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A procuração em causa própria difere (art. 658 CC) do contrato consigo mesmo (art. 117 CC). Art. 117 CC ➔ Este refere-se a negócio jurídico que se torna possível em função do mecanismo da representação. Por ele ➔ O representante celebra negócio jurídico com terceiro, atuando em nome do dominus negotii. ➔ Contudo, se o faz consigo mesmo, configura-se o chamado autocontrato ou contrato consigo mesmo. Art. 658 CC ➔ E a procuração em causa própria, de procuração possui apenas o nome, pois trata-se de alienação gratuita ou onerosa. No dizer de Orlando Gomes: “a cláusula in rem suam desvirtua a procuração, porque o ato deixa de ser autorização representativa. Transmitido o direito ao procurador em causa própria, passa este a agir em seu próprio nome, no seu próprio interesse e por sua própria conta. Sendo o negócio traslativo há que preencher os requisitos necessários à validade dos atos de liberalidade ou de venda”. Transfere crédito, mas não a propriedade. Será, em relação a esta, um título de transmissão, a ser transcrito para que se opere a translação. Mandato em causa própria QUANDO ENVOLVE BEM IMOVEL exige a forma de escritura pública. A procuração em causa própria é irrevogável não porque constitua exceção à revogabilidade do mandato, mas porque implica transferência de direitos.
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