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Nicoly Ferreira - P5 Definição: derrame pleural é o acúmulo anormal de líquido no espaço virtual entre as pleuras parietal e visceral, onde a capacidade de produção do líquido é maior que a capacidade fisiológica de removê-lo, indicando a presença de uma patologia subjacente Caracterís�cas do líquido pleural: 1. Lubrificação 2. Diminuição da aderência entre os folhetos pleurais para garan�r movimentação 3. Indivíduo normal: 0,1 a 0,2 ml de líquido pleural por quilo de peso 4. Produção do líquido se dá a par�r das capilares da pleura parietal 5. Reabsorção pelo sistema linfá�co 6. Fisiologicamente a capacidade de absorção é 20x maior que a capacidade de formação As pleuras são membranas serosas de tecido conjun�vo frouxo que recobrem o pulmão (visceral) e a face interna da parede torácica (parietal) Os derrames pleurais podem estar ou não associados a doenças diretamente da pleura, sendo desencadeados por: ● Aumento da pressão hidrostá�ca na microcirculação ● Diminuição da pressão oncó�ca da microcirculação ● Diminuição da pressão no espaço pleural ● Drenagem linfá�ca no espaço pleural prejudicada ● Movimento do fluido do espaço peritoneal Causas não pleurais: sistema linfá�co prejudicado por linfoma, obstrução do ducto toracico, cirurgias com intercorrencia, danos ao esofago, danos a traqueia Patogenia do derrame pleural ● Aumento da pressão hidrostá�ca capilar pulmonar ou sistêmica que causa aumento da pressão na pleura e extravasamento do seu líquido. Comum na insuficiência ventricular esquerda (extravasa visceral) e na insuficiência ventricular direita (extravasa parietal). Ambas são extravasadas na insuficiência cardíaca conges�va ● Acúmulo de líquido na cavidade peritoneal que transita pelo hiato aór�co e da veia cava inferior O derrame pleural não é uma doença em si, e sim uma consequência de outra doença. Pleura parietal Pleura visceral Externa Interna Irrigado por artérias da circulação sistêmica Irrigado por artérias da circulação brônquica e pulmonar Drenagem venosa pelas veias peribrônquicas ou diretamente pela veia cava Drenagem pelo sistema venoso pulmonar Inervação sensorial Sem inervação Rica rede de vasos linfá�cos, estomas que ligam a cavidade pleural diretamente a rede linfá�ca submesotelial Drenagem linfá�ca pelo sistema linfá�co pulmonar, sendo abundante nos lobos inferiores Nicoly Ferreira - P5 para a região da pleura. Comum em pacientes com ascite, cirrose hepá�ca descompensada ● Redução da pressão coloidosmó�ca do plasma: síndrome nefró�ca (faz transudato) ● Aumento da permeabilidade capilar (infecções e neoplasias) ● Redução da drenagem pleural ● Redução da pressão no espaço pleural por colapso de pulmão → Exame de imagem do derrame pleural Achados no raio-x de tórax acima: ● Opacificação no hemitórax esquerdo ● Seio cardiofrênico direito e seio costofrênico direito livres. No lado esquerdo, se encontram obliterados pela presença do líquido ● Cúpula diafragmá�ca direita com a concavidade voltada para baixo E�ologia do derrame pleural Transudato: não existe doença pulmonar ou pleural primária. Causas: desequilíbrios de pressão hidrostá�ca e coloidosmó�ca Exsudato: uma doença pulmonar prévia, é um líquido decorrente de processo inflamatório e das alterações de permeabilidade → Pode ser di�cil estabelecer diferenciação e situações que o paciente tem um �po de transudato sobreposto ao outro. Critérios de Light São usados para diferenciar o derrame pleural. Em pacientes com IC e que fizeram uso nas úl�mas 48 horas de diuré�cos têm menor acurácia para transplantes. Nesses casos, o valor da albumina sérica menos o valor da albumina pleural deve ser > 1,2g/dl para ser um derrame por exsudato → valores inferiores aos expostos acima caracteriza o derrame como derrame pleural por transudato Obs1: nem sempre transudatos demandam drenagem, pode ser resolvido pela toracocentese LDH = Desidrogenase lá�ca ou lactato desidrogenase, é uma enzima encontrada em grande parte dos tecidos que tem um papel importante no metabolismo da glicose dentro do organismo Tríade clássica do derrame pleural: 1. Dispneia 2. Dor torácica 3. Tosse. Além disso, no exame �sico pode ser percebido murmúrio vesicular reduzido ou ausente, expansibilidade reduzida ou ausente no lado comprome�do Paciente com derrame pleural normalmente “abraça” o derrame com inclinação do tórax, na tenta�va de que o líquido se distribua entre os espaços costofrênico e cardiofrênico → Transudatos ● Não há envolvimento primário da pleura em comprome�mento A presença de pelo menos 1 dos seguintes fatores define o derrame como por exsudato: 1. Relação proteína pleural/proteína plasmá�ca>0,5 2. Relação LDH pleural/LDH plasmá�co> 0,6 3. LDH pleural acima de ⅔ do limite superior da normalidade sérica, ou seja, maior que 200 UI/l DOR TORÁCICA TOSSE DISPNEIA Ven�latório-depende nte Seca Mul�fatorial Bem localizada e em pontada Esporádica e pouco intensa Forma súbita ou crescente Piora com respiração profunda e tosse Sintoma respiratório inespecífico que pode estar associado a outras doenças Relacionada com o tempo de aparecimento e de evolução do derrame pleural Moderada intensidade Es�mulo das terminações nervosas no processo inflamatório causando a tosse Piora com a velocidade e capacidade de acúmulo de derrame Melhora com repouso do lado afetado e decúbito lateral sobre o lado acome�do Nicoly Ferreira - P5 ● Não há necessidade de estudos do líquido pleural ou biópsias pleurais, já que não é resultado de uma condição patológica ● O diagnós�co deve ser conduzido na direção de doenças que cursam com aumento da pressão hidrostá�ca ● Causas: insuficiência cardíaca conges�va (principal), insuficiência de ventrículo esquerdo, falta de albumina no sangue, síndrome nefró�ca, mixedema, atelectasia ● Diminuição da pressão oncó�ca ● Diminuição da pressão no espaço pleural ou comunicação com a cavidade peritoneal → Exsudatos ● Decorrente de processos infecciosos, inflamatórios ou neoplásicos● Pneumonia aparece como principal causa, além de neoplasias, tuberculose, pancrea�te, quilotórax e colagenosis (lupus, artrite reumatoide) Outras causas de exsudato: Drogas como nitrofurantoína, amiodarona Hemotórax: procarbazina, interleucina-2, beta bloqueador Quilotórax: cirurgia cardíaca, pulmonar e esofágica, linfoma, neoplasias, traumas torácicos Outros: exposição a asbesto, pós IAM Além da classificação de Light, é necessário classificar o'derrame pleural de acordo com outros aspectos, como: 1. Localização Unilaterais: tuberculose, derrames parapneumônicos, insuficiência ventricular direita, insuficiência ventricular esquerda Bilateral: insuficiência cardíaca conges�va 2. Volume Pequeno volume: até 500 ml Médio volume: 500 - 1000 ml Grande volume: > 1000 ml 3. Odor Odor fé�do: empiemas por anaeróbios Cheiro amoniacal: urinotórax (vazamento de urina para a cavidade pleural através de um defeito anatômico no diafragma) 4. Aspecto �sico Serofibrinoso: presenta na tuberculose, pneumonias bacterianas, virais, colagenosas e decorrente de neoplasias Sanguinolento: derrames de natureza neoplásica e ocasionalmente por lesão de cisterna do quilo (quilo s) Serosanguinolento: não inflamatórios e são amarelos-claro. Causados por tromboembolismo pulmonar ou infartos e trauma�smos Purulento: esverdeado, abscesso bacteriana decorrente de infecção grave (empiema pleural) Achocolatado: abscesso hepá�co amebiano Esverdeado: pleurite reumatoide crônica Límpido: semelhante a água, transparente. Remete ao líquor cefalorraquidiano Acastanhado: cisto pancreá�co Negro: melanoma Amarelo: derrame colestérico Leitoso: quilotórax ou pseudoquilotórax (cisterna do quilo) 5. Frequência Natureza cardíaca Natureza pneumônica Derrame tuberculoso Derrame neoplásico Tromboembolismo 6. E�ologia Avaliação inicial do derrame pleural ● Anamnese detalhada ● Exame �sico detalhado ● Dados da vida pessoal: posição ocupacional, contato com asbesto, contato com substâncias tóxicas, sílica, berílio, radiação ● Uso de medicamentos: paciente com colagenoses em uso de medicação que predispõe ao surgimento de derrame pleural ● História médica clínica ● Historia medica cirurgica Os sintomas devem ser analisados a par�r de: ● Volume ● Velocidade de formação ● Reserva cardiopulmonar (normalmente é menor em idosos) ● Existência ou não de processo inflamatório (grau e �po) ● Distensão da caixa torácica e do parênquima ou deformidades que causem redução do espaço para as estruturas viscerais ● Extensão da doença primária Todas essas condições diferenciam o impacto fisiológico que o derrame pleural vai exercer sobre o indivíduo, por isso a necessidade de análise minuciosa de cada paciente → Exame �sico no derrame pleural 1. Inspeção: Abaulamento do hemitórax devido presença de líquido Nicoly Ferreira - P5 Desvio de ictus cordis e da traqueia, respiração superficial, taquipneia 2. Palpação: Frêmito tóraco vocal diminuído no lado do derrame 3. Percussão: presença de macicez ou submacicez no lado acome�do 4. Ausculta: murmúrio vesicular diminuído ou abolido. Atrito pleural (indica�vo de inflamação, melhor audível com estetoscópio na linha axilar média), sopro pleuri�co e egofonia Sinais: Sinal de Signorelli: macicez a percussão da coluna torácica, caracterís�ca de derrame pleural Sinal de Lemos Torres: abaulamento do espaço intercostal (principalmente na base) quando o paciente expira Avaliação do derrame pleural por exames de imagem Os líquidos se acumulam nas partes inferiores dos pulmões. O que procurar: alterações de diafragma (re�ficação) Mas primeiro, como analisar um exame de imagem? Na prá�ca pneumológica, deve-se analisar de fora para dentro: ossos, presença de ar entre ossos e pele (indica�vo de enfisema), integridade óssea, recessos cardiofrênico e costofrênico livres ou não, posição da traquéia e das estruturas do medias�no, etc 1. Radiografia de tórax postero anterior (PA): para ser detectado por esse exame de imagem deve haver acúmulo de mais de 200 ml de líquido, de forma a obliterar o recesso costofrênico lateral do lado acome�do É um exame amplamente u�lizado em paciente em unidade de terapia intensiva por ser mais fácil de ser ob�do em relação a posição do paciente → Derrames sub pneumônicos são mais di�ceis de serem visualizados em radiografia em PA. Nesse caso, o líquido se encontra entre o diafragma e o pulmão A radiografia de tórax apresenta vantagem ao ser um exame simples de baixo custo presente na maioria dos serviços de saúde Achados: ● Re�ficação da cúpula diafragmá�ca direita 2. Radiografia de perfil: bastam 50ml (melhor) para alterar o recesso costofrênico posterior e posi�var o exame para derrame pleural 3. Radiografia em decúbito lateral ou em Laurell: es�ma a quan�dade de líquido na suspeita de derrame loculado Mais sensível para detecção do derrame pleural do que incidências em PA e perfil. U�lizado quando há dúvida no diagnós�co pelas outras incidências com imagens que podem ser de derrame pleural ou de espessamento da pleura 4. Tomografia computadorizada: detecta pequenas quan�dades de líquido pleural (menores que 10 ml). É observada uma opacidade em “foice” na porção mais inferior da imagem, muito ú�l para diagnós�cos diferenciais e para dis�nguir derrame pleural de lesões sólidas na pleura. Diferencia também empiema e abscessos pulmonares Espessura acima de 100mm indica derrame que deve ser puncionado Nicoly Ferreira - P5 → Tomografia não contrastada ao lado direito evidenciando o derrame pleural em foice no hemitórax direito → Tomografia contrastada a esquerda evidenciando o “sinal de pleura dividida” separação da pleura para a deposição do líquido e que sugere inflamação + exsudato Pode sugerir a e�ologias do derrame pleural: ● Diferenciação de tumor do hemotórax ● Derrames septados não detectados na USG ● Detecção de metástases 5. Ressonância magné�ca: não faz parte da ro�na devido a pouca disponibilidade nos serviços de saúde. Tem boa acurácia e pode ser u�lizado em pacientes onde o contraste a radiação são contraindicados6. Ultrassonografia: alta sensibilidade para detecção mesmo em pequenos derrames, além de quan�ficar volume. Detecta espessamento pleural e presença de grumos no líquido pleural (processo inflamatório → exsuda�vo). Extremamente ú�l no momento da toracocentese pela segurança que fornece ao cirurgião durante o procedimento. Ó�ma capacidade de dis�nguir lesões líquidas de lesões sólidas Formas a�picas de derrame pleural ● Infrapulmonar e subpulmonar: são derrames pleurais que não ocupam os espaços costofrênicos e cardiofrênicos, assim como também não ocupam os espaços laterais da pleura. Podem ser: ● Loculado: comum em hemotórax e empiema. Mantém-se encapsulado ● Loculado entre fissuras: é o tumor fantasma, se localiza entre as fissuras anatômicas pulmonares Diagnós�co: desaparece da imagem radiológica após tratamento Na radiografia abaixo, pode-se perceber também o aumento da área cardíaca, sendo a insuficiência cardíaca uma hipótese diagnós�ca para a causa do DP Indicação de toracocentese ● Derrame maior de 10mm na radiografia em Laurell ou USG sem causa conhecida ● Derrame pleural unilateral sem melhora após 48 do uso de diuré�cos ● Solicitar radiografia de tórax pós toracocentese para inves�gar presença de ar durante a punção, tosse, dor torácica e dispneia Contraindicação de toracocentese Não existe uma contraindicação absoluta, apenas situações de maior cuidado, como: ● TAP (tempo de a�vidade protrombínica) e TTPA (tempo de tromboplas�na parcial a�vada) maior que duas vezes o valor normal ● Plaquetopenia ● Pacientes em ven�lação mecânica ● Pacientes com infecção a�va no local da punção Toracocentese diagnós�ca ● Pode ser feita em nível ambulatorial ou cirúrgico ● Paciente deve estar sentado ICC com derrame bilateral com paciente afebril e sem dor não é indicado toracocentese → realizar uso de diuré�co A toracocentese é a punção para recolher a amostra do líquido, mas quando drenar? ● Suspeita de infecção bacteriana, na bacterioscopia ou cultura posi�vas ● pH inferior a 7,2 ● Glicose inferior a 40 ● pH menor que 7 a 7,2 com aumento progressivo da DHL Nicoly Ferreira - P5 Quando indicar toracoscopia ou decor�cação? ● Presença de loculação ● Piora clínica apesar da drenagem Laboratório da toracotomia 1. Glicose Níveis abaixo de 60 mg/dl estão associados: ● Doenças infecciosas: ● Doença reumá�ca e autoimunes: pode ficar menor que 30 ou indetectável ● Doenças neoplásicas: quanto menor o nível de glicose maior o avanço da doença ● Traumá�cas: ruptura esofágica Quanto menor o nível de glicose no LP, maior a chance de tratar-se de um empiema (pode ficar inferior a 30 ou indetectável) 2. Neutrófilos sendo mais de 50% das células do LP Hipóteses diagnós�cas: ● Processo Agudo ● Derrame parapneumônico ● Tromboembolismo pulmonar ● Tuberculose aguda 3. Linfócitos sendo mais de 50% das células do LP Hipóteses diagnós�cas: ● Malignidade ● Tuberculose 4. Linfócitos sendo mais de 80% das células do LP Hipóteses diagnós�ca: ● Tuberculose ● Linfoma ● Derrame reumatoide crônico ● Sarcoidose ● Pós revascularização do miocárdio 5. Eosinófilos sendo acima ou igual a 10% das células do LP Hipótese diagnós�ca: ● Presença de ar no espaço pleural ● Presença de sangue no espaço pleural ● Derrame parapneumônico ● Derrame pleural induzido por drogas ● Linfoma ● Infarto pulmonar ● Parasitose intes�nal ● MAlignidade ● Exposição a asbesto ● Pneumonia eosino�lica ● Pneumonia fúngica 6. pH no líquido pleural → Transudato: entre 7,4 e 7,55 ( → Exsudato: entre 7,30 e 7,45 Na presença de acidose do líquido pleural pH se encontra menor que 7,40. sendo as possíveis causas: ● Malignidade ● Derrame infeccioso ● Doenças do tecido conjun�vo ● Tuberculose ● Ruptura esofágica ● Evolução de doenças infecciosas Esse paciente tem menor chance de sobrevida, provavelmente um quadro de doença avançada 7. Amilase no líquido pleural Indica e�ologias mais específicas para o derrame: ● Derrame pleural por pancrea�te aguda ● Cisto pancreá�co que rompeu para espaço pleural ● Ruptura de esofago ● Neoplasia maligna ● Gravidez ectópica ● Pancrea�te crônica 8. Células mesoteliais Podem ser encontradas nos líquidos pleurais normais e no exsudato causado por tuberculose mas mais infrequentes 9. Citologia oncó�ca ● Exame rápido e minimamente invasivo Faz parte da inves�gação de todo exsudato sem diagnós�co ● Especificidade alta ● O material deve ser re�rado de maneira e em quan�dade adequada para auxiliar a fechar diagnós�co, podendo ser necessária mais de uma punção → Adenocarcinoma é a neoplasia mais posi�vada no citológico de LP (tumor de pulmão em 45% dos casos, mama 30% r ovário 5%) 10. Interferon gama Limitação em relação a sua presença nos serviços, além de elevado custo ● Produzido pelo linfócito TCD4, tem relação com a a�vação dos macrofagod e com a destruição de micobactérias (ex: tuberculose) ● Níveis elevados apontam para possível tuberculose ● Níveis não se elevam em colagenosas e nas doenças linfoprolifera�vas pH inferior a 7,20 é o discriminador mais específico para uma infecção pleural complicada! (demanda drenagem torácica) Nicoly Ferreira - P5 11. ADA (Adenosina deaminase) ● Associada a monócitos a�vados ● Catabolismo das purinas ● Proliferação e diferenciação de linfócitos e monócitos ● Importante parâmetro para diagnós�cos no derrame tuberculoso (35 a 70 UI) ● Também está elevado em: ● Linfoma Artrite reumatóide ● Empiema 12. Bacterioscopia e cultura Importante para diagnós�co e orientação para an�bió�cos → No empiema, devido a intensa necrose, há dificuldade de realizar cultura, sendo viável em apenas 20% dos casos para detecção do agente ● Sensibilidade muito baixa, não deve-se esperar por esse exame para iniciar tratamento DIAGNÓSTICO DE DERRAME PLEURAL Biópsia pleural fechada Coletar 2 ou 3 fragmentos para análise já que não tem especificidade tão boa Videotoracoscopia com biópsia Sensibilidade de 95% Indicado em pacientes com tuberculose pleural QUILOTÓRAX Derrame pleural agudo com pleura normal ● Líquido com aspecto leitoso e aparênciaopalescente ● Triglicerídeos altos, acima de 110mg/dl Principais causas: ● Ruptura ou obstrução do ducto torácico fazendo extravasamento do quilo para o espaço pleural ● Traumas, cirurgias, neoplasias, ascite quilosa DERRAME PLEURAL PARAPNEUMÔNICO Causas: ● Pneumonia ● Abscessos ● Bronquiectasias Normalmente é pequeno e regride com tratamento das infecções DERRAME PLEURAL NEOPLÁSICO Volume variável, amarelo e com predomínio de glicose. Trata-se de um exsudato ● Complicação frequente em pacientes com neoplasia pulmonar, mamária e linfoma ● Nem sempre indica infiltração pleural ● Normalmente sinaliza doença avançada ● Hipoalbuminemia ● Embolia pulmonar ● ICC ● Obstrução de grandes vasos do medias�no ● Pós radioterapia CD: toracocentese e biópsia pleural para definir diagnós�co → Amilase no líquido pleural é sempre importante afastar causas neoplásicas TROMBOEMBOLISMO PULMONAR Tipo de diagnós�co diferencial de derrame pleural Volume pequeno a moderado e nem sempre será hemorrágico ● 95% unilateral ● 80% exsuda�vo ● 20% transuda�vo PLEURITE REUMATÓIDE ● Mais comum em homens idosos ● 80% cursam com nódulo subcutâneo e são artrites reumatoides de longa data ● Paciente apresenta febre, tosse, dor torácica ● Bilateral em 25% dos casos Nicoly Ferreira - P5 ● Pode regredir espontaneamente e reaparecer em outro local Laboratório: ● Glicose menor que 30 ● pH menor que 7,2 ● DHL aumentada ● Fator reumatoide elevado PLEURITE LÚPICA Pleurite lúpica deve ser considerada em todo DP exsuda�vo de causa indeterminada ● O derrame se associa a própria doença ou as drogas de controle u�lizadas ● 40% dos paciente lúpicos desenvolvem derrame pleural e a pleurite trás exacerbação da doença ● Derrame pequeno, 50% bilateral ● Glicose normal ou baixa
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