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Pneumologia – Amanda Longo Louzada 1 DERRAME PLEURAL DEFINIÇÃO: Acúmulo anormal de líquido no espaço pleural ANATOMIA: A pleura são membranas de tecido conjuntivo que vão recobrir a superfície externo do pulmão, interna do mediastino, diafragma e a interna da caixa torácica A pleura parietal é a que reveste a superfície da caixa torácica, o diafragma e a porção interna do mediastino A pleura visceral fica em contato com a superfície externa do pulmão Entre essas duas pleuras fica o líquido pleural, que é essencial para facilitar o deslizamento entre elas, atuando como um lubrificante. O volume de líquido pleural é cerca de 5 a 15 ml MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Insuficiência respiratória em derrames volumosos Mas pode ser assintomático, em derrames de pequeno volume EXAME FÍSICO: Sinal de Lemos-Torres: abaulamento expiratório do espaço intercostal (geralmente da base pulmonar) durante a inspiração Expansibilidade reduzida FTV reduzido ou abolido Percussão som maciço ou submaciço MV reduzido ou abolido Desvio do ictus para o lado contralateral RADIOGRAFIA: PA: Opacificação dos seios costofrênicos Parábola de Damoiuseaur: aparece em derrames mais volumosos LATERAL: Essa incidência permite ver derrame pleural de pequeno volume LAURELL: Pede para o paciente ficar em decúbito lateral, com o objetivo de fazer o líquido escoar e se acumulando na porção inferior É boa para dúvida diagnóstica Se há traes de fibrose segurando o líquido, não é possível ver o líquido pleural escorrendo na imagem Se a coluna de líquido for maior que 1 cm, pode ser feito toracocentese diagnóstica Pneumologia – Amanda Longo Louzada 2 DERRAME PLEURAL ULTRASSONOGRAFIA; Sinal do Quadrado: Sinal do sinusóide: é possível ver no modo M no USG ETIOLOGIA: TORACOCENTESE DIAGNÓSTICA: Para evitar o risco de hemorragia deve entrar com a agulha na borda superior da costela inferior TRANSUDATO X EXSUDATO: Critérios de Ligth: Proteína do líquido pleural\ proteína total sérica > 0,5 LDH do líquido pleural\ sérica > 0,6 LDH do liquido pleural > 2\3 do limite superior da normalidade da LDH sérica (> 200) Se tem um ou mais critérios é exsudato Transudato: Síndrome nefrótica Urinotórax Cirrose Diálise peritoneal Mixedema Obstrução veia cava superior ICC (causa mais comum de derrame pleural) Nesses pacientes não é necessário puncionar, só punciona se for um derrame unilateral, com tamanhos discrepantes, com febre ou dor pleurítica Exsudato: Infecções: inclui tuberculose e parapneumônico Doenças reumatológicas: a artrite reumatoide faz derrame pleural com níveis de glicose < 40 Pancreatite aguda ou rotura esofágica: cursa com aumento da amilase Câncer: sanguinolento, com citologia oncótica positiva TEP Sarcoidose: doença avançada Quilotórax: derrame leitoso com aumento de triglicerídeos TRATAMENTO: Se houver desconforto respiratório deve fazer toracocentese de alívio Tratar a doença de base Se a doença de base não for tratável ou tiver recorrência pode considerara fazer a pleurodese (fechar o espaço pleural, é feito colocando um dreno de tórax, posicionando a ponta do dreno onde está o derrame, em seguida oblitera a pleura com infusão de substância irritativa, levando a inflamação e gerando uma fibrose do espaço pleural) DERRAME PLEURAL PARAPNEUMÔNICO: DEFINIÇÃO: Derrame que surge no contexto de uma pneumonia TORACOCENTESE: Guiada: por USG ou TC, possui menos risco de complicações por ser possível ver a agulha entrando Às cegas: possui mais risco de complicações por não ser possível ver a agulha entrando É segura em grandes derrames ou com coluna > 1 cm na incidência de Laurell Pneumologia – Amanda Longo Louzada 3 DERRAME PLEURAL ANÁLISE: 1º - Definir se o líquido é transudato ou exsudato (usando os critérios de Ligth), lembrando que o derrame parapneumônico é exsudato 2º - definir se é um derrame pleural simples ou complicado Simples: líquido que se depositou no espaço pleural secundário ao acometimento inflamatório da pleura Complicado: presença de bactérias no líquido. Basta um dos seguintes critérios para confirmar: pH < 7 – 7,2 Glicose < 40 – 60 LDH > 1000 Bactérias ao gram Derrame purulento (empiema) 3º - Definir o tratamento TRATAMENTO: Simples: seguir o tratamento da pneumonia Complicado: amoxicilina com clavulanato Fase Exsudativa (Aguda). Líquido claro, sem septações, deve além de fazer antibiótico fazer drenagem em selo d’água (fechada) Fase Fibrinopurulenta (Subaguda): líquido purulento, com septações. Deve fazer tPA\DNase ou VATS com pleuroscopia Fase de Organização (Crônica): é como se tivesse uma “carapaça” que impede a reexpansão pulmonar, nesse casos deve ser feito decorticação (VATS ou aberta) e\ou pleurostomia
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