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PROCESSO CIVIL IV – DATA: 14/02/2022 PROFª: LETÍCIA M. LOVO 1. O processo como relação jurídica: Presença dos requisitos e condições prévias Conflito de Lide Direito Material Código Civil 2. Sobre qual matéria esse conflito versa? Posse: Ato ou efeito de se apossar de alguma coisa; propriedade; de quem detém como SUA ou TEM o gozo dela. Adoção: Modalidade artificial de filiação, este ato civil, nada mais é do que aceitar um estranho na qualidade de filho. Resulta-se de manifestação da vontade ou de sentença judicial. Inventário: Quando ocorre o falecimento de alguma pessoa e esta deixa bens, é necessário averiguar com quem vai ficar patrimônio, analisar possíveis dívidas em nome do “de cujus” falecido. Contratos: É um acordo de vontade firmado entre duas ou mais pessoas, capaz de criar, modificar ou extinguir direitos. Obrigações: Relação jurídica transitória existente entre um sujeito ativo e outro passivo, cujo objeto é uma prestação descrita nos direitos pessoais e, no caso, quando não é cumprida, a obrigação poderá se satisfazer pelo patrimônio do devedor. Direito Empresarial: Ramo do direito privado que estuda os empresários e suas relações de sócios, terceiros, marcas, patentes, etc. 3. Por meio de quais atos? R: (gênese do processo) 4. Quando haverá processo? R: Quando as partes não se resolverem entre elas, o conflito de interesses, elas precisam buscar o Estado, por meio do Juiz para que este resolva o conflito com uma decisão justa. 5. PROCESSO: LEMBRAR DO OBJETO E DO OBJETIVO DO PROCESSO (INSTRUMENTO) Finalidade jurisdicional compositiva de litígios; Instrumento público; Manifestar-se por FORMAS EXTERNAS (por meio de procedimento). 6. PROCEDIMENTO: MEIO EXTRÍNSECO PELO QUAL SE INSTAURA O PROCESSO; OBEDECENDO UMA SEQUÊNCIA DE ATOS (dos atos preparatórios até o ato final). JUIZ Sentença de Mérito * O Estado age coativamente/ coercitivamente Ação Cognitiva do Estado OBS: PROCEDIMENTO A dialética processual depende do procedimento, porque as partes estão em discussão democrática de falar. Interesse de Celeridade; Eficiência dos Processos; Interesse da Justiça; Solução do Litígio. Procedimentos Especiais: art. 318 e seguintes do CPC; Arts. 559 e seguintes do CC (são peculiares) AUTOR RÉU CATEGORIAS PROCESSUAIS PROCESSO DE CONHECIMENTO PROCESSO DE EXECUÇÃO RECOMENDAÇÃO DE LIVROS: 1. Procedimentos Especiais – Autor: Antônio Carlos Marcato (tem na Biblioteca Online) 2. Processo Civil Esquematizado – Pedro Lenza e Marcos Vinícius 3. Processo Civil – Freddie Didier 4. Processo Civil – Humberto Deodoro Júnior 5. Prática Civil – Profª. Nathaly Campitelli Roque AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 07/03/2022 Art. 559 e seguintes do Código Civil LEGITIMIDADE: POLO ATIVO (AUTOR) Devedor ou Terceiro POLO PASSIVO (RÉU) Credor OBJETIVO: Consignar quantia ou coisa certa. “LIBERTAÇÃO” Ato de libertar o devedor das suas obrigações. 1. PROCESSO DE CONHECIMENTO ESTADO JUIZ; ATITUDE COGNITIVA Procedimento comum Fases Processuais Regras 1.1. PROCESSO DE EXECUÇÃO CONDUTA DO ESTADO JUIZ; COERSITIVA Procedimentos Especiais Características peculiares que dependem do tipo de ação. a) CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO; obrigação: Pagar a entrega da coisa $$. Por via individual. *** Conceito: Vale-se do devedor que queira pagar/quitar sua dívida, mas que por algum motivo está com dificuldades para o fazer; seja porque o CREDOR RECUSA-SE a receber ou dar quitação, ou seja porque está em local inacessível ou ignorado. Existem dúvidas fecundadas à respeito de quem DEVE LEGITIMAMENTE receber o pagamento. **** HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 335, CC – (rol não taxativo). Vejamos artigos: CAPÍTULO II --- Do Pagamento em Consignação Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. Art. 335. A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento. Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente. Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as consequências de direito. Art. 339. Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores. Art. 340. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer no levantamento, perderá a preferência e a garantia que lhe competiam com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-devedores e fiadores que não tenham anuído. Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada. Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente. Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à conta do credor, e, no caso contrário, à conta do devedor. Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento. Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação. ARTIGOS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - TÍTULO III - DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS -- CAPÍTULO I - DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. § 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. § 2º Decorrido o prazo do § 1º, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada. § 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-sea inicial com a prova do depósito e da recusa. § 4º Não proposta a ação no prazo do § 3º, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante. Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente. Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento. Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá: I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3º ; II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação. Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito. Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito. Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que: I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida; II - foi justa a recusa; III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; IV - o depósito não é integral. Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante que entende devido. Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. § 1º No caso do caput , poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. § 2º A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária. Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art539%C2%A73 Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação. Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito. Art. 548. No caso do art. 547 : I - não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas vagas; II - comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano; III - comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o procedimento comum. Art. 549. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que couber, ao resgate do aforamento. A consignação em pagamento é um meio de pagamento INDIRETO, admitido no CPC, no qual o devedor se “LIBERTA” da obrigação de pagar coisa certa mediante depósito judicial ou extrajudicial da prestação devida. CONSIGNAÇÃO FUNDADA NA RECUSA EM RECEBER: Variará conforme a natureza da dívida. A ação deve ser proposta no FORO de DOMICÍLIO do RÉU e se quesível, no domicílio do DEVEDOR-AUTOR. RAZÃO Se portável, o devedor deve buscar o credor para fazer o pagamento. Mas poderá acontecer se o credor que tiver que buscar o pagamento com o devedor. A competência é relativa e pode ser derrogada quando as partes instruírem outro foro de pagamento, ou quando houver eleição de foro. A legitimidade ativa quem pode fazer o pagamento. O principal legitimado é o devedor; se tiver falecido, o espólio, enquanto não tiver havido partilha, ou os herdeiros, depois dela. O pagamento pode ser feito por terceiro interessado ou por terceiro não interessado, desde que o faça por conta ou em nome do devedor. Tal autorização é dada pelo art. 304, parágrafo único, do Código Civil. O legitimado passivo é aquele que pode receber e dar quitação: o credor, seus sucessores ou herdeiros. O DEPÓSITO: O devedor oferece a quantia determinada ou um bem de mesmo valor, para o cumprimento de sua obrigação. É necessário que ele efetive o depósito do dinheiro ou da coisa oferecida. Se o objeto da consignação em pagamento for dinheiro, o depósito pode ser judicial ou extrajudicial; se for de determinada coisa, só cabe o depósito judicial. ESPÉCIES DE CONSIGNAÇÃO: 1. EXTRAJUDICIAL Somente é possível quando se tratar de consignação em pagamento de DINHEIRO. Nesse caso, o devedor comparecerá a uma instituição bancária e depositará a quantia em conta corrente com atualização monetária. Em seguida, o credor será notificado mediante carta com aviso de RECEBIMENTO para que no prazo de 10 dias a contar do RETORNO da AR- manifeste a recusa por escrito quanto ao depósito. Caso não haja manifestação (teve aceitação tácita), a obrigação será extinta e o valor depositado ficará a disposição do credor. Havendo a RECUSA POR ESCRITO: encaminhada ao estabelecimento bancário, o devedor ou terceiro deverá ingressar com ação judicial de consignação em pagamento de 1 (um) mês, juntando como documentos indispensáveis a prova do depósito e cópia da correspondência acompanhada da recusa. Caso a proposta da ação judicial em 1 (um) mês, o depósito realizado no estabelecimento bancário ficará sem efeito, podendo o devedor levantar a qualquer momento. 2. JUDICIAL Sua atualização será para consignar dinheiro ou coisa (bem móvel ou imóvel). Assim, por se tratar de procedimento especial, a elaboração da petição inicial deverá observar os requisitos nos arts. 540 a 549 do CPC e subsidiariamente o art. 319, CPC. 3. Não existindo lugar do pagamento e foro de eleição, a regra geral é a do domicílio do devedor para pagamento da dívida. (art. 327, CPC) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art547 4. CITAÇÃO LEVANTAR O DEPÓSITO OU OFERECER CONTESTAÇÃO – ART. 542, II, CPC. -- No caso se devedor estiver na dúvida de quem pagar: Autor requererá depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito. (art. 547, CPC) -- Realizada citação do Réu (credor) este poderá apresentar CONTESTAÇÃO no PRAZO de 15 dias, podendo alegar as seguintes matérias (art. 544, CPC): -- Não houve recusa ou mora em receber a quantia devida; -- Foi justa a recusa; -- O depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; -- O depósito não é integral, ocasião em que deverá apontar o valor que entende devido. 5. APÓS CONTESTAÇÃO Se a alegação do réu for insuficiente ao depósito, o autor poderá complementá-lo no prazo de 10 dias, salvo se, corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato e o autor levantar à parte controvertida. No julgamento, a sentença que concluir pela insuficiência do depósito, determinará sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento dos mesmos autos, após liquidação se necessária. Por sua vez, se julgado procedente o pedido, o juiz decretará extinta a obrigação e condenará o réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios (art. 546,CPC). 6. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA: ART. 294 e 300, CPC – Tendo como previsão d liminar no procedimento especial, dessa forma, em casos de urgência, poderá ser REQUERIDA TUTELA para evitar/ cancelar a inscriçãodo nome do autor em cadastro de inadimplente. b) AÇÃO DE EXIGIR CONTAS: Tem o DEVER de prestar contas (polo passivo), todo aquele que representar direitos de terceiros. EXEMPLO: tutor, curador, inventariante, administrador judicial, etc. 7. Quem tem o direito de exigir a prestação de contas? R: O sujeito que está sendo representado, o ministério público e o juiz (para sanar/ corrigir o processo). O CPC de 2015 modificou a nomenclatura da AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS para AÇÃO DE EXIGIR CONTAS, previstos nos arts. 550 a 553 do CPC. Aquele que afirmar ser o titular do direito de exigir contas, requererá a citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 dias. Neste caso, a peça prática será uma petição inicial, na qual o AUTOR (aquele que afirma ser o titular do direito) pretenderá do RÉU (aquele que tem o dever de prestar contas) a apresentação de contas a respeito da relação jurídica existente entre as partes. 8. O QUE É RECONVENÇÃO? R: Um pedido realizado pela parte Ré, que formula uma pretensão contra o autor de uma ação. No procedimento comum o réu pode, simultaneamente com a contestação, formular uma pretensão contra o autor da ação, ou seja, é o contra-ataque do Réu. Natureza Dúplice: na ação De exigir contas, não caberá Reconvenção. Art. 550 e 552, CPC. 9. Procedimento: Irá desenvolver duas fases: 1ª fase: O juiz verificará se há, ou não, a obrigação de que preste as contas exigidas pelo autor. Nesta etapa, não se discute os valores a serem apurados. 2ª fase: O juiz analisa as próprias contas prestadas, se estão corretas ou incorretas. Nesse momento, o juiz verificará os valores esse, eventualmente, existir saldo remanescente em favor de uma das partes. O procedimento se inicia na 1ª fase, com a propositura de uma petição inicial, com fundamento no art. 550, parágrafo 1º do CPC, na qual o autor especificará, detalhadamente, as suas razões pelas quais exige tais contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa necessidade, se existirem, tais provas. Se for julgado procedente o pedido, reconhecendo o direito do autor de exigir contas e o dever do réu de prestá-las, condenará o réu à prestar contas no PRAZO DE 15 DIAS, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar (art. 550, parágrafo 5º, CPC). Inicia-se assim, a 2ª fase, tendo o autor duas opções: 1- APRESENTADAS AS CONTAS terá o autor 15 dias para se manifestar. 2- NÃO APRESENTADAS AS CONTAS serão apresentadas pelo autor, sem direito de impugnação por parte do réu. No entanto, tal impedimento não obsta ao juiz a determinação de exame pericial nas contas apresentadas, se necessário. Ao final da 2ª fase, o juiz sentenciará, apurando o saldo devedor, se existente, em favor de uma das partes (natureza dúplice), constituindo título executivo judicial, cuja execução seguirá o procedimento do cumprimento de sentença, nos termos dos arts. 513 e seguintes do CPC. 1ª FASE 2ª FASE Juiz verificará se há ou não, a obrigação de que o réu preste as contas exigidas pelo autor. O juiz analisa as contas prestadas, ou seja, se estão corretas ou incorretas. Sentença reconhecendo o direito do autor e o dever do réu de prestar contas. Sentença reconhecendo os valores, e se, eventualmente, existe saldo remanescentes em favor de uma das partes. ***** IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA: Para que possa identificar efetivamente se tratar de uma petição inicial de AÇÃO DE EXIGIR CONTAS, será feita a representação pelo enunciado de um vínculo jurídico existente entre as partes, na qual uma delas terá o direito de exigir o que a outra preste as contas. Podemos notar que essa relação jurídica pode ser verificada quando determinadas pessoas possuem o dever legal de administrar determinados bens e interesses juridicamente relevantes, possuindo a responsabilidade de prestar as contas de sua gestão. EXEMPLOS DE DEVERES: - O sucessor provisório de ausente que não seja descendente, ascendente ou cônjuge (art. 33, caput, CC); - Os mandatários quanto aos atos praticados em função do contrato de mandato (art. 668,CC); - O síndico de condomínio (art. 1.348, CC); - A empresa de administração de condomínios. - O advogado que, para seu cliente no que se refere às quantias para patrocínio da causa ou aquelas levantadas durante o feito. PRINCIPAIS ARTIGOS DE DIREITO PROCESSUAL E DIREITO MATERIAL: - Art. 550, CPC – Aquele que se afirma ser titular do direito [...] - Art. 551, CPC – Contas do Réu, apresentadas atualização dos cálculos... - Art. 552, CPC – Apuração na sentença; - Art. 1.348, CC – compete ao síndico: [...] - Art. 1.349, CC – Assembleia convocada [...] - Art. 1.350, CC – Convocação de síndico, anualmente, convenção com fim de provar os orçamentos do condomínio, despesas, contribuições, etc [...] c) DAS AÇÕES POSSESÓRIAS 14/03/2022 Conceito: São aquelas que têm por finalidade sanar, de forma repressiva ou preventiva, a posse de um bem. PROPRIEDADE POSSE Usar, gozar, dispor, reaver - Art. 1.228,CC DIRETA (LOCATÁRIO) INDIRETA (LOCADOR) É possuidor, o sujeito que exerce 1 (uma) ou + (mais) poderes inerentes a propriedade. 10. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE (EXCEÇÃO NO CPC) – art. 554, CPC Serve para auxiliar a parte que, de forma equivocada e sem má-fé processual, utilizou-se de um recurso para atacar uma decisão judicial, sendo o remédio processual interposto aceito pelos operadores do Direito como se o acertado fosse. Art. 554,CPC - A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. § 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. § 2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados. § 3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1º e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. c.1. Quem pode ser considerado possuidor? R: Aquele que possui pelo menos 1 (um) requisito dos poderes inerentes à propriedade. Art. 1.228, CC e art. 1.196,CC. c.2. Posse é diferente de propriedade? R: SIM; a propriedade precisa reunir TODOS OS REQUISITOS. Já a posse tem que ter pelo menos 1 dos poderes inerentes. A posse é um fato e um direito; Teoria Objetiva de Ihering + Teoria da Posse Social (CF/88) c.3. CLASSIFICAR A POSSE (TABELA BÁSICA) POSSE PRECÁRIA – Não se tornará de boa-fé. POSSE CLANDESTINA – Poderá se tornar de boa-fé. ART. 1.210, CC – CAP. III - Dos Efeitos da Posse Caput: O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. § 1 o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. § 2 o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. 1. 11. POSSE INDIRETA – EX: LOCADOR 12. POSSE DIRETA – EX: LOCATÁRIO 2. 13. POSSE DE BOA-FÉ 14. POSSEDE MÁ-FÉ 3. 15. POSSE JUSTA 16. POSSE INJUSTA - Violência - Clandestinidade - Precariedade ESBULHO Conquista mediante vícios ART. 1.210,CC -- LEMBRAR SEMPRE!! O sujeito ativo poderá propor ação possessória, trazendo casos que envolvem: Curatela: função de curador exercida por pessoa encarregada de administrar bens. Liminar: é uma ordem judicial provisória decorrente do que se denomina na jurisprudência de perspticidade da lei, do ser- estar constitucional. Preliminar: questões que devem ser resolvidas antes do exame de mérito. Estas defesas de cunho processual podem ser de suas espécies 1- acolhimento que implique a extinção do processo; 2- ou acolhimento que resulte apenas em sua dilação (inexistência ou nulidade de citação). CONTESTAÇÃO DOS RÉUS: Tem natureza dúplice, além de impugnar a petição inicial do autor; pode colocar a RECONVENÇÃO DA CONTESTAÇÃO (como matéria de defesa do réu cliente). --- A USUCAPIÃO é a única que tem requisitos para ajudar o réu (cliente). --- Site: Justiça em números acessar todos os gráficos. Neste contexto, é oportuno esclarecer que a posse é um direito real e segundo o disposto no art. 1.196, CC – “considera- se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade”. - Endereçamento: Excelentíssimo Doutor Juiz de Direito... - Competência do Juízo; - Qualificação das Partes; - Preliminares; - Dos Fatos; - Do Direito; - Dos Pedidos A Ç Õ ES P R EV EN TI V A S ESBULHO – Restituído Reintegração de Posse TURBAÇÃO – (incomodando) Manutenção de Posse JUSTO RECEIO DA POSSE SER MOLESTADA Interdito Proibitório APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE – ART. 554, CPC PETIÇÃO INICIAL Nas preliminares, o advogado (a) entra com uma LIMINAR, pedindo ao juiz para que antecipe parte da sentença antes do réu ser citado. CURATELA: Caberá com AGRAVO DE INSTRUMENTO caso, o juiz não dê a procedência na preliminar ou liminar. ART. 554, caput, CPC – “A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados”. Exemplo de TURBAÇÃO: Joana tem uma fazenda e Mário é o líder de um grupo que tem por objetivo ocupar um pedaço de terra. Como Joana não vai sempre na fazenda, Dona Maria, caseira, é quem cuida. Em um belo dia Mário e seu grupo se instala na propriedade de Joana com ou sem consentimento desta e deixa os cavalos para pastar ali, gerando um incomodo à Joana. Ressaltando-se que o possuidor, para os fins de ações possessórias, entende-se tanto o possuidor direto como indireto, cujo principal ponto distinto é a posse de fato. Aquele que realmente tem o bem do momento é possuidor direto. DIFERENÇA POSSESSÓRIA - tema de bastante controvérsia – É A DISTINÇÃO ENTRE POSSESSÓRIA, REIVINDICATÓRIA E EMISSÃO DE POSSE já que o proprietário, na qualidade de possuidor direto ou indireto, fazer o uso dessas 03 (três) AÇÕES JUDICIAIS: POSSESSÓRIA REIVINDICATÓRIA EMISSÃO DE POSSE Objeto Tutelado: Posse de Fato Propriedade (posse como atributo inerente) Posse de Fato Legitimidade: Possuidor direto e indireto Possuidor Indireto (proprietário) Possuidor Indireto Justificativa: Possuidor que perdeu posse de fato Não está na posse da coisa e em decorrência do título dominial (título de proprietário) ajuíza ação reivindicatória com o fim de ter a posse de fato, pois a posse é um atributo inerente da propriedade. Não está na posse de fato e nunca teve esta anterioridade, ele busca ser imitido na posse de algo que nunca teve antes. O que é Imissão na Posse??? R: É uma ação não possessória que busca das a posse de um bem a uma pessoa que nunca a exerceu, porém, é proprietário do imóvel em questão. Tanto o possuidor direto, como o indireto podem fazer uso das ações possessórias. Portanto, as ações possessórias constantes no CPC buscam tão somente a proteção da posse e não da propriedade (domínio ou título de proprietário). Assim, poderão fazer uso das ações possessórias os proprietários (a posse é atributo inerente à propriedade) e quem a detêm apenas a posse não é proprietário. EXEMPLO: Se João, proprietário de um carro, empresta o veículo para Manoel, este último quando estiver com o carro emprestado, é POSSUIDOR DIRETO. E João, na qualidade de PROPRIETÁRIO, por não estar de fato com o bem, é POSSUIDOR INDIRETO! IMPORTANTE! EXEMPLO: João adquiriu um imóvel em um leilão e após todos os procedimentos e resoluções dos trâmites, decide ir ao local para conhecer a sua nova aquisição. Porém, ao chegar, se depara com pessoas morando no lugar e estas garantem que não irão sair do imóvel. Desse modo, João reivindicará uma posse que nunca teve antes, mesmo agora sendo proprietário. A emissão na posse não se enquadra, em sua totalidade, nas ações possessórias diretas, uma vez que a posse nunca foi sua. Portanto, é um ato judicial que confere a você a posse do imóvel, além de proteger o direito que você tem de desfrutar da nova aquisição. Assim sendo, é a solução que você tem para garantir os seus direitos sobre o bem. MODALIDADES DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS REINTEGRAÇÃO DE POSSE: Será proposta quando houver ESBULHO, ou seja, quando ter a perda total da posse pelo possuidor, ocasião em que tanto o possuidor DIRETO como o INDIRETO terão legitimidade para ajuizar essa ação. MANUTENÇÃO DE POSSE: Será proposta quando o possuidor tiver a limitação da sua posse, isto é, não poder exercê-la por completo. Nesse caso, não houve a perda total da posse, MAS SOFREU RESTRIÇÃO, foi TURBADA, razão pela qual o possuidor faz uso da ação de manutenção de posse para cessar a limitação. INTERDITO PROIBITÓRIO: Ocorre quando o possuidor está na iminência de ter sua posse MOLESTADA, ou seja, AMEAÇA de sofrer TURBAÇÃO ou ESBULHO. Assim, por se tratar de uma ameaça, evento futuro, o possuidor faz uso de proteção possessória de forma preventiva. REINTEGRAÇÃO DE POSSE MANUTENÇÃO DE POSSE INTERDITO PROIBITÓRIO POSSE Perda total da posse Limitação da posse. Turbada (incomodada), não houve a perda ainda Ameaça de perda da posse. Não houve ainda incomodo nem perda da posse. NOME TÉCNICO DO VÍCIO DA POSSE ESBULHO TURBAÇÃO AMEAÇA TEMPO Situação pretérita (perdeu a posse) Situação presente (está perdendo a posse) Situação futura (vai perder a posse) Considerando as três ações possessórias tipificadas no nosso ordenamento jurídico, é importante mencionar primeiramente os ASPECTOS PROCESSUAIS QUE SE APLICAM ÀS TRÊS, quais sejam: APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE – Autoriza o magistrado admitir uma ação possessória em vez de outra. Por exemplo: a manutenção de posse, no momento em que o juiz analisar a liminar já terá ocorrido a perda total da posse, nesse caso, o juiz receberá a manutenção de posse como se fosse reintegração. LITÍGIO COLETIVO – Configura-se no polo passivo de um grande número de pessoas. O Ministério Público atuará obrigatoriamente nos termos dos artigos 178, III e artigo 554, parágrafo 1º do CPC, se envolver pessoas com situação de hipossuficiência econômica, também será intimada a Defensoria Pública. *** Os tipos de citação em ações possessórias de litígio coletivo (art. 554, parágrafo 2º, CPC): *** --- Oficial de Justiça: dos que forem encontrados no local. --- Edital: daqueles que não forem encontrados no local. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS art.555, CPC – prevê a possibilidade de cumulação de pedidos pelo autor, assim, além da própria proteção possessória, o autor poderá cumular os seguintes pedidos: Condenação em Perdas e Danos; Indenização dos Frutos; Imposição de Medida Necessária e Adequada para Evitar Nova Turbação ou Esbulho Para Cumprir-se a Tutela Provisória ou Final. PEDIDO CONTRAPOSTO art. 556, CPC – O réu, na contestação, poderá realizar o pedido contraposto, o qual consiste em o réu demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor. É DAÍ que vem o caráter dúplice das ações possessórias, isto é, além de se defender em sede de contestação, o réu poderá na mesma peça processual buscar sua proteção, alegando que é o autor que causa problemas na posse, que seja o resultante de tal esbulho ou turbação, podendo ainda cumular pedido de indenização a seu favor na ação judicial em que a princípio, poderia tão somente se defender das alegações trazidas na petição inicial. PERGUNTA: PROCEDIMENTO DA REINTEGRAÇÃO E MANUTENÇÃO DE POSSE – É LIMINAR OU TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA?? Resposta: As ações possessórias de reintegração e manutenção da posse, podem seguir o procedimento especial ou comum (art. 558, caput e parágrafo único, CPC), sendo de extrema importância a análise da data em que ocorreu o esbulho ou a turbação. ATENÇÃO! ! Em litígio coletivo pela posse, em ação de força velha (mais de ano e dia), antes de o juiz analisar a tutela provisória de urgência antecipada, designará audiência de mediação, intimando para tanto: -- Ministério Público; -- Defensoria Pública; -- Órgãos da Política Urbana e Agrária. ARTIGOS RELEVANTES REINTEGRAÇÃO E MANUTENÇÃO DE POSSE: artigos 558, 560, 561 e 562, CPC. LITÍGIO COLETIVO: artigos 554, parágrafo 1º e 2º e 565, CPC. INTERDITO PROIBITÓRIO: artigo 567, CPC. DATA DE ALTERAÇÃO/ AGRESSÃO DA POSSE LIMINAR ou TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA TIPO DE FORÇA MENOS DE ANO E DIA LIMINAR FORÇA NOVA: adoção na integra do procedimento especial, nesse caso, para o autor obter a liminar do art. 562 CPC, basta preencher os requisitos constantes no art. 561, CPC; não há necessidade do requisito de dano para obter a liminar, basta a probabilidade do direito provada com o cumprimento dos requisitos do art. 561 do CPC. MAIS DE ANO E DIA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA FORÇA VELHA: não caberá liminar específica do art. 562 do CPC, todavia, poderá o autor requerer a concessão de tutela provisória de urgência antecipada (arts. 300 e seguintes do CPC), ocasião em que haverá provar a probabilidade do direito e o risco de dano. IMPORTANTE: Contra as pessoas jurídicas de direito público, não será deferida a manutenção ou reintegração liminar sem PRÉVIA audiência dos respectivos representantes judiciais. COMPETÊNCIA: Bens Móveis (art. 46, CPC) – domicílio do réu. Bens Imóveis (art. 47, s2º, CPC) – situação da coisa. Liminar (art. 562, CPC) – se a agressão da posse ocorreu dentro de ano e dia. Tutela Provisória de Urgência Antecipada (art. 300, CPC) – se a agressão da posse ocorreu há mais de ano e dia. 21/02/2022 – CPC IV – Enunciado – Caso Prático – I – BlackBoard – Petição Inicial de uma Consignação em Pagamento.
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