Buscar

IBET - Módulo IV - Seminário V -3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

b) Pode a União, visando a regular a política tarifária, versar sobre a isenção de tributo 
de competência estadual? 
 
Entendo que não, pois, nos termos do artigo 151, III, da Constituição Federal, “é vedado à União 
instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 
 
c) Os tratados podem revogar ou suspender a eficácia das normas tributárias 
inseridas no ordenamento jurídico brasileiro pelos Estados e Municípios? Haveria 
violação ao princípio federativo e ao princípio da autonomia dos Municípios 
consagrados na CF/88? (Vide anexos IV e V) 
 
Em primeiro lugar, é importante ressaltar a distinção entre as ações realizadas pela União como 
uma entidade política de direito interno e a República Federativa do Brasil, que atua como 
representante do estado federal. No contexto da República Federativa do Brasil, o Presidente da 
República possui competência exclusiva para celebrar tratados, convenções e acordos 
internacionais. Portanto, na minha perspectiva, uma vez que a questão é de natureza nacional, 
e não estadual, não se configura uma violação ao princípio federativo. Consequentemente, os 
tratados podem revogar ou suspender a eficácia das normas tributárias estabelecidas pelos 
Estados e Municípios no ordenamento jurídico brasileiro. É importante notar que essa 
interpretação não entra em contradição com o que foi mencionado na questão anterior. 
 
6. Ao realizar a classificação aduaneira de um produto, a Receita Federal pode 
divergir das normas e de entendimentos técnicos de órgãos especializados? 
Fundamente sua resposta. (Vide anexos VI e VII). 
 
Minha opinião é que não, principalmente porque as autoridades especializadas são responsáveis 
por estabelecer normas técnicas relacionadas às características e classificação de produtos 
específicos. 
 
Aliás, esse entendimento foi confirmado no julgamento do REsp n. 1.555.004/SC, que destacou 
que "2. Não é da competência das autoridades fiscais e aduaneiras alterar a classificação de um 
produto, uma vez que seus agentes não possuem o conhecimento técnico-científico necessário 
para essa tarefa. 3. Um produto classificado como cosmético pela ANVISA está sujeito à 
autoridade sanitária, e isso está fora da competência das autoridades aduaneiras." 
 
7. Considerando o despacho aduaneiro de importação, responda (Vide anexo 
VIII): 
 
a) Quais as modalidades de lançamento tributário são aplicáveis ao imposto de 
importação? 
 
Homologação e Ofício. Homologação quando o contribuinte informa todas as informações 
necessárias na Declaração Única de Importação (DUIMP) e recolhe o valor referente ao imposto 
por ele informado, e por Ofício quando a autoridade fiscal efetua o lançamento suplementar, caso 
verifique divergências no lançamento feito anteriormente (erro de fato/erro de direito). 
 
b) A formalização de exigência no Siscomex tem natureza jurídica de lançamento de 
ofício? Qual é a natureza jurídica do ato do sujeito passivo que, cumprindo a exigência 
formalizada no Siscomex, retifica a declaração de mercadorias, recolhendo a 
diferença do crédito tributário e a multa?

Continue navegando