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Direito_Empresarial__-_Introdução[1]

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Noções de Direito Empresarial
Prof.ª Esp. Marinalva do Socorro Raiol
Direito Empresarial 
 INTRODUÇÃO
 A relação entre a arte e o direito é a mais próxima do que se pode
imaginar. Tomando por base pura e simples a afirmação de que o
Direito é a arte do bom e do justo.
 A arte se toma pela ideia de criatividade e materialização de sua
arte com sua obra. Ou seja “tem a marca a idealidade, o artista
pensa e não precisa, obrigatoriamente, manejar.”
O direito em sua magnitude se constrói na percepção da
criatividade, ele se expressa artisticamente por seu fazer, no ato
de colher o fato, natural ou humano e assim dar-lhe a sua
expressão jurídica
Direito Empresarial 
A identificação do direito se dá na expressão de uma arte
política, uma técnica social, tida no âmbito da comunidade,
ou seja do Estado.
A história da humanidade pode ser contada como a “história
do desenvolvimento econômico”, ou seja com o início das
iniciativas de desenvolvimento econômico, esforços
individuais para auferir as riquezas, benefícios pessoais, que
acabaram beneficiando toda a humanidade, dando-lhe
desenvolvimento e prosperidade.
Direito Empresarial 
O comércio e o mercado são fenômenos humanos vitais.
O contrato, a matemática, as terras, a siderurgia, a
navegação comercial... Tudo é visto pela ótica da empresa
e atos de comércio.
Anterior ao Novo Código Civil, as normas do Direito
Comercial eram regulamentadas sobre o "ato de
comércio", que eram definidos como os atos praticados
pelos comerciantes, relativo ao exercício de sua atividade.
Direito Empresarial
Com a entrada em vigor do Novo Código Civil brasileiro
em 11 de janeiro de 2003, deixa de existir a clássica
divisão existente entre ATIVIDADES MERCANTIS
(indústria ou comércio) e ATIVIDADES CIVIS (as
chamadas prestadoras de serviços) para efeito de registro,
falência e recuperação de empresas (antiga concordata).
DIREITO COMERCIAL
O nosso Código comercial adotava a Teoria dos Atos do
Comércio, nos moldes do Código Francês.
Adotávamos o critério de divisão das empresas, as atividades
exercidas por elas, ou seja, dispunham que a sociedade
constituída com o objetivo social de prestação de serviços
(sociedade civil), tinha o seu contrato social registrado no
Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas (exceto as
Sociedades Anônimas e casos específicos previstos em lei),
enquanto que uma sociedade mercantil, constituída com o
objetivo de exercer atividades de indústria e/ou comércio, tinha
o seu contrato social registrado nas Juntas Comerciais dos
Estados
DIREITO COMERCIAL
Portanto, Direito comercial trata-se do ramo do
direito que tem por objetivo a regulamentação da
atividade econômica daqueles que atuam de
forma organizada com habitualidade na
circulação ou produção de bens e prestação de
serviços, objetivando a obtenção de lucros.
DIREITO COMERCIAL
 O Código deixou de agrupar as sociedades civis
de fins econômicos ou lucrativos sob um mesmo
prisma, passando-se a considerar sociedades
empresárias (antigas sociedades mercantis) ou
sociedades simples (que não exercem atividades
de empresários).
DIREITO EMPRESARIAL
Atividade empresarial trata-se da atividade econômica
organizada, exercida com habitualidade para a produção,
circulação de bens ou prestação de serviços objetivando o
lucro. Artigo 966 do código Civil.
CARACTERÍSTICAS
 -profissionalismo(habitualidade, pessoalidade)
Atividade de produção,
Circulação de bens ou prestação de serviços,,
Finalidade lucrativa,
organização
DIREITO EMPRESARIAL
• PROFISSIONALISMO
• É o exercício da atividade com habitualidade na
prática dos atos (reiteração
• na exploração da atividade) e pessoalidade
(exploração da atividade em nome próprio).
• ATIVIDADE ECONÔMICA
• exploração do empreendimento com Finalidade
Lucrativa.
DIREITO EMPRESARIAL
ORGANIZAÇÃO
reunião e articulação dos quatro fatores de produção de
capital:
I - capital (dinheiro necessário para a articulação dos
bens);
II - insumos (bens materiais ou imateriais);
III - mão de obra ( terceiros organizados e
coordenados pelo empresário);
IV - tecnologia (qualquer técnica para a exploração da
atividade).
DIREITO EMPRESARIAL
• PRODUÇÃO OU CIRCULAÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS
• Atos passíveis de serem praticados pelo empresário na
exploração da atividade:
• I- produção de bens;
• II- circulação de bens;
• III- produção de serviços e
• IV circulação de serviço.
• Na produção a finalidade é buscar a mercadoria no
produtor e fazer com que ela chegue ate o consumidor. Na
• circulação é a intermediação de serviços.
DIREITO EMPRESARIAL
 Com a não aplicação da teoria dos atos de comércio,
passamos a adotar a "teoria da empresa" que segundo
ALMEIDA "...abrange a atividade empresarial como um
todo e não mais apenas aquelas atividades anteriormente
definidas ..." (2003, p. 13).
Portanto empresário é "aquele que exerce
profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de bens ou de
serviços“
DIREITO EMPRESARIAL
 Isso nos mostra que o nosso sistema jurídico
passou a adotar uma nova divisão que não se
apoia mais na atividade desenvolvida pela
empresa, isto é, comércio ou serviços, mas no
aspecto econômico de sua atividade, ou seja,
fundamenta-se na teoria da empresa.
DIREITO EMPRESARIAL
 De agora em diante, dependendo da existência ou não do
aspecto "econômico da atividade", se uma pessoa desejar
atuar individualmente (sem a participação de um ou mais
sócios) em algum segmento profissional, enquadrar-se-á
como EMPRESÁRIO ou AUTÔNOMO, conforme a situação.
Caso prefira se reunir com uma ou mais pessoas para,
juntos, explorar alguma atividade, deverão constituir uma
sociedade que poderá ser uma SOCIEDADE EMPRESÁRIA
ou SOCIEDADE SIMPLES, conforme veremos as diferenças
entre uma e outra, mais adiante.
EMPRESÁRIO
 Empresário é a pessoa física ou jurídica, que
profissionalmente organiza uma atividade econômica de
produção ou circulação de bens ou serviços. (art. 966 do
CC).
São requisitos:
 - profissionalismo;
 - Atividade
 - Organização
 - Produção ou circulação de bens e serviços
 Em regra Geral pelo sistema de atos de comércio, as prestadoras
de serviços ficavam fora da proteção do direito Comercial, devido
a sua não previsão no antigo regulamento de 1850. Agora , com
base no artigo 966 do Código Civil, passaram a ser atos de
empresário.
Os requisitos enumerados:
 Profissionalismo;
 Atividade - Organização; Produção ou circulação de bens e
serviços) passaram a ser atividades de empresários, pois todas
elas são passiveis de enquadramento, direta ou indiretamente,
nas categorias de produção ou circulação de serviços.
Circulador de bens: é aquele que não produz os bens mas faz
intermediação por quem produz e o consumidor final.
Circulação de serviços: não produz serviço mas faz
intermediação por quem produz o serviço e o consumidor final.
 Só será considerado empresário quem atuar com
Profissionalismo, atividade econômica, organizacional.
 Atuar com profissionalismo: habitualidade (não pode ser
esporádica)
 Pessoalidade (exercer diretamente a atividade)
 A execução pode ser exercida pelos seus contratados mas
empresário tem que agir diretamente.
 Atividade econômica (tem que ter fins lucrativos)
Exceção: existem pessoas que atuam com
profissionalismo, modo organizado, atividade econômica e
que não são empresários.
Art. 966 § único C.C
 Não será considerado empresário quem exercer
profissão intelectual de natureza científica (decorre de uma
ciência), (médico, advogado, dentista, arquiteto) literária ou
artística, salvo se no exercício da profissão for constituído
elemento de empresa.
 Exceção da exceção: se um desses profissionais
constituírem o elemento de empresa.
Ex: médico que presta serviço em seu consultório não é
empresário.
Hospital presta serviço, tem constituído elemento de
empresa.
Diferentese ambos prestam serviço com profissionalismo.
A diferença está no fato de que o médico atua com
pessoalidade e na clínica ou hospital, o médico atua como
empresário e muitas vezes nem atende o paciente
 Várias foram as inovações trazidas pelo Novo Código
Civil a respeito da questão da "capacidade" de um
modo geral. Por exemplo, antigamente a maioridade
era concedida aos 21 anos (artigo 9º - Código Civil de
1916), agora é aos 18 anos (artigo 5º - Código Civil de
2002). Dessa forma, houve alterações nesta parte
também referente ao Direito da Empresa.
Da Capacidade de Empresariar
DIREITO EMPRESARIAL
 O Código Comercial de 1850, trazia em seu primeiro
artigo que poderiam "comerciar" todas as pessoas que se
achassem na livre administração de suas pessoas e
bens, e não fossem expressamente proibidas pelo
mesmo código, além dos legitimamente emancipados,
filhos que tivessem mais de 18 anos com autorização dos
pais por meio de escritura pública, mulheres casadas
também maiores de 18 anos, com autorização de seus
maridos, etc.
Atualmente, o artigo 972 do novo código civil traz que
podem exercer atividade de "empresário" os que
estiverem em pleno gozo da "capacidade civil“ e não
forem legalmente impedidos. Então até mesmo o
menor de 18 anos pode ser sócio: "... desde que
maior de 16 e seja emancipado (plenamente capaz)..
• Já o menor de 16 anos de idade só poderá participar
de sociedade, se estiver devidamente representado
pelos seus responsáveis legais. Entretanto, não
poderá exercer a administração da empresa“
(SEBRAE, 2003, p. 26). Nesse sentido também se
aplicada o artigo 974 a respeito do incapaz
Antes deste, o artigo 973 faz menção
expressa à pessoa legalmente impedida de
exercer atividade de empresário, o qual não
há dispositivo no antigo código civil ou
mesmo no código comercial.
Sobre isto, é relevante citar:
Se a pessoa estiver proibida de ser juridicamente qualificada
como empresário, os atos por ela praticados que possam
representar obrigações para a empresa serão por ela
assumidos pessoalmente, ou seja, com o comprometimento
direto e objetivo de seu patrimônio particular, devendo este
 responder pelas obrigações contraídas. A empresa, ou,
quando for o caso, a sociedade, somente assume as dívidas e
obrigações que foram contratadas por empresário ou sócio
administrador investido dos necessários poderes, sem
qualquer tipo de impedimento para a prática de atos de gestão
empresarial
 (FIUZA, 2002, p. 878).
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Inovação é o que distingue um líder de um
seguidor.(Steve Jobs)

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