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69 - Uma paciente de 62 anos de idade, com histórico de tabagismo (40 anos.maço) e fumante atual, apresenta-se com queixas de dispneia aos esforços há cerca de dois anos, com episódios frequentes de tosse produtiva associada à sibilância. Foi levada ao pronto-socorro várias vezes pelos próprios familiares, sendo comum a prescrição de corticoterapia, salbutamol inalatório e antibioticoterapia nessas ocasiões, gerando melhora significativa do quadro. No momento, não utiliza medicações contínuas. Leva espirometria recente, com índice de Tiffeneau de 65% e VEF1 de 65% do previsto para a idade, o peso e a altura, sem variação significativa após uso de broncodilatador. Na ausculta pulmonar, foram observados roncos, sibilos e estertores crepitantes difusos. Ausculta cardíaca normal, FC de 72bpm, saturação de oxigênio de 92% em ar ambiente e frequência respiratória de 18irpm. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. O diagnóstico espirométrico é de doença pulmonar obstrutiva crônica. b) errado Incorreto. O fator de risco (tabagismo 40 anos/maço) associado aos sintomas e espirometria de distúrbio ventilatório obstrutivo de grau leve, sem resposta ao broncodilatador sugerem entre as hipóteses diagnósticas DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). 70 - Uma paciente de 62 anos de idade, com histórico de tabagismo (40 anos.maço) e fumante atual, apresenta-se com queixas de dispneia aos esforços há cerca de dois anos, com episódios frequentes de tosse produtiva associada à sibilância. Foi levada ao pronto-socorro várias vezes pelos próprios familiares, sendo comum a prescrição de corticoterapia, salbutamol inalatório e antibioticoterapia nessas ocasiões, gerando melhora significativa do quadro. No momento, não utiliza medicações contínuas. Leva espirometria recente, com índice de Tiffeneau de 65% e VEF1 de 65% do previsto para a idade, o peso e a altura, sem variação significativa após uso de broncodilatador. Na ausculta pulmonar, foram observados roncos, sibilos e estertores crepitantes difusos. Ausculta cardíaca normal, FC de 72bpm, saturação de oxigênio de 92% em ar ambiente e frequência respiratória de 18irpm. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. Há indicação de oxigenioterapia contínua domiciliar nessa paciente, para redução de sintomas e mortalidade. b) errado A oxigenoterapia é até o momento a única intervenção não farmacológica comprovadamente eficaz no aumento da sobrevida naqueles pacientes portadores de DPOC. Assim, está indicada para pacientes comprovadamente com DPOC avançada, usualmente em estádio IV, que preencham critérios de hipoxemia crônica mediante avaliação de trocas gasosas por exame de gasometria arterial. São critérios para indicação: PaO2 55 mmHg SpO2 88% ou PaO2 55-59 mmHg / SpO2 89% se sinais de hipertensão arterial pulmonar cor pulmonale (policitemia, edema periférico, turgência jugular, segunda bulha cardíaca hiperfonética, ECG com onda “p pulmonale”). Não existem evidências científicas até o momento sobre a indicação de oxigenoterapia em pacientes com hipoxemia leve-moderada, dessaturação aos exercícios e com hipoxemia noturna isolada. Como o paciente apresenta Sat 02p: 92% ( ar ambiente) não apresenta indicação de oxigenioterapia continua domiciliar.