, a 
composição da remuneração também deverá sofrer a mesma alteração, sem 
que se cogite, nesse procedimento, de bis in idem.” 
(Resolução Administrativa nº 0065/2015 – Divulgada no Diário Eletrônico do 
TRT da 5ª Região, edições de 28, 29 e 30.10.2015, de acordo com o disposto 
no art. 187-B do Regimento Interno do TRT da 5ª Região).” 
 
Segundo os termos da Orientação Jurisprudencial nº 394 da Subseção 
1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), "a majoração do valor do repouso 
semanal remunerado, em razão da integração das horas extras habitualmente 
prestadas, não repercute no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso prévio 
e do FGTS, sob pena de caracterização de 'bis in idem". 
 
Ocorre que, no julgamento de Recurso Repetitivo (TST-IRR-10169-
57.2013.5.05.0024), o Colendo Tribunal Superior do Trabalho alterou o 
entendimento constante na referida OJ, "estabelecendo que a majoração do valor 
do repouso semanal remunerado, decorrente da integração das horas extras habituais, 
deve repercutir no cálculo das demais parcelas salariais". No entanto, considerando que 
o texto da OJ nº 394 da SDI1 ainda não foi alterado, o C. TST tem modulado os 
efeitos de sua decisão, entendendo que a tese jurídica adotada no IRR-10169-
57.2013.5.05.0024 "somente será aplicada aos cálculos das parcelas cuja exigibilidade 
se aperfeiçoe a partir da data do presente julgamento (inclusive), ora adotada como 
marco modulatório", ou seja, a partir de 14/12/2017. 
 
Citamos os seguintes arestos do C. TST nesse sentido: 
 
"A) AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMANTE. I) HORAS EXTRAS - 
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - REPERCUSSÃO EM OUTRAS 
VERBAS. 1. Tendo as verbas discutidas na presente ação se originado em data 
anterior ao julgamento do processo TST-IRR-10169-57.2013.5.05.0024, 
continuam a ser regidas pelo entendimento constante na Orientação 
Jurisprudencial 394 da SBDI-1, ainda não alterado por esta Corte Superior. 2. 
Desse modo, a decisão regional, ao não determinar a repercussão do repouso 
semanal remunerado majorado pelas horas extras nas demais parcelas de 
natureza salarial, decidiu em sintonia com a referida Orientação Jurisprudencial. 
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https://pje.trt7.jus.br/consultaprocessual/detalhe-processo/00004580620205070031
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(TST - RR: 81-48.2014.5.09.0303, Relator: Ives Gandra Martins Filho, Data de 
Julgamento: 14/11/2018, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 23/11/2018)." 
URL: 
https://jurisprudencia-
backend.tst.jus.br/rest/documentos/d5381f614d5957ed5d0bb07dace868b7 
 
"DESCANSO SEMANAL REMUNERADO MAJORADO PELA INTEGRAÇÃO 
DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS - AUMENTO DA MÉDIA 
REMUNERATÓRIA - REFLEXOS - POSSIBILIDADE - IRR-10169- 
57.2013.5.5.0013 - MODULAÇÃO DE EFEITOS. 1. No julgamento de 
incidente de recurso de revista repetitivo IRR- 10169-57.2013.5.5.0013, a 
SBDI-1 desta Corte fixou a tese jurídica de que "a majoração do valor do 
repouso semanal remunerado, decorrente da integração das horas extras 
habituais, deve repercutir no cálculo das férias, da gratificação natalina, do 
aviso prévio e do FGTS, sem que se configure a ocorrência de -bis in idem-". 2. 
Ocorre que, no referido julgamento, foi determinada modulação dos efeitos 
decisórios. Logo, a tese jurídica estabelecida no incidente "somente será 
aplicada aos cálculos das parcelas cuja exigibilidade se aperfeiçoe a partir da 
data do presente julgamento (inclusive), ora adotada como marco 
modulatório". 3. Portanto, ao presente caso, persiste a incidência da Orientação 
Jurisprudencial nº 394 da SBDI-1 do TST. Recurso de revista conhecido e 
provido. 
(Processo: RR - 942-30.2011.5.09.0015 Data de Julgamento: 23/10/2018, 
Relator Desembargador Convocado: Francisco Rossal de Araújo, 7ª Turma, 
Data de Publicação: DEJT 26/10/2018). 
URL: 
https://jurisprudencia-
backend.tst.jus.br/rest/documentos/20fcb55d21aaf78bc07c24370f463e36 
 
"AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE 
REVISTA. LEI Nº 13.015/14. DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 
MAJORADO PELA INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS. 
AUMENTO DA MÉDIA REMUNERATÓRIA. REFLEXOS. POSSIBILIDADE. 
IRR-10169-57.2013.5.5.0013 -MODULAÇÃO DE EFEITOS. Nos termos de 
precedentes desta Turma,"1. No julgamento de incidente de recurso de revista 
repetitivo IRR -10169-57.2013.5.5.0013, a SBDI-1 desta Corte fixou a tese 
jurídica de que"a majoração do valor do repouso semanal remunerado, 
decorrente da integração das horas extras habituais, deve repercutir no cálculo 
das férias, da gratificação natalina, do aviso prévio e do FGTS, sem que se 
configure a ocorrência de 'bis in idem'". 2. Ocorre que, no referido julgamento, 
foi determinada modulação dos efeitos decisórios. Logo, a tese jurídica 
estabelecida no incidente" somente será aplicada aos cálculos das parcelas cuja 
exigibilidade se aperfeiçoe a partir da data do presente julgamento (inclusive), 
ora adotada como marco modulatório". 3. Portanto, ao presente caso, persiste 
a incidência da Orientação Jurisprudencial nº 394 da SBDI-1 do TST. 
Fundamentos da decisão agravada não desconstituídos. Agravo interno de que 
se conhece e a que se nega provimento.” 
(Processo: Ag-AIRR - 20148-66.2014.5.04.0402 Data de Julgamento: 
17/10/2018, Relator Desembargador Convocado: Ubirajara Carlos Mendes, 7ª 
Turma, Data de Publicação: DEJT 26/10/2018). 
URL: 
https://jurisprudencia-
backend.tst.jus.br/rest/documentos/b1a7dfde15ce2d9a9af4ace048e5c899 
 
Logo, tendo em vista que a sentença foi prolatada após o marco 
modulatório (14/12/2017), deve ser mantida a sentença no sentido de que sejam 
calculados os reflexos das horas extras nos dias de repouso e, destes (horas extras e 
Assinado eletronicamente por: LUCAS LUIS GOBBI - Juntado em: 03/08/2023 10:17:03 - 4fd48a6
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https://jurisprudencia-backend.tst.jus.br/rest/documentos/d5381f614d5957ed5d0bb07dace868b7
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https://jurisprudencia-backend.tst.jus.br/rest/documentos/20fcb55d21aaf78bc07c24370f463e36
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03. DA BASE DE CÁLCULO DAS HORAS EXTRAS

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