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Banco de Questões - Clínica Médica-1425

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exame físico sem particularidades. Laboratório: hemoglobina sérica de 12,3 g/dL, leucograma 
com 12.800 céls/mm³, creatinina sérica de 0,7 mg/dL, ureia sérica de 22 mg/dL, TGO sérica de 
570 U/L, TGP sérica de 865 U/L, FA sérica de 221 U/L, GGT sérica de 354 U/L, amilase sérica de 
78 U/L, bilirrubinas totais de 1,5 mg/dL (fração direta de 1,0 mg/dL), proteína C reativa de 4,5 
mg/dL. 
Assinale a alternativa com a hipótese diagnóstica mais provável. 
Coledocolitiase 
Correta. As concentrações séricas de alanina aminotransferase, ALT, e aspartato 
aminotransferase, AST, são tipicamente elevadas no início do curso da obstrução biliar. 
Posteriormente, os testes hepáticos evoluem para um padrão de colestase, com aumentos na 
bilirrubina sérica, fosfatase alcalina e gama-glutamil transpeptidase, GGT, excedendo as 
elevações da ALT e AST sérica. 
 
Questão 59/60 Mulher de 44 anos, sem comorbidades, apresenta há 2 dias, dor em 
hipocôndrio direito, acompanhada de icterícia, colúria e acolia. Exame físico: BEG, ictérica 
(+/4+), abdome doloroso à palpação de hipocôndrio direito, sem reação peritoneal. Exames 
laboratoriais: Hb = 13,9 g/dL; Ht = 39%; GB = 6 500/mm³; plaquetas = 250 000/mm³; TGO = 77 
U/L; TGP = 98 U/L; GGT = 445 U/L; FA = 221 U/L; BT = 3,5 mg/dL (BD = 2,8 mg/dL), amilase = 51 
U/L. Ultrassonografia de abdome: vesícula biliar de paredes finas e lisas, com inúmeros 
cálculos no seu interior, discreta dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas com 
evidência de fator obstrutivo distal de, aproximadamente, 3 mm. A conduta mais adequada é: 
colangiopancreatografia retrógrada endoscópica e colecistectomia videolaparoscópica. 
Correto. A paciente apresenta os seguintes fatores (Fi); F1: colecistite crônica calculosa. F2: 
obstrução de vias biliares e icterícia obstrutiva. F3: não há sinais de colangite. F4: não há sinais 
de pancreatite aguda. Há necessidade de resolução de F1 e F2. Para o diagnóstico e 
tratamento de F2, podem ser necessárias técnicas invasivas. Dentre estas, são comuns: 
extração de cálculos do colédoco e ductos biliares, drenagem ou dilatação de vias biliares, 
papilotomia endoscópica, coleta de material para citologia/culturas e inserção de próteses. A 
CPRE permite que estes procedimentos sejam feitos. Portanto, a CPRE é um exame ao mesmo 
tempo diagnóstico e terapêutico. Apesar destas vantagens, a CPRE pode apresentar 
complicações - 3-12% - e fracasso no exame - 2-6% -. A ASGE , em guideline publicada em 
2019, recomendou as estratégias abaixo, relacionadas ao risco de coledocolitíase - imagem - A 
paciente apresenta possivelmente cálculo obstrutivo distal na via biliar comum. Portanto, há 
indicação de CPRE. A colecistectomia videolaparoscópica deve ser feita no intervalo menor que 
2 semanas da internação. A colecistectomia precoce reduz a morbidade, mortalidade, custos 
hospitalares e recorrência de coledocolitíase. 
Questão 60/60 Assinale a alternativa que apresenta a causa mais comum de estenose benigna 
das vias biliares. 
Lesão iatrogênica.

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