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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-269

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270 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
Comentários 
• Pode ser usada em pacientes com IR 
(TFG até 20 mL/min) ou IH, mas com 
cautela. 
Derivados da D-Fenilalanina 
O representante dessa categoria é a 
nateglinida. Apesar da semelhança com 
o nome genérico da repaglinida, essa 
medicação pertence a outra classe, es-
truturalmente falando. A semelhança do 
nome diz mais respeito à sua ação na es-
timulação pós-prandial rápida na secre-
ção de insulina, que, como a repaglinida, 
também é dependente de glicose. Usa-
da como monoterapia, reduz a HbAlc 
em cerca de O,So/o e, combinada com a 
metformina, pode reduzi-la em 1,So/o ou 
mais. Em comparação com a repaglinida, 
, . . , 
a caracteristica mais marcante e que a 
sua instalação de ação é mais rápida e a 
duração de ação, mais curta, o que dimi-
nui o risco de hipoglicemia horas após a 
refeição. 
Nateglinida 
Nome comercial. Starlix®. 
Apresentação. Cpr de 120 mg. 
Associações. Starform® (cpr de 120 mg 
de nateglinida + 500 ou 850 mg de me-
tformina). 
Uso. DM2. 
Contraindicações. DMl, cetoacidose dia-
bética, IH grave. Segurança e eficácia não 
estabelecidas na população pediátrica. 
Posologia. Monoterapia: dose usual de 
120 mg antes das refeições. Pode-se au-
mentar até 180 mg antes das refeições 
(3x/dia). Pacientes com HbAlc próxima 
ao alvo podem iniciar com 60 mg, 3x/ 
dia. Terapia combinada com metformina: 
dose usual de 120 mg antes das refeições; 
pode ser necessário apenas 60 mg antes 
das refeições. 
Modo de administração. VO, 1-30 min 
antes das refeições (15 min é o ideal). 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Absorção: rápida a partir do TGI; 900/o 
absorvida. 
• Biodisponibilidade: 720/o. 
• Pico: 1 h. 
• Biotransformação: metabolismo hepá-
tico, formando metabólitos ativos de 
" . menor potencia. 
• Ligação a proteínas plasmáticas: 97-
990/o, principalmente à albumina. 
• Meia-vida: 1,5 h. 
• Eliminação: urina (830/o, 6-160/o inalte-
rada) e fezes (10%). 
Ajuste para função hepática e renal. Não 
estudado na IH moderada a grave. Não é 
necessário ajuste na IR e na IH leve. 
Efeitos adversos. Hipoglicemia, ganho de 
peso, raros casos de elevação transitória 
das enzimas hepáticas. Exantema, pruri-
do, urticária, tontura, artropatia. 
Interações. A ação hipoglicêmica pode 
ser potencializada por determinados 
fármacos, incluindo agentes AINEs, 
salicilatos, IMAOs e agentes bloque-
adores f3-adrenérgicos não seletivos. 
A ação hipoglicêmica pode ser reduzida 
por certas drogas, incluindo tiazidas, cor-
ticosteroides, produtos para a tireoide e . . , . 
simpatomimeticos. 
Gestação e lactação. Categoria de risco C 
na gestação. Não usar na lactação. 
Comentários 
• Pode ser utilizada em monoterapia ou 
em associação com outros agentes anti-
diabéticos orais, como a metformina. 
• Uso seguro na IR. 
• Em casos de overdose, uma carga oral 
de glicose tende a piorar a hipoglice-
mia, porque provoca aumento da secre-
ção de insulina.

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