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Vulvovaginites e cervicites

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Vulvovaginites e cervicites
Definição: Vulvovaginites são corrimentos vaginais patológicos e se caracterizam por
afecções do epitélio estratificado da vulva e vagina.
Secreção vaginal normal: branca, fluida,
transparente, sem odor fétido.
É formado por transudato de células
locais.
Muco cervical - vem do colo do útero -
células vaginais descamadas, leucócitos e
microorganismo da flora habitual.
Flora vaginal normal:
Bactérias aeróbicas Gram +:
Lactobacillus, Streptococcus agalactiae,
Staphylococcus epidermidis
Bactérias aeróbicas Gram - : Escherichia
Coli
Bactérias anaeróbicas gram +:
Gardnerella vaginallis, Enterococos,
Bacteroides, Mycoplasma hominis,
Ureaplasma urelyticum
Fungos: Candida sp
pH vaginal - ácido
4 a 4,5
Lactobacilos age no glicogênio das
células vaginais descamadas e produz
ácido láctico - acidificam pH vaginal
● Não é considerada da flora é a
Trichomonas vaginalis, que é
considerada um agente de
transmissão sexuaL
Vaginose
Bacteriana
Mudança da flora vaginal normal
- Diminui lactobacilos e aumenta
bactérias anaeróbicas
- Aumento de aminas voláteis - que
aumenta pH vaginal > 4,5
- Odor fétido
A vulvovaginite mais comum é a vaginose
bacteriana
Não é uma IST
Fisiopatologia
Diminui lactobacilos, diminuindo assim o
período de hidrogênio e aumentando as
bactérias anaeróbicas
- O pH vaginal assim fica > 4,5 e
aumenta a produção de aminas
voláteis (responsável pelo odor
fétido)
Agente etiológico
Gardnerella vaginallis, mycoplasma
Quadro Clínico
50% das pacientes são assintomáticas
Corrimento vaginal: Branco, fino e
homogéneo
Odor de peixe: aminas voláteis
→ Sintomas mais evidentes são pós coito
e pós menstrual
→ Não causa disúria, dispareunia, prurido
ou inflamação
Exame Físico
Vulva normal
Corrimento branco acinzentado, fluído e
homogêneo
Bolhoso ou não - sem grumos
Diagnóstico
Critérios de AMSEL
CAC 4,5
(I) Corrimento branco-acinzentado
(II) Aumento do pH vaginal (> 4,5)
(III) Teste das aminas positivo + Whiff test
- odor de peixe evidente
(IV) Presença de Clue cells -Clue cells
são células escamosas do epitélio vaginal
cobertas com bactérias, de modo que as
bordas celulares passam a ser de difícil
definição.
Coloração de Gram (Nugent)
Citologia: Papanicolau
Presença de bacilos sugestivos de
Gardnerella
Tratamento
Metronidazol, VO, 500 mg
2x dia por 7 dias
Via vaginal: Gel de metronidazol por 5
noites
Metronidazol - não pode tomar álcool
Efeito dissulfiram-like → não metaboliza
álcool
2°opção: Clindamicina 300 mg 12/12h por
dias
*Gestante pode tomar normalmente
*Parceiros não precisam ser tratados
DESBALANÇO da flora vaginal normal, que
é característica da VAGINOSE
BACTERIANA, caracterizada por alteração
da flora vaginal normal, culminando no
aumento da produção das aminas voláteis e
do pH vaginal
Candidíase
Definição
Infecção da vulva e da vagina pelo fungo
Candida sp
*Não é uma IST
Agente etiológico
Candida Albicans, Glabatra e Krusei
Fisiopatologia
Infecção pela candida
Lactobacilos normais e pH baixo 4-4,5
Fatores de risco
Imunossupressão
Uso de antibiótico
Maior umidade local
Gestação
Diabetes
Aumento de estrogênio - como em uso de
pílula combinada
Quadro clínico
Inflamação - Prurido vulvar, queimação
Corrimento branco, espesso → leite
coalhado
Dispareunia de penetração
Disúria externa - sem outros sintomas
urinários
Exame Físico
Vulva: Hiperemia, edema e escoriação
Especular: Corrimento branco, espesso,
com grumos, paredes hiperemiadas
“leite coalhada”
Diagnóstico
Anamnese, exame físico
Microscopia - PSEUDO-HIFAS
Em casos recorrentes, pode-se pedir
cultura
Tratamento
1° Opção: Miconazol creme (2%), via
vaginal por 7 dias à noite, ao se deitar;
Miconazol creme (ou outros derivados
imidazólicos)
Nistatina - creme vaginal, 14 noites
2° opção: fluconazol 150mg, VO, dose
única
Itraconazol 200mg, VO, 12/12h, 1 dia
Em casos recorrentes: Fluconazol - D1,
D4, D7 + 1x/sem por 6 meses
Gestantes: somente creme vaginal
*Parceiros não precisam ser tratados
Se parceiro referir prurido na região
genital - pode ser tratado
Tricomoníase
IST
Atividade sexual desprotegida
Agente Etiológico
Trichomonas vaginalis - protozoário,
flagelado
Fisiopatologia
Infecta vagina, colo e uretra gerando
inflamação local
Quadro clínico
50% assintomático
Corrimento vaginal amarelado/
esverdeado
Odor fétido
Queimação vulvo/vaginal
Disúria
Dispareunia
Sinusorragia - sangramento pós coito
Exame Físico
Corrimento amarelo, esverdeado, bolhoso
e com odor
COLO EM MORANGO
Colpite - colo em morango
colo tigróide
Diagnóstico
Anamnese, exame físico
pH vaginal > 4,5
Teste das aminas positivo
Microscopia - encontra protozoário
flagelado
Tratamento
Antibiótico sistêmico - não serve creme
vaginal
Metronidazol 500 mg, via oral, 12/12h por
7 dias
Gestantes - metronidazol VO
Efeito dissulfiram-like
Parceiros sexuais devem ser tratados
Outras
vulvovaginites
Vaginite descamativa
Vaginite purulenta Cronica
Não é causada por cervicite
Paciente em climatério
Aumento de estreptococos
beta-hemolítico
Diagnóstico: Conteúdo vaginal purulenta
pH> 4,5
Microscopia: Processo descamativo
vaginal intenso, com ausência de
lactobacilos e aumento de leucócitos
Tratamento: Clindamicina creme vainal 7
dias
Estrogenio topico vagial
Vaginose citolítica
Aumento de lactobacilos
Escassez de leucócitos
Fator de risco: gravidez, DM e fase lútea
do ciclo menstrual
Quadro clínico: prurido, corrimento
aumentado, disúria e dispareunia
pH vaginal 3 -4,5
Tratamento: Alcalinizar vaginal
Duchas vaginais com bicarbonato de
sódio
Vaginite atrófica
Ocorre devido a deficiência de
hipoestrogenismo
ex: menopausa, pós pausa
Quadro clínico: Prurido vulvar, ardência,
dispareunia de penetração, disúria e ITU
de repetição
Vulva: ressecamento de grandes e
pequenos lábios, estenose de pequenos
lábios,
Paredes vaginais pálidos, liso e brilhante,
petéquias.
pH > 5
Tratamento: Estriol vaginal
Cervicite
Alterações do colo do útero
Inflamação da mucosa endocervical
(epitélio colunar glandular)
Agentes etiológicos
Chlamydia trachomatis
Neisseria gonorrhoeae
Cervicite e DIP
Dip - infecção do trato genital superior
cervicite- no colo do útero
Cervicite pode evoluir para DIP
Fatores de risco
IST, atividade sexual desprotegida e
adolescentes
Quadro clínico
80% assintomático
Corrimento vaginal
Dispareunia
sangramento intermenstrual - colo friável
Dor à mobilização do colo
Diagnóstico
Biologia molecular (NAAT)
Tratamento
Azitromicina 1g VO, dose única
Doxiciclina 100 mg VO 12/12h 7 dias
Colpite com corrimento purulento é
cervicite! Os principais agentes
propiciadores deste quadro são gonococo e
clamídia. O tratamento ambulatorial é
realizado com ceftriaxone e azitromicina ou
doxiciclina (não esquecer de tratar parceria
sexual!)

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