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Investigação Forense e Perícia Criminal - Prova III


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Graduação: Investigação Forense e Perícia Criminal
Matéria: Ética
Ano: 2022
Avaliação III - Discursiva – Individual
1) Se examinarmos a natureza humana da maneira mais empírica e racional possível, descobriremos que todos os seres humanos têm muitas necessidades, desejos, metas e objetivos em comum. 
Por que os seres humanos devem ser morais? 
Existe algum fundamento claro para a moralidade? 
Pode-se encontrar alguma razão para que os seres humanos sejam bons e pratiquem atos corretos em vez de serem maus e praticarem atos errados? 
Disserte sobre essas questões.
R: Porque os seres humanos devem ser morais? Para que haja um bom convívio em sociedade; para que os costumes, tradições e culturas possam ser absorvidos e repassados. A moralidade vai além da concepção do espírito do homem. Ela é tangível, quando se fala em construção de uma sociedade. A moral é inerente aos seres vivos, mas não é exclusiva dos ser humano. Animais possuem moralidade, mas em um grau diferente. Seres humanos devem ser morais, porque isso é crucial para a sua existência, sobrevivência e perpetuação neste mundo. Existe algum fundamento claro para a moralidade? A base/fundamento se divide entre a racionalidade e a religiosidade. Apesar de várias espécies do mundo animal serem morais, somente o ser humano conseguiu pegar este conceito e transformá-lo em algo útil, tangível e transformado. Além disso, a moral pode surgir a partir da conformidade do comportamento humano e de seus acontecimentos com a lei da natureza. Apesar de divergentes, a moral é comum a todos os homens, em todas as épocas. O fundamento da moral seriam as sensações de prazer e desprazer, agradável e desagradável. O homem naturalmente é movido pelo desejo de buscar o seu prazer e evitar o desprazer, e nisso consiste o seu interesse. É esse o fundamente da moral, um fundamento leigo, puramente da condição humana. Pode-se encontrar alguma razão [...] A base seria religiosidade. O temor de um castigo post-mortem. Em segundo plano, viria a racionalidade de construir uma sociedade justa e pacífica, com menos conflitos possíveis. Afinal, se todos sucumbissem aos seus desejos, não importando o preço para conquistá-los, de nada valeria a moral, e de nada por fim, valeria a construção de uma sociedade, pois uma vez que você não tem que se preocupar em ser lesionado, assaltado, assassinado, roubado, etc, você consegue focar em outros aspectos de desenvolvimento singular e grupal. Afinal, se alguém precisa de religião para ser bom, a pessoa não é boa, é um cão adestrado (Chagdud Tulku Rinpoche).
2) Outro grupo de desafios é mais especificamente dirigido ao papel das teorias ou princípios éticos na ética aplicada, afirmando, em suma, que não devemos nos voltar para teorias éticas para orientação prática. Precisamos apenas observar a concepção bastante padronizada da ética aplicada como a aplicação de uma teoria ética a algum problema moral particular ou conjunto de problemas para ver a força pretendida do desafio. Os antiteóricos críticos das teorias éticas universais oferecem respostas curtas e longas à questão da relevância que a ética aplica sobre as teorias éticas. 
Disserte sobre as respostas curtas oferecidas pelos antiteóricos das teorias éticas.
R: A resposta curta é simplesmente aceitar a crítica e aplicar a ética sem teoria (conhecimento especulativo), focando na prática. A concepção de teoria e prática moral a qual seus defensores, no caso os antiéticos, se opõem, se baseia em raciocínio e que todos os valores morais podem ser resumidos em um único padrão, sob um único princípio ou hierarquia de princípios. O raciocínio moral é essencialmente dedutivo. O raciocínio ético é essencialmente prático. O desejo de produzir um procedimento racionalista decisório e experimental é precisamente a base da questão principal. A moral é incodificável. Assim, os antiteóricos enfatizam o uso da razão e do juízo, opostos à dedução. Por fim, a ética aplicada se preocupa com a elaboração de teorias éticas gerais, inerentes ao ser humano.
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