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No final do século, no hotel-dieu, os internados eram separados por sexo, alas masculinas e femininas, que abrigavam os loucos de forma inadequada, agrupados 
e aglomerados sem espaço e sem condições adequadas. Porém, tempos depois, a loucura foi vista como ausência de liberdade, e o ato de trancafiar os loucos, 
apenas fazia aumentar sua loucura, dessa forma, o internamento se transformou em asilo, e passou a buscar a libertação dos internos.
LINHA DO TEMPO CAMINHO DA LOUCURA
CARACTERÍSTICA
A loucura, juntamente com outras doenças, era caracterizada como influência da ideologia religiosa e pela força dos preconceitos sagrados. Ou seja, era 
considerada como práticas mitológicas, manifestações sobrenaturais motivadas por deuses e demônios.
Os loucos eram jogados no rio, assim como cargas em embarcações. Essas embarcações eram denominadas Nau dos Loucos, e era de suma importância para a 
população da época, pois realizava o ritual que libertava a sociedade dos loucos. Haja vista que, confiar nos marinheiros era ter a certeza que não haveria mais 
loucos nas cidades, e de mantê-los longe.
1656
1676
SÉCULO XVII
SÉCULO XVIII
PERÍODO 
RENASCENTISTA 
(XIV A XVI)
SÉCULO XV
INQUISIÇÃO 
(XV A XIX)
PERÍODO
ANTIGUIDADE GREGA E 
ROMANA 
(4000 a.C. a 3500 a.C)
A loucura se insere num universo moral, dessa forma, as fraquezas humanas se fazem presentes e seus excessos penalizam os homens. Portanto, com a razão 
filosófica surgia, a loucura passou a ser considerada uma condição que impossibilita o homem pensar, ou seja, o racionalismo moderno separa a sabedoria e 
loucura.
Em virtude do forte poder da Igreja, os hereges e os divergentes da ideologia cristã dominante eram considerados loucos, bruxos e feiticeiros, servidores do mal 
e de forças malignas. Os tratamentos realizados para com eles, eram perseguição aos portadores. Sendo assim, a loucura ainda era entendida como manifestação 
do sobrenatural, e demoníaca.
Foi fundado em Paris, o Hospital geral, com o objetivo de implantar a prática de correção e do controle sobre os ociosos no intuito de proteger a sociedade de 
possíveis revoltas. Portanto, eram alojados todos os excluídos que perturbavam a ordem da razão, moral e da sociedade. Mas, vale ressaltar que, esse hospital 
não tinha um caráter médico, era na verdade, um local que representava o papel da polícia e da justiça. Ou seja, o tratamento era baseado na aliança entre o 
poder burguês e da igreja.
Foram ampliadas as instituições de internação por toda a França, e deu origem ao período de Grande Internação. Essas instituições eram utilizadas como 
“deposito” de pessoas consideradas inúteis e vagabundas, excluídas pela sociedade. Na maioria das vezes, os internos eram obrigados a trabalhar em troca de 
baixa remuneração. E os internos que apresentavam condições de curas eram submetidos a tratamento por meio de banhos, sangrias e purgações em busca da 
cura, no hotel-dieu.
Com o declínio do poder eclesiástico (igreja), nasce uma nova forma de compreender a loucura e os transtornos mentais. Nesse período foram criados, em 
território europeu, os primeiros estabelecimentos para internação, que eram cárceres que aprisionavam os indivíduos portadores de doenças venéreas, 
mendigos, vagabundos, libertinos, bandidos, cristões em infração, os loucos, e etc.. Na segunda metade do século, iniciam os protestos dos internos não loucos 
por estarem presos como uma massa indiferenciada, pois com a animalidade, a loucura era símbolo de humilhação e injustiça para os internos
SEGUNDA GUERRA 
MUNDIAL 
( 1939 e 1945)
Com o retorno do crecimento econômico e da reconstrução social, chega à conclusão que o hospital psiquiátrico deveria ser transformado. Na busca coletiva de 
criar uma sociedade livre, igualitária e mais solidária, acrescida da descoberta dos psicotrópicos e da adoção da psicanálise e da saúde pública nas instituiçoesda 
psiquiatria, a descoberta de varios elementos que viablizavam os movimentos da reforma psiquiatrica.
Freud se firmou na hipnose com grande interesse e crescimento progressivo de seus estudos, concretizando a psicanálise, e logo depois, sob influência de Breur 
evoluiu para o tratamento catártico por meio da fala, o que, por mais de três decênios, o fez remodelar o mapa da mente, refinar a técnica psicanalítica, 
proporcionando relevante uso para os portadores de distúrbios da mente até os dias de hoje.
1890 / 1891
REVOLUÇÃO BURGUESA 
(1640 A 1850)
O internamento sofreu mudanças e passou a ser visto como medida econômica inviável, pois acreditavam que quanto menos numerosa uma população, mais 
pobre ela se tornaria. Sendo assim, os internos pobres passaram a ser inseridos por questões econômicas na sociedade da qual haviam sido anteriormente 
excluídos, retornando ao convívio familiar e social, enquanto, os que ainda representavam riscos e perigo a sociedade, continuaram coagidos e longe da 
sociedade.
Fundou na Inglaterra um hospício para prestar tratamento humanitário e religioso aos doentes mentais, com o principal objetivo de reconstruir, para o interno, a 
ideia de uma família fictícia, a fim de ser vivenciado o meio familiar, uma vez que ele era considerado uma ameaça perigosa para a verdadeira família. Para isso, 
os médicos utilizavam estudos e observações a partir dos comportamentos do interno. Os transtornos mentais passaram a ser considerados resultados das 
tensões sociais e psicológicas excessivas, de causa hereditária ou originas de acidentes. Finalmente, deixando de lado a crença popular de possessão demoníaca, 
e passando a distinguir vários tipos de psicose e descrever as alucinações. 
1792
1700 à 1900
A medicina em relaçao a loucura, se torna um saber empírico. Sem conseguir explicar a loucura na sua nosologia classificatória, sem conseguir demonstrá-la por 
intermédio da anatomia patológica, os médicos se dedicaram a considerar critérios morais, comportamentos e gestos insanos, compondo assim, sem ciência 
alguma, os quadros nosológicos da loucura. Por esse caminho amedicina, busca submeter a locura aos seus princípios racionais, mas a loucura resiste, pois não se 
reduz ao sistema explicativo, não se explica pelos mesmos princípios racionais.

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