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A IMPORTANCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Autor(a): Eleticia Moreno Silva 
Instituição: Uninassau
e-mail: lehmoreno683@gmail.com
Orientador(a)[footnoteRef:2]: [2: Orientador(a): inserir aqui um pequeno resumo do currículo do orientador.] 
Instituição: Uninassau
e-mail: lehmoreno683@gmail.com
Resumo
O presente artigo tem como objetivo estudar os pressupostos teóricos e metodológicos sobre a importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da criança na Educação Infantil. Para a realização deste trabalho, a busca a literatura foi imprescindível. Saber o que os autores apontam com relação à temática sobre o desenvolvimento da criança e o processo da construção da aprendizagem oportunizou a construir a relação existente entre ensino aprendizagem e a ludicidade em favor do aprender. Parte-se do princípio de que as atividades lúdicas são indispensáveis para o desenvolvimento sadio e para apreensão os conhecimentos por parte da criança, uma vez que o ato de brincar possibilita o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos sentimentos.
 Sendo a escola uma instituição que tem como objetivo possibilitar ao educando a aquisição do conhecimento formal e propor o desenvolvimento dos processos de pensamento, o brincar na escola não é exatamente igual ao brincar em outras ocasiões, visto que a vida escolar é conduzida por algumas normas que regulam as ações das pessoas e as interações entre elas, naturalmente, estas normas estão presentes, também, na atividade da criança. Assim sendo, as brincadeiras e os jogos têm especificidade quando ocorrem na escola, pois são mediadas pelas normas institucionais. A utilização do brincar como recurso pedagógico tem sido muito utilizado pelos professores, principalmente na Educação Infantil, a fim de produzir conhecimentos na vida cotidiana e acadêmica de seus alunos. 
Palavras-chave: Educação Infantil, Jogos, Lúdico.
THE IMPORTANCE OF PLAYFULNESS IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION
Abstract
This article aims to study the theoretical and methodological assumptions about the importance of games and games in child development in Early Childhood Education. To carry out this work, the search for literature was essential. Knowing what the authors point out in relation to the theme of child development and the process of building learning provided the opportunity to build the existing relationship between teaching-learning and playfulness in favor of learning. It is assumed that recreational activities are essential for healthy development and for the acquisition of knowledge by the child, since the act of playing enables the development of perception, imagination, fantasy and feelings. Since the School is an institution that aims to enable the student to acquire formal knowledge and propose the development of thought processes, playing at school is not exactly the same as playing at other times, as school life is guided by some standards. that regulate people's actions and interactions between them and, naturally, these norms are also present in the child's activity. Therefore, games and games have a specificity when they occur at school, as they are mediated by institutional norms. The use of playing as a pedagogical resource has been widely used by teachers, especially in Early Childhood Education, in order to produce knowledge in the daily and academic life of their students.
Keywords: Playfulness. Creativity. Learning.
1 INTRODUÇÃO
O Presente trabalho refere-se ao tema a importância da ludicidade na educação infantil, despertando a escolha por este tema, explorando, desta forma, o assunto em questão. Atualmente, ainda ouvimos alguns educadores falarem que crianças não sabem mais brincar.
No cotidiano escolar, esta realidade não é diferente, pois, o jogo se faz cada vez menos presente e esta é uma questão que devemos resgatar. Por este motivo, o objetivo é investigar de que forma o lúdico pode ser explorado na educação infantil, contribuindo para a formação integral da criança. 
Nesta perspectiva, podemos questionar sobre qual a importância da ludicidade no processo de ensino aprendizagem dentro da Educação Infantil. O desenvolvimento do aspecto lúdico que facilita na aprendizagem o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colaborando para uma saúde mental, mas, percebe-se que a criança de modo geral., tem dificuldade de resolver conflitos, cumprir ordens e regras, trabalhar em grupo, em saber partilhar, perder e, também, em adquirir conhecimento de modo menos sistematizado, pois não aprendeu a associar aprendizagem, a brincadeira.
A importância da realização desta pesquisa para a educação está em demonstrar a ludicidade como personagem principal do sucesso em qualquer tipo de aprendizado na educação. Tem também a importância de se trabalhar o lúdico como recurso pedagógico desde a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental para a formação integral do educando. Tendo a diferenciação de jogos, brincadeiras e brinquedos, termos que parecem ser iguais, mas que possuem características próprias.
Usando o lúdico como recurso pedagógico, ele pode ser direcionado como diagnóstico, desenvolvimento em várias áreas do conhecimento; também como desenvolvimento psicomotor, como recreação e lazer prazeroso dentro da escola. Uma orientação que leva a construção do conhecimento, de como deve ser um trabalhador eficaz em instituições que atendem o ensino infantil.
O trabalho tem como objetivo mostrar que a ludicidade é sim importante que não é só brincadeira, que as crianças conseguem aprender de forma, mas, prazerosa. A ludicidade é uma característica, intrínseca da infância, e desempenha um papel fundamental no processo educacional das crianças. Brincar é uma atividade natural para elas, sendo uma das formas mais espontâneas de aprender e explorar o mundo e expressar seus sentimentos. Nesse sentido, a inserção de práticas lúdicas na educação infantil se mostra indispensável para promover o desenvolvimento integral e garantir uma aprendizagem significativa.
Desta forma, segue-se ao referencial teórico referente ao tema abordado. A partir das ponderações até aqui tecidas, no presente trabalho, busca-se demonstrar como o lúdico é um prazeroso meio pelo qual educadores podem trabalhar a educação infantil.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Ao longo de toda a sua vida, o homem está sempre descobrindo e aprendendo coisas novas, seja através do contato com os seus semelhantes, seja através do domínio que ele exerce sobre o meio em que vive. Dessa forma, o homem é um ser que naturalmente aprende e se apropria do conhecimento desde os mais simples até os mais complexo. Esse aprendizado que lhe garante a sobrevivência e a integração na sociedade como ser participativo, crítico e criativo.
Mas se o aprendizado é um processo contínuo, é na infância que ele assume um papel mais destacado na vida das pessoas, e a infância é a idade das brincadeiras. Na verdade, através do lúdico a criança satisfaz, em grande parte, seus interesses, necessidades e desejos particulares, sendo talvez o meio mais eficiente de inserção na realidade social. Considera-se que o ato de brincar expressa a maneira como uma criança reflete, organiza, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo.
Neste sentido, o lúdico se destaca como uma das maneiras mais eficientes de envolver o aluno nas atividades escolares, pois a brincadeira é algo inerente na criança e se constitui na sua forma natural de trabalhar, refletir e descobrir o mundo que a cerca.
O brincar no contexto da educação escolar proporciona não só um meio real de aprendizagem a criança, como permite também que educadores perceptivos e competentes aprendam sobre as crianças e suas necessidades. Em outras palavras, além de ser uma excelente ferramenta de acesso ao mundo da criança, o lúdico permite aos professores a capacidade de compreender em que patamar se encontra o processo de ensino aprendizagem dos infantes. Isso, por sua vez, dá aos educadores o ponto de partida para promover novas aprendizagens nos domínios cognitivose afetivos.
De outro lado, o lúdico na educação infantil possui um papel fundamental na conquista da autonomia e aprendizagem da criança. Através das brincadeiras as crianças (e também os adultos) criam um mundo imaginário, repleto de significados, que permite expressar suas angústias, desejos e compreender com mais facilidade o meio no qual elas estão inseridas.
Considerando as possibilidades educativas que envolvem diversos aspectos positivos do lúdico, vários direcionamentos podem ser tomados na busca da interação e na socialização da criança na escola. Do mesmo modo, as brincadeiras na fase da infância podem servir para demonstrar a negatividade de determinados comportamentos que são inerentes à vida adulta, entre os quais estão os preconceitos, a intolerância e o egoísmo.
O lúdico faz parte e é um dos elementos mais importantes para atividades cotidianas na vida das crianças. Na verdade, é brincando que ela busca resolver a maioria dos conflitos criados pelas limitações do mundo em que se encontra inserida, expressando assim a maneira como ele entende a realidade. Não são encontrados na literatura especializada sobre o assunto registros que apontem na direção de um conceito comum para o último na educação. No entanto, alguns autores relacionam o lúdico ao jogo e estudam profundamente sua importância na educação.
Wajskop (1995, p.42) destaca que Vygotsky atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil, pois seria brincando e jogando que a criança revelaria seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor e, por último, “seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos., pessoas, coisas e símbolos.”
De fato, através da brincadeira, a criança assimila e reproduz o que acontece ao seu redor, inclusive os discursos, construindo assim seu próprio pensamento. A linguagem, segundo Vygotsky, (1995), “tem importante papel no desenvolvimento cognitivo da criança à medida que sistematiza suas experiências e ainda colabora na organização dos processos em andamento.”
Pode-se dizer, portanto, que o lúdico tem papel importante nessa fase da vida que é a infância, pois é brincando que a criança interpreta signos e compreende significados, fato que permite a mesma um incremento substancial, no seu vocabulário.
Existem algumas diferenças entre as concepções de Vygotsky e Piaget que devem ser destacadas. A primeira diz respeito ao fato de Vygotsky considerar que “o desenvolvimento ocorre durante toda a vida e as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela” (VIGOTSKY, 1988). Além disso, Vygotsky não estabelece fases para explicar o desenvolvimento como Piaget o faz. 
Ao estudar os aspectos psicológicos na pré-escola, destaca que Piaget coloca o jogo como essencial na vida da criança. Nesse sentido, inicialmente a criança aprende os jogos de exercício, isto é, aqueles nos quais ela repete determinadas situações por puro prazer e por apreciar os seus resultados.
Em torno dos 2-3 5-6 anos nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem a necessidade da criança de não somente relembrar mentalmente o acontecido, mas de executar a representação. Em período posterior surgem os jogos de regras, que são transmitidos socialmente de criança para criança e, por consequência, vão aumentando de importância de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social. (MUKHINA 2002, página 87).
O jogo constitui-se em expressão e condição fundamental para o desenvolvimento infantil, pois é a partir dele que as crianças muitas vezes assimilam a realidade e a partir de sua prática, podem transformá-la.
Segundo Negrini, em 2004, ao contrário de Piaget, Vygotsky não vê o sujeito como ser ativo ou passivo, mas como um ser “interativo”. Nessa perspectiva, a criança usaria as interações sociais como formas privilegiadas de acesso às informações, aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como resultado de um engajamento individual na solução de problemas. Dessa maneira, aprende a regular seu comportamento pelas reações, sejam elas agradáveis ou não.
Já Oliveira, (2000) destaca que: “[...]enquanto Vygotsky fala do “faz-de-conta”, Piaget fala do jogo simbólico, e pode-se dizer que ambos são correspondentes.” Isso significa que, longe de serem divergentes as posições desses dois grandes teóricos da psicologia da educação convergem para um ponto em comum:
Para Vygotsky o brinquedo cria uma Zona de Desenvolvimento Proximal na criança. Lembrando que ele afirma que a aquisição do conhecimento se dá através das zonas de desenvolvimento: a real e a proximal. A zona de desenvolvimento real é a do conhecimento já adquirido e o que a pessoa traz consigo, já a proximal só é atingida de início, com auxílio de outras pessoas mais “capazes” que já tenham adquirido esse conhecimento. (OLIVEIRA 2000, p.68)
Essa ideia de zona de desenvolvimento proximal possui uma grande relevância em todas as áreas educacionais, e uma de suas implicações mais importantes, diz respeito ao fato de que o aprendizado humano é de natureza social, sendo ainda a parte de um processo no qual a criança desenvolve seu intelecto a partir da intelectualidade daqueles que a cercam.
Sendo assim dito, o adulto se torna uma espécie de modelo a quem a criança recorre quando interage com outras crianças (ou mesmo com outros adultos). Existiriam, portanto, duas dimensões do aprendizado: na primeira, é de ordem natural, onde todo ser humano seria naturalmente moldado para aprender; já a segunda é de ordem institucional, onde o outro, geralmente um adulto, é um mediador entre criança e os novos conhecimentos.
 Quanto mais lúdico for esse processo mais fácil fica o aprendizado da criança. Nesse sentido, o próprio Vygotsky (1988) acrescenta afirmando que; “as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo aquisições, que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade”.
Consequentemente, o jogo sob a forma da brincadeira se constitui em uma atividade específica da infância, na qual a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos. Essa é uma atividade social com contexto cultural e social. É uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.
Vygotsky (1988) classifica o brincar em algumas fases: durante a primeira fase a criança começa a se distanciar de seu primeiro meio social, representada pela mãe, começa a falar, andar e movimentar-se em volta das coisas.Nesta fase, o ambiente é alcançado por meio do adulto e pode-se dizer que a fase se estende até em torno dos sete anos. A segunda fase é caracterizada pela imitação, a criança copia os modelos dos adultos. A terceira fase é marcada pelas convenções que surgem de regras e convenções a elas associadas.
A noção de “zona proximal de desenvolvimento” interliga-se, portanto, de maneira muito forte à sensibilidade do professor em relação às necessidades e capacidades da criança em sua aptidão para utilizar as contingências do meio, a fim de dar-lhe a possibilidade de passar do que sabe fazer para o que não sabe.
3 METODOLOGIA
Há diversas metodologias que podem ser utilizadas para potencializar a ludicidade na educação infantil. Dentre elas, destaca-se o uso de jogos pedagógicos, atividades sensoriais, brincadeiras de faz-de-conta, música e dança, leitura de história, entre outras. Essas práticas permitem que as crianças desenvolvam habilidades cognitivas, sociais e culturais de forma prazerosa e significativa.
No processo da educação infantil, o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento. Assim, quando o movimento natural e espontâneo da criança na busca do conhecimento é desvalorizado em prol de atividades estruturadas e formalizadas,são ignoradas as dimensões educativas da brincadeira e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade construtiva da criança. É necessário, pois, que o professor procure ampliar cada vez mais as vivências da criança com o ambiente físico, com brinquedos, brincadeiras e com outras crianças.
O jogo, compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade deverá encontrar maior espaço para ser entendido como educação, na medida em que os professores compreenderem melhor toda sua capacidade potencial de construir para com o desenvolvimento da criança.
 Negrini (2004), em estudos realizados sobre aprendizagem desenvolvimento infantil, afirma que “[...] quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica”. Ainda segundo este autor, é fundamental que os professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e sociocultural para formular sua proposta pedagógica. 
 Esse ponto de vista possui fundamento nas teorias dos dois teóricos da educação abordados, pois, para ambos, o desenvolvimento do indivíduo não é linear, mas evolutivo e é no seu trajeto que a imaginação se constrói. Assim, toda vez que a criança brinca e desenvolve a capacidade para algum tipo de conhecimento, ela dificilmente irá perder tal capacidade. Além disso, como a aprendizagem ocorre também com a formação de conceitos, o lúdico assume importância fundamental na construção do espaço, onde estes conceitos serão desenvolvidos. 
Compreende-se, então, que o lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso para a criança, pois, quando brinca, a criança se torna independente e desenvolve sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza elementos culturais e desenvolve habilidades motoras, exercita a imaginação e a criatividade, aprimora a inteligência emocional, aumenta a interação, enfim, constrói um espaço que pode lhe proporcionar o desenvolvimento sadio sob todos os aspectos.
Assim, considerando que o lúdico é uma experiência prazerosa na vivência da criança, sua aprendizagem precisa ser trabalhada como um processo que deve ser vivenciado prazerosamente. Nessa perspectiva, a escola tem de ser um espaço que valoriza as atividades lúdicas e, dessa forma, irá proporcionar a criança elementos que permitam a ela formar um bom conceito de mundo, no qual a afetividade é acolhida, e a sua sociabilidade vivenciada. 
Segundo Piaget e Winnicott (apud Wajskop, 1995, p.50), “[...] conceitos como jogo, brinquedo e brincadeira são formados ao longo da nossa vivência e significam a forma que cada um utiliza para nomear o seu brincar”. Necessário destacar, porém, que tanto a palavra jogo assim como a palavra brincadeira podem ser vistas como sinônimo de divertimento, isto é, que se encontra dentro de um contexto de ludicidade.
Jogo-ação de jogar; folguedo, brinco, divertimento. Seguem-se alguns exemplos: jogo de futebol, Jogos Olímpicos, jogo de damas, jogo de azar, jogo de palavras, jogo de empurra (1982, p.490). Brinquedo objeto, destinado a divertir uma criança, suporte da brincadeira, brincadeira -ação de brincar, divertimento. Gracejo, zombaria, festinha entre amigos ou parentes. Qualquer coisa que se faz por imprudência ou leviandade, e que custa mais do que se esperava. Aquela brincadeira custou-me caro (KOOGAN LAROUSSE 1982, p. 137).
 Portanto, brincadeira basicamente se refere à ação de brincar, ao comportamento espontâneo que resulta de uma atividade ainda não estruturada. O jogo, por sua vez, pode ser compreendido como uma brincadeira que envolve regras. Já o brinquedo é utilizado para designar o sentido do objeto de brincar. Por fim, a atividade lúdica abrange de forma mais ampla., todos os conceitos anteriores.
 Através do brinquedo e da brincadeira, a criança pode desenvolver a imaginação, a confiança, a autoestima e a cooperação. O modo como a criança brinca revela seu modo interior e isso permite a interação da criança com outras crianças e a formação de sua personalidade.
 Boa parte dos autores já citados considera que os jogos, brinquedos e brincadeiras sejam inatos ao ser humano. Neste sentido, as pessoas brincam quando crianças, quando adultos, e quando idosos, pois brincar é uma ação contínua que envolve várias dimensões ligadas à cognição.
 No entanto, a sociedade, de uma maneira geral, não reconhece a importância do brincar e considera que é apenas uma forma de passar o tempo. Principalmente na educação infantil, o senso comum entende que as crianças vão para os centros de educação infantil para brincar e para serem cuidadas. Os pais e a sociedade assim como um todo não acreditam que através do brincar pode ocorrer e ocorre a aprendizagem que a criança estará desenvolvendo sua cognição em seu caráter.
3.1 Classificação da pesquisa
Os resultados obtidos a partir da análise do referencial teórico destacam a relação intrínseca entre ludicidade e educação infantil. Através das atividades lúdicas e brincadeiras, crianças desenvolvem habilidades cognitivas como raciocínio, a memória e concentração. Além disso, o brincar e a ludicidade estimula a criatividade, imaginação e a resolução de problemas. No aspecto socioemocional, a ludicidade promove a socialização, a empatia, a cooperação e a expressão de sentimentos, fortalecendo as relações interpessoais e a construção de identidades. Portanto, a ludicidade na educação infantil contribui para a formação de indivíduos mais autônomos, criativos, críticos e preparados para enfrentar desafios futuros.
3.2 Fontes de Busca da pesquisa 
Segue abaixo um quadro com os autores que foram encontrados em nossas buscas sobre a temática desta pesquisa:
Quadro 1- Fontes de busca de pesquisa
	Nome dos autores
	Ano de publicação
	Link de acesso a obra
	Jean Piaget
	1999
	https://dinterrodonia2010.pbworks.com 
	Gisela Wajskop
	1995
	https://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/cp/arquivos/742.pdf 
	Airton Negrine
	 2004 
	https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/crianças-nos-anos-iniciais 
	Lev Vygotsky
	 1988
	https://scholar.google.com.br/obras-de-Vygotsky-1988 
	Donald W. Winnicoti
	 1995
	https://livrosgratuitosja.com/wp-content/uploads/2022/04/O-bricar-e-a-realidade-Donald-Winnicot-z-lib.org_.pdf 
3.4 Instrumentos de coleta de dados e procedimentos
 Conforme apresentado no quadro anterior, foram realizadas buscas nos seguintes bancos de dados: Google, Sciello, Google Scholar, Wikipédia no período de 14 de julho de 2023 até 20 de agosto de 2023. No primeiro foram encontrados em torno de 100 textos sobre os autores citados, no segundo foram encontrados entre 100 e 200 textos sobre os respectivos autores, nos demais foram encontrados muitos textos sobre os autores que citamos, textos que nos ajudaram muito na busca sobre a nossa pesquisa.
 
4 ANÁLISE DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Os estudos analisados revelaram que a ludicidade possui um papel crucial na educação infantil. As atividades lúdicas proporcionam a criação de um ambiente favorável ao aprendizado, estimulando a curiosidade, a criatividade, a imaginação e a resolução de problemas. Além disso, a ludicidade promove a interação social, o trabalho em equipe, a empatia, habilidades essenciais para o convívio em sociedade. Os resultados encontrados também demonstraram que a utilização de práticas lúdicas na educação infantil, é associada a um maior engajamento e motivação das crianças em relação ao processo de ensino aprendizagem. Os alunos demonstram maior interesse e participação ativa e, consequentemente, melhores resultados académicos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Com base nos dados e resultados objetivos obtidos nessa pesquisa, é possível afirmar que a ludicidade desempenha um papel fundamental na educação infantil, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento integral das crianças através de jogos e brincadeiras e atividades lúdicas, é possível favorecer a construção do conhecimento,promover o desenvolvimento emocional e social, além de estimular a criatividade e imaginação. É essencial que os educadores reconheçam a importância da ludicidade como uma metodologia pedagógica eficaz, investir na formação dos profissionais da educação, incentivando a criação de espaços lúdicos e proporcionando materiais adequados são medidas fundamentais para garantir uma educação infantil de qualidade. Portanto, conclui-se que a ludicidade deve fazer parte do currículo escolar, não apenas como uma forma de entretenimento, mas como uma estratégia pedagógica que potencializa o desenvolvimento global das crianças.
Ao proporcionar experiências lúdicas os professores promovem aprendizagens significativas estimulando a criatividade a imaginação a socialização e o prazer pelo conhecimento dessa forma é imprescindível que a ludicidade seja valorizada incorporada de forma consciente no currículo e nas práticas pedagógicas a fim de proporcionar uma educação de qualidade e alinhada as necessidades das crianças.
Ao final deste estudo, busca-se reforçar a importância da ludicidade na educação infantil, como uma abordagem pedagógica que promove o desenvolvimento integral das crianças através de uma análise aprofundada de referencial teórico, metodologia e dados coletados espera-se fornecer subsídios para educadores, pais e profissionais da área da educação, visando incentivar a implementação de práticas lúdicas na educação infantil proporcionando um ambiente de aprendizado mais agradável para todos.
REFERÊNCIAS
MUKHINA, Valeria, Psicologia da Idade Pré-Escolar, Martins Fontes, 2002.
NEGRINE, Airton. Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil. Porto Alegre: Propil, 2004.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança, imitação, jogo e sonho, imagem e representação. rio de janeiro:zahav
SILVA, Kaline Cerino Soares da. O lúdico na educação infantil: do brincar ao aprender. 2014.
MACEDO, Fernanda Age; ALENCAR, Gizeli Aparecida R. de; BACARO, Paula Edicléia F. A importância do lúdico no processo de alfabetização no primeiro ano do ensino de nove anos. Universidade Estadual de Maringá–PR, 2010.
SANTOS, Cibele Coelho. ATIVIDADES LÚDICAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: A Vivência Lúdica nas Escolas da Rede Pública de Ensino no Município de Alcântara-Maranhão-Brasil. 2020. Tese de Doutorado.
DALLABONA, Sandra Regina; MENDES, Sueli Maria Schmitt. O lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG, v. 1, n. 4, p. 107-112, 2004. 
ARRABA, Messiane Ferreira et al. Jogos e brincadeiras: um espaço para o lúdico na educação infantil. Educere-Revista da Educação da UNIPAR, v. 14, n. 2, 2014.
MIRANDA, Daiana Barth; SANTOS, Patrícia Gonçalves dos; RODRIGUES, Samira de Souza. A importância dos jogos e brincadeiras para a educação infantil. Faculdade Multivix. Serra, 2014.
Vygotsky, L. S. (1989). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes.
Ferreira, D. M. (2012). Ludicidade na Educação Infantil: uma abordagem metodológica. Revista Brasileira de Educação Especial, 18(1), 35-52.

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