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Ao Juízo da 4ª Vara Criminal Residual da Comarca de Campo Grande/MS
Autos nº: 0040050-65.2017.8.12.0001
		O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, nos autos do processo-crime que move contra o réu ALLAN CRUZ DA MACENA, vem à presença de V. Ex.ª apresentar, nos termos do art. 403, § 3.º, do Código de Processo Penal, ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS, nos termos seguintes:
1 – RELATÓRIO 
		O réu foi denunciado pela prática dos delitos tipificados no art. 155, §4º, inciso I do Código Penal, furto qualificado com rompimento de obstáculo, e art. 16 da Lei 10.826/2003 – Lei do Desarmamento, fornecer/ceder acessórios e munições de arma de fogo de uso restrito. 
		A denúncia foi oferecida aos 13 de novembro de 2017.
		Resposta à acusação na ID23B388E.
		Audiência de oitiva das testemunhas, realizada no dia 19 de fevereiro de 2019, conforte termo de assentada ID2CF229E.
		Após o regular transcurso da instrução, vieram os autos para a apresentação de alegações finais por memoriais escritos.
2 – DA REGULARIDADE PROCEDIMENTAL E DA AUSÊNCIA DE NULIDADES 
		Cumpre destacar, inicialmente, que o procedimento obedeceu o trâmite estabelecido em lei, não foram arguidas nulidades, foi observado o devido processo legal, estão presentes os pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, as condições de ação, bem como foram respeitados e observados todos os direitos do réu.
3 – MÉRITO DA PRETENSÃO ACUSATÓRIA
		Segundo narrado na denúncia, entre os dias 10 de outubro de 2017 e 13 de outubro de 2017, na residência localizada na Rua Eugênia Lina, nº 1249, Bairro Nova Lima, Município de Campo Grande/MS, nesta comarca, o denunciado, mediante rompimento de obstáculo, subtraiu para si: um aparelho celular Sansung, modelo G532M, IMEI 356953080637903; um GPS, da marca Garmin; um coldre Robcop de polímero; um coldre Fobus; um carregador de pistola 380; um molho de 5 chaves; um par de tênis, marca Vibe, de cor bege; 45 munições CBC de calibre 40; e uma mochila X-Sport, de cor bege, da vítima LUIS MARIO CORREA FARIAS, em depoimento disse ter conversado com a vítima na qual confessou o crime. 
		O denunciado na ocasião dos fatos, enquanto a vítima estava viajando, estando o imóvel sem habitantes, arrombou o portão e quebrou a janela da frente, na qual adentrou-se na referida residência e fez a subtração dos objetos citados acima, evadindo-se posteriormente do local, laudo de exame de corpo de delito, f.08.
		O denunciado foi localizado através de uma ligação anônima aos policiais civis da DECO, comunicando recepção de KLEITON VASQUES DE ALVARENGA do aparelho celular da vítima LUIS MARIO CORREA FARIAS, que afirmou ter adquirido do denunciado pelo valor de R$150,00 reais, informando a localização do denunciado na casa de WANDER FELIPE DA SILVA GUMERCINDO, corroborando com o depoimento das testemunhas.
		Posteriormente, o denunciado confessou a prática do crime e que vendeu os coldres e munições para o denunciado ANDERSON ARAÚJO PAES e o aparelho celular para o denunciado KLEITON VASQUES DE ALVARENGA.
		Visto que, os fatos foram integralmente comprovados ao longo da instrução e há provas mais que suficientes para a condenação do denunciado.
		Evidentemente resta comprovado tanto a autoria quanto a materialidade dos crimes de furto qualificado e fornecimento de acessórios e munições de arma de fogo de uso restrito, razão pela qual a pretensão acusatória deve ser julgada procedente, senão vejamos: 
a) Materialidade dos crimes
		No que tange à materialidade delitiva, não há dúvidas de que o crime ocorreu, o que se extrai do laudo de corpo de delito, f.08, e farta prova oral colhida.
		De início, sempre salutar a narrativa da vítima, que em sede policial, confirmada em juízo, disse: 
		“ (...) que no dia dos fatos, feriado, se deslocou até Pontaporã; que quando voltou estava arrombada a janela; que estava tudo revirado; que sentiu falta dos objetos; que a casa era murada; que arrebentaram a solda da janela para entrar; que recuperou os acessórios; que recebeu informações através de denúncia que o celular estava com o concunhado Kleiton; que o Kleiton disse que tinha adquirido o celular do ‘Alanzinho’; que na perícia foram colhidas impressões digitais e deram positivas para o denunciado; que o denunciado confessou o crime; que o coldre não foi recuperado; que as munições estavam com ‘Anderson Bandido’; que Alan tinha passado para ‘Anderson Bandido’; que ‘Kleiton tinha comprado o celular do Alan’; ‘Alan’ confessou que tinha passado os objetos para ‘Anderson Bandido’.
		O depoimento prestado pela testemunha Juliano Cesar Marques, policial civil DECO, sob o crivo do contraditório, foram uníssonas com os depoimentos prestados pela vítima.
		“ (...) que recebeu informação do celular na casa de uma pessoa; que a mesma pessoa indicou a pessoa que intermediou a compra do celular e de quem foi adquirido; que foi feita a perícia e que constatou uma impressão digital do réu na residência; que não acompanhou a perícia.”
b) Autoria dos crimes
		Em depoimento o policial civil da DECO, Clodoaldo Silva Pereira, corrobora com o depoimento da vítima em dizer que o réu confessou o crime.
		“ (...) Que recebeu informação que recebeu informação do celular na casa de uma pessoa; que foram até o local; que informou que adquiriu do ‘Alanzinho’ e que o ‘Alanzinho’ poderia encontrar-se em uma residência própria; que mostrou a residência onde o ‘Alanzinho’ estava, que tinha mandado de prisão em aberto; que vendeu os acessórios para Anderson Bandido, que conduziram para a delegacia; que a pessoa que estava com o celular era Kleiton; que o Alan confessou o crime; que Alan já é conhecido no meio policial. 
		Bem como o depoimento do réu, no qual merece destaque:
		“ (...) que já foi condenado por tráfico de drogas; que deixou todas as munições na casa do Kleiton; que não sabia que era a casa de um policial pois estava sob efeito de álcool e drogas; disse que pulou o muro; que o muro era baixo; que estava sozinho; que ele bagunçou a casa; que estourou a janela e subtraiu os objetos; que tinha mais coisas do que as apresentadas; que deixou as coisas guardadas na casa do Kleiton; que não podia guardar nada na casa pois a esposa estava com os filhos e a polícia estava passando em frente a casa; deu objetos para o Anderson guardar.”
		De igual modo, a autoria também resta comprovada, pelos elementos acima destacados que são uníssonas em apontar o réu como o responsável pelo delito.
		Por certo, nos crimes contra o patrimônio, mormente em casos como dos autos, a palavra das vítimas assume especial relevo, pois segura, coerente e harmônica.
		Não é por outro motivo que o Superior Tribunal de Justiça já decidiu que: 
“(...) nos crimes contra o patrimônio, geralmente praticados na clandestinidade, tal como ocorrido nesta hipótese, a palavra da vítima assume especial relevância, notadamente quando narra com riqueza de detalhes como ocorreu o delito, tudo de forma bastante coerente, coesa e sem contradições, máxime quando corroborado pelos demais elementos probatórios, quais sejam o reconhecimento feito pela vítima na Delegacia e os depoimentos das testemunhas colhidos em Juízo.” (AgRg no AREsp 865.331/MG, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 09/03/2017, DJe 17/03/2017).
c) Qualificadora
		O réu foi denunciado pela prática dos delitos tipificados no art. 155 §4º, inciso I do Código Penal e art. 16 da Lei 10.826/2003 – Lei do Desarmamento, que diz o seguinte: 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel	 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
		Portanto, ante os elementos de convicção colhidos, tanto na espera policial quanto na judicial, não deixa dúvida sobre a qualificadora do presente artigo, comprovando que o réu cometeu os crimes dos artigos mencionados. 
		Ante o exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATOGROSSO DO SUL requer seja julgada PROCEDENTE a pretensão acusatória, com a consequente condenação de ALLAN CRUZ DA MACENA, com fundamento no art. 155, § 4º, inciso I do Código Penal, e art. 16, da Lei 10.826/2003, transitada em julgado a sentença condenatória porventura proferida por este Juízo, requer o lançamento do nome do réu no rol dos culpados, bem como a suspensão de seus direitos políticos, enquanto durarem seus efeitos (CF, art. 15, III), pois assim fazendo estar-se-á realizando JUSTIÇA.
		 
Campo Grande/MS, data.
_______________
Promotora de Justiça
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