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S14P1| Men�� é ma�� | SO� V | Isa���l� Afo��� Complicações Agudas da D.M. Hipoglicemia 1. Conceitos ♡ é a complicação mais frequente do tratamento do DM e pode ser fatal, respondendo por 6-10% das mortes entre os indivíduos com DM1. ♡prejudica os mecanismos de defesa contra um subsequente episódio hipoglicêmico. ♡Os betabloqueadores, sobretudo os não-seletivos, como o propranolol, predispõem à hipoglicemia iatrogênica na DM tipo 1 por bloquearem os receptores beta-2 hepáticos, necessários para o estímulo da gliconeogênese pela adrenalina. ♡Com relação às sulfonilureias, hipoglicemia é mais comum com clorpropamida e glibenclamida, particularmente em pacientes idosos ou nos portadores de insuficiência renal ● Classificação da hipoglicemia por níveis: Nível 1: glicemia entre < 70 mg/dℓ (3,9 mmol/ℓ) e ≥ 54 mg/dℓ (3,0 mmol/ℓ); Nível 2: glicemia < 54 mg/dℓ); Nível 3, definido como evento grave, caracterizado por alteração do status mental ou físico que exige assistência de outra pessoa para recuperação. ♡liberação dos hormônios contrarreguladores geralmente começa com a queda da glicemia < 70 mg/dℓ, enquanto os sintomas geralmente se iniciam com glicemia < 54 mg/dℓ e acentuação dos sintomas neuroglicopênicos com glicemia < 50 mg/dℓ (2,8mmol/ℓ). 2. Fisiopatologia ♡O principal mecanismo fisiológico de defesa contra a hipoglicemia é a secreção de glucagon. ♡CAUSA: omissão de refeições, seguida do uso de doses excessivas de insulina ou hipoglicemiantes orais e da ingestão alcoólica excessiva. ♡Atividade física pode também favorecer o surgimento de hipoglicemias, sobretudo em pacientes tratados com insulina. ♡muitas vezes, o fator causal da hipoglicemia pode não ser identificável. ♡Hipoglicemias graves são mais frequentes em crianças diabéticas pequenas, em virtude da dificuldade inerente à idade de identificar e combater a hipoglicemia precocemente. S14P1| Men�� é ma�� | SO� V | Isa���l� Afo��� A hipoglicemia desencadeia vários mecanismos contrarreguladores, sendo os principais: 1. Supressão da secreção de insulina pelas células beta -A redução da secreção de insulina possibilita aumentar a produção hepática e renal de glicose, além de diminuir sua captação nos tecidos periféricos, especialmente os músculos esqueléticos 2. Estímulo da liberação de glucagon pelas células alfa, de epinefrina pela medula adrenal, bem como de cortisol pelo córtex adrenal e do GH pela adeno-hipófise; -O glucagon tem papel fundamental nesse mecanismo, aumentando a glicogenólise hepática e favorecendo a gliconeogênese. -A liberação de epinefrina resulta em maior produção hepática de glicose e diminuição da captação nos tecidos insulinossensíveis, além de ajudar na percepção dos sintomas hipoglicêmicos e contribuir para diminuição de secreção de insulina por mecanismo alfa-adrenérgico. Seu papel torna-se crítico quando a secreção de glucagon é insuficiente. 3. Liberação de norepinefrina pelos neurônios simpáticos pós-ganglionares e acetilcolina pelos neurônios pós ganglionares simpáticos e parassimpáticos, além de outros neuropeptídeos. 3. Diagnóstico ● Os sinais e sintomas de hipoglicemia são inespecíficos, ● Deve ser confirmado por meio de dosagem da glicemia capilar ou plasmática. -As manifestações da hipoglicemia podem ser divididas em: ♡Resultantes de neuroglicopenia: insuficiente concentração de glicose para o funcionamento adequado do sistema nervoso central (SNC). - Sinais e sintomas: casos mais leves, por tonturas, cefaléia, parestesias, confusão mental e/ou distúrbios do comportamento. -Nos casos mais graves, podem surgir convulsões, torpor e coma, o qual, raramente, pode ser fatal. ♡Consequentes à estimulação do sistema nervoso autônomo: hiperatividade autonômica: S14P1| Men�� é ma�� | SO� V | Isa���l� Afo��� -Podem ser adrenérgicos (taquicardia, palpitações, sudorese, tremores.) e parassimpáticos (náuseas, vômitos ou, mais comumente, sensação de fome). Complicações Cardiovasculares: Hipoglicemias graves podem resultar em isquemia miocárdica recorrente, prolongamento do intervalo QT e arritmias ventriculares. - inibe processos metabólicos miocárdicos e induz apoptose nos cardiomiócitos. -Elevação da pressão arterial é uma complicação adicional da hipoglicemia. Hipoglicemia Noturna: Hipoglicemia durante o sono é um dos principais temores dos pacientes submetidos à insulinoterapia. -Pode ser assintomática ou se manifestar por pesadelos frequentes, sudorese noturna, cefaleia matinal ou, nos casos mais graves, coma. Efeito Somogyi: Hipoglicemia no meio da madrugada, seguida de hiperglicemia matinal de rebote (supostamente resultante da liberação dos hormônios contrarreguladores). Hipoglicemia Sem Sinais De Alarme: Esses pacientes toleram concentrações glicêmicas extremamente baixas sem apresentar os sintomas de alarme que tornam possível o reconhecimento do episódio hipoglicêmico 4. Tratamento -melhor tratamento da hipoglicemia é sua prevenção! -Os pacientes devem ser orientados a reconhecer os sinais hipoglicêmicos de alerta, assim como evitar atitudes que possam predispor a hipoglicemia (omitir refeições, ingerir bebidas alcoólicas em excesso, praticar exercícios em jejum, etc). ● PACIENTE CONSCIENTE: Pacientes com sintomas de hipoglicemia e capazes de engolir devem ingerir 15 g de carboidrato de absorção rápida (uma colher de sopa de açúcar ou 30 mℓ de soro glicosado a 50% diluído em água filtrada). -A glicemia capilar deve ser avaliada após 15 minutos; se não houver reversão da hipoglicemia, recomenda-se repetir o processo. ● PACIENTE TORPOROSOS OU EM ESTADO DE COMA: Nessa situação, está contraindicada a administração de alimentos VO, devido ao risco de aspiração traqueobrônquica. -Havendo um acesso venoso disponível, deve-se administrar 3 ampolas (30 mℓ) de glicose a 50%, diluídas em 100 mℓ de SF 0,9% por via IV. Reavaliar a glicemia capilar em 5 minutos e, não havendo recuperação, o procedimento deve ser repetido S14P1| Men�� é ma�� | SO� V | Isa���l� Afo��� Cetoacidose Diabética CONCEITO ♡apresenta-se como consequência fisiopatológica frequentemente mais apresentada na Diabetes Mellitus tipo l. ♡ decorrente das perturbações metabólicas gerada substrato primário para síntese pela alta concentração de glicose sérica. ♡A energética no interior celular 》 Glicose 》encontra-se em abundância 》no sangue》 indisponivel para recaptação celular. ♡Até 30% das crianças e adolescentes com DM1 podem ter como primeira manifestação um episódio de cetoacidose diabética. FISIOPATOLOGIA ♡A CAD resulta da deficiência relativa ou absoluta de insulina combinada com excesso dos hormônios contrarreguladores (glucagon, catecolaminas, cortisol e hormônio do crescimento) ♡ CAD se caracteriza por hiperglicemia associada à produção excessiva de corpos cetônicos, os quais incluem acetoacetato (AA), β -hidroxibutirato (BHB) e acetona. ♡ A tríade bioquímica característica : -hiperglicemia, cetonemia e acidose metabólica com hiato aniônico (anion gap) alto. ♡ A hiperglicemia na CAD é o resultado de três eventos: - Aumento da gliconeogênese; - Glicogenólise aumentada; -Menor utilização da glicose por fígado, músculos e adipócitos. ETIOLOGIA ♡Alguns estresses fisiológicos podem evoluir clinicamente para a Cetoacidose como: -Pneumonia e ITU. ♡Outras causas possíveis... - Infarto do miocárdio -Acidente vascular encefálico -Pancreatite -Gestação -Trauma MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS -Astenia progressiva até letargia -Temperatura normal ou baixa (se alta suspeitar -Anorexia de infecção subjacente) -Náuseas e vómitos (CAD) -Polipneia profunda (Kussmaul)l (CAD) S14P1| Men�� é ma�� | SO� V | Isa���l� Afo��� -poliúria e polidipsia -Desidratação -Dor abdominal - também torácica ou outras Localizações -(CAD) -Boca seca (sem saliva) DIAGNÓSTICO: ♡Dois fatores que auxiliam na interpretação diagnóstica: ▪Glicemia >= 200 mg (11 mmol/L) ▪Glicosúria e cetonúria positivas (++, +t+); se o diabético não consegue urinar testar na secreção lacrimal ou, se tiver acesso, determinarno sangue capilar (cetonemia> 3mmol/L) TRATAMENTO: ♡Segue algumas possibilidade a depender da clínica ▪"Se doente não nauseado, dar 1L de líquidos (água, caldo de cozer legumes, chá) a beber lentamente durante cada uma-duas horas; se nauseado usar solutos intravenosos ▪Se glicemia <250 me/d! manter o tratamento habitual com vigilância das glicemias e da cetonúria mais frequentes; ▪ Se Glicemia >250 mg/dl dar 10 UI de insulina regular (intramuscular na primeira vez, se suspeita de desidratação) subcutânea cada duas horas até glicemia<250 mg/dl e diminuição da cetonúria (esta pode levar mais tempo a desaparecer). ▪O tratamento com insulina desvia o potássio para o meio intracelular, o que pode diminuir os seus níveis séricos, gerando hipocalemia. Esse processo pode acarretar em problemas cardíacos como arritmias ♡Por isso, dependendo dos valores de potássio sérico, devemos repor juntamente com a terapia insulínica e reposição volêmica. ♡A insulinoterapia é iniciada após a reposição volêmica de, no mínimo, 1L de solução fisiológica 0,9%, ♡É administrado um bolus venoso de insulina regular na dose de 0,1 U/kg, seguido de 0,1U/kg/h em infusão venosa contínua (bomba infusora). Paciente com CAD - 1-1.5L SF 0,9%- Insulina +SF + Potássio (a depender da calemia). S14P1| Men�� é ma�� | SO� V | Isa���l� Afo��� O estado hiperglicêmico hiperosmolar CONCEITOS ♡é uma complicação metabólica do diabetes mellitus. ♡define-se por uma hiperglicemia superior a 600 mg/dl associada a uma osmolaridade sérica superior a 320 mOsm/lL. ♡A perturbação metabólica gera um conjunto de alterações nos níveis séricos de Glicose, já então desbalanceados pela doença de base (DM) 0 centro fisiopatológico do EHH concentra-se na ocorrência do aumento hiperosmolar extracelular, a gerar distúrbios osmóticos e deslocamento de H20 e ions de relevåncia fisiológica como Na+ e K. ♡Apresenta significativa taxa de mortalidade, girando em torno de 15% dos casos ETIOLOGIA ♡O EHH pode também ser precipitado por infecções, medicações, não adesão à tratamento, DM não diagnosticado, uso abusivo de substâncias e doenças coexistentes. ♡Infecções são a principal causa (57% dos casos), particularmente pneumonia, seguida de infecção do trato urinário e sepse. ♡ A baixa adesão à medicação para o DM causa 21% dos casos de EHH. ♡Outras causas de EHH incluem IAM, AVC, embolia pulmonar, cirurgias e trombose da artéria mesentérica, entre outras. FISIOPATOLOGIA ▪A deficiência relativa de insulina e a ingestão inadequada de líquido são as causas subjacentes de EHH. ▪ A deficiência de insulina 》 um aumento da produção hepática de glicose》 glicogenólise e da gliconeogênese 》 prejudica a utilização de glicose no músculo esquelético. ▪ A hiperglicemia 》diurese osmótica 》 depleção do volume intravascular》 que será exacerbada por uma reposição inadequada de líquidos. ▪ A ausência de cetose no EHH não é compreendida. QUADRO CLÍNICO -Astenia progressiva até letargia -Desidratação intensa e maior déficit sensorial ♡ O paciente prototípico com EHH é um indivíduo idoso com DM tipo 2, com uma história de várias semanas de poliúria, perda de peso e ingestão oral reduzida que culmina em confusão mental, letargia ou coma. ♡ O exame físico reflete uma desidratação profunda e hiperosmolaridade e revela hipotensão, taquicardia, bem como estado mental alterado. DIAGNÓSTICO ♡Os critérios de diagnóstico para EHH tipicamente incluem : 》glicemia acima de 600 mg/dℓ, pH sanguíneo > 7,3, 》bicarbonato > 18 mEq/ℓ e POsm efetiva > 320 mOsm/kg, na ausência de apreciável cetonemia TRATAMENTO ▪Expansão do volume intravascular por hidratação (1L de solução salina 0,9% na primeira hora) S14P1| Men�� é ma�� | SO� V | Isa���l� Afo��� ▪Graduar para hidratação de 300-500ml/hora de solução salina a 0,45% - ▪Evitar desbalações osmóticas entre o sangue e o SNC. ▪Terapia por administração de Insulina para o controle glicêmico
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