CINOMOSE

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CINOMOSE, COMO TRATAR?
A cinomose é uma doença infecto- contagiosa de origem viral que apresenta relação com o vírus
do sarampo, da peste bovina e da peste de pequenos ruminantes . Apresenta três estágios:
aguda, subaguda e crônica cujas apresentações clinicas são : gastroentéricas, respiratórias e
neurológicas.
Ainda não existe um agente antiviral especí!co para o tratamento da cinomose, estudos recentes
vêm demonstrando excelentes resultados de terapêutica com o uso da ribavirina em cães
acometidos por cinomose na fase neurológica.
A associação do DMSO ( dimetilsulfóxido) como permeante de membranas biológicas, auxiliando
na vetorização da ribavirina através da barreira hematoencefálica, tem como função no
tratamento da cinomose de otimizar a ação da ribavirina.
RIBAVIRINA
É um agente virustático, nucleosídeo sintético estruturalmente semelhante à guanosina. Sugere-
se que a ribavirina exerça a sua ação por atuar duplamente, inibindo a formação celular de inosina
monofosfato, resultando na depleção intracelular de guanosina trifosfato e interferindo na síntese
de RNAm viral.
A inibição da replicação viral permite que uma resposta imunológica do hospedeiro se desenvolva
naturalmente.
EFEITOS ADVERSOS
· Elevação reversível nos níveis séricos de bilirrubina, ferro e ácido úrico;
· Anemia por hemólise extravascular devido ao acúmulo dos fosfatos da droga em eritrócitos,
muitas vezes causa para descontinuação do tratamento ( monitorar por todo período do
tratamento para identi!cação de anemia por ação do antiviral)
· Supressão da medula óssea, efeito reversível quando cessada a administração da droga;
· Distúrbios gastrointestinais (vômitos, diarreia, irritação gástrica podendo evoluir para
gastrite);
CONTRA INDICAÇÕES
Se houver sensibilidade ao princípio ativo;
Na gestação;
Vida Animal
DMSO
Apresenta um papel importante no tratamento da cinomose canina. Têm ação
carreadora e potencializadora da ação do antiviral.
Devido a sua capacidade de penetração, o DMSO atua como permeante de membranas
biológicas vetorizando a ribavirina para o interior do sistema nervoso central (SNC) e
potencializando seu efeito antiviral.
EFEITOS ADVERSOS
· Bem tolerado em altas doses.
· Doses muito elevadas podem a causar halitose, anemia, hemoglobinúria e aumento
dos níveis de transaminase, prostração, convulsão, dispneia, hipotensão, edema
pulmonar, parada respiratória e morte. A sua DL 50 está entre as dosagens de 2,5 a 8,9
g/kg( muito acima da dosagem terapêutica).
CONTRA INDICAÇÕES
Não relatado na literatura pesquisada.
PROTOCOLO TERAPÊUTICO SUGERIDO PARA CÃES COM CINOMOSE NA FASE
NEUROLÓGICA
Informações cedidas pela DRA Simone Henriques Mangia
MEDICAMENTO DOSE INTERVALO/TEMPO OBSERVAÇÕES
RIBAVIRINA Ataque: 30mg/Kg
Manutenção: 10 a 20
mg/Kg
24 horas/15 dias
24 horas/ 3 meses
DMSO 1g/Kg 24 horas/15 dias Administrar ,via oral
,em solução de 10 a
45%, fracionado
várias vezes ao dia
VITAMINA A 10000UI/Kg 24 horas
PREDNISONA 0,5 a 1 mg/Kg 12 ou 24 horas/7 a
14 dias
VITAMINA C 500 MG/animal 24 horas
VITAMINA E 10 mg/Kg 24 horas
SUGESTÕES DE FÓRMULAS COMPLEMENTARES
V i t a m i n a A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 0 0 0 0 U I
V i t a m i n a E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 0 m g
V i t a m i n a B 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 m g
V i t a m i n a B 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 , 7 5 m g
V i t amina B12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 ,0 mcg
V i t a m i n a B 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1, 2 0 m g
O m e g a 3 / 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 0 m g
L u t e í n a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 0 m g
C o b r e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 , 2 5 m g
Ferro quelado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 mg
F a m o t i d i n a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 m g
Ech inacea ex t r a t o seco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 mg
Sachar omices cer ev isae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 mg
M e t o c l o p r a m i d a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 m g
Exc ip ient e qsp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 dose
Observação: doses acima para 5 Kg de peso do animal
Modo de usar: 1 dose ao dia por 15 dias
Sugestões de forma farmacêuticas: cápsulas; líquido oral com sabor
Sugestões de !avorizantes: carne; frango; fígado; peixe; baunilha; morango; banana ou
chocolate e marshmallow.
VITAMINA C
Vitamina C 500mg
Modo de usar: 1 dose ao dia
Sugestões de forma farmacêuticas: cápsulas
SUPLEMENTO NUTRICIONAL E IMUNOMODULADORA VIDA ANIMAL
SEQUELAS PÓS TRAUMÁTICAS
G i n k g o b i l o b a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 0 m g / k g
L u t e í n a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 , 3 m g / K g
F o s f a t i d i l s e r i n a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 m g / K g
V i t a m i n a E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 m g / K g
P i r i dox i na . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 mg/Kg
Modo de usar: Administrar uma dose a cada 5kg de peso corporal pela manhã.
Sugestões de forma farmacêuticas: cápsula, pellet palatável, pasta palatável ou líquido
oral com sabor.
Sugestões de !avorizantes: carne; frango; fígado; peixe; baunilha; morango;banana ou
chocolate e marshmallow.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMS, H. RICHARD. Farmacologia e Terapêutica em Veterinária. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
BOOTH, N. H.; McDONALD, L. E. Farmacologia e Terapêutica em Veterinária. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992.
CRIVELLENTI,SOFIA BORIN.Bulário Médico- Veterinário Cães e Gatos/Sofia Borin-Crivellenti,Leandro Z. Crivellenti- São
Paulo:MedVet,2013.
ORLATO, D. Efeitos do DMSO (dimetilsulfóxido), administrado por via intravenosa, sobre as funções renal e hepática, perl
hidrossalino e hemograma de cães sadios. Dissertação (mestrado) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP,
campus de Jaboticabal, 2006.
PAES, A.C.; CORTÊS, J.D.A.; Potencialização da isoniazida pelo dimetilssulfóxido (DMSO) no tratamento de hamsters
(Mesocricetus auratus), experimentalmente infectados com Mycobacterium bovis.
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MANGIA,SIMONE HENRIQUES; tese de doutorado e informações técnicas.
SPINOSA,H.S.; GÓRNIAK, S.L.; BERNARDI, M.M. Farmacologia aplicada à medicina veterinária. 4.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
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