Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
melhora clínica. Na esporotricose linfocu- tânea, 100-200 mg/dia, por 3-6 meses; na óssea ou pulmonar, 200 mg, a cada 12 h, por 1-2 anos (em casos graves, começar com anfotericina B); na esporotricose as- sociada à AIDS, manutenção com 200 mg até reconstituição imunológica. Na cripto- cocose sem envolvimento do SNC, 200-400 mg/dia, por 6-12 meses (considerar manu- tenção até reconstituição imunológica nos indivíduos HIV-positivo). Na histoplasmo- se, sua dose varia de acordo com o local de envolvimento. Nos casos graves, o início do tratamento é com anfotericina B (ver em Anfotericina B [ desoxicolato]) até melhora clínica (geralmente em 2 semanas) e, após, manutenção do tratamento com itracona- zol (ver, a seguir, o tempo de tratamento). Nos casos leves a moderados, o tratamento começa com itraconazol, na dose de 200- 400 mg/dia. Na aguda pulmonar, com sin- tomas que persistem por > 4 semanas, o tratamento deve ser por 6-12 semanas; na for1na pulmonar crônica, por 1-2 anos; na mediastinite, por 6-12 meses; na dissemi- nada, 6-18 meses; na associada à AIDS, ataque com 200 mg, a cada 8 h, por 3 dias, após, 200 mg, a cada 12 h, por 3 meses, seguidos de manutenção com 200 mg/ dia enquanto durar a imunossupressão, ou, se recuperação imunológica, por, pelo menos, 18 meses e CD4 > 150 céVmm3, e, em zonas endêmicas, em indivíduos com CD4 < 150 cél/mm3, profilaxia com 200 mg/ dia reduz pela metade sua incidência em 1 ano. Na onicomicose, 200 mg/dia, por 12 semanas. Na paracoccidioidomicose, 200- 400 mg/ dia, por 6 meses. Modo de administração. VO, a presença de alimento aumenta a biodisponibilida- de, assim como bebidas ácidas (refrige- rante tipo cola e sucos cítricos). Evitar uso concomitante de drogas que alcalinizam o pH gástrico. Parâmetros farmacocinéticos • Absorção: requer acidez estomacal. Medicamentos na prática clínica 495 • Biodisponibilidade: - 55%. • Biotransformação: metabolismo hepáti- co, formando especialmente o metabó- lito hidroxi-itraconazol. • Ligação a proteínas plasmáticas: > 99%. • Meia-vida oral: 16-26 h com dose úni- ca; 64 h após o estado de equilíbrio. • Eliminação: fezes (-3-180/o) e urina ( 400/o na forma de metabólitos). Ajuste para função hepática e renal. O ajuste na IH pode ser necessário, mas não há orientações específicas. Não requer ajuste na IR; a administração EV não é re- comendada para pacientes com DCE < 30 mL/min. Reposição na diálise. Não requer. Efeitos adversos. Náuseas (principal- mente), vômitos, dor epigástrica e diar- reia, aumento transitório de transamina- ses (principalmente com doses elevadas, também com hepatite e necrose hepática fulminante). Também foram relatadas parestesia, fraqueza, tontura, cefaleia, diminuição da libido, impotência, hipo- calemia, hipertrigliceridemia e, possivel- mente, síndrome de excesso de minera- locorticoide (dose > 600 mg/dia). Rash e prurido em cerca de 100/o dos indivídu- os. Doses elevadas podem desencadear quadro de insuficiência cardíaca, com ou sem arritmia (ver Interações) ou neuro- patia periférica. Interações. Necessita de um pH áci- do para adequada absorção. Dessa for- ma, os inibidores da bomba de prótons e bloqueadores histamínicos H2 são contraindicados. Os antiácidos e a dida- nosina na apresentação tamponada de- vem ser administrados 2 h antes ou 1 h após a administração do itraconazol para não interferirem na sua absorção. O itra- conazol é um substrato e potente inibidor do CIP450, isoenzima 3A4. Inibidores ou substratos dessas enzimas podem alterar a concentração plasmática da droga. Evitar o uso da fenitoína, pois a administração concomitante já foi associada com falên-
Compartilhar