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Prova clin de rum 1 RESPOSTAS

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Respostas:
1-Tanto o Fígado gorduroso quanto a cetose são patologias que ocorrem em vacas durante o Período de Transição e são consequências do Balanço Energético Negativo, que é quando a exigência energética é maior que o consumo e o animal precisa recorrer a suas reservas, a diminuição do consumo causa hipoglicemia e consequentemente a hipoinsulinemia e isso desencadeia os hormonios lipolíticos a quebrar os lipídios de reserva em ácidos graxos livres. 
O Fígado gorduroso ou esteatose hepática é quando há acumulo de Ácidos Graxos Livres no citosol dos hepatócitos e eles sofrem reesterificação voltando a ser triglicerídeos. A proteína CPT1 é a responsável por levar esse triglicerídeo até a mitocôndria para ser oxidado e, portanto, se houver mais triglicerídeos do que ela consegue carregar isso favorecerá o acumulo de triglicerídeos no hepatócito. O VLDL é uma lipoproteína responsável por transportar o TGA para fora do hepatócito já que ele é hidrofóbico, portanto, a sobrecarga do VLDL também leva ao acumulo de TGA no fígado, e ruminantes já possuem uma certa deficiência em VLDL que pode predispor a isso. Fígado gorduroso é uma doença de rebanho, como sinais clínicos o animal pode ter apatia, anorexia e icterícia clínica, mastite, metrite, retenção placentária e em casos extremos o animal pode vir a óbito. 
A Cetose ocorre quando há o acumulo de Ácidos Graxos Livres no plasma, isso é consequência da oxidação parcial dos ácidos graxos na mitocôndria, que forma corpos cetônicos (ácido acetoacético, acetona e ácido β-hidroxibutírico) esses compostos ficam em altas concentrações nos tecidos, fluidos corporais (leite, urina e sangue) e no ar expirado. O processo é semelhante ao da esteatose, porém a diferença é que a cetose é favorecida quando há mais CPT1 disponível, pois mais ácidos graxos livres serão oxidados, favorecendo a formação de corpos cetônicos. A oxidação parcial acontece quando há a falta de algum outro constituinte no ciclo de Krebs. A cetose também pode ser consequência de outras doenças como metrite, mastite, deslocamento do abomaso. Podem ser clinicas ou subclínicas e tem como sinais clínicos diminuição da produção de leite e gordura e diminuição da eficiência reprodutiva, perda de peso e de apetite, diminuição da produção de leite, atonia ruminal e odor de cetona no ar expirado.
2- No período de transição de vaca gestante para vaca não gestante e lactante as exigências de cálcio da vaca aumentam drasticamente (7x mais que os níveis circulantes), por isso os hormônios hipercalcemiantes como Paratormônio e Vitamina D são extremamente importantes para suprir as exigências metabólicas para produção de leite. A vitamina D está no sangue em sua forma inativa e é ativada pelo PTH no rim sofrendo uma hidroxilação, porém para que essa ativação ocorra o PH do sangue precisa estar levemente ácido.
A dieta aniônica é o recomendado para prevenir a Hipocalcemia, pois descobriu-se que o pH interfere na absorção de Cálcio por meio da ativação da Vit D que sintetiza uma proteína que aumenta a absorção de cálcio intestinal e reduz a excreção renal.
Uma dieta ideal deve manter os níveis de K abaixo de 1,6%; Manter Mg a 0,4%; P a 0,35-0,4%. 
Fornecer forragens com baixa de K, entre 1,8-2,0% da MS.
Mas além disso tudo o manejo da vaca deve começar no básico, como no conforto animal, com alimento e água disponível e de fácil acesso; evitar superlotação; drenagem adequada; 75cm/vaca de área de cocho; 6m² de sombra por vaca.

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