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PNEUMOLOGIA PARTE 4

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Isabela Kerstin XXII 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇOES DE ESPIROMETRIA 
 
 
➢ A palavra é escrita com s e não com x, porque vem do latin spirare, que significa respirar + metrum, que 
significa medida 
➢ Não é um exame invasivo, porem ele exige compreensão e colaboração do paciente em todas as 
manobras. O aparelho deve estar calibrado. 
➢ A função pulmonar aumenta exponencialmente dos 6-14 anos ( boom de crescimento ), sendo nesta faixa 
grandemente influenciada pela estatura : função pulmonar são volumes e tamanhos do pulmão, volume 
e fluxo, quantidades que cabem no pulmão, e as variáveis que implicam nisso são : elasticidade e 
complacência. Quanto mais alto, maiores serão as capacidades pulmonares proporcional ao tórax. 
➢ A função pulmonar atinge valores máximos aos 20 anos no sexo feminino e aos 25 anos no sexo 
masculino. A força muscular no sexo masculino pode dar um incremento nesses volumes e capacidades. 
➢ Após o máximo, a função pulmonar permanece estável até os 35 anos, após esse período a função 
pulmonar começa a decair gradualmente e progressivamente ao longo da vida – fisiologicamente, além 
disso também perdemos estatura conforme envelhecemos. 
➢ O VEF1 cai 28 ml/ano em média, no sexo masculino e 21 ml/ano no sexo feminino 
➢ Os fumantes, suscetíveis, perdem em média 60 ml/ano de VEF1 
Um fumante masculino de 50 anos deveria ter VEF1 ( previsto ) de 3,6 L, porém o VEF1 encontrado foi de 2,16L, perdeu 0,84 L de VEF1 
por efeito do cigarro, o que significa que ele tem VEF1 de um homem 30 anos mais velho se a perda fosse a fisiológica de 28 ml/ano. 
A idade pulmonar estimada desse paciente é de um indivíduo de 80 anos. Esse indivíduo não tinha doença pulmonar diagnosticada, 
ele apenas era fumante. 
Carga tabágica significativa para dano pulmonar é a partir de 10 anos/maço, risco de desenvolver 
enfisema ou câncer de pulmão 
UTILIDADE 
➢ Exame útil para diagnóstico, definição de tratamento e progressão da doença 
➢ Fumantes ou ex fumantes com 45 anos ou +, ou fumantes sintomáticos devem fazer espirometria para 
triagem 
Aula 2 
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Isabela Kerstin XXII 
➢ Pacientes com tosse crônica, dispneia, chiado, usaremos espirometria. As causas mais comuns de dispneia 
na prática clínica são DPOC, asma, ICC, doenças pulmonares intersticiais. Na avaliação pré operatória 
também é um exame útil. 
VALIDADE DO EXAME 
Ver se o exame foi feito com técnica adequada. 
➢ O pico de fluxo é bem precoce, significando que o esforço inicial foi satisfatório 
➢ O traçado deve estar sem interrupções, ondulações, livre de oscilações abruptas como as causadas por 
tosse ou falta de esforço máximo e uniforme 
➢ A curva deve durar pelo menos 6s em adultos, se os valores são normais, ou pelo menos 10 s, em 
indivíduos com obstrução ao fluxo aéreo 
➢ Um platô deve ser observado no último segundo na curva volume-tempo. 
Espirometria não da laudo de doença, ela serve para avaliar a dinâmica ventilatória do paciente, dependendo 
da dinâmica se diagnostica distúrbios ventilatórios. Se junta distúrbio ventilatório, com história, quadro 
clínica, exames complementares ( raio-x ) para diagnosticar doença. 
CLASSIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS 
São classificados em 5 grupos 
➢ Restritivo ➢ Obstrutivo 
➢ Obstrutivo com CVF capacidade vital reduzida 
➢ Misto ou combinado ➢ Inespecífico 
Ou pode ser normal ( ausência de distúrbio ventilatório ) 
Espirometria não dá laudo de doença, serve para medir dinâmica ventilatória da doença para analisar 
distúrbios ventilatórios, dessa maneira se pensa no diagnostico, baseado no histórico. 
 
INTERPRETAÇÃO 
CVF – capacidade vital forçada : é a capacidade pulmonar total menos o volume residual. A capacidade 
pulmonar total é tudo de ar que pode caber ali, não se pode fazer isso de maneira prática, só em necropsia, 
não se pode esvaziar 100% do pulmão, fisiologicamente existe um volume residual que fica dentro do pulmão 
( se soprar todo o ar o pulmão colaba e não expande mais ). 
CVF = CPT – VR 
Temos valores pulmonares esperados por uma média da população, esses valores de normalidade 
dependem da idade, sexo e da estatura do indivíduo. 
CVF deve ser ≥80% do predito. 
VEF1 – volume expiratório forçado no 1º segundo : na CNTP e sem patologias associadas, toda pessoa quando 
faz a manobra da espirometria ( encher o pulmão e soprar tudo ), consegue esvaziar 80% de todo volume 
da CVF ( tudo que o individuo vai soprar ) no 1º segundo, e o 20% que fica vai sendo esvaziado em mais 
tempo. Observou-se essa constante. 
VEF1 / CVF : é uma relação – define se há distúrbio ou não distúrbio.

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