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Nosso Lema é sua Aprovação! 
Hidrografia de Fortaleza 
Segundo dados do Plano Estadual de Recursos Hídricos (CEARÁ, 1992), Fortaleza está 
inserida numa área onde o índice pluviométrico médio anual situa-se entre 1.200 a 1.400 mm e 
é caracterizado por dois períodos distintos, um de grande intensidade chuvosa - janeiro a julho, 
e, outro escasso – agosto a dezembro. A temperatura é suavizada por ser uma região litorânea, 
com valor médio anual da ordem de 26 a 27oC e máximo, situando-se com maior frequência, 
entre 31 e 32º C. 
A geomorfologia local é constituída, basicamente, pela Planície Litorânea e Pré-litorâneos, 
cujos limites sofrem influência da homogeneidade das formas de relevo, altimetria, estrutura 
geológica e das características do solo e vegetação. A planície litorânea caracteriza-se por 
altitudes inferiores a 200 metros, compreendendo os campos dunares (Praia do Futuro/Cidade 
2.000 e Barra do Ceará), praias (em toda a orla costeira do município) e as planícies flúvio-
marinhas (associadas aos estuários dos rios Cocó, Ceará e Pacoti/Lagoa do Precabura). As dunas 
são representadas por cordões quase contínuos paralelos à linha de costa, sendo, em alguns 
locais, interrompidos por cursos d’água, planícies fluviais, flúvio-marinhas e pela Formação 
Barreiras (promontório da ponta do Mucuripe). (JUNIOR e CAVALCANTE). 
Os principais cursos d’água no município de Fortaleza são: Cocó, Ceará, Maranguapinho, 
Pacoti e Coassu. O rio Cocó corta todo o município, sendo o principal recurso superficial. Nasce 
na vertente oriental da serra da Pacatuba, no município homônimo. Tem direção norte-sul 
mudando para este-sudoeste abruptamente, indo desaguar no oceano Atlântico. Seu curso total 
é de 50 km, destes, 24 km somente no município de Fortaleza. 
As principais lagoas existentes na área de trabalho são: Precabura, Sapiranga, Messejana, 
Parangaba e Mondubim. 
 A lagoa da Precabura é a maior de todas. Encontra-se na bacia hidrográfica do rio Coassu, 
tendo uma extensão aproximada de 4 km, largura de 750 metros, e serve de limite em toda sua 
extensão entre os municípios de Fortaleza e Eusébio. 
Bacias Hidrográficas de Fortaleza 
Uma Bacia Hidrográfica nada mais é do que o conjunto do rio principal com seus afluentes, 
saindo do ponto mais alto (nascente) até desaguar no ponto mais baixo (Foz) – Palavras 
simplificadas do professor que vos fala Caio Victor. 
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A hidrografia principal do município compreende as bacias da Vertente Marítima, do rio 
Cocó, do rio Maranguapinho e do rio Pacoti. As bacias hidrográficas estão total ou parcialmente 
inseridas no município de Fortaleza. Segundo a Funceme (1992), a precipitação média anual do 
município é de 1378,30 mm, contribuindo para o volume das mesmas. Secretaria Municipal de 
Urbanismo e Meio Ambiente Av. Dep. Paulino Rocha, 1343 – Cajazeiras CEP 60.864-311 
Fortaleza, Ceará 85 3452.6910 / 6911 15 O Estado do Ceará, segundo o Plano Estadual dos 
Recursos Hídricos, é dividido em 12 bacias hidrográficas, e o município de Fortaleza está 
inserido na bacia denominada Metropolitana. Todos os principais rios de Fortaleza sofrem 
influência da maré. 
 
A Bacia da Vertente Marítima compreende a faixa localizada ao longo do litoral, entre os 
Rios Cocó e Ceará. A Bacia do Rio Cocó, que inclui a maior parte da área do município de 
Fortaleza, possui os seguintes mananciais principais: Rio Cocó, lagoas da Messejana, da 
Parangaba, do Opaia e do Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente Av. Dep. Paulino 
Rocha, 1343 – Cajazeiras CEP 60.864-311 Fortaleza, Ceará 85 3452.6910 / 6911 16 
Porangabussu e Riacho do Tauape. A Bacia do Rio Maranguapinho, a oeste da cidade, tem como 
principais mananciais: Rio Maranguapinho, Açude da Agronomia, Riacho do Açude de João 
Lopes, Riacho Sangradouro do Açude da Agronomia, Riacho da Lagoa do Mondubim e o Riacho 
Correntes. A Bacia do Rio Pacoti ocupa uma pequena área no extremo leste da cidade. 
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Tabela resumo dos principais rios de Fortaleza: 
 
 
 
 
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Tabela resumo das áreas de preservação ambiental de Fortaleza-CE 
 
 
Ecopontos 
Iniciada em 2015, a implantação de Ecopontos na cidade vem mudando o comportamento da 
população quanto ao descarte de resíduos sólidos e à coleta seletiva, incentivando a reciclagem 
de materiais. Os equipamentos são locais de entrega voluntária de materiais recicláveis e outros 
tipos de resíduos em Fortaleza. 
Nos Ecopontos, a população pode fazer o descarte gratuito de: 
Pequenas proporções de entulho; Restos de poda; Móveis e estofados velhos; Óleo de cozinha; 
Papelão; Plástico; Vidro; Metal. 
Horário de Funcionamento: Segunda a sábado: de 8 às 12 horas e de 14 às 17 horas. 
 
Impactos ambientais 
1) Impermeabilização do solo 
A expansão urbana de Fortaleza-CE, assim como grande parte das cidades dos países 
subdesenvolvidos, realizou-se de forma negligente com os recursos naturais. Caracterizou-se na 
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realização de aterramentos de corpos hídricos, intensa ocupação do solo, desrespeito às Leis de 
Uso e Ocupação e infra-estruturas insuficientes ao contingente populacional. 
Dentre as principais resultantes do processo desordenado de impermeabilização do solo de 
Fortaleza aliado à deficiência de infra-estruturas de drenagem urbana, entre outros fatores, 
pode-se destacar as inundações que acometem a cidade no período chuvoso, as doenças de 
veiculação hídrica muitas das quais intensificadas por ocasião das chuvas e as ilhas térmicas. 
 
2) Avanço das dunas 
Nos casos mais recentes, o movimento natural de dunas sobre estradas, potencializado pela 
estação dos ventos, é o que vem gerando preocupação. 
Na praia do Cumbuco, em Caucaia, o alerta vem de um trecho da CE-571, que foi tomada pela 
areia na lateral da estrada. Ela se espalha tanto pelo sentido Cumbuco-Lagoa do Cauipe- onde se 
acumulam mais sedimentos - quanto pelo sentido oposto. 
O problema se repete ano após ano, em locais variados, já tendo sido noticiado por diversas vezes 
no Diário do Nordeste. Desde a inauguração CE-010, que liga a Sabiaguaba ao Eusébio, a duna 
tem avançado na pista. Uma ação civil pública ingressada pelo Ministério Público do Estado do 
Ceará (MPCE) segue em juízo, solicitando o reparo dos danos ambientais na Unidade de 
Conservação do Parque Nacional das Dunas da Sabiaguaba pela construção da via. 
Para o órgão, o licenciamento da obra foi concedido de forma irregular. Segundo ressalta a 
promotora de Justiça Jacqueline Faustino, coordenadora do Centro de Apoio Operacional do 
Meio Ambiente (CAOMACE), construções irregulares saem do papel, geralmente, pela 
flexibilização do licenciamento ambiental. 
Para o professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jeovah 
Meireles, essas rodovias devem ser analisadas pela administração pública de forma específica 
com um planejamento bem feito, que permita, assim, a preservação dos campos de dunas. Do 
contrário, conforme acrescenta, se repetem os danos já conhecidos em decorrência da má gestão, 
como a degradação dos campos, conflitos com comunidades, a inviabilizaçãoda dinâmica eólica, 
a alteração de topografias, entre outros.

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