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WILLIAM MACDONALDPERMITA-ME APRESENTAR A BÍBLIA

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WILLIAM MACDONALD 
 
 
PERMITA-ME 
APRESENTAR 
A BÍBLIA 
 
 
 
 
1a Edição 
2012 
 
Traduzido do original em inglês: 
Let Me Introduce You To The Bible 
Gospel Folio Press 
Grand Rapids-MI, USA. 
- ISBN 978 0937396 22 3 – 
 
Tradução: Rebeca Inke Lima 
Revisão: Sérgio Homeni, Ione Haake, Célia Korzanowski, 
Camila Z. C. Reinke. 
Edição: Arthur Reinke 
Capa e Layout: Tobias Steiger 
 
Passagens da Escritura segundo a versão Almeida Revisada e 
Atualizada SBB (ARA), exceto quando indicado em contrário: Nova Versão 
Internacional (NVI), Almeida Corrigida e Revisada Fiel (ACF), ou Almeida 
Revista e Corrigida (ARC). 
 
Actual Edições 
R. Erechim, 978 - B. Nonoai 90830-000 - PORTO ALEGRE - RS/Brasil 
Fone (51) 3241-5050 - Fax: (51) 3249-7385 
www.Chamada.com.br - pedidos@chamada.com.br 
 
Composto e impresso em oficinas próprias 
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO DA 
PUBLICAÇÃO (CIP) 
 
M135p MacDonald, William 
 
Permita-me apresentar a bíblia / William MacDonald; tradução, 
Rebeca Inke Lima. - Porto Alegre : Actual Edições, c2012. 
56 p.; 13,5 x 19,5 cm. 
 
Tradução de: Let me introduce you to the bible. 
ISBN 978-85-7720-078-8 
 
1. Bíblia. 2. Antigo testamento. 3. Novo testamento. I. Lima, Rebeca 
Inke. II. Título. 
 
CDU 22 
CDD 220 
 
(Bibliotecária responsável: Nádia Tanaka - CRB 10/855) 
 
http://www.chamada.com.br/
mailto:pedidos@chamada.com.br
 
 
 
 
 
 
 
E-book digitalizado e enviado com exclusividade para o 
site: 
 
www.ebooksgospel.com.br 
 
 
Digitalização e Revisão: Levita Digital 
13/06/2013 
 
 
Por gentileza e por consideração não alterem esta página. 
 
 
 
Aviso: 
Os e-books disponiveis, são distribuidos 
gratuitamente, não havendo custo algum. 
 
Caso você tenha condições financeiras para comprar, 
pedimos que abençoe o autor adquirindo a versão 
impressa. 
 
http://www.ebooksgospel.com.br/
ÍNDICE 
1. A BÍBLIA COMO UM TODO 
O valor da Bíblia 
Entendendo a Bíblia 
Expressões bíblicas 
 
2. O ANTIGO TESTAMENTO 
O conteúdo do Antigo Testamento 
Os livros históricos (Volume 1) 
Os livros de sabedoria e poesia (Volume 2) 
Os livros proféticos (Volume 3) 
 
3. O NOVO TESTAMENTO 
Os Evangelhos 
O livro de Atos 
As Epístolas 
O livro do Apocalipse 
 
 
A BÍBLIA COMO UM TODO 
 
Vamos começar assumindo que você leu muito 
pouco da Bíblia. Você não conhece a Bíblia muito bem, mas 
quer aprender sobre ela. Este livro foi escrito para ajudá-lo 
a entender a Bíblia com descrições legíveis e 
compreensíveis que vão direto ao ponto. Que Deus o 
abençoe à medida em que você aprende a desfrutar da 
Bíblia do modo que Ele queria que fosse entendida. 
 
O VALOR DA BÍBLIA 
Você precisa saber, em primeiro lugar, que a Bíblia é 
a singular Palavra de Deus. Ela contém tudo o que 
precisamos saber sobre fé e princípios morais nesta vida e 
tudo o que precisamos saber sobre a vida eterna no futuro. 
Um autor anônimo a descreveu maravilhosamente: "Este 
livro contém a mente de Deus, a condição do homem, o 
caminho para a salvação, a condenação dos pecadores e a 
felicidade dos crentes. Suas doutrinas são santas, seus 
preceitos são imperativos, suas histórias são verdadeiras e 
suas decisões são imutáveis. Leia-o para ser sábio, creia 
nele para ser salvo, pratique-o para ser santo. Ele contém 
luz para guiá-lo, alimento para sustentá-lo e conforto para 
animá-lo. E o mapa do viajante, a bússola do piloto, a 
espada do soldado e o manual do cristão. Aqui, o paraíso é 
restaurado, o céu é aberto e os portões do inferno são 
expostos. Cristo é o grande tema, seu propósito é o nosso 
bem e seu alvo é a glória de Deus. Leia-o devagar, com 
frequência, com devoção. E uma mina de riquezas, um 
paraíso de glória e um rio de prazer. Ele recompensará o 
maior esforço e condenará todos que menosprezarem seu 
conteúdo sagrado. E o Livro dos livros - o Livro de Deus - a 
revelação de Deus ao homem". 
A Bíblia está dividida em duas partes, o Antigo 
Testamento e o Novo Testamento. O Antigo Testamento 
contém 39 livros e o Novo Testamento contém 27 livros. 
Estes 66 livros foram escritos por cerca de 36 homens 
inspirados por Deus em um período de aproximadamente 
1600 anos. Já que estes homens foram guiados pelo Espírito 
Santo, todos os seus livros se encaixam contando uma 
história consistente. 
A Bíblia, por ser a Palavra inspirada de Deus, é 
inesgotável. Enquanto as verdades básicas da fé cristã são 
facilmente compreendidas, algumas coisas na Bíblia não 
serão completamente compreendidas até chegarmos ao 
céu. Quando se trata da Bíblia, precisamos dar crédito a 
Deus por saber coisas que ainda não conseguimos 
entender. No entanto, precisamos crer em tudo o que Deus 
diz, mesmo se ainda não pudermos entender totalmente. 
Não podemos deixar nossas mentes julgarem a Bíblia; ao 
contrário, devemos deixar a Bíblia julgar nossas mentes! 
Em Deuteronômio 29.29, lemos: "As coisas encobertas 
pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos perten-
cem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as 
palavras desta lei". Provérbios 25.2 nos fala: "A glória de Deus é 
encobrir as coisas, mas a glória dos reis é esquadrinha-las”. Devemos 
considerar uma honra poder procurar os tesouros da 
verdade escondidos na Palavra de Deus! 
 
ENTENDENDO A BÍBLIA 
Uma das maiores chaves para se entender a Bíblia é a 
obediência. Alguém disse que "obediência é o órgão de 
entendimento espiritual". Isto significa que, se 
obedecermos à luz que Deus nos dá, Ele nos dará mais luz. 
As pessoas que mais progridem ao estudar a Bíblia são 
aquelas que têm um desejo puro e sincero de fazer tudo o 
que Deus diz. 
Há outras regras que nos ajudarão conforme 
começamos a ler a Bíblia. A regra básica de interpretação é 
essa: se o sentido óbvio faz sentido, não procure outros 
sentidos. Em outras palavras, entenda a Bíblia literalmente 
sempre que possível. 
Também é importante entender a passagem em seu 
contexto imediato. 1 Coríntios 8.5 afirma "...há muitos deuses e 
muitos senhores “. Sozinhas, estas palavras poderiam sugerir 
que há mais do que um verdadeiro Deus, mas o contexto 
maior afirma que, embora haja muitos ídolos e deuses 
pagãos, para nós "não há senão um só Deus” (versículo 4) e 
"para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem 
existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas e 
nós também, por ele” (versículo 6). 
Também é importante entender cada passagem à luz 
do resto da Bíblia. Nenhuma passagem das Escrituras pode 
contradizer outra passagem das Escrituras. Cada verdade 
em particular precisa estar em harmonia com a verdade 
toda. Lido isoladamente, Tiago 2.24 pode parecer ensinar 
salvação por obras, mas o testemunho consistente das 
Escrituras é que a salvação é pela graça através da fé e que 
obras são fruto da salvação, não o meio. (Tiago 2.24 na ver-
dade ensina a importância das obras como uma evidência 
externa da fé). 
 
EXPRESSÕES BÍBLICAS 
Ao ler a Bíblia, você logo perceberá que ela usa 
figuras de linguagem em vários lugares. Por exemplo, 
quando Jesus acusou os fariseus de engolirem um camelo 
(Mateus 23.24), Ele estava usando uma figura de 
linguagem em que um exagero proposital apresenta a 
verdade de uma forma inesquecível. As vezes, um objeto é 
usado como representação ou símbolo de alguma outra 
coisa. Quando Jesus falou sobre rios de água viva em João 
7.38, Ele se referia ao Espírito Santo (versículo 39). Como 
nós usamos figuras de linguagem nas conversas do 
dia-a-dia, normalmente não temos muita dificuldade para 
reconhecê-las na Bíblia. 
Outras vezes, há afirmações gerais na Bíblia que 
precisam ser entendidas como abertas a exceções. Por 
exemplo, aqueles que honram seu pai e sua mãe têm a 
promessa de uma longa vida na Terra (Efésios 6.2-3). 
Conhecemos pessoas, no entanto, que honraram seus pais, 
mas morreram ainda jovens. Isso, porém, ainda é verdade 
como uma regra geral de que filhos obedientes vivem mais 
do que jovens rebeldese desregrados. 
Em certas passagens, a Bíblia fala sobre Deus 
"fazendo" coisas que, na verdade, Ele apenas permite que 
aconteçam. Sabemos, por exemplo, que Deus não pode 
fazer nada que seja cruel ou errado. Entretanto, lemos que 
"o espírito maligno, da parte do SENHOR, tornou sobre Saul" (1 
Samuel 19.9). Deus permitiu que isto acontecesse, mas Ele 
não fez com que acontecesse. 
As vezes, Deus fala de coisas que certamente 
ocorrerão como se já houvessem ocorrido. Romanos 8.30 
afirma que os crentes foram glorificados. Na verdade, não 
seremos glorificados até que Cristo venha e nos leve para a 
casa do Pai, mas a verdade desta glorificação futura é tão 
certa que Deus fala sobre ela como algo já cumprido. Que 
coisa maravilhosa - que o pecador mais pagão pode não 
somente ser salvo do inferno através da fé em Cristo, mas 
também ter tanta certeza da glória futura quanto se já a 
tivesse! 
A Bíblia também usa o que chamamos de linguagem 
da perspectiva humana. Josué 10.12, por exemplo, diz que 
o sol parou diante da ordem de Josué. Sabemos que é o 
movimento da Terra e não o do sol que causa dia e noite. 
No entanto, o sol pareceu ter parado porque as horas do 
dia foram prolongadas. Esta é a linguagem da perspectiva 
humana. 
A palavra "filho", na Bíblia, pode significar também 
neto, bisneto ou outros descendentes. Da mesma forma, 
"filha", "irmão" e "irmã" podem ter significados mais 
amplos. 
Quanto a indicações geográficas na Bíblia, estas são 
dadas quase sempre em relação à nação de Israel ou à 
cidade de Jerusalém. Portanto, "norte" geralmente significa 
norte de Israel ou de Jerusalém. 
Referências bíblicas normalmente aparecem da 
seguinte forma: João 3.16 significa o Evangelho de João, 
capítulo 3, versículo 16. 
 
*Omissão 1 
Há um equilíbrio de prioridades na Palavra de Deus. 
Algumas verdades são levemente mencionadas, enquanto 
a outros assuntos é dada grande ênfase. Precisamos tentar 
ter uma visão equilibrada das Escrituras, não enfatizando 
um mesmo tema como se fosse o único, mas mantendo-o 
em sua devida importância relativa. 
Quando os autores do Novo testamento - inspirados 
pelo Espírito - citam o Antigo Testamento, eles, às vezes, 
usam a citação de forma diferente, mas totalmente 
legítima, dando um significado maior e mais rico à 
passagem do Antigo Testamento. 
À medida que você ler e estudar a Bíblia 
diariamente, você vai desfrutar de um entendimento cada 
vez maior do seu magnífico Deus e de Seu maravilhoso 
plano de vida para todos que recebem a Jesus Cristo como 
Salvador e Senhor. Torne este o seu desejo eterno! 
2 
O ANTIGO TESTAMENTO 
 
Imagine o Antigo Testamento como se este estivesse 
dividido em três volumes distintos: 
Volume 1 - História - Gênesis a Ester 
Volume 2 - Sabedoria e Poesia - Jó a Cantares 
Volume 3 - Profecias - Isaías a Malaquias 
Nós vamos examinar cada uma destas seções mais 
detalhadamente, mas, primeiro, consideremos algumas 
informações gerais sobre o Antigo Testamento. 
 
O CONTEÚDO DO ANTIGO TESTAMENTO 
O Antigo Testamento foi originalmente escrito na 
língua hebraica, com exceção de algumas partes do livro de 
Daniel que foram escritas em aramaico ou caldeu. O 
Antigo Testamento cobre o período histórico desde a 
criação até cerca de 400 anos antes de Cristo. 
Os primeiros 11 capítulos de Gênesis lidam com a 
humanidade em geral. No capítulo 12, Deus escolhe Abrão 
para encabeçar a nação hebraica, seu povo escolhido na 
Terra. A maior parte do restante do Antigo Testamento é 
sobre a nação - Israel. Outros povos são apresentados por 
quaisquer conexões que tenham com Israel.
Cristo é o tema central do Antigo Testamento e com 
isso queremos dizer que O encontramos tanto 
representado quanto prometido ao longo do Antigo 
Testamento. Por exemplo, encontramos Cristo 
representado na vida de José (Gênesis 37-50), no Cordeiro 
Pascal (Êxodo 12.3-10; compare com 1 Coríntios 5.7) e na 
serpente de bronze (Números 21.8-9; compare com João 
3.14-15). Encontramos promessas sobre Seu local de 
ÉS 
nascimento, nascimento virginal, ministério, rejeição, 
traição, morte, sepultamento, ressurreição e retorno. 
 
ÉS 
Embora os livros do Antigo Testamento tratem 
principalmente de Israel e não da Igreja Cristã, eles estão 
cheios de lições práticas para nós ainda hoje. Os exemplos e 
"símbolos" do Antigo Testamento são especialmente 
importantes. Muitos destes símbolos são explicados no 
Novo Testamento. 
 
OS LIVROS HISTÓRICOS (VOLUME 1) 
Vamos agora analisar os livros históricos do Antigo 
Testamento - os livros de Gênesis a Ester. 
A maioria destes livros segue uma ordem 
cronológica. No entanto, há algumas exceções, como 
veremos. 
Os primeiros cinco livros são chamados de 
Pentateuco ou os cinco livros de Moisés. 
 
GÊNESIS 
A Bíblia começa com a história da criação, um 
assunto de interesse universal. Ela passa rapidamente à 
queda do homem, o que explica o lado sombrio da vida por 
completo. A crescente crueldade trouxe o Dilúvio ao qual 
sobreviveram somente Noé e sua família. A Torre de Babel 
foi um monumento ao orgulho do homem e à sua rebelião 
contra Deus. Em Gênesis capítulo 12, Deus chamou Abrão 
a deixar Ur, viajar a um lugar que depois se tornou a 
Palestina e a se tornar o pai do povo hebreu. Abraão e Sara 
tiveram Isaque em sua velhice. Então a linhagem do povo 
escolhido de Deus passou a Jacó, um homem de trapaças, 
mas cheio de fé. Jacó se tornou o pai de 12 filhos, os cabeças 
das 12 tribos de Israel. Um destes filhos, chamado José, 
então, entra em foco. Amado por seu pai, odiado por seus 
irmãos e vendido ao Egito, ele alcançou destaque no 
governo. Quando sua família foi ameaçada pela fome em 
Canaã, ele os trouxe para o Egito e cuidou de suas 
ÉS 
necessidades. Gênesis termina com a morte de José no 
Egito. Há mais de 100 formas em que José é uma ilustração 
ou "representação" do Senhor Jesus Cristo. 
 
 
 
 
 
 
ÊXODO 
Conforme o tempo passou e os israelitas se 
multiplicaram no Egito, um novo Faraó chegou ao poder 
e os rebaixou a escravos.
 
Deus chamou Moisés para entregar um ultimato ao 
Faraó: "Deixe meu povo ir!" O Faraó, no entanto, não 
deixou. Nove duras pragas não mudaram sua decisão, mas 
a décima o fez. Os israelitas celebraram a Páscoa 
apressadamente, uma cerimônia religiosa em que o sangue 
de um cordeiro, espargido sobre as portas das casas, salvou 
os primogênitos de serem destruídos. Isto representa dra-
maticamente a salvação pela fé em Cristo, o Cordeiro de 
Deus, cujo sangue foi derramado para remissão de nossos 
pecados. 
Depois da Páscoa, os israelitas deixaram o Egito. 
Através de um poderoso milagre, Deus fez com que 
pudessem cruzar o Mar Vermelho, mas o exército 
perseguidor egípcio se afogou. Sua jornada os levou ao 
intimidante Monte Sinai onde Deus lhes deu os Dez 
Mandamentos. Também nesta época, Deus deu instruções 
elaboradas quanto a um Tabernáculo (uma tenda usada 
para a adoração de Yahweh), um sacerdócio e um sistema de 
sacrifícios. No final de Êxodo, o Tabernáculo foi erguido e 
o povo ainda estava acampado aos pés do Monte Sinai. 
 
LEVÍTICO 
Este é um manual de instruções para o sacerdócio 
levítico dado a Moisés enquanto o povo judeu estava aos 
pés do Monte Sinai. Levítico enfatiza a necessidade de 
santidade na vida do povo de Deus. Ele lista as cinco 
ofertas principais - ofertas queimadas, de alimentos, de 
paz, por pecados e por transgressões - todas indicando a 
Pessoa e a obra sacrificial de Cristo que morreu como um 
Substituto para os pecadores. Levítico contém leis a 
respeito da vestimenta de sacerdotes, das comidas que 
eram "kosher" (do hebraico "limpas") e não "kosher" 
("imundas"), da higiene pessoal e da pureza moral e do 
diagnóstico e tratamento de lepra. Por fim, Levítico dá 
 
instruções sobre os principais dias santos no calendário 
religioso de Israel: o Sábado, a Páscoa, a Festa dos Pães 
Asmos, a Festa das Primícias, a Festa das Semanas ou 
 
Pentecostes, a Festa das Trombetas, o Dia doPerdão e a 
Festa dos Tabernáculos ou Cabanas. Estas festas 
representam eventos importantes na relação de Deus com 
Israel, algumas no passado, algumas no futuro. A Páscoa, 
por exemplo, representa a morte de Cristo, Festa das 
Primícias simboliza Sua ressurreição e a Festa das Semanas 
indica a descida do Espírito Santo em Pentecostes. 
 
NÚMEROS 
Até Números 10.11, o povo judeu ainda estava 
acampado aos pés do Sinai, preparando-se para a marcha 
até a Terra Prometida. Um censo foi feito durante esta 
época e outro no final do livro - daí o nome Números. Após 
cerca de um ano no Sinai, o povo desmontou o 
acampamento e começou sua caminhada através do 
deserto, cheio de reclamações, rebelião e descrença. Em 
Cades- Barneia, eles enviaram 12 espias para Canaã. Com 
exceção de dois espias, Josué e Calebe, todos os outros 
advertiram que entrar naquela terra seria impossível 
(apesar do fato de que a promessa de Deus garantia 
sucesso). Como resultado, Deus aplicou dois castigos 
severos sobre o povo. Primeiro, eles vagaram pelo deserto 
por 40 anos - um ano para cada dia que os espias passaram 
em Canaã. A rota exata da peregrinação é desconhecida. 
Segundo, todos os soldados saídos do Egito que tinham 
mais de 20 anos de idade (com exceção de Josué e Calebe, 
que creram em Deus) morreram no deserto. Até mesmo 
Moisés foi proibido de entrar na Terra, porque ele havia 
desobedecido a Deus em um acesso de raiva. Quando os 
israelitas murmuraram contra o Senhor e foram mordidos 
por serpentes abrasadoras, eles foram salvos ao olhar para 
uma serpente de bronze que Moisés levantou em uma 
haste (veja João 3.14-15 para a interpretação do Evangelho). 
Depois de anos de peregrinação a esmo, o povo finalmente 
 
chegou às planícies de Moabe, do lado leste do rio Jordão, 
de frente para Jericó. 
 
DEUTERONÔMIO 
A palavra significa "segunda lei". Porque uma nova 
geração havia nascido desde que os israelitas haviam 
deixado o Egito, foi necessário que o povo fosse instruído 
na lei de Deus antes de entrar na Terra Prometida. Em 
Deuteronômio, então, encontramos Moisés lembrando o 
povo de que eles só teriam a benção de Deus nesta terra se 
fossem obedientes à Sua Palavra. Ele repetiu Sua história 
para que eles aprendessem lições com ela. Ele revisou a lei, 
especialmente alertando o povo contra a idolatria e 
casamentos mistos. Ele lhes deu leis adicionais quanto à 
vida em Canaã e predisse os resultados de sua obediência e 
desobediência. Ao final do livro, Moisés morreu e foi 
sucedido por Josué. Todos os eventos em Deuteronômio se 
passaram nas planícies de Moabe, onde o povo havia 
acampado no final do livro de Números. 
 
JOSUÉ 
Os israelitas estavam, agora, posicionados para a 
invasão de Canaã. Josué lhes deu suas ordens de marcha e 
então enviou espias a Jericó, que encontrou em Raabe, a 
prostituta, uma aliada. A estratégia básica era dividir e 
conquistar. Primeiro, foi a campanha central, quando o 
exército cruzou o rio Jordão e dominou Jericó e então 
(depois de um fracasso inicial) conquistou Ai. A campanha 
do sul veio a seguir: Josué e suas tropas derrotaram uma 
aliança de cinco reis em Gibeão. Finalmente, houve o ata-
que ao norte chegando até às Águas do Merom. 
Então, o país foi dividido entre as tribos, com nove 
tribos e meia a oeste do rio Jordão e duas tribos e meia 
(Rubem, Gade e metade da tribo de Manassés) a leste do 
 
Jordão. Seis cidades de refugio foram estabelecidas como 
asilo para aqueles culpados de assassinato acidental e 42 
cidades foram construídas para os levitas. 
A mensagem de despedida de Josué revelou seu 
medo oculto de que o povo caísse em idolatria. Assim 
como Josué os desafiou com as palavras: "...escolhei, hoje, a 
quem sirvais” (Josué 24.15), nós também somos desafiados a 
escolher Cristo ou o mundo, salvação ou pecado, céu ou 
inferno. 
 
JUÍZES 
Após a morte de Josué, Israel entrou em um período 
em que, sem um governo central forte, o povo fazia o que 
queria. Como punição, Deus os entregou a opressores 
pagãos. Quando os israelitas clamaram ao Senhor, Ele 
levantou líderes militares (chamados aqui de juízes) para 
libertá-los e levá-los a um período de paz. Este padrão 
cíclico pode ser descrito como pecado, servidão, súplica e 
salvação; ou como rebelião, retribuição, arrependimento e 
descanso. Os juízes mais conhecidos são Otoniel, Eúde, 
Sangar, Débora, Gideão, Jefté e Sansão. Os últimos cinco 
capítulos de Juízes dão exemplos das baixas condições 
religiosas, morais e políticas que prevaleceram durante este 
período. 
 
RUTE 
Durante o período de Juízes, uma família judia fugiu 
de Belém para o país gentio de Moabe para escapar da 
fome. Os dois filhos casaram-se com moabitas, uma das 
quais era Rute. Então, a tragédia caiu sobre eles! O pai 
judeu e seus dois filhos morreram. Rute decidiu ir para 
Belém com sua sogra, Noemi. Lá, Boaz, um parente do 
falecido marido de Rute, casou-se com ela, preservando 
assim o nome da família e mantendo as propriedades sob a 
 
posse da família. Seu filho, Obede, se tornou o avô de Davi 
e, portanto, um antecessor de Cristo. Boaz representa o 
Senhor Jesus Cristo como Aquele que dá redenção e 
descanso àqueles que se entregam a Ele. 
 
PRIMEIRA SAMUEL 
Os três personagens principais deste livro são 
Samuel, Saul e Davi. Samuel, o profeta, subiu ao poder no 
período em que o sacerdócio havia falhado em sua missão 
e o povo estava exigindo um rei como as outras nações 
possuíam. Esta exigência representava uma rejeição do 
governo de Deus sobre eles. O primeiro rei foi Saul que, a 
princípio, parecia promissor, mas desobedeceu a Deus 
repetidas vezes. Ele invejava Davi loucamente, a quem a 
vitória sobre Golias havia tornado tremendamente 
popular. Davi foi secretamente ungido como rei para 
substituir Saul, mas foi impedido de assumir o trono 
devido aos repetidos ataques de Saul à sua vida. Por fim, 
Saul foi derrotado em batalha e suicidou-se. 
 
SEGUNDA SAMUEL 
Por mais de sete anos, Davi reinou apenas sobre a 
parte sul do reino, conhecida como Judá. Então, foi ungido 
rei sobre todas as 12 tribos. Vitórias militares brilhantes, o 
estabelecimento de Jerusalém como capital política e 
religiosa de Israel e a preparação para a construção do 
Templo destacaram o reinado de Davi. Deus prometeu a 
ele um trono para todo o sempre e uma descendência que 
se assentasse neste trono, uma promessa que foi finalmente 
cumprida em Jesus, o Messias. O pecado de Davi com 
Bate-Seba iniciou uma série de calamidades, incluindo a 
morte de três de seus filhos e terminou com o exílio 
temporário de Davi imposto por seu filho Absalão. Depois 
que Absalão foi morto, Davi orgulhosamente contou o 
 
povo provocando uma praga - enviada por Deus - que 
matou 70 mil pessoas. 
 
PRIMEIRA E SEGUNDA REIS 
Depois que Salomão sucedeu como rei seu pai Davi, 
começou um projeto de construções ambicioso, cuja parte 
mais ilustre era o Templo. Porém, Salomão desobedeceu ao 
Senhor ao casar-se com esposas pagãs (que o levaram à 
idolatria) e ao acumular um grande número de cavalos 
para seu poderio militar, ao invés de confiar no Senhor. 
Embora seu reinado tenha sido de paz e prosperidade, ele 
resultou em impostos opressivos sobre o povo. Assim, 
quando Salomão morreu e seu filho Roboão o sucedeu, o 
povo implorou por um alívio. Rejeitando o conselho dos 
anciãos de seu pai, Roboão deu atenção a seus jovens 
conselheiros ameaçando o povo com impostos ainda mais 
altos. Isto resultou em uma divisão no reino, com Jeroboão 
como líder das 10 tribos do norte, conhecidas como Israel 
ou Efraim. Roboão ficou com o reino do sul, conhecido 
como Judá, formado por Judá, Benjamim e a maioria dos 
levitas. 
A seguir, houve uma sucessão de reis em cada reino. 
Israel teve 19 reis, todos perversos, e nove dinastias ou 
famílias. Israel continuou até 721 a.C., quando foi levado 
cativo pelos Assírios. Judá teve 20 reis, todos da mesma 
dinastia ou linhagem. Os bons reis de Judá foram Asa, 
Josafá, Jeoás, Azarias, Jotão,Ezequias e Josias. Judá foi 
levado cativo pelos babilônios em 586 a.C. 
O ministério do profeta Elias se destaca na última 
parte de 1 Reis e o profeta Eliseu ganha destaque no 
começo de 2 Reis. 
 
 
 
PRIMEIRA E SEGUNDA CRÔNICAS 
Primeira Crônicas cobre, em grande parte, a mesma 
 
história que lemos em 1 e 2 Samuel e 2 Crônicas lida 
principalmente com o mesmo período de 1 e 2 Reis. Há, no 
entanto, algumas distinções importantes. Enquanto os 
livros de Samuel e Reis são registros históricos, 1 e 2 
Crônicas funcionam mais como uma interpretação es-
piritual. Por exemplo, os livros de Crônicas enfatizam 
Davi, ao invés de Saul; Judá, ao invés de Israel; os bons reis, 
ao invés dos maus; a ordem sacerdotal, ao invés da política. 
Há outras duas diferenças que devem ser mencionadas. 1 
Crônicas começa com nove capítulos de genealogias não 
encontrados em Samuel e 2 Crônicas termina com o 
decreto de Ciro, não encontrado em 2 Reis. Este decreto 
permitiu que os judeus retomassem à sua terra para 
reconstruir o Templo. 
 
ESDRAS 
Quando Ciro decretou que os judeus poderiam sair 
da Babilônia para ir para casa, Zorobabel liderou a 
primeira expedição de aproximadamente 50 mil fiéis 
patriotas. Apesar da insistente oposição, estas pessoas 
conseguiram reconstruir o Templo. 
Sessenta anos depois, Esdras levou outro grupo de 
exilados de volta à sua terra natal. Esdras conduziu uma 
campanha bem sucedida de afastar as esposas estrangeiras 
com quem os homens haviam se casado. 
 
NEENIAS 
Durante o reinado do governador persa Artaxerxes, 
Neemias foi autorizado a voltar a Jerusalém com um grupo 
para reconstruir os muros. Depois que a obra foi terminada 
em 52 dias, houve um reavivamento espiritual como 
resultado da leitura pública da Palavra de Deus. 
Quando Neemias voltou à Pérsia, o povo em 
Jerusalém caiu em pecado. Eles permitiram que o Templo 
 
fosse profanado, não sustentaram os levitas, não 
guardaram as ordenanças quanto ao sábado e se casaram 
com mulheres gentias. Neemias voltou para Jerusalém, 
corrigiu estes abusos e instruiu o povo na Palavra do 
Senhor. 
A história do Antigo Testamento termina neste 
ponto, em aproximadamente 400 a.C. Embora o livro de 
Ester seja o seguinte ao de Neemias, na seção de livros 
históricos da Bíblia, os eventos ali, na verdade, 
aconteceram antes dos eventos em Neemias. O Antigo 
Testamento não menciona nada sobre o período de 400 
anos entre o último livro do Antigo Testamento e o 
primeiro do Novo Testamento. Alguns livros foram 
escritos durante este período e contém informações úteis 
(embora imperfeitas) sobre os "400 anos de silêncio" do 
período intertestamentário. 
 
ESTER 
Os eventos em Ester aconteceram na Pérsia entre o 
sexto e o sétimo capítulos de Esdras. Quando o rei persa 
depôs sua esposa e procurou uma nova rainha, uma 
menina judia chamada Ester foi escolhida. Um inimigo, 
Hamã, persuadiu o rei a emitir um decreto irrevogável 
declarando que todos os judeus do reino deveriam ser 
mortos em certa data. Seguindo o conselho de seu primo, 
Mardoqueu, Ester foi até o rei e expôs Hamã. Seu plano 
teve o efeito contrário e ele foi executado. Ester, então, 
conseguiu com que outro decreto fosse emitido permitindo 
que os judeus pudessem se defender. Isto resultou em uma 
libertação gloriosa para os judeus, ainda hoje comemorada 
no Festival do Purim. 
 
 
OS LIVROS DE SABEDORIA E POESIA (VOLUME 2) 
Os livros de Jó até Cantares de Salomão são 
classificados como livros de Sabedoria e Poesia. Pense 
neles como um conjunto de hinos inserido no meio do 
Antigo Testamento. Estes livros foram escritos em 
diferentes épocas durante o período histórico que 
acabamos de estudar. Os eventos em Jó, por exemplo, 
voltam no tempo até Gênesis, a um período anterior a 
Abraão. Já que muitos dos Salmos foram escritos por Davi, 
os associamos ao período de 1 e 2 Samuel. Salomão 
escreveu Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão; 
então, estes livros pertencem à primeira parte de 1 Reis. 
 
JÓ 
Provavelmente não há homem na história que tenha 
sofrido tantas perdas familiares e materiais em um único 
dia quanto Jó. Três amigos que vieram confortá-lo 
concluíram erroneamente que ele estava sofrendo como 
resultado de pecados em sua vida. Um jovem chamado 
Eliú tentou resolver o problema do sofrimento de Jó, mas 
só depois de ter um vislumbre da grandeza, da justiça, do 
poder e da sabedoria de Deus foi que Jó pôde confessar seu 
próprio pecado e orar por seus amigos. Então, ele recebeu 
duas vezes mais riquezas do que tinha no início. 
 
SALMOS 
Pelo menos metade dos salmos neste compêndio de 
hinos do antigo Israel foi escrita por Davi, mas alguns são 
atribuídos a Asafe, aos filhos de Corá, a Salomão, a Moisés 
e a Etã. A autoria de cerca de 50 salmos é desconhecida. 
Os salmos estão divididos em cinco livros da 
seguinte forma: 1-41; 42-72; 73-89; 90-106; 107-150. 
 
Alguns dos salmos são históricos, recapitulando 
eventos importantes na história da nação de Israel ou do 
próprio salmista. Muitos dos salmos são Messiânicos, 
predizendo a morte, ressurreição, ascensão, segunda vinda 
e o reino milenar do Senhor Jesus. Os salmos de 
arrependimento são aqueles em que o autor confessa seu 
pecado e clama por perdão. Os salmos imprecató- rios 
chamam a ira de Deus sobre Seus inimigos. A maioria dos 
salmos, no entanto, é de puro louvor, devoção e adoração. 
Muitos dos salmos têm títulos, incluindo palavras 
que parecem ser instruções musicais. Os estudiosos estão 
divididos quanto aos títulos fazerem parte do texto original 
ou não. 
A poesia hebraica não exige rima ou métrica, porque 
é baseada em estruturas como paralelismos e acrósticos. 
No paralelismo, há uma declaração que é repetida em uma 
linguagem idêntica ou parecida. Nos acrósticos, os 
versículos podem começar com letras sucessivas do 
alfabeto hebraico ou se organizar em outras sequências. 
 
PROVÉRBIOS 
Os Provérbios são uma importante coleção de 
dizeres sábios escritos por Salomão e por outros sábios em 
um estilo curto, expressivo e fácil de lembrar. Eles foram 
escritos especialmente para jovens. A maioria dos 
provérbios é uma simples afirmação, comparação, 
contraste ou paralelismo. Eles falam de uma grande 
variedade de assuntos, todos de valor extremamente 
prático. 
 
ECLESIASTES 
Este é um registro da busca de Salomão por 
satisfação "debaixo do sol". Ele tentou se satisfazer com 
educação, prazer, materialismo, riquezas, música, filosofia 
 
e sexo, mas concluiu que a vida é sem sentido e fútil. A 
frase chave "debaixo do sol” aparece 29 vezes. O livro 
descreve a sabedoria do homem em seu ápice, sem levar 
em conta a revelação divina, tentando resolver o enigma da 
vida. Eclesiastes foi incluído na Palavra inspirada de Deus 
para nos ensinar a olhar para além do sol, para encontrar 
uma vida de significado. Séculos depois, Jesus disse que 
aqueles que beberem da água deste mundo sentirão sede 
novamente, mas aqueles que beberem da água que Ele dá, 
nunca mais terão sede (João 4.13,14). Estamos procurando 
satisfação no lugar certo? 
 
CANTARES DE SALOMÃO 
Normalmente, este livro é interpretado como uma 
descrição do amor de Salomão por uma moça sulamita e 
como uma representação do amor de Cristo por Israel ou 
pela Igreja. 
Outra abordagem vê três personagens principais - 
Salomão, a sulamita e seu pastor apaixonado. Salomão 
quer que a sulamita faça parte de seu harém, mas ela é fiel 
ao seu amado e, no último capítulo, ela volta à sua vila de 
origem para casar-se com ele. De acordo com esta 
perspectiva, o livro é um protesto contra a infidelidade no 
casamento, assim como a infidelidade de Israel com Yahweh. 
O idioma original do Antigo Testamento indica se o 
locutor é homem ou mulher e se há apenas um locutor ou 
um grupo. Algumas versões mais modernas da Bíblia 
procuram mostrar estas diferenças. 
 
 
 
OS LIVROS PROFÉTICOS (VOLUME 3) 
Os 16 profetas autores do Antigo Testamento (de 
Isaías a Malaquias) ministraramdurante três períodos 
distintos da história judaica. A maioria deles apresentou a 
mensagem de Deus durante o Reino Dividido. Dois destes 
profetas (Ezequiel e Daniel) atuaram durante o exílio 
babilónico e três deles (Ageu, Zacarias e Malaquias) 
ministraram depois que o povo voltou do exílio. Portanto, 
eles se encaixam nos livros históricos de 1 Reis até 
Neemias. 
Os profetas, basicamente eram porta-vozes de Deus, 
chamados em um período de declínio espiritual para pedir 
que o povo voltasse ao Senhor e para alertá-lo quanto ao 
julgamento caso ele não obedecesse. 
Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel são conhecidos 
como os Profetas Maiores, principalmente porque seus 
livros são maiores que os outros. Os livros restantes são 
chamados de Profetas Menores, porque seus livros, embora 
também sejam importantes, são menores. 
Os assuntos a seguir surgem com frequência nos 
escritos proféticos: 
1. A santidade de Deus; 
2.O pecado e fracasso do povo escolhido de Deus;
3. Um chamado ao arrependimento; 
4 . O juízo de Deus, caso o povo não se arrependa; 
5. O julgamento de Deus sobre as nações vizinhas;
6. O retorno de parte do povo do cativeiro; 
7. A vinda do Messias e Sua rejeição; 
8. A Segunda Vinda do Messias em poder e grande 
glória; 
9. A restauração do povo escolhido de Deus; 
10. O reinado universal de Cristo. 
 
 
 
 
Aqui estão algumas chaves úteis para se estudar 
livros proféticos: 
- As vezes, o profeta salta do passado ou do presente 
para o futuro, pulando centenas de anos sem uma transição 
explícita. Preste atenção nessas transições rápidas! 
- Algumas profecias têm, primeiramente, um 
cumprimento parcial e, mais tarde, um cumprimento 
completo. Isto é conhecido como a Lei da Referência Dupla. 
- Os nomes Israel, Efraim, José e Samaria 
normalmente estão associados ao Reino do Norte, embora, 
às vezes, Israel represente todas as 12 tribos. Judá e 
Jerusalém se referem ao Reino do Sul. 
- Nínive era a capital da Assíria; Damasco, a capital 
da Síria e Babilônia da Babilônia ou Caldeia. 
- Palavras como bosques, altos, carvalhos e jardins 
estão associadas à idolatria. 
- Os profetas podem ser classificados de acordo com 
o povo a quem eles ministraram, embora, muitas vezes, 
tenha havido sobreposições. 
ISRAEL JUDÁ AS NAÇÕES 
Oséias Isaías Naum 
Amós Jeremias Obadias 
Jonas Joel 
 Miqueias 
 Habacuque 
 Sofonias 
 Ezequiel 
 Daniel 
 Ageu 
 Zacarias 
 Malaquias 
 
 
ISAÍAS 
Conhecido como o Profeta Evangélico, Isaías viveu 
durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (reis 
de Judá). Durante este período, o Reino do Norte foi levado 
para o cativeiro pela Assíria e Judá também foi ameaçada 
pelos assírios. Isaías tranquilizou o rei Ezequias de que o 
Senhor destruiria o exército assírio antes que este 
dominasse Jerusalém. Porém, ele também alertou que Judá, 
por causa de sua idolatria, seria levada cativa pelos 
babilônios. 
Se os primeiros 39 capítulos de Isaías correspondem 
aos 39 livros do Antigo Testamento, então os últimos 27 
capítulos de Isaías certamente formam um paralelo com os 
27 livros do Novo Testamento, com sua mensagem 
consoladora sobre o Messias - Sua chegada, Seu ministério 
público, Sua rejeição, morte e ressurreição, Sua exaltação e 
Segunda Vinda e Seu reinado glorioso. Isaías 53, em 
particular, nos dá uma descrição gráfica da morte de 
Cristo, embora as palavras tenham sido escritas cerca de 
700 anos antes do evento. 
 
JEREMIAS 
O Profeta "Chorão" ministrou durante o período em 
que Judá foi ameaçada e levada para o cativeiro pelos 
babilônios. Guiado por Deus, Jeremias aconselhou o povo a 
se submeter aos babilônios, mas ele o acusou de traição e 
tentou matá-lo. Depois que Jerusalém caiu, Jeremias foi 
autorizado a permanecer ali com mais alguns. Ele 
aconselhou os outros a não fügirem para o Egito, porém 
eles não apenas foram, mas o forçaram a ir junto. Jeremias 
morreu no Egito. 
 
Além de predizer o cativeiro babilónico, Jeremias 
também previu a destruição do império ao final de 70 anos 
e o retomo dos judeus à sua terra. 
 
LAMENTAÇÕES 
Este é o livro do eloquente choro de Jeremias pela 
destruição de Jerusalém. O profeta verbaliza as emoções 
dos judeus quando estes vivenciaram os babilônios atacar e 
dominar sua amada cidade. 
 
EZEQUIEL 
Ezequiel foi deportado para a Babilônia 11 anos 
antes da queda de Jerusalém. Através de diversas visões e 
simbolismos, ele lembra Judá de seus pecados, alerta sobre 
o exílio iminente e desconsidera a possibilidade de um 
retorno mais cedo. A seguir, ele condena as nações gentias 
vizinhas por sua idolatria e crueldade. Por fim, ele 
profetiza o arrependimento e restauração da nação inteira 
(Israel e Judá) sob o domínio pacífico do Messias. 
Note o movimento da nuvem de glória ou Shekhinah 
no livro de Ezequiel! A nuvem deixou o Santo dos Santos e 
foi para a entrada do Templo (9.3), pairou sobre a entrada 
(10.4), então foi para a porta oriental (10.19) e para o monte 
a leste da cidade (11.23). Isto representa o Senhor deixando 
Seu Templo e Cidade por causa dos pecados do povo. Ele 
voltará ao templo (43.2) em um dia que ainda há de vir. 
 
DANIEL 
Assim como Ezequiel, Daniel profetizou durante o 
exílio. Ele falou especialmente sobre "a era dos gentios", 
quando quatro poderes mundiais dominariam o povo 
judeu. Estes poderes eram a Babilônia, a Medo Pérsia, a 
Grécia e Roma, representados por uma imagem feita de 
quatro metais e também simbolizados por quatro bestas 
 
selvagens. Estes quatro poderes mundiais serão seguidos 
por um quinto império, o reino do Senhor Jesus Cristo, 
representado por uma grande pedra esmagadora. 
O livro de Daniel também contém o relato 
emocionante de três jovens judeus que alcançaram grande 
influência política, apesar de recusarem comprometer seus 
princípios (capítulo 1); a forma miraculosa com que foram 
preservados na fornalha ardente (capítulo 3); e a 
experiência inesquecível de Daniel na cova dos leões 
(capítulo 6). 
As visões do profeta Daniel das 70 "semanas" (490 
anos) de supremacia gentia (capítulo 9) cobre a primeira 
vinda de Cristo, pula a era da Igreja atual e então fala sobre 
o período de Tribulação (logo antes da Segunda Vinda de 
Cristo). 
Os capítulos finais de Daniel (11 e 12) predizem o 
domínio grego sobre a Medo Pérsia, o declínio do império 
grego, o surgimento do futuro Anticristo e a vinda da 
Grande Tribulação. 
 
OSÉIAS 
Oséias profetizou a Israel durante seus últimos anos. 
O casamento de Oséias com uma prostituta que foi infiel, 
mas que foi finalmente restaurada, representa o 
relacionamento de Israel com Yahweh: abandonando 
continuamente a fé, mas, por fim, sendo trazida de volta ao 
Senhor em bênção. 
 
JOEL 
Joel foi um profeta de Judá, provavelmente, durante 
os reinados de Joás a Acaz. Sua frase chave é "o Dia do Senhor 
um dia de condenação severa representado, a princípio, 
por uma praga de gafanhotos. Ele é conhecido como "o 
profeta de Pentecostes", porque prediz o derramamento 
 
universal do Espírito Santo, o qual foi cumprido no Dia de 
Pentecostes (30 d.C.). Joel também prediz o julgamento das 
nações gentias e a bênção de Israel no futuro Milênio. Sua 
promessa de que "todo aquele que invocar o nome do SENHOR 
será salvo" (2.32) é citada por Paulo em Romanos 10.13 para 
mostrar que a salvação é para qualquer um que confiar no 
Senhor Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. 
 
AMÓS 
Este criador de ovelhas foi chamado a deixar sua 
casa perto de Belém e a viajar rumo ao norte até o santuário 
do bezerro de ouro, em Betei, para profetizar contra os 
pecados de Israel. Conhecido como o profeta da justiça 
social, ele colocou Israel junto aos gentios e à Judá como 
madura para a condenação de Deus. Através de uma série 
de visões, ele viu a iminência e certeza da punição. No 
entanto, o livro termina com a promessa da conversão e 
restauração de Israel. 
 
OBADIAS 
Obadias prediz a destruição total de Edom por causa 
de seu orgulho e porquese alegrava com a destruição de 
Jerusalém. 
 
JONAS 
Jonas é diferente de todos os outros profetas no 
sentido de que suas experiências, não suas palavras, 
formam a profecia. Enviado por Deus para pregar à cidade 
gentia de Nínive, Jonas foi desobediente, lançado ao mar, 
engolido - mas não digerido - por um grande peixe, 
lançado de volta à terra, recebeu uma segunda chance e foi 
o meio usado para começar um grande reavivamento. 
Semelhantemente, Israel foi enviado como missionário 
para os gentios, foi desobediente, espalhado entre as 
 
nações, mas não aculturado. Quando Israel for restaurado 
na Segunda Vinda de Cristo, ele será canal de bênção para 
todo o mundo. 
A experiência de Jonas, conectada com a baleia, tam-
bém é típica da morte, sepultamento e ressurreição de 
Cristo (Mateus 12.40). 
Jonas profetizou a Israel provavelmente durante os 
reinados de Joacaz, Joás e Jeroboão II. 
 
MIQUEIAS 
Contemporâneo de Isaías, a profecia de Miqueias é a 
história de três cidades: 1) Samaria, a capital de Israel, 
condenada a ser capturada pelos assírios; 2) Jerusalém, a 
capital de Judá, destinada a ser destruída pela Babilônia (e 
ambas, Samaria e Jerusalém, são culpadas de pecados de 
idolatria, injustiça e avareza); 3) 
Belém, o lugar do nascimento do Messias prometido 
que destruiria o inimigo e traria paz a Israel. 
 
NAUN 
Na época em que Judá esteve sitiada pela Assíria, 
Naum trouxe a promessa consoladora da destruição de 
Nínive. Ele descreve a queda da cidade detalhadamente - o 
rio transbordante e o grande incêndio. A cidade havia sido 
poupada no tempo de Jonas, mas caiu 200 anos depois. 
 
HABACUQUE 
Quando viu a perversidade de Judá, Habacuque 
perguntou a Deus como Ele conseguia tolerá-la. O Senhor 
respondeu que Ele puniria Judá através dos babilônios. Isto 
deixou o profeta ainda mais perplexo. Como Deus podia 
usar um povo que era ainda mais perverso que Judá para 
disciplinar Seu próprio povo? A resposta foi que o justo 
viverá pela fé, não importando quem seja e que o homem 
 
perverso será destruído. Isto satisfez a Habacuque, então 
ele termina sua profecia com uma canção de alegria. 
 
SOFONIAS 
Os pensamentos-chave na profecia de Sofonias são 
condenação e alegria. Deus condenará Judá por causa de 
sua grosseira idolatria. O Dia do Senhor será um tempo de 
guerra, aflição e morte. Nações gentias (como os filisteus, 
os moabitas, os amoni- tas, os etíopes e os assírios) não 
escaparão. 
Eventualmente, o povo de Deus será restaurado e 
Deus se alegrará com ele. 
 
AGEU 
Ageu, Zacarias e Malaquias profetizaram aos judeus 
que haviam retomado da Babilônia. Quando Zorobabel e 
seus companheiros tentaram reconstruir o Templo, eles 
foram fortemente rechaçados pelos samaritanos. Ageu 
repreendeu os judeus por sua apatia e por viverem em 
casas confortáveis enquanto o Templo estava em ruínas. 
Ele os lembrou do preço pago por terem desobedecido no 
passado e insistiu para que eles continuassem com o 
projeto da construção. Ele ansiava pelo tempo em que Deus 
destruiria os reinos deste mundo para salvar Seu povo 
escolhido. 
 
ZACARIAS 
Assim como Ageu, Zacarias profetizou durante o 
período descrito no livro de Esdras encorajando os exilados 
que haviam voltado a reconstruir o Templo. Em oito visões 
altamente simbólicas, ele predisse a punição dos 
opressores gentios, a condenação do judaísmo apóstata, a 
purificação e restauração do remanescente de judeus e o 
reino glorioso do Messias. Zacarias é lembrado 
 
especialmente por suas profecias a respeito do Senhor 
Jesus - Sua entrada triunfal, Sua traição por 30 peças de 
prata, Sua morte como o Pastor ferido, Sua aparição 
gloriosa no Monte das Oliveiras e Seu reino milenar como 
Rei Sacerdote. 
 
MALAQUIAS 
Os eventos em Malaquias são paralelos àqueles em 
Neemias no final da história do Antigo Testamento. O 
Templo e o muro de Jerusalém já foram reconstruídos, mas 
abusos sérios haviam se infiltrado. 
Malaquias tentou corrigir tais abusos, como falta de 
amor, ofertas impuras, divórcios, casamentos mistos e 
negligência do dízimo. Ele predisse a primeira vinda de 
Cristo, precedido por Seu mensageiro que sabemos ser 
João Batista. Ele também previu o dia em que Cristo virá 
como o Sol da Justiça, precedido por Elias, o profeta (Mt 
17.10-12). Então Cristo condenará os pagãos, mas trará 
bênçãos àqueles que temem ao Senhor. 
 
 
 
 
3 
3 
O NOVO TESTAMENTO 
 
OS EVANGELHOS 
Os Evangelhos, provavelmente, são a parte mais 
conhecida da Bíblia. Porém, embora muitas pessoas 
conheçam pedaços deles, poucos entendem a abrangência e 
o propósito destes quatro livros. A maioria das pessoas 
pensa neles meramente como quatro biografias de Cristo. 
É importante ressaltar que os Evangelhos não tentam 
fazer um relato completo do começo da vida de Cristo. O 
Espírito Santo selecionou alguns incidentes e os entrelaçou 
para enfatizar certos aspectos da vida de Cristo. Os 
seguintes fatos ilustram esta seleção. Com a exceção de 
cinco capítulos, todo o conteúdo dos Evangelhos trata dos 
últimos três anos da vida do Salvador na Terra. Vinte e oito 
capítulos falam dos dez dias entre Sua última chegada em 
Betânia e Sua ressurreição. Os Evangelhos não alegam 
relatar inteiramente nem mesmo os anos finais do 
ministério do Salvador. João nos lembra de que, se tudo o 
que Ele fez estivesse escrito em livros, o próprio mundo 
não conseguiria contê-los (João 21.25). 
Os autores dos Evangelhos selecionaram incidentes 
que dariam sua própria apresentação única do nosso 
Senhor. Por isso, alguns incidentes se encontram em 
apenas um Evangelho, outros em dois ou três e outros, 
ainda, em todos os quatro.
Os eventos da vida de Cristo não são relatados 
sempre em ordem cronológica. Para nós, a ordem 
cronológica parece ser a única correta. Entretanto, às vezes 
é mais importante relatar eventos de forma a acentuar 
lições espirituais ou morais. Cada um dos Evangelhos foi 
 
 
escrito para apresentar Cristo de um aspecto diferente. 
Mateus O apresenta principalmente como Rei; Marcos, 
como Servo; Lucas, como homem; e João, como Deus 
(embora haja alguma repetição). Esta apresentação 
quadruplicada parece ser encontrada em diversas porções 
do Antigo e do Novo Testamentos como vemos na tabela a 
seguir: 
 
As quatro cores exigem certa explicação. Estas cores 
foram encontradas no Tabernáculo e em algumas das 
roupas dos sacerdotes. Púrpura é a cor da nobreza; os reis 
de Midiã, por exemplo, usavam púrpura (Juízes 8.26). 
Escarlate era extraída da cochonilha-do-carmim (parente 
do pulgão). Lembrando-nos do Servo que sofreu, sangrou e 
disse "sou verme e não homem..." (Salmo 22.6). O linho 
finíssimo branco fala de justiça (Apocalipse 19.8), a vida 
perfeita de nosso Senhor enquanto homem. Azul é a cor do 
céu, lembrando-nos dAquele que desceu dos céus. 
Mateus Marcos Lucas João 
Rei Servo Homem Deus 
Leão 
(Ez 1.10; Ap 4.7) 
Boi ou Bezerro 
(Ez 1.10; Ap 4.7) 
Homem 
(Ez 1.10; Ap 4.7) 
Águia 
(Ez 1.10; Ap 
4.7) 
O Renovo (ou 
Filho) de Davi 
(Jr 23.5,6) 
Meu Servo, o 
Renovo 
(Zc 3.8) 
0 homem... 
Renovo 
(Zc 6.12) 
0 Renovo do 
Senhor 
(Is 4.2) 
Eis aí te vem o teu 
Rei 
(Zc 9.9) 
Eis aqui o meu 
Servo 
(Is 42.1; 52.13) 
Eis aqui o 
Homem 
(Zc 6.12) 
Aí está o vosso 
Deus 
(Is 40.9) 
Púrpura Escarlate Linho finíssimo 
(branco) 
Azul 
 
 
Os autores dos Evangelhos selecionaram seu 
conteúdo de forma que se encaixasse com os aspectos 
particulares do Senhor que eles queriam apresentar. 
Portanto, Mateus nos dá a genealogia de Jesus para provar 
Seu direito legal ao trono. Lucas nos dá uma genealogia 
para provar que nosso Senhor era realmente humano. 
Marcos não fala de genealogia alguma, porque isso não é 
importante para um servo e João não o faz porque, como 
Filho de Deus, o Senhor Jesus jamais teve um começo. 
As vezes, o que parece ser o mesmo evento registra-
do em diferentes Evangelhos são, na verdade, dois eventos 
diferentes. A purificação do Templo em João 2.13-15aconteceu no começo do ministério público de Cristo, 
enquanto a purificação de Mateus 21.12-17, Marcos 
11.15-19 e Lucas 19.45,46 aconteceu perto do fim de Seu 
ministério. 
Registros diferentes do mesmo evento nunca são 
contraditórios. Às vezes, são suplementares. Cada 
Evangelho mostra um relato diferente das palavras sobre a 
cruz: Mateus 27.37: "Este é Jesus, o Rei dos judeus". Marcos 
15.26: "O Rei dos judeus". Lucas 23.38: "Este é o Rei dos 
judeus". João 19.19: "Jesus Nazareno, o Rei dos judeus". Junte 
todas elas e você terá esta frase sobre a cruz: "Este é Jesus 
Nazareno, o Rei dos judeus". 
Porém, quer as diferenças sejam suplementares, quer 
não, sempre há um motivo por trás delas e este motivo 
destaca verdades espirituais significativas. 
O ministério público de Cristo pode ser dividido em 
três fases: 
• Ministério judaico - cerca de um ano. João 
1.15-4.54 
• Ministério galileu - cerca de um ano e nove meses. 
Mateus 4.12-18.35 
Marcos 1.14-9.50 Lucas 3.19-9.50 João 5.1 -10.21
 
 
• Ministério na Judeia - cerca de quatro a cinco 
meses. Mateus 19.1-20.28 Marcos 10.1 - 10.45 Lucas 9.51 - 
18.34 João 10.22-11.57 
Os primeiros três Evangelhos são chamados de 
sinóticos (Sin = com; óptico = ver), significando que, em 
um sentido geral, eles falam sobre as mesmas partes, ou 
têm a mesma perspectiva do ministério do nosso Senhor. O 
Evangelho de João é chamado de autóptico (auto = próprio; 
óptico = ver), porque João vê o Senhor de uma forma 
diferente dos outros. Mais de 90% do conteúdo relatado 
por João é particular do seu Evangelho. Os Evangelhos não 
são, primeiramente, uma apresentação do plano de 
salvação, embora o incluam. Ao invés disso, eles são um 
registro histórico dos eventos através dos quais a salvação 
se tomou possível - a morte, o sepultamento, a ressurreição 
e a glorificação do Senhor Jesus Cristo. 
 
MATEUS 
O Evangelho de Mateus fala sobre o Rei - Sua 
genealogia, nascimento e infância; a constituição do Seu 
Reino (o Sermão do Monte); e Suas credenciais, rejeição, 
crescente oposição, prisão, julgamento, morte, 
sepultamento e ressurreição. O discurso no Monte das 
Oliveiras (Mateus 24 e 25) é uma das grandes passagens 
proféticas da Palavra. 
 
MARCOS 
Cristo, como o Servo perfeito, mergulha direto em 
Seu ministério. Você notará a repetição frequente de 
palavras como imediatamente ou logo. Este é um livro de 
ação. Como é de se esperar, as obras do Senhor são 
enfatizadas aqui, ao invés de Suas palavras. Um versículo 
chave é 10.45: "Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser 
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos
 
 
44 
 
LUCAS 
Lucas retrata Cristo como o Filho do Homem 
perfeito. A ênfase que Lucas dá às orações de Cristo, 
portanto, não é surpreendente. Também notamos 
claramente a compaixão e o perdão do Senhor. Lucas tem 
muito a dizer sobre mulheres e crianças, sobre músicas, 
discipulado e questões médicas. 
 
JOÃO 
O propósito deste Evangelho aparece em João 20.31: 
"... para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e para que, 
crendo, tenhais vida em seu nome". Há sete milagres ou sinais 
confirmando a afirmação de Jesus de ser o Filho único de 
Deus. O Senhor Jesus usa o nome divino "Eu Sou" para si 
sete vezes. João tem nove sermões do nosso Senhor que não 
aparecem em nenhum outro lugar. Talvez o versículo mais 
conhecido da Bíblia seja João 3.16: "Porque Deus amou ao 
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo o 
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna ". João é chamado 
de "o Evangelho em poucas palavras", porque ele mostra 
de forma concisa que somos salvos através da fé no Filho 
de Deus que morreu como nosso Substituto, pagando o 
preço por nossos pecados. 
 
O LIVRO DE ATOS 
J. B. Phillips chamou sua paráfrase de Atos de "The 
Young Church in Action " [A Igreja Jovem em Ação]. É um 
nome conveniente, porque, neste livro, Lucas descreve o 
nascimento e a infância da nova sociedade de Deus. 
A narrativa de Atos fala do ano 34 d.C. - da ascensão 
de Cristo - até à primeira prisão de Paulo em Roma (60-63 
d.C.). 
 
 
O apóstolo Pedro ocupa o papel central nos capítulos 
1-12. Depois disso, Paulo é o apóstolo em destaque. 
 
 
46 
O texto de Atos não afirma contar a história inteira 
da Igreja primitiva, apenas eventos isolados escolhidos 
pelo Espírito Santo para traçar o desenvolvimento 
espiritual da Igreja. 
Atos 1.8 forma um esboço aproximado do livro: 
"...serei minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a 
Judéia e Samaria e até aos confins da terra Podemos dividir o livro 
desta forma: 
• Jerusalém (1.1 — 8.1a) 
• Judeia (8.1b) 
• Samaria (8.1b, 4-25) 
• Os confins da terra (9.1 - 28.31) 
Atos descreve o cumprimento histórico da ordem de 
Cristo de que o Evangelho deveria ser pregado, primeiro, 
aos judeus e então aos gentios. 
Talvez, uma das coisas mais importantes para ser 
entendida no livro de Atos seja perceber que ele trata de 
uma transição - isto é, ele funciona como uma ponte do 
período do início da Igreja (quando ela era composta quase 
unicamente de judeus convertidos) até o momento em que 
ela se despiu da roupagem solene do judaísmo e se 
levantou como uma nova sociedade, composta por judeus 
e gentios, sendo que todos são um em Cristo Jesus. No co-
meço de Atos, os cristãos se reuniam no Templo e na 
Sinagoga, mas conforme o tempo foi passando, eles 
passaram a se encontrar principalmente nas casas. 
Aqui estão alguns dos destaques do livro: 
• A ascensão de Cristo (capítulo 1); 
• O nascimento da Igreja, quando o Espírito Santo 
desceu no dia de Pentecostes (capítulo 2); 
 
 
• O ministério de Pedro e de João, acompanhado da 
crescente oposição (capítulos 3-5); 
• O ministério, prisão, defesa e martírio de Estevão 
(capítulos 6 e 7); 
• Filipe leva o Evangelho a Samaria (capítulo 8); 
• A conversão de Saulo de Tarso (capítulo 9); 
• Pedro leva o Evangelho a Cornélio, um gentio (capítulo 10); 
• O Evangelho chega até a Antioquia (capítulo 11); 
• O martírio de Tiago (capítulo 12); 
• A primeira viagem missionária de Paulo (capítulos 13 e 14); 
• O Concílio de Jerusalém (capítulo 15); 
• A segunda viagem missionária de Paulo (capítulos 16 - 18); 
• A terceira viagem missionária de Paulo (capítulos 19-21);
• A prisão de Paulo na Cesareia (capítulos 22 - 26); 
• A viagem de Paulo a Roma e seu encarceramento tá 
(capítulos 27 e 28). 
 
AS EPÍSTOLAS 
Treze das cartas do Novo Testamento ("Epístolas") 
foram escritas por Paulo, três por João, duas por Pedro, 
uma por Tiago e uma por Judas. Quanto à carta de 
Hebreus, temos que classificá- -la como "Escritor 
desconhecido". 
Quatro das cartas de Paulo são chamadas de 
Epístolas da Prisão - Efésios, Filipenses, Colossenses e 
Filemon. Elas foram escritas durante seu primeiro 
encarceramento em Roma. 
 
 
Tito e as 2 cartas de Timóteo são conhecidas como 
Epístolas Pastorais, porque lidam com o cuidado pastoral 
das Igrejas. 
As cartas escritas por João, Pedro, Tiago e Judas são, 
normalmente, chamadas de Epístolas Gerais. 
Ao estudar as epístolas, é útil tentar perceber se o 
autor está falando sobre a posição ou a prática dos crentes. 
Posição se refere à nossa posição espiritual em Cristo. 
Quando alguém é salvo, Deus não o vê mais como um 
pecador em seus pecados; ao contrário, Deus o vê revestido 
de toda a perfeição de Cristo e o aceita baseado nisto. A 
posição do crente é tão perfeita quanto a de Cristo porque ele 
está em Cristo. 
Prática, por outro lado, se refere ao que somos ou 
devemos ser em nossa vida diária. Infelizmente, nossa 
prática está longe da perfeição. Quando lemos que somos 
santificados em Cristo, isto se refere à nossa posição. Quando 
lemos que devemos ser santificados, se trata da prática. 
As palavras "em Cristo" normalmente se referem à 
posição, enquanto as palavras "no Senhor" geralmente 
falam da nossa prática. Os primeiros três capítulos de 
Efésios são posicionais, descrevendo o quea graça de Deus 
fez por nós. Os últimos três são práticos, nos dizendo como 
devemos responder a esta graça« Os primeiros dois 
capítulos de Colossenses falam da nossa posição, os 
últimos dois, da nossa prática. Eu considero a diferença
entre posição e prática o maior ponto chave para se 
entender as epístolas. 
Também é importante distinguir quando o autor está 
falando de fundamentos e quando ele trata de coisas que 
não são essenciais. A inspiração das Escrituras, a divindade 
de Cristo e salvação pela graça através da fé são todos 
fundamentos e nenhuma diferença de opinião deve ser 
tolerada entre verdadeiros cristãos. Porém, diferentes 
 
 
princípios são aplicados a outras áreas como comer carnes 
ou praticar cerimônias religiosas, etc. Para tais coisas, 
lemos em Romanos 14.5, "Cada um tenha opinião bem definida 
em sua própria mente Em 1 Coríntios 6.12, Paulo diz: "Todas 
as coisas me são lícitas " e, em Tito 1.15: "Todas as coisas são 
puras para os puros Precisamos perceber, a partir destas três 
afirmações, que elas tratam somente de questões se-
cundárias que não são certas ou erradas em si. 
Embora o crente não esteja sob a lei, mas sob a graça, 
as epístolas do Novo Testamento estão cheias de 
mandamentos a serem obedecidos. Entretanto, estes 
mandamentos não são passados como lei, com punições, 
mas como exemplos práticos de como devemos responder 
à graça de Deus. 
Ao ler as epístolas, devemos prestar atenção especial 
aos pronomes. Em Efésios 2.13, "vos" e "vós" se referem 
àqueles que eram gentios antes de serem salvos, enquanto 
"nós" se refere àqueles que eram judeus antes da salvação. 
Em 1 João 2.28 o "vós" (oculto) — "permanecei nele” - se 
refere aos leitores de João, enquanto "nós" (oculto) e "nos" 
se referem a João e aos outros apóstolos. Em outras pala-
vras, permanecei nele para que nós, seus pais espirituais, 
não nos envergonhemos. 
Outro ponto chave - lembrar que quando o Espírito 
Santo usa palavras diferentes, geralmente o objetivo é 
mostrar uma diferença de significado. Por exemplo, há 
uma diferença entre crianças e filhos. Todos os crentes são 
tanto crianças quanto filhos de Deus. Como crianças, eles 
são membros da família de Deus. Como filhos, são tratados 
como filhos adultos e maduros com todos os privilégios e 
responsabilidade da filiação.
 
 
Podemos melhorar o estudo de algumas das 
epístolas quando estudamos seu contexto histórico nos 
Evangelhos ou no livro de Atos. Encontramos mais 
informações sobre o concílio que Paulo descreve em 
Gálatas 2.1-10 em Atos 15.1-29. Ao estudar as cartas de 
Pedro, encontraremos muitas alusões a eventos da vida de 
Pedro, conforme lemos nos Evangelhos e em Atos. 
 
ROMANOS 
Nesta carta, Paulo explica claramente o Evangelho. 
Primeiro, ele mostra que todos os homens pecaram e estão 
sob a condenação de Deus. Deus é justo e precisa punir os 
pecadores, mas Ele também é bondoso e quer salvá-los. 
Quando o Senhor Jesus morreu, Ele o fez como Substituto 
para os pecadores, pagando totalmente a dívida. Isto deu a 
Deus uma base correta para justificar os pecadores. Tudo o 
que um pecador precisa fazer é aceitar a Jesus Cristo como 
Salvador e Senhor através de um claro ato de fé. Depois 
que Deus o justifica, ele passa a santificá- -lo - isto é, 
capacitá-lo para viver uma vida santa. O último passo no 
plano de Deus é glorificar o pecador salvo - levá-lo para 
casa no Céu, para sempre livre de pecados, doença e morte. 
Em Romanos 9-11, Paulo explica que a nação de Israel tem 
sido, temporariamente, colocada de lado, por ter rejeitado 
o Messias e que os gentios foram trazidos para uma 
posição privilegiada. O Israel que crê, porém, será 
restaurado quando o Messias voltar. Os últimos cinco 
capítulos enfatizam as obrigações práticas daqueles que 
foram justificados pela fé. 
 
PRIMEIRA CORÍNTIOS 
Alguém, em Corinto, havia escrito a Paulo a respeito 
de problemas e perguntas que haviam surgido em sua 
 
 
assembleia. Em sua resposta, Paulo responde questões 
como: T • ? 
• Como os santos devem lidar com divisões e 
conflitos na Igreja? 
• O que deve ser feito com um membro que for 
culpado imoralidade? 
• É certo para um cristão mover uma ação judicial 
contra outro cristão? 
• Qual é a atitude cristã adequada acerca da 
imoralidade sexual? 
• É melhor para um crente casar-se ou continuar 
solteiro? 
• Cristãos devem comer comidas que foram 
sacrificadas a ídolos? 
• Qual o papel das mulheres na adoração pública? 
• O que é a Ceia do Senhor e como ela deve ser 
realizada? 
• O que devemos saber sobre os dons do Espírito 
Santo, seu uso e abuso? 
• Quão importante é a doutrina da ressurreição? 
• Qual é nossa responsabilidade para com os 
pobres? 
 
SEGUNDA CORÍNTIOS 
Devido ao fato da genuinidade de seu apostolado ter 
sido questionada, aqui Paulo começa uma extensa defesa 
de seu ministério, enfatizando especialmente os 
sofrimentos pelos quais ele passou por causa do 
Evangelho. Durante o processo, ele suplica aos santos que 
deem generosamente aos necessitados, seguindo o 
exemplo do Senhor Jesus Cristo. 
 
 
 
GÁLATAS 
Falsos mestres haviam chegado às igrejas da Galácia 
insistindo que a obediência à lei era necessária para a 
salvação e santificação. Paulo ataca esta profunda heresia, 
tão comum ainda hoje em dia, mostrando que a salvação 
acontece somente pela graça através da fé. Ele explica o 
papel da lei no plano de Deus e a libertação dos cristãos de 
sua escravidão. 
 
EFÉSIOS 
Nos primeiros três capítulos, Paulo enfatiza a grande 
verdade da Igreja, isto é, o fato de que crentes judeus e 
gentios formam "um novo homem" em Cristo Jesus. A 
antiga inimizade entre os dois grupos foi abolida, já que 
Cristo trouxe a paz através do sangue de Sua Cruz. Agora, 
crentes gentios são coerdeiros, membros e coparticipantes. 
Os últimos três capítulos trazem instruções práticas acerca 
de como crentes podem caminhar de forma digna de seu 
chamado celestial. Os versículos 8 - 10 do capítulo 2 são 
importantes, porque mostram que somos salvos pela graça, 
mediante a fé, para boas obras. Boas obras são a evidência 
ou o resultado da nossa salvação - não o meio para 
alcançá-la. 
 
FILIPENSES 
As palavras-chave aqui são "alegria" e "regozijo". 
Paulo podia regozijar-se durante seu encarceramento 
porque sua alegria não dependia de circunstâncias 
terrenas. Ao contrário, sua alegria estava em Cristo e, 
portanto, é imutável. Pelo mesmo motivo, ele estimula os 
fi- lipenses a alegrarem-se sempre. Ele os ensina a imitar a 
mente altruísta de Jesus, alerta contra falsos mestres e cita 
 
 
seu próprio exemplo de considerar todas as coisas como 
perda quando comparadas a Cristo. 
 
COLOSSENSES 
Enquanto em Efésios a igreja em si é o tema, a ênfase 
está em Cristo como o Cabeça da Igreja em Colossenses. Os 
santos daquela igreja estavam sendo expostos a falsos 
ensinos que os ocupavam com filosofias, tradições e 
ordenanças falsas, com le- galismo e ascetismo. Paulo lhes 
diz para focarem em Cristo, em Quem habita a plenitude 
de Deus e eles serão completos nEle. O apóstolo dá 
também instruções, semelhantes àquelas em Efésios, a 
respeito de vários relacionamentos na vida — marido e 
esposa, pais e filhos, patrões e empregados. 
 
PRIMEIRA TESSALONICENSES 
A primeira carta de Paulo trata principalmente da 
vinda de Cristo. G. Harding Wood captou a essência do 
livro quando disse que o cristão que espera a volta do 
Senhor não tem lugar para ídolos em seu coração (capítulo 
1), para negligência em seu serviço (capítulo 2), divisões 
em sua comunidade (capítulo 3), depressão em sua mente 
(capítulo 4) ou para pecado em sua vida (capítulo 5). 
 
SEGUNDA TESSALONICENSES 
Alguns dos santos pensavam já estar no período de 
Tribulação conhecido como o Dia do Senhor. Portanto, 
Paulo os ensina que, antes que este dia chegue, haverá uma 
grande apostasia ou abandono da fé e que o homem do 
pecado (o Anticristo) aparecerá. 
Paulo avisa que a esperança da vinda de Cristo não édesculpa para preguiça. Cristãos devem trabalhar para 
suprir suas necessidades e nunca cansar de fazer o bem. 
 
 
O versículo 8 do capítulo 1 alerta sobre o terrível 
julgamento que virá sobre os não-crentes quando Cristo 
voltar para reinar. Ele virá "em chama de fogo, tomando vingança 
contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao 
evangelho de nosso Senhor Jesus As pessoas dizem que ser 
cristão custa caro demais. Porém, pense no perigo de não 
ser cristão! 
 
PRIMEIRA TIMÓTEO 
O apóstolo Paulo instrui Timóteo aqui a respeito da 
ordem na igreja - a necessidade de se manter a doutrina sã, 
o local público de oração, o lugar das mulheres na 
assembleia, as qualificações para presbíteros e diáconos e 
as diretrizes para o ministério de Timóteo como um servo 
do Senhor. 
 
SEGUNDA TIMÓTEO 
Escrita durante seu último encarceramento, 
conforme sua execução se aproxima, Paulo exorta e 
encoraja o jovem Timóteo. Ele o alerta sobre as condições 
que se deteriorarão nos últimos dias e o estimula a cumprir 
seu ministério de ensino e pregação da Palavra e a viver 
uma vida de perseverança, pureza e coragem. 
 
TITO 
Paulo instrui Tito acerca do cuidado das assembleias 
em Creta, especialmente ao escolher presbíteros, silenciar 
falsos mestres e combinar a sã doutrina com as boas obras. 
Grande parte da epístola enfatiza a importância de praticar 
o que ensinamos. É assim que ornamos a doutrina (2.10). 
 
FILEMON 
Um escravo chamado Onésimo havia fugido de seu 
mestre cristão, Filemon e ido para Roma onde, na prisão, 
 
 
conheceu a Paulo - e a Cristo. Agora, o apóstolo o está 
enviando de volta a Filemon em Colossos, não como um 
escravo, mas como irmão em Cristo. 
 
HEBREUS 
Nos primeiros anos da Igreja, muitos judeus foram 
atraídos à fé cristã sem terem realmente nascido de novo. 
Alguns foram até mesmo batizados e se juntaram à 
assembleia local sem jamais terem assumido um real 
compromisso com o Senhor Jesus Cristo. No entanto, assim 
que eles professaram abertamente serem cristãos, eles 
foram deserdados por suas famílias, despedidos de seus 
empregos, perseguidos por aqueles que costumavam ser 
seus amigos e submetidos a uma enorme pressão para que 
voltassem ao judaísmo. Aqueles que se curvaram diante 
desta pressão e voltaram ao judaísmo realmente deram 
suas costas a Cristo. Eles se tomaram apóstatas. O autor 
desta carta alerta que é impossível para um apóstata ser 
renovado em arrependimento. Tal pecado é final. Não há 
esperança para a pessoa que professa seguir a Cristo e 
então propositalmente e cruelmente O repudia. 
O autor mostra que Cristo é o cumprimento dos 
tipos e símbolos do judaísmo e que abandonar a Cristo é 
abandonar a substância em troca do simbolismo. Ele 
enfatiza que a vida de fé é a vida que agrada a Deus e 
incentiva os verdadeiros crentes a perseverarem, apesar do 
sofrimento envolvido no tomarem-se cristãos. 
O apelo deste livro é tão atual hoje quanto quando 
ele foi escrito: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso 
coração..." (3.15). 
 
TIAGO 
Tiago não está interessado em religião ou em meras 
palavras; ele quer ver as coisas sendo vividas de forma 
 
 
prática. Ele ataca a discriminação por classe, o linguajar 
depravado, a inveja, as discussões e a opressão aos pobres. 
Ele concorda com Paulo de que a justificação é pela fé, mas 
apenas pelo tipo de fé que resulta em boas obras. 
 
PRIMEIRA PEDRO 
Pedro escreve aos cristãos que estão passando pelas 
chamas violentas da perseguição. Ele os lembra de que 
Deus se agrada quando eles sofrem pela justiça, mas não 
quando sofrem como resultado de seus próprios pecados. 
A glória eterna está além do sofrimento momentâneo. 
Enquanto isso, a graça de Deus é suficiente. 
 
SEGUNDA PEDRO 
O recurso do cristão em meio à maldade dos últimos 
dias é o desenvolvimento de um caráter cristão. Falsos 
cultos desviarão muitas pessoas, mas sua destruição é 
certa. Cristo virá, os perversos serão julgados, os céus e a 
terra serão destruídos e a eternidade será instalada. 
 
PRIMEIRA JOÃO 
Os gnósticos eram uma seita que tinha visões 
erradas da divindade e da humanidade de Cristo. Alguns 
afirmavam, por exemplo, que Jesus era meramente um 
homem e que "o Cristo" era uma influência divina que veio 
sobre Ele em Seu batismo, mas O deixou no jardim do 
Getsêmani. Eles separaram Jesus e o Cristo, dizendo que 
Jesus havia morrido, mas Cristo não. João combate este 
erro, insistindo que Jesus é o Cristo encarnado. João 
também fala das marcas daqueles que são 
verdadeiramente crentes - eles caminham na luz, 
reconhecem seus pecados, praticam a justiça, amam seus 
irmãos, guardam os mandamentos de Deus, confessam a 
Jesus Cristo e vencem o mundo. 
 
 
 
SEGUNDA JOÃO 
Esta carta apresenta a política da porta fechada. 
Nossa porta deve estar fechada para qualquer 
propagandista religioso que fizer afirmações falsas sobre o 
Senhor Jesus Cristo. 
 
TERCEIRA JOÃO 
Agora, a política da porta aberta! Nossa porta deve 
estar aberta àqueles que são realmente crentes. Gaio foi um 
exemplo de verdadeira hospitalidade. Diótrefes foi um 
tirano que arbitrariamente rejeitou alguns dos queridos 
filhos de Deus. 
 
JUDAS 
Assim como 2 Pedro, Judas nos dá uma imagem 
vívida dos infiéis dos últimos dias. Ilustrações do Antigo 
Testamento mostram que sua condenação é inescapável. 
Cristãos devem se edificar na fé, na oração e no amor, 
esperando a volta do Senhor. 
 
O LIVRO DO APOCALIPSE 
Poucas partes da Bíblia são tão intrigantes quanto o 
livro do Apocalipse e poucas são tão difíceis de entender. 
Podemos ficar felizes que uma bênção é prometida àqueles 
que o leem e nao apenas para aqueles que o entendem 
(Apocalipse 1.3). 
Uma das primeiras coisas que precisamos perceber é 
que o livro do Apocalipse é principalmente um livro de 
juízo. Nele e mos sobre guerras, fome, pestes, trovões e raios 
e muitas outras representações da ira divina. 
Nos capítulos de 1 a 3, o juízo começa na casa de 
Deus (1 Pedro 4.17). Aqui, encontramos Cristo como o Juiz, 
 
 
avaliando as sete igrejas da Ásia. Estas sete igrejas podem 
ser vistas de pelo menos três formas: 
• Estas certamente foram sete igrejas reais no 
tempo de João, localizadas onde hoje é a Turquia. 
• Elas podem representar sete estágios ou eras da 
história da Igreja, do dia do Pentecostes até o 
Arrebatamento. 
• Elas incluem características que podem ser 
encontradas em igrejas por todo o mundo em qualquer 
ponto da história. 
A partir do capítulo três, a Igreja não é mais 
mencionada como estando na Terra. 
A parte principal do livro (4.1 - 19.5) fala sobre o 
juízo de Deus sobre a Terra durante a Tribulação, um 
período de sete anos entre a vinda de Cristo para buscar 
Seus santos (o Arrebatamento) e Sua vinda com Seus 
santos (o Retorno). Durante este período, Deus derrama 
Sua ira sobre o mundo que rejeitou Seu Filho. O 
julgamento é apresentado simbolizado por sete selos, sete 
trombetas e sete taças. O sétimo selo inclui as trombetas e a 
sétima trombeta inclui as sete taças. Quando se chega ao 
sétimo selo, à sétima trombeta e à sétima taça, se está no 
fim da Tribulação. 
Espalhados entre os julgamentos estão diversos 
personagens e eventos, apresentados aqui em uma ordem 
não necessariamente cronológica. 
• Os 144 mil santos judeus selados (7.1 -8); 
• Os crentes gentios durante este período (7.9-17); 
• O poderoso anjo com o livrinho (capítulo 10); 
• As duas testemunhas (11.3-12); 
• Israel e o dragão (capítulo 12); 
• As duas bestas (capítulo 13); 
 
 
• Os 144 mil santos com Cristo no Monte Sião 
(14.1-5); 
• O anjo com o Evangelho eterno (14.6,7); 
• Advertência aos adoradores da besta (14.9-12); A 
colheita e a safra (14.14-20); 
• A destruição da Babilônia (17.1 -19.6); 
• Os últimos capítulos do livro (19.6-22.21) falam 
sobre os eventos após a Tribulação: 
- A Segunda Vinda de Cristo; 
- O reinado de mil anos de Cristo; 
- O julgamento do Grande Trono Branco; 
- Os novos Céuse a nova Terra. 
Um dos desafios ao interpretar Apocalipse é saber se 
devemos interpretar uma passagem literalmente ou 
figurativamente. Em geral, é melhor fazê-lo de forma 
literal, a não ser que a passagem seja diretamente 
interpretada como simbólica no contexto imediato ou em 
outras partes da Bíblia. 
Às vezes, o significado é explicado diretamente no 
contexto. Por exemplo, as sete estrelas são anjos das sete 
igrejas (1.20). Os sete candeeiros representam as sete igrejas 
(1.20). O grande dragão é o Diabo ou Satanás (12.9). 
Em outras partes, o significado fica claro a partir do 
contexto. O cavaleiro sobre o cavalo vermelho representa a 
guerra (6.3,4). O terceiro selo simboliza a fome (6.5,6). 
As vezes, o significado é dado em outras partes da 
Bíblia. O leopardo, o urso e o leão (13.2) são identificados 
em Daniel 2 e 7 como os reinos da Grécia, Pérsia e 
Babilônia. 
Uma última dica! Quando não houver um auxílio 
bíblico que possamos usar para entender uma passagem, é 
melhor deixá-la sem explicação até que os eventos 
 
 
aconteçam. Há certos elementos em profecias que não 
entendemos até que eles sejam cumpridos. 
E significativo que o livro de revelação do Senhor 
Jesus Cristo termine com um convite: "Aquele que tem sede 
venha e quem quiser receba de graça a água da vida99 (Ap 22.17). Se 
você ainda não o fez, aceite este bondoso convite agora 
mesmo, recebendo Jesus Cristo como seu Salvador do 
pecado e como Senhor da sua vida.

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