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Aula 12 - Biologia Celular

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1 
 
NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX 
Onde Chegar 
• Conhecer a relação da célula com as doenças. 
• Entender que funcionamento incorreto da célula, implica em desordens sérias. 
• Compreender que muitas patologias, podem gerar outras mais. 
O que Aprender 
• Entender o conceito da unidade célula/tecido envolvido nas patologias. 
• Compreender que as patologias promovem desordens a nível molecular e metabólico 
na célula. 
• Conhecer o mecanismo que desencadeia as diversas patologias apresentadas. 
AULA 
12 
As Células e as Patologias 
Biologia Celular 
 
2 
 
NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX 
Desenvolvimento 
Agora que a biologia celular deixou de ser desconhecida para você, sendo o ramo da 
biologia responsável pelo estudo das células. E que estas são unidades básicas 
estruturais e funcionais dos organismos, e que pelo estudo da estrutura e do 
funcionamento das células, assim como da interação entre elas, permite maior 
compreensão do funcionamento dos organismos. Deste modo, podemos expandir o 
conhecimento celular para o âmbito das doenças. 
A biologia celular atua de forma integrada a outros ramos do conhecimento, como 
bioquímica, biologia molecular, genética e imunologia, o que contribui para um avanço 
nas mais diversas áreas de atuação, como a medicina, odontologia, biomedicina, 
fisioterapia, nutrição, veterinária, entre outras. 
Especialistas de áreas distintas, como o da biologia molecular, da hematologia e da 
química direciona esforço nas pesquisas e no tratamento de doenças. O modelo mais 
simples de terapia celular é a transfusão de sangue. Pode-se, ainda, transfundir células, 
como é o caso do transplante de medula óssea. Também é possível modificar as células 
antes de transplantá-las, fazendo a inserção de um gene diferente da célula primitiva, 
ou, ainda, coletar e expandir uma determinada coleção de célula, fazendo com que ela 
prolifere. 
Os vírus não possuem células, ou seja, são acelulares. Isso contrapõe a teoria celular, que 
diz que todos os seres vivos possuem células, dessa forma, os vírus não poderiam ser 
considerados vivos. Os vírus só conseguem reproduzir-se no interior de uma célula, pois 
não possuem metabolismo próprio. 
As viroses são doenças causadas por vírus. Muitos de nós, diante de febre e indisposição, 
já fomos ao médico e recebemos o diagnóstico de “virose”. As viroses geralmente 
apresentam sintomas inespecíficos, tais como febre e dores no corpo. Como a dengue, a 
gripe, sarampo, hepatites, herpes, poliomielite, Aids e covid-19. Algumas destas doenças 
apresentam sintomas brandos e outras nem tanto. Quando um vírus parasita uma 
célula, ele pode ocasionar sua morte ou até mesmo sua divisão de maneira 
https://www.biologianet.com/biologia-celular/o-que-celula.htm
 
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exagerada, levando ao surgimento de tumores. As doenças causadas por vírus 
podem variar desde problemas leves até enfermidades que levam à morte. 
A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. É muito 
melhor e mais fácil prevenir uma doença do que tratá-la, e é isso que as vacinas fazem. 
Elas protegem o corpo humano contra os vírus e bactérias que provocam vários tipos de 
doenças graves, que podem afetar seriamente a saúde das pessoas e inclusive levá-las à 
morte. A vacinação não apenas protege aqueles que recebem a vacina, mas também 
ajuda a comunidade como um todo. Quanto mais pessoas de uma comunidade ficarem 
protegidas, menor é a chance de qualquer uma delas, vacinada ou não, ficar doente. 
Além disso, algumas doenças preveníveis por vacina podem ser erradicadas por 
completo. Uma das doenças que está em processo de erradicação é a poliomielite 
(paralisia infantil). No entanto, ainda existem casos de poliomielite em outros lugares do 
mundo como países da África e da Ásia. Assim, o vírus da doença pode ser trazido para o 
Brasil por pessoas vindas desses locais, uma vez que turistas, comerciantes e profissionais 
que em geral, viajam entre continentes. 
A Síndrome metabólica é uma doença da civilização moderna, associada à obesidade, 
como resultado da alimentação inadequada e do sedentarismo. Como a obesidade é o 
fator que costuma precipitar o aparecimento da síndrome, dieta adequada e atividade 
física regular são as primeiras medidas necessárias para reverter o quadro. 
A insulina é o hormônio responsável por retirar a glicose do sangue e levá-la às células 
do nosso organismo. A ação da insulina é fundamental para a vida. Mas, a insulina 
também é responsável por inúmeras outras ações no organismo, participando, por 
exemplo, do metabolismo das gorduras. Resistência insulínica corresponde então a uma 
dificuldade desse hormônio em exercer suas ações. Geralmente ocorre associada à 
obesidade, sendo esta a forma mais comum de resistência. 
Praticamente todos os componentes da síndrome metabólica são inimigos ocultos 
porque não provocam sintomas, mas representam fatores de risco para doenças 
cardiovasculares graves. 
Fibrose Cística, também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose, é 
uma doença genética crônica e hereditária, caracterizada por uma alteração autossômica 
https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/obesidade/
 
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recessiva, precisamente pela ausência de uma sequência de três nucleotídeos no 
cromossomo de número 7 da espécie humana. 
Essa deleção é responsável pelo distúrbio da síntese de uma proteína inserida na 
bicamada lipoproteica celular, na membrana plasmática, afetando a capacidade no 
transporte (entrada e saída) de água e sais minerais (íons cloro e sódio) em tecidos 
orgânicos constituintes das vias respiratórias. 
Atinge cerca de 70 mil pessoas em todo mundo, e é a doença genética grave mais comum 
da infância. Afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo. A principal 
consequência dessa patologia está relacionada ao funcionamento metabólico de 
algumas glândulas (exócrinas) produtoras de mucopolissacarídeo, provocando 
abundante secreção deste fluido viscoso nas vias aéreas, impedindo ou mesmo 
dificultando a passagem de ar pelos pulmões. 
O muco espesso leva ao acúmulo de bactéria e germes nas vias respiratórias, podendo 
causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia e bronquite, trazendo danos 
aos pulmões. Esse muco também pode bloquear o trato digestório e o pâncreas, o que 
impede que enzimas digestivas cheguem ao intestino. O corpo precisa dessas enzimas 
para digerir e aproveitar os nutrientes dos alimentos, essencial para o desenvolvimento 
e saúde do ser humano. Pessoas com fibrose cística frequentemente precisam repor 
essas enzimas através de medicamentos tomados junto às refeições, como forma de 
auxílio na digestão e nutrição apropriadas. 
O diagnóstico da fibrose cística pode ser realizado por meio do Teste do Pezinho e 
diagnosticada através de exames genéticos ou do Teste do Suor, pois este é um dos 
sintomas característicos da doença, pele/suor de sabor muito salgado, devido ao canal 
proteico (CFTR) que regula o suor, os fluidos digestivos e o muco. Ocasionando a 
concentração de todos os fluídos corpóreos. 
A primeira manifestação clínica do Pênfigo é o aparecimento de bolhas cheias de líquido, 
intraepidérmicas e de diâmetros diferentes, primeiro nas membranas mucosas da boca, 
vagina e pênis, ou na pele do tórax, rosto e couro cabeludo, mas que depois se espalham 
pelo corpo todo. Quando essas bolhas se rompem, deixa no lugar feridas abertas que 
criam crostas, doem e ardem, como se tivessem sido provocadas por queimaduras, daí 
vem a nomenclatura fogoselvagem (relacionado a um dos tipos de pênfigo). 
 
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Pênfigo é uma doença autoimune, grave e que se não tratada a tempo, pode levar à 
morte. Ela acomete preferencialmente adultos de ambos os sexos a partir da quinta 
década de vida. Na infância e na adolescência, a enfermidade costuma ser menos 
comum. 
Ainda não se conhece a causa exata da doença, mas parecem estar envolvidos fatores 
genéticos, imunológicos, assim como infecção por vírus, o uso de certos medicamentos 
e a presença de outros agentes externos. 
O processo autoimune inicia com a presença de autoanticorpos IgG contra componentes 
celulares responsáveis pela adesão celular da pele. As células são os queratinócitos e a 
proteína alvo dos anticorpos formam os desmossomos que são as estruturas que geram 
a adesão celular. Entre as proteínas alvo estão a desmogleína 1 e 3, ambas predominam 
no pênfigo vulgar, enquanto no pênfigo foliáceo somente a desmogleína 1 é alvo dos 
anticorpos. 
Existem quatro variantes clínicas e patológicas: o pênfigo vulgar (PV), o pênfigo vegetante 
(PVg), o pênfigo foliáceo (PF), o pênfigo eritematoso. Muitos são os tipos, mas todos 
estão relacionados com proteínas envolvidas na adesão das células epiteliais. 
As alterações cromossômicas são síndromes genéticas provocadas por alterações 
estruturais, ocasionadas pela perda ou inversões nucleotídicas ou também numéricas, 
em consequência à falta ou excesso de cromossomos nas células. 
A síndrome de Klinefelter é caracterizada pela presença de um cromossomo X a mais em 
indivíduos do sexo masculino. Esse tipo de aberração é conhecido por aneuploidia e 
consiste no aumento (trissomia) ou diminuição (monossomia) no número de 
cromossomos. No caso da síndrome de Klinefelter, o indivíduo apresenta um 
cromossomo X a mais, assim, a síndrome é classificada como uma trissomia. 
O indivíduo normal apresenta 44 cromossomos autossômicos (não ligados ao sexo) e um 
par de cromossomos sexuais XY, apresentando uma constituição cromossômica 46, XY. 
O portador da síndrome de Klinefelter possui 44 cromossomos autossômicos e um 
cromossomo sexual X a mais, apresentando uma constituição cromossômica 47, XXY 
Devido a isso, as principais características de um indivíduo que apresenta a síndrome 
Klinefelter são; quociente intelectual inferior à média, órgãos reprodutivos pouco 
desenvolvidos, esterilidade, aumento das mamas, podendo ainda apresentar outras 
caraterísticas femininas. 
 
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É importante a investigação precoce para que se possa fazer o melhor tratamento, o qual 
pode ser realizado por meio de reposição hormonal, aconselhamento familiar em razão 
da esterilidade, cirurgia de correção (ginecomastia), entre outras. 
A Síndrome de Turner é causada pela ausência de um cromossomo X no organismo. 
Durante o processo de fertilização, se um gameta não possuir nenhuma cópia de um 
determinado cromossomo, haverá ausência desse cromossomo também no zigoto. 
Assim, esse zigoto será monossômico para esse cromossomo. Indivíduos portadores da 
síndrome de Turner apresentam monossomia do X com uma constituição cromossômica 
45, XO. 
As características desta síndrome são: mulheres estéreis, baixa estatura, pescoço 
alargado na base (alado), tórax curto, orelhas proeminentes. Além dessas características, 
portadores da síndrome de Turner têm maiores chances de 
desenvolver hipotireoidismo, diabetes mellitus, problemas cardíacos e circulatórios, 
além dos mais diversos tipos de câncer. Apesar das características citadas, é importante 
destacar que a maioria dos portadores dessa síndrome apresenta 
desenvolvimento cognitivo normal. 
Alguns estudos apontam a síndrome de Turner como responsável por cerca de um quinto 
dos abortamentos espontâneos precoces. 
 Nos neonatos, o diagnóstico da síndrome de Turner pode ser suspeitado com base na 
presença de linfedema ou pescoço alado. Na ausência desses sinais, algumas crianças são 
diagnosticadas mais tardiamente, com base em baixa estatura, ausência de sinais 
puberais e amenorreia (ausência de menstruação). 
A Síndrome de Wilson é ocasionada pela herança de caráter autossômico recessivo. A 
causa básica responsável pelas manifestações clínicas é o acúmulo de cobre em diversos 
compartimentos do organismo humano, principalmente em locais como fígado, cérebro, 
rins e córneas. 
O transporte de cobre dentro dos hepatócitos é regulado pelo ATP7B, 
a proteína intracelular transportadora de cobre. O ATP7B é expresso principalmente 
em hepatócitos e normalmente é encontrado em dois locais subcelulares: no complexo 
de Golgi e nas vesículas citoplasmáticas. Devido a mutações no gene ATP7B que codifica 
a Cu+2 ATPases, as alterações hepáticas podem se apresentar como hepatite crônica, 
cirrose e, mais raramente, hepatite fulminante. As alterações neurológicas são variáveis, 
predominando os sintomas extrapiramidais, tremores, distonia (tipo de movimento 
 
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involuntário), disartria (alteração da fala) alterações de humor, sintomas psiquiátricos e, 
se não tratada, diminuição progressiva da capacidade intelectual. Uma das 
características mais extraordinárias dessa síndrome é a grande variabilidade de 
manifestações fenotípicas em pacientes que possuem a mesma mutação. No diagnóstico 
da doença de Wilson são analisados diversos parâmetros bioquímicos, sendo eles: 
ceruloplasmina sérica, cobre sérico, excreção urinária de cobre e concentração hepática 
de cobre. Além disso, realiza-se exame oftalmológico com a observação de anéis de 
Kayser – Fleischer (slide 10, fig.1). A fim de complementar e facilitar o diagnóstico, podem 
ser realizados estudos genéticos, visto que muitas vezes os sintomas e alterações 
laboratoriais podem estar associados a outras doenças. O tratamento baseia-se no uso 
de drogas quelantes do cobre, que possuem efeitos colaterais, especialmente 
neurológicos. 
 
Um estudo realizado na Universidade do Estado do Arizona, um grupo de cientistas 
investigou o papel da mitocôndria na doença de Alzheimer. A mitocôndria, também 
conhecida como produtora de energia das células, é uma organela que tem DNA próprio 
e é encontrada em todos os organismos eucariontes. Além dessa função, ela também 
está envolvida na diferenciação celular, sinalização celular, na manutenção e crescimento 
da célula e na morte celular. 
 
Em outras palavras, a mitocôndria tem papel muito importante na célula e as disfunções 
mitocondriais trazem consequências como doenças vasculares, autismo, esquizofrenia, 
transtorno bipolar, epilepsia, derrame e Alzheimer. Defeitos na mitocôndria afetam com 
maior intensidade órgãos que precisam de muita energia, como o sistema digestivo, 
músculos e o cérebro – órgão que tem apenas 2% do peso do corpo humano, mas que 
consome 20% da energia total. 
 
Acredita-se que a degradação da integridade mitocondrial tenha um papel central no 
processo normal de envelhecimento. 
Cerca de 15 em cada cem mil homens entre 5 e 24 anos têm Distrofia Muscular de 
Duchenne, o tipo mais comum. Eles não têm um gene funcional de distrofina, que está 
no cromossomo X e é transmitido aos meninos pela mãe. 
Distrofia de Duchenne é uma doença genética de caráter recessivo, ligada ao 
cromossomo X, degenerativa e incapacitante. O gene defeituoso é transmitido 
 
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simultaneamente pelo pai e pela mãe, que é assintomática. No entanto, cerca de 1/3 dos 
casos ocorre por mutação genética nova. 
A distrofina é uma proteína do complexo distrofina-glicoproteína, que liga o 
citoesqueletoda fibra muscular à matriz extracelular, através da membrana celular. Tem 
papel vital em manter a estrutura e a função muscular. Sem a distrofina os músculos se 
atrofiam. Os pacientes geralmente perdem a capacidade de andar aos 12 anos e morrem 
em média entre 20 e 30 anos. 
Cabe dizer que a criança nasce normal, mas demora um pouco para andar. Entre dois e 
quatro anos, cai muito. Por volta dos sete anos deixa de correr, de subir escadas. Aos 12 
anos aproximadamente, perde a capacidade de andar. Ao longo de todo esse período, 
ocorrem contraturas nas articulações. O quadro de distrofia de Duchenne vai se 
agravando até o comprometimento atingir toda a musculatura esquelética e surgirem 
problemas cardíacos e respiratórios, estes últimos em virtude das alterações ocorridas 
no músculo diafragma e não porque os pulmões estejam afetados. 
Atualmente, não há terapia eficaz disponível para distrofia muscular de Duchenne, 
portanto, são essenciais o diagnóstico pré-natal e o aconselhamento genético para 
reduzir o nascimento desses meninos. 
 A síndrome de Richieri-Costa Pereira é uma doença autossômica recessiva descrita pela 
primeira vez em 1992 pelo professor Antonio Richieri-Costa e equipe do Hospital de 
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da USP, em Bauru. 
Os pesquisadores do CEGH-CEL – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid), 
sediado na USP, já haviam descoberto, em 2014, que mutações no gene EIF4A3 estão 
relacionadas a anomalias decorrentes da síndrome. Um trabalho mostrou os 
mecanismos celulares que desencadeiam a má-formação ao reconstituir as etapas do 
desenvolvimento craniofacial. A formação da cabeça é um processo complexo, com 
várias etapas e processos envolvidos. Para que ela ocorra perfeitamente é preciso haver 
proliferação, migração celular e a morte celular programada - apoptose. Os 
pesquisadores observaram que pacientes com a síndrome apresentam problema de 
migração celular durante o processo de formação craniofacial. 
“Se houver problema de migração, haverá menos células povoando os tecidos que serão 
formados – por exemplo, a mandíbula e outros componentes do complexo craniofacial. 
Achamos que a quantidade reduzida de células devido à migração defeituosa resultaria 
em menos células para gerar esses tecidos”, disse Gerson Kobayashi. 
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/diafragma/
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/pulmao/
 
9 
 
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A reconstituição in vitro das etapas do desenvolvimento craniofacial foi feita a partir de 
células somáticas – células-tronco da polpa do dente ou fibroblasto ou ainda, células do 
sangue – retiradas de pacientes com a síndrome de Richieri-Costa Pereira. 
Essas células foram reprogramadas para virar células pluripotentes, parecidas com 
células-tronco embrionárias. Isso permitiu criar células de crista neural (responsáveis por 
formar a maior parte dos ossos e cartilagens do complexo craniofacial) e células que 
depois de atingir um alto grau de diferenciação viram mesenquimais (células com 
plasticidade elevada que podem originar vários tecidos). 
Os estudos in vitro realizados no CEGH-CEL foram replicados em modelo animal por 
pesquisadores da Duke University. O pesquisador Gerson Kobayashi, estima que será 
possível usar o modelo para a busca de drogas que revertam o fenótipo da célula e 
possam ser utilizadas em gravidez de risco. A ideia é que os resultados do estudo também 
possam servir de base para cirurgias mais eficientes. 
O câncer de cabeça e pescoço uma doença altamente prevenível. As chances de 
desenvolver câncer de cabeça e pescoço podem ser consideravelmente reduzidas ao 
evitar o consumo de álcool e de tabaco, prezar pela higiene bucal são atitudes que 
previnem esse tipo de tumor. 
Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o Brasil registra cerca de 41 mil novos 
casos de câncer de cabeça e pescoço a cada ano. E um dado alarmante é o aumento da 
incidência dos tumores de cabeça e pescoço entre os jovens. 
Já que esses tumores acometiam pacientes mais idosos, os tabagistas e os alcoólatras, 
mas, nos últimos 20 ou 30 anos, surgiu mais um fator de risco, o vírus HPV (papilomavírus 
humano) que tem contribuído para maior incidência em jovens. E uma das formas de 
contágio por essa infecção, em ambos os sexos, é a prática do sexo oral desprotegido e 
de relações sexuais com múltiplos parceiros. 
De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 54,6% dos brasileiros entre 
16 e 25 anos estão infectados com HPV e, em 38,4% deles, trata-se dos subtipos de alto 
risco, associados a alguns tipos de câncer, como o de cabeça e pescoço. O HPV é 
considerado fator de risco em 25% dos casos da doença. Infecção por HPV tem conhecido 
papel na carcinogênese orofaríngea, particularmente nos casos de câncer amigdaliano. 
Resultados indicam que as infecções por HPV de alto risco parece ser biologicamente 
relevantes na carcinogênese laríngea. 
 
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A vacina contra o HPV está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas 
de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Ela combate os quatro tipos de vírus (6, 11, 16 
e 18). Os tipos 16 e 18 são os mais relacionados ao câncer de colo uterino e de cabeça e 
pescoço. 
 
É importante estar atento aos sinais e sintomas relacionados ao câncer de cabeça e 
pescoço, como lesões na boca que não cicatrizam, caroços (gânglios) na região do 
pescoço, rouquidão, dificuldade de engolir ou dor de garganta persistente. 
O câncer de cabeça e pescoço pode afetar a saúde física e mental, a aparência, o 
emprego, vida social e vida familiar. Devido aos modelos de tratamentos, que muitas 
vezes são cirurgias mutiladoras, apesar dos avanços das técnicas cirúrgicas. E ainda, 
geralmente associado as cirurgias, são adotados tratamentos quimio e radioterápicos. 
 
Vá mais Longe 
 
Capítulo Norteador: 
Capítulo 23. Patogenos e Infecção. Biologia Molecular da Célula. Alberts, B.; Lewis, J.; 
Raff, M.; Roberts, K. & Watson, J. D. Ed. ARTMED, 6a ed., 2017. 
alberts_-_biologia_molecular_da_celula_-_6ed_-_2017 LIVRO SEXTA EDIÇÃO.pdf 
Capítulo 16. Célula Cancerosa. Biologia Celular e Molecular. 9 edição, 2012. Junqueira e 
Carneiro. 
Você pode complementar sua leitura utilizando outros capítulos de livros 
(artigos/editoriais abaixo selecionados). 
Um exame de sangue para detectar o Alzheimer. Por André Biernath. 
https://saude.abril.com.br/medicina/um-exame-de-sangue-para-detectar-o-alzheimer/ 
file:///C:/Users/aamar/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/AULAS%20FABIANA/alberts_-_biologia_molecular_da_celula_-_6ed_-_2017%20%20LIVRO%20SEXTA%20EDIÇÃO.pdf
https://saude.abril.com.br/medicina/um-exame-de-sangue-para-detectar-o-alzheimer/
 
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Descoberto mecanismo celular que desencadeia síndrome rara. Síndrome de 
Richieri-Costa Pereira afeta migração e diferenciação celular durante a formação do 
crânio e face. 
O artigo EIF4A3 deficient human iPSCs and mouse models demonstrate neural crest 
defects that underlie Richieri-Costa-Pereira syndrome, de Emily E. Miller, Gerson S. 
Kobayashi, Camila M. Musso, Miranda Allen, Felipe A.A. Ishiy, Luiz Carlos de Caire Jr., 
Ernesto Goulart, Karina Griesi-Oliveira, Roseli M. Zechi-Ceide, Antonio Richieri-Costa, 
Debora R. Bertolam, Maria Rita Passos-Bueno e Debra L. Silver, pode ser lido neste link. 
https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/descoberto-mecanismo-celular-que-
desencadeia-sindrome-rara/ 
Agora é sua Vez! 
Interação 
Nesta aula você conheceu patologias, todas relacionadas a unidade base do organismo, 
a célula. Existem mecanismos na célula que se “desorganizam”e resultam em 
determinada doença. Muitas destas doenças são relacionadas ao material genético, ou 
seja, ao DNA. Baseado nas doenças estudadas, relacione quais são as patologias que são 
originadas de alterações genéticas. 
Questão para simulado 
Não somente em período chuvoso a Dengue tem se manifestado no Brasil, mas durante 
o ano todo e em diferentes estados do país. Em alguns estados os números indicam uma 
situação epidêmica, segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS). 
Analise as informações abaixo em relação à dengue, e assinale (V) para verdadeira e (F) 
para falsa. 
( ) A doença é adquirida pela picada de um hemíptero, denominado cientificamente 
Triatoma infestans 
 
( ) Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. 
https://academic.oup.com/hmg/article-lookup/doi/10.1093/hmg/ddx078
https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/descoberto-mecanismo-celular-que-desencadeia-sindrome-rara/
https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/descoberto-mecanismo-celular-que-desencadeia-sindrome-rara/
 
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( ) Por ser uma doença causada por bactérias do grupo Neisseria, a dengue pode ser 
tratada com antibiótico, o que garante a cura em mais de 90% dos casos. 
 
( ) Uma das medidas mais eficazes do combate à dengue são as campanhas de vacinação, 
realizadas anualmente. 
 
( ) Após contaminar-se uma vez com a dengue, o indivíduo adquire imunidade natural e 
não mais contrai a doença. 
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 
a) V – V – F – F – V 
b) F– V – V – F – V 
c) V – F – F – F – V 
d) F – V – F – F – F 
e) V – V – V – V – V 
Resposta: letra D 
Comentário: 
O vírus da dengue pertence à família dos flavivírus e é classificado no meio científico 
como um arbovírus, os quais são transmitidos pelos mosquitos Aedes aegypti. São 
conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4. A Dengue é uma doença infecciosa (virose) febril 
aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns 
fatores, entre eles: o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores 
individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme). A 
doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito. Não há transmissão pelo 
contato direto com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou 
alimento. A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, após picar uma 
pessoa infectada com um dos quatro sorotipos do vírus, a fêmea pode transmitir o vírus 
para outras pessoas. 
 
Organize-se: 6 horas semanais – mínimos sugeridos para autoestudo 
 
 
13 
 
NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Nome da Disciplina | Nome da aula | Aula XX 
REFERÊNCIA 
Biologia Celular e Molecular. 9 edição, 2012. Junqueira e Carneiro. 
https://pt.slideshare.net/driz/biologia-celular-e-molecular-9-ed-junqueira-amp-
carneiro 
IRES, Carlos Eduardo de Barros Moreira; ALMEIDA, Lara Mendes de. Biologia celular: 
estrutura e organização molecular. São Paulo: Érica, 2014. Livro digital. (1 recurso online). 
ISBN 9788536520803. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788536520803. 
CARVALHO, Hernandes F.; RECCO-PIMENTEL, Shirlei Maria. A célula. 4. ed. São Paulo: 
Manole, 2019. Livro digital. (1 recurso online). ISBN 9786555762396. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9786555762396. 
Biologia Molecular da Célula. Alberts, B.; Lewis, J.; Raff, M.; Roberts, K. & Watson, J. D. 
Ed. ARTMED, 6a ed., 2017. 
Instituto Nacional do Câncer. 
https://www.inca.gov.br/ 
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. 
https://www.sboc.org.br/ 
Sociedade Brasileira de Cirugia de Cabeça e Pescoço. 
http://sbccp.org.br/ 
https://pt.slideshare.net/driz/biologia-celular-e-molecular-9-ed-junqueira-amp-carneiro
https://pt.slideshare.net/driz/biologia-celular-e-molecular-9-ed-junqueira-amp-carneiro
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788536520803
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9786555762396
https://www.inca.gov.br/
https://www.sboc.org.br/
http://sbccp.org.br/

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