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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA AV1 Desenvolvimento Sustentável e Direitos Individuais (2023.2) Superior de Tecnologia em Design de Interiores A chegada da Missão Artística Francesa ao Rio de Janeiro em 1816 foi um evento crucial para a história da arte e da cultura no Brasil. Liderada por Joaquim Lebreton, essa missão trouxe consigo uma influência significativa da cultura francesa e do neoclassicismo europeu. Artistas como Jean-Baptiste Debret e Nicolas-Antoine Taunay desempenharam um papel fundamental na disseminação dos princípios do neoclassicismo no Brasil. Essa influência se manifestou principalmente na pintura, escultura e arquitetura. No campo da arquitetura, vemos a incorporação de elementos clássicos, como colunas dóricas e jônicas, em edifícios públicos e privados, especialmente no Rio de Janeiro. Isso resultou em um período conhecido como "Estilo Dom João VI", caracterizado por fachadas neoclássicas e interiores ricamente decorados. São Paulo experimentou uma chegada mais tardia das influências classicistas em comparação com o Rio de Janeiro, em grande parte devido ao seu desenvolvimento econômico e demográfico mais lento. No entanto, a cidade passou por um período de crescimento significativo no final do século XIX, atraindo imigrantes europeus, especialmente italianos. Os imigrantes italianos desempenharam um papel crucial na arquitetura paulista desse período. Eles trouxeram consigo suas habilidades em alvenaria, dando origem a um estilo arquitetônico distintivo em São Paulo, conhecido como "Arquitetura Italiana". Esse estilo incorporou elementos do Renascimento italiano, incluindo arcos, colunas e detalhes ornamentais, e deixou uma marca duradoura na paisagem arquitetônica de São Paulo. No final do século XIX, houve um movimento de retomada das raízes culturais luso-brasileiras, conhecido como neocolonialismo. Isso ocorreu em parte como uma reação à influência estrangeira do neoclassicismo e como uma busca por uma identidade cultural brasileira única. Arquitetos e artistas começaram a se inspirar nas formas e materiais da época colonial brasileira, incorporando elementos como azulejos, telhados coloniais e fachadas ornamentadas em suas obras. Isso resultou na criação de um estilo arquitetônico conhecido como "Arquitetura Neocolonial", que se tornou um símbolo da identidade nacional brasileira e foi frequentemente utilizado em edifícios públicos, institucionais e residenciais. O modernismo brasileiro, influenciado por ideias racionalistas e uma crítica ao passado colonial, ganhou destaque após o centenário da Independência do Brasil, culminando na Semana de Arte Moderna de 1922. Artistas e intelectuais, como Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, promoveram a busca por uma linguagem artística e cultural verdadeiramente brasileira, afastando-se das influências europeias. Essa busca por uma identidade cultural brasileira se estendeu à arquitetura, com nomes como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa liderando o movimento modernista na construção de Brasília. A transferência da capital federal para Brasília em 1960 foi um marco significativo, simbolizando a modernização e o desenvolvimento do Brasil. A cidade foi projetada de acordo com os princípios do urbanismo modernista, com edifícios icônicos que representam a visão de um Brasil progressista e futurista. Esses eventos e influências culturais desempenharam um papel fundamental na formação da identidade artística e arquitetônica do Brasil ao longo dos séculos XIX e XX, refletindo sua evolução histórica e cultural. Referências: < http://www.revistas.usp.br/italianistica/article/view/87846/90764> < https://www.infoescola.com/historia/missao-artistica-francesa/> <https://www.archdaily.com.br/br/969453/reimaginando-o-modernismo-de- brasilia> <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5714358/mod_resource/content/1/AN AIS-LIVRO%20%281%29.pdf>
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