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Endodontia em dentes deciduos.rtf

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Endodontia para dentes decíduos: Indicações e contra-indicações; passo a passo e materiais 
obturadores.
O tratamento endodôntico em dentição decídua é indicado quando a polpa sofre uma injúria, ou seja, a 
polpa sofre exposição, seja por lesão de cárie ou traumas. A exposição pulpar pode ocorrer por lesões 
de cárie ou traumas, nesses casos, é indicado o tratamento endodôntico, pois a polpa do dente sofreu 
alterações degenerativas avançadas ou necrose total. A pulpectomia, procedimento que envolve a 
remoção completa do tecido pulpar, consiste no preparo biomecânico e na obturação dos canais 
radiculares. 
Já as contraindicações desse procedimento são:
Dentes que não têm remanescente dental suficiente para ser restaurado ou reabilitado;
Dentes que estão no final do ciclo biológico e têm mais de 2/3 de reabsorção fisiológica;
Dentes com suporte ósseo comprometido e com rompimento de cripta óssea do sucessor 
permanente.
Materiais obturadores:
O material obturador utilizado em dentição decídua precisa seguir alguns critérios para que seja considerado 
ideal: possuir um grau de reabsorção semelhante ao da raiz do dente, não prejudicar os tecidos periapicais e o 
germe do dente permanente, ser reabsorvido quando extravasado, ter propriedade antisséptica, aderir as 
paredes dos condutos, ser de fácil aplicação e fácil remoção (caso seja necessário), ser radiopaco e não 
pigmentar o dente, tais como: pastas a base de óxido de zinco e eugenol (OZE), e de pastas a base de 
hidróxido de cálcio e iodofórmio para preenchimento dos canais radiculares.
Terapias pulpares:
O complexo dentino-pulpar é formado por dois substratos interdependentes conhecidos como dentina e polpa. 
Diante de injúrias, como por lesão de cárie ou traumas, deve-se realizar a proteção desse complexo. Diversas 
são as técnicas de tratamento presentes na terapia pulpar, a escolha do melhor método a ser utilizado varia de 
acordo com o comprometimento pulpar do elemento dentário em questão. Proteção pulpar indireta, proteção 
pulpar direta, pulpotomia e pulpectomia são as opções terapêuticas disponíveis.
 Proteção pulpar indireta
A proteção pulpar indireta ou capeamento pulpar indireto, é um tratamento conservador, quando não há 
exposição pulpar, sintomatologia dolorosa ou sinais de alteração pulpar irreversível. Nesse tipo de proteção, é 
preconizado a remoção parcial da dentina cariada, preservando assim a estrutura dentária.
 Proteção pulpar direta e pulpotomia
A proteção pulpar direta ou capeamento pulpar direto é caracterizada pela inserção do material restaurador 
diretamente sobre a polpa acidentalmente exposta. O objetivo dessa proteção é estimular a formação de 
dentina reacional, e assim manter a vitalidade pulpar, sendo indicado apenas em dentes assintomáticos, campo 
operatório sem umidade e adequada hemostasia. A pulpotomia consiste na remoção do tecido pulpar coronário 
e proteção da polpa radicular remanescente. É indicada em casos de dentes que apresentam exposição pulpar 
por cárie, polpa exposta por mais de 24 horas decorrente de traumas ou dentes com ampla destruição 
coronária. É indispensável a vitalidade pulpar tanto na proteção direta, como na pulpotomia.
Pulpectomia
A pulpectomia de dentes decíduos é uma técnica pulpar não vital, conhecida como tratamento endodôntico 
radical, em que é feita a remoção completa do tecido pulpar coronário e dos canais radiculares. O preparo 
químico-mecânico é empregado nesse tratamento, através de limas endodônticas e soluções irrigadoras. A 
necessidade da utilização de soluções irrigadoras se dá ao fato da capacidade em remover o smear layer e 
abrir os túbulos dentinários, que facilitam a passagem de medicamentos endodônticos e pastas obturadoras, 
posteriormente utilizadas.
Passo a passo do tratamento endodôntico: 
Primeira sessão:
 Odontometria no RX; Radiografia para diagnóstico, determinação do comprimento Aparente do Dente: 
C.A.D e determinação do Comprimento de Trabalho Provisório: CTP
 Anestesia local;
 Isolamento absoluto;
 Remoção do tecido cariado com brocas esféricas em baixa ou alta rotação
Abertura coronária: acesso à câmara pulpar com broca esférica diamantada em alta rotação e remoção do 
teto da câmara pulpar com broca Endo Z em alta rotação;
Irrigação com Hipoclorito de sódio a 2,5%;
Instrumentação manual com limas kerr; Odontometria e determinação do comprimento real de trabalho 
(C.R.T);
Irrigação para remoção de smear layer com ácido cítrico 6% (1 minuto);
 Irrigação final com hipoclorito de sódio a 2,5%;
 Secagem com cones de papel absorvente com diâmetro e comprimento compatíveis a lima final que foi 
utilizada;
Curativo de demora: hidróxido de cálcio pró-análise + soro fisiológico por no mínimo 15 dias;
 Limpeza da cavidade com bolinha de algodão estéril;
 Selamento de cavidade com guta percha branca;
Restauração provisória: Cimento Óxido de Zinco e Eugenol.
Segunda sessão:
 Anestesia local;
Isolamento absoluto;
Remoção da restauração provisória;
 Irrigação com Hipoclorito de sódio a 2,5%;
 Recapitular a última lima usada na instrumentação;
 Irrigação para remoção de smear layer com ácido cítrico 6% (1 minuto);
Irrigação final com hipoclorito de sódio a 2,5%;
 Secagem com cones de papel absorvente com diâmetro e comprimento compatíveis a lima final que foi 
utilizada;
Obturação dos canais radiculares;
 Limpeza da cavidade com bolinha de algodão estéril;
 Colocação de base de guta percha branca na câmara coronária;
 Restauração definitiva;
 Restauração definitiva;
 RX final;
 Controle clínico e radiográfico
Referências: 
https://www.odonto.ufmg.br/sca/wp-content/uploads/sites/6/2020/10/Protocolo-Endodontia-em-Dentes-
Deciduos-.pdf
https://blog.angelus.ind.br/tratamento-endodontico-em-dentes-deciduo/
https://www.academiadaodontologia.com.br/material-obturador-dentes-deciduos/

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