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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-494

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melhora clínica. Na esporotricose linfocu-
tânea, 100-200 mg/dia, por 3-6 meses; na 
óssea ou pulmonar, 200 mg, a cada 12 h, 
por 1-2 anos (em casos graves, começar 
com anfotericina B); na esporotricose as-
sociada à AIDS, manutenção com 200 mg 
até reconstituição imunológica. Na cripto-
cocose sem envolvimento do SNC, 200-400 
mg/dia, por 6-12 meses (considerar manu-
tenção até reconstituição imunológica nos 
indivíduos HIV-positivo). Na histoplasmo-
se, sua dose varia de acordo com o local de 
envolvimento. Nos casos graves, o início do 
tratamento é com anfotericina B (ver em 
Anfotericina B [ desoxicolato]) até melhora 
clínica (geralmente em 2 semanas) e, após, 
manutenção do tratamento com itracona-
zol (ver, a seguir, o tempo de tratamento). 
Nos casos leves a moderados, o tratamento 
começa com itraconazol, na dose de 200-
400 mg/dia. Na aguda pulmonar, com sin-
tomas que persistem por > 4 semanas, o 
tratamento deve ser por 6-12 semanas; na 
for1na pulmonar crônica, por 1-2 anos; na 
mediastinite, por 6-12 meses; na dissemi-
nada, 6-18 meses; na associada à AIDS, 
ataque com 200 mg, a cada 8 h, por 3 dias, 
após, 200 mg, a cada 12 h, por 3 meses, 
seguidos de manutenção com 200 mg/ dia 
enquanto durar a imunossupressão, ou, se 
recuperação imunológica, por, pelo menos, 
18 meses e CD4 > 150 céVmm3, e, em 
zonas endêmicas, em indivíduos com CD4 
< 150 cél/mm3, profilaxia com 200 mg/ 
dia reduz pela metade sua incidência em 1 
ano. Na onicomicose, 200 mg/dia, por 12 
semanas. Na paracoccidioidomicose, 200-
400 mg/ dia, por 6 meses. 
Modo de administração. VO, a presença 
de alimento aumenta a biodisponibilida-
de, assim como bebidas ácidas (refrige-
rante tipo cola e sucos cítricos). Evitar uso 
concomitante de drogas que alcalinizam 
o pH gástrico. 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Absorção: requer acidez estomacal. 
Medicamentos na prática clínica 495 
• Biodisponibilidade: - 55%. 
• Biotransformação: metabolismo hepáti-
co, formando especialmente o metabó-
lito hidroxi-itraconazol. 
• Ligação a proteínas plasmáticas: > 99%. 
• Meia-vida oral: 16-26 h com dose úni-
ca; 64 h após o estado de equilíbrio. 
• Eliminação: fezes (-3-180/o) e urina 
( 400/o na forma de metabólitos). 
Ajuste para função hepática e renal. O 
ajuste na IH pode ser necessário, mas não 
há orientações específicas. Não requer 
ajuste na IR; a administração EV não é re-
comendada para pacientes com DCE < 30 
mL/min. 
Reposição na diálise. Não requer. 
Efeitos adversos. Náuseas (principal-
mente), vômitos, dor epigástrica e diar-
reia, aumento transitório de transamina-
ses (principalmente com doses elevadas, 
também com hepatite e necrose hepática 
fulminante). Também foram relatadas 
parestesia, fraqueza, tontura, cefaleia, 
diminuição da libido, impotência, hipo-
calemia, hipertrigliceridemia e, possivel-
mente, síndrome de excesso de minera-
locorticoide (dose > 600 mg/dia). Rash 
e prurido em cerca de 100/o dos indivídu-
os. Doses elevadas podem desencadear 
quadro de insuficiência cardíaca, com ou 
sem arritmia (ver Interações) ou neuro-
patia periférica. 
Interações. Necessita de um pH áci-
do para adequada absorção. Dessa for-
ma, os inibidores da bomba de prótons 
e bloqueadores histamínicos H2 são 
contraindicados. Os antiácidos e a dida-
nosina na apresentação tamponada de-
vem ser administrados 2 h antes ou 1 h 
após a administração do itraconazol para 
não interferirem na sua absorção. O itra-
conazol é um substrato e potente inibidor 
do CIP450, isoenzima 3A4. Inibidores ou 
substratos dessas enzimas podem alterar a 
concentração plasmática da droga. Evitar 
o uso da fenitoína, pois a administração 
concomitante já foi associada com falên-

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